Alarick
Ela era realmente essencial nesse maldito baile? Provavelmente não, omiti alguns fatos ao chama-la, ou melhor, ao ordena-la que fosse comigo. Realmente minha irmã não estará aqui no dia, mas eu nem se quer a tinha chamado, nunca vou a esse tipo de evento público acompanhado, ao menos não menti que no final, tudo sempre acabava em negócio! Mas o fato de eu querer que ela vá, realmente não sei o motivo, apesar de insuportável e metida as vezes, Stuart é inteligente, pode ser uma boa companhia (talvez, tenho minhas dúvidas),. Deixo ela brincando com Luz enquanto vou tomar um banho e me arrumar, ainda estou impressionado como as duas se deram tão bem rápido! Organizo uns documentos que preciso levar para a empresa hoje, separo um terno azul marinho e vou tomar banho, quando estou terminando de me arrumar ouço a campainha tocar, desço as escadas correndo mas Stuart já tinha aberto a porta, Maria chegou, finalmente a estrada foi liberada
- Como minha menina passou a noite? - ela pergunta para minha secretária enquanto pega Luz nos braços
- Fiz um chá de camomila, ela tomou um banho gelado antes de dormir e a febre abaixou! - respondeu prontamente, eu já estava do seu lado
- Obrigado por ajudar meu patrão senhorita! - Maria fala, ela sempre foi muito preocupada com Luz, é uma das poucas pessoas que eu sou capaz de deixar ficar com minha filha sem que eu esteja por perto
- Nao precisa agradecer, Luz é a menina mais encantadora que eu já conheci, e por favor, me chame apenas de Eva - ela diz e sorri, e só aí eu fui perceber, acho que ela nunca sorriu pra mim, e o sorriso dela é lindo, é... Doce, ela é uma megera, mas tem o sorriso completamente doce.
- Precisamos ir! - digo fugindo dos meus pensamentos, ela confirma com a cabeça e vai pegar suas coisas, volta e pega Luz nos braços novamente
- Já vou princesa, foi muito bom te conhecer - ela diz
- Por que você já vai embola titia Eva? - Luz pergunta enquanto alisa o rosto da Stuart
- Por que preciso trabalhar, meu anjo! - ela responde
- O papi sempre vai trabalhar, mas volta no final do dia, você vai voltar? - minha filha pergunta e todos na sala se assustam, fomos pegos desprevenidos
- Não querida, a titia tem uma casa um pouco longe daqui! - Eva responde
- Quando você vai voltar? - insiste
- Não sei princesa, mas agora realmente tenho que ir, se cuida tá bom?! - diz dando um beijo na testa da minha pequena que so concorda, ela a entrega de volta para Maria, dou um beijo também na testa de Luz e entrego o casaco de Stuart. Vamos para o carro e pego o caminho mais rápido para a cidade
- Se importa de me deixar em minha casa? Preciso trocar de roupa - ela pergunta
- Tudo bem! - continuo dirigindo, paro o carro em frente ao prédio que ela mora, saio e abro a porta para que desça. Ainda está nevando muito, a ajudo e subimos para o seu apartamento. Assim que entramos eu noto um pouco da decoração, ao contrário da minha casa a sua é toda clean, tudo em tons claros, branco e bege, alguns poucos detalhes ganham as cores carvalho, preto e madeira, há fotos em uma bancada
- O senhor quer tomar algo? - ela pergunta
- Não, estou bem! - digo observando uma foto que está com o que eu acho que sejam seus pais, ela parece muito com a mulher, mas tem os olhos do homem.
- Não vou demorar! - escuto ela dizendo e contínuo a passar meus olhos nos porta retratos, encontro uma que ela está com uma loira, muito bonita também, está escuro, elas deviam está em algum tipo de balada, as duas sorriam com olhos fechado enquanto se abraçavam, vi uns fios soltos de cabelo na frente do resto da senhorita Stuart, mas o flash da foto só focou no rosto delas, não tive como ver o cabelo de Eva, e então me toquei que nunca a vi de cabelos soltos, o cabelo dela é preto, brilhoso, sempre com alguns fios soltando, mas nunca o vi realmente livre. Ouço o solado de um salto alto e me viro para olha-lá, ela veste um vestido preto todo colado que vem até os joelhos, passou uma maquiagem clara, algo agora ressaltava mais o verde do seu olhar, seu perfume invadiu a sala, ela sempre está linda, é impressionante
- Podemos ir? - ela pergunta
- Claro! - Respondo, saímos do seu apartamento não muito grande, mas sem dúvidas aconchegante e vamos todo o caminho até a empresa sem dar uma única palavra. Quando estaciono, desço para abrir a porta do carro para ela
- Aí! - ela diz ao tropeçar e eu imediatamente agarro em sua cintura, merda! Perto demais, ela está perto demais. Eva se segura em meus braços e olha pra cima e depois olha pra minha boca, ah menina, não me faça perder a merda do juízo que eu já não tenho...