Perca o Controle (Livro Concluído - em revisão)

Capitulo 72

Eva

Dormimos nos sofás. Os médicos acharam que seria melhor acompanhar Luz durante a noite, apesar de sua febre ter diminuído consideravelmente. Acordo e observo Cross dormir tranquilamente ... respiro fundo pensando se fiz certo em abrir meu coração para ele ontem. Alarick pode ser um homem difícil e com um temperamento quase que insuportável, mas me faz perder a noção do tempo, consigo flutuar quando estou com ele, e sei que posso estar soando com uma adolescente boba, mas é muito pelo contrário... uma mulher tão decidida quanto eu sabe exatamente quando tem algo especial a sua frente. Entretanto, não posso me dar ao luxo de ficar com alguém que não se esforçará por mim. Ele precisa demonstrar que está disposto e assim poderei fazer o mesmo... vejo a pequena que anda fazendo meu coração bater com força abrir os olhinhos... levanto-me com cuidado para não acordar o pai dela e me aproximo

- Bom dia, meu raio de sol - digo baixinho beijando sua testa

- Bom dia, tia Eva - responde ainda sonolenta - Você consegue mesmo expulsar todos os monstros não é?! Eles não ficaram em meus sonhos - sua inocência faz com que eu m apaixone ainda mais por ela

- Dessa vez foi você que expulsou todos eles, te falei que era forte - digo e vejo seus olhinhos brilhar. A levo com cuidado para escovar os dentes e na volta os médicos já estão nos aguardando. Não demora muito para que a pequena Luz receba alta. Ao sairmos do hospital, Simon e seu pai, jack nos esperam. Entramos e Luz dorme em meu colo. O caminho para a mansão é leve, além dos nossos seguranças pessoas, há mais 3 carros fazendo a nossa escolta... sinceramente, ainda não compreendo tamanha demanda, não é como se tivemos falando do presidente da república, sorrio com o meu pensamento. Aliso os cabelos da linda menina que quis vir dormindo com a perninha agarradas em minha cintura e com a cabeça em meu peito, suspiro ao me dar conta de como esse amor tá crescendo e o que vai ser dele se eu e seu pai escolhermos não prosseguir com o que quer que estejamos fazendo. Sinto o impacto do carro freando bruscamente me fazendo apertar Luz em meus braços e protegendo sua cabeça para não bater no banco da frente

- O que foi isso? - pergunto assustada. Jack sai do carro junto de Cross, olho para trás e vejo que cerca de 15 homens desceram dos carros que nos escoltavam. Simon rapidamente toma a direção do veículo - Simon!! Me responda - digo tentando entender o que houve

- Fique dentro do carro, senhorita! - afirma. Sinto minhas pernas estremecer e meu coração gelar. Olho pelo para-brisa do carro e vejo do que se trata, aliás, de quem se trata... coloco Luz deitada no banco e ela permanece dormindo, os remédios ainda estão fazendo efeito. Abro a porta do carro

- Evaaaa! - ouço Simon me chamar e o ignoro. Ando em direção a Cross. Percebo que dois carros atravessaram nosso caminho

- O que faz aqui, Elisa? - sinto minha voz soar estridente! Todos olham para mim. A mãe biológica de Luz está com um casaco de pele que me da arrepio de nojo e rodeada por 7 homens

- Agora a família patética está reunida! - diz sorrindo diabolicamente

- Saia do nosso caminho, Elisa! Eu já mandei você desaparecer desse país! - ele fala e sinto o ódio em sua voz

- Quero ver minha filha, soube que ela está doente - diz a mulher no tom mais cinico do mundo - Afinal, uma boa mamãe tem que cuidar dos seus filhotes, não é mesmo? - seu deboche faz com que todos os músculos do meu corpo reajam

- Você não é a mãe dela! - digo pausadamente e sinto meus dentes rangerem de raiva

- E quem mais seria, querida, você? HAHAHA - sua gargalhada faz com que eu queira matá-la

- Já falei a você para não chegar perto dessa criança! - afirmo tentando me aproximar dela. Os homens que a acompanham tocam no que acho que sejam armar em sua cintura e sinto dezenas de homens as engatilhando atrás de mim

- Vai mesmo deixar essa criança começar uma guerra, Cross? - ela pergunta dirigindo-se ao homem posicionado ao meu lado - Eu só quero a criança! - ela diz como se não fosse nada

- Você morreria antes de sonhar em por as mãos em minha filha - ele diz tranquilamente

- Voce sabe que poderíamos ter tido uma vida juntos não é? Se você não fosse tão absurdamente teimoso... - a voz de Elisa é insuportável e sinto meu corpo começar a entrar em combustão

- Jamais deixaria uma pessoa tão mesquinha, interesseira e cruel como você entrar em minha casa! - a frase faz com que a mulher sorria ainda mais

- Mas deixa essa desclassificada perto da minha filha - diz se referindo e sorrio

- Você é a única vadia desclassificada aqui! - digo e Elisa vem pra cima de mim com ódio. Enfio minha mão em seu pescoço antes que toque em mim, e cravo minhas unhas nele podendo ver o sangue escorrer. Seus homens ousam tentar chegar perto de mim mas são impedidos pelos seguranças

- Me solte, sua desgraçada! - grita - Voce não sabe quem eu sou! - esbraveja

- E você não sabe com quem tá mexendo, Elisa! - rosno e me aproximo - Suma! Eu te mando para a merda do inferno, antes de você chegar perto daquela menina - sinto o ódio em seus olhos e aperto ainda mais seu pescoço, sinto suas unhas arranharem meus braços nunca tentativa de se soltar - Eu acabo com sua raça, sua cachorra interesseira! - digo a largando. A mesma cambaleia e cai para trás. Um dos homens ajuda a levantar-se

- Ah, Stuart, você não perde por esperar! - grita - E eu não terei pena de você quando acabar com sua vida, vadia desgraçada! - ela diz olhando no fundo dos meus olhos e sinto um arrepio gelado escorrer em minha espinha

- Então seja boa o suficiente para não me deixar de pé Elisa, por que se eu ficar, acabo com você! - digo e ela entra no carro e sai. Respiro fundo e sinto meu corpo tremer

- Não deveria ter saído do carro, esse problema não é seu. - sinto seu braço na minha cintura

- Eu não consigo olhar para essa mulher! - digo botando-me para ele com os olhos marejados

- obrigada por protegê-la - ele diz ao me abraçar e balanço a cabeça em uma afirmação - Vamos pra casa...