Capitulo 52

39.7K 3.2K 407
                                    

                                            Eva

Voltamos muito rapidamente para o hotel. Cross não deu uma única palavra durante todo o caminho, e resolvi não incomoda-lo. A todo momento sua mão segurou a minha, o que me fez perceber que sua falta de assunto estava referente à sua tensão e não a mim, portanto, respeitei seu momento.

- Pode arrumar suas coisas, por favor? O juntinho já está nos esperando - ele diz com o máximo de calma possível e eu afirmo que sim. Corro o máximo que posso para arrumar tudo. Quanto termino ele ainda está no celular, vou ao banheiro e tomo um banho rápido e visto um vestido longo leve e pego um casaco para a viagem. Quando saio e está colocando nossas malas para fora do quarto enquanto um funcionário as recebe.

- Está pronta? - pergunta. Ele parece ter um tramado um banho banho também. Veste uma calça social cinza escura e um suéter preto. Seus cabelos estão molhados, mas alinhados como sempre.

- Estou, vamos. - passo pela porta e sinto sua tradicional mão em minhas costas para me guiar até o carro. Dessa vez, noto os seguranças juntos ao restante da tripulação que cuida do jatinho. Talvez eles tenham como conosco e eu apenas não percebi. A viagem de volta parece muito mais longa que o normal... talvez a visível ansiedade de Cross tenha me afetado. Desejo falar com ele, perguntar o que está acontecendo, se posso ajudá-lo em algo. Entretanto, não sinto liberdade para me meter. Ouvir o nome da mulher que falava em seu telefone, e acho que seja sua irmã, não acho que eu tenha o suficiente para me meter em assuntos de família...

    Sou acordada com Alarick tirando alguns fio de cabelo do meu rosto.

- Oi - diz com calma e sorrio em resposta - Chegamos, vamos? - pergunta e dou minha mão a ele. Entramos no carro e percebo que estamos tomando o caminho para sua cara. Sua tensão parece  aumentar proporcionalmente aos quilômetros percorridos. Aperto mais sua mão. Talvez eu não deva falar nada, mas ao menos estou aqui... recebo um olhar carinhoso de quem entendeu o recado. Quinze minuto, que mais pareceram horas, se passaram e finalmente chegamos q mansão. Vejo Cross descer e um dos seus seguranças abre a porta para mim. Desço meio deslocada, sem saber se devo entrar ou não. Sinto novamente sua mão em minhas costas e já sei a resposta. Nos encaminhamos para a porta principal. Mal entramos e ouvimos uma confusão

- Se você não sair daqui a agora, irei chamar a polícia!!! - uma mulher jovem fala. Ela tem cabelos naturalmente loiros, mas o formato do seu rosto e os característicos olhos azuis, entrega que trata-se de Lici. Ela tem Luz em seus braços que chora compulsivamente, o que faz meu coração apertar.

- O que está acontecendo aqui? - Cross fala pausadamente, em um tom que mais parece um rugido. Seus olhos quase entram em chama ao olhar a mulher do outro lado da sala... essa é uma loira, muuuuito longe de ser natural, está vestida em um casaco de pele, o que me faz ter nojo. Seu rosto bonito e o pouco que da para ver do seu corpo, me faz pensar que ela tem uma postura de modelo.

- Já faz muito tempo, Rick - ela diz e sua voz é estridentemente enjoada, além de um sorriso completamente falso.

- Não me chame assim. - o homem ao meu lado rosna

- Papiiiii! - Luz finalmente reconhece a voz do pai. Ele solta minha mão para caminhar até ela e afaga-la com carinhos enquanto a toma nos braços

- Oi, meu céu... - diz baixinho enquanto limpa suas lagrimas. Palmas soam na sala

- Que cena mais reconfortante - a loira oxigenada fala

- O que você está fazendo aqui, Elisa? - ele pergunta com raiva

- Ora, querido. Eu vim ver a minha linda filha - diz com naturalidade e me choca. - Eu carreguei essa criança por nove meses e olha só, ela feio a cópia fiel do pai. - a mulher é o cúmulo da falsidade. O clima de tensão na sala, faz com que eu perceba que ela não é bem vinda...

- Você não tem o direito de aparecer aqui! - Lici grita

- Não seja escandalosa sua pirralha - a loira responde com grosseria

- Cale sua boca! - Cross fala pausadamente - Nunca mais se dirija a minha irmã, a minha filha ou a qualquer pessoa da minha família - Ele diz ódio - O que você realmente quer, Elisa? - pergunta e dessa vez o seu tom parece atingir a mulher

- Eu quero a Luz! - diz com convicção e eu o ouço rir com ironia - Ela a minha filha também! - a mulher esbraveja

- Lici, leve Luz para o quarto. - ele entrega a criança chorosa e espera que as duas sumam no fim da escada - Que palhaçada é essa? - pergunta. Vejo Lici descer novamente, provavelmente Luz tenha ficado com Maria

- Porquê o susto, Cross? Sou a mãe dela. - a tal Elisa fala de maneira irônica

- É a mãe que vendeu a própria filha! - ele ressalta

- Isso é apenas um detalhe - diz enquanto passa os dedos pelos portas retratos expostos na decoração da casa - Eu preciso de mais dinheiro! - Ela falando com convicção enquanto vira-se pra ele

- Você me da nojo - Lici fala e a mulher dar de ombros

- Isso não vai acontecer, Elisa. - Cross fala em um tom baixo

- Como não? - a mulher se exalta

- Te dei 5 milhões de dólares para me dar a guarda da minha filha. É mais que o suficiente para viver um vida tranquila

- Eu não sou mulher para um vida tranquila, seu imbecil! - afirma com raiva.

- papai, fica comigo! - Luz aparece correndo na ponta da escada enquanto Maria tenta alcança- lá

- Se você não me der o que eu preciso, levo aquele mosntrinho comigo! - ela falou alto e ouço a criança chorar. Os seguranças aproximam-se dela - NÃO TOQUEM EM MIM, ou processos todos por violência contra mulher. - ela grita e vai em direção às escadas, Luz chora abraçada as pernas da babá que não sabe o que fazer. Vejo meu chefe ir em direção a mulher com todo ódio do mundo e tenho medo do que possa fazer.

- Saia daqui. - digo tranquilamente antes que ela coloque o pé no primeiro lance de escadas. Minha entrada em sua frente faz com que ela freie e Cross também.

- Quem você pensa que é? - diz com ironia

- Isso não cabe a você. Saia daqui. - repito

- Eu não vou a lugar a algum, e você não sabe com que está falando, saia você da minha frente. - ela fala e tenta passar por mim pela lateral. Puxo seu braço e a trago para perto, ela me olha assustada e não faço questão de se quer olhá-la também

- Você também não sabe quem eu sou, e não sabe do que sou capaz. - aperto mais seu braço - tá vendo aqueles seguranças? - aponto com o nariz - provavelmente eles não possam fazer muito em relação a você. Mas eu posso.

- Me solte! - grita

- Fale baixo! - rosno - Aquela criança não é sua, e ela não vai sair dessa casa. E eu juro por Deus, e por tudo que há de mais sagrado nessa vida, Elisa... que se chegar perto daquela garotinha, irá precisar de muito mais que 5 milhões para reconstruir esse seu rosto falso... - digo encarando-a. Solto seu braço que está visivelmente marcado... ela se afasta de mim assustada e vai em direção a porta, antes de sair ela nos olha

- Isso não vai ficar assim. - e sai.

Perca o Controle (Livro Concluído - em revisão) Where stories live. Discover now