My Worst Distraction

By KaahVs

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Aceita se Casar Comigo?- Disse Thomas Sim, eu aceito - Respondeu a pequena Eliza. Um casal jovem, apaixo... More

The Beginning
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By KaahVs

Alycias's POV

- Vem amor, vamos pra cama - Disse pegando Eliza no colo, com uma mão empurrava devagar o suporte do seu soro, ela aconchegou em meu peito e não dizia nada, apenas ficava de olhos fechados. Um tempo havia se passado e eu ja havia banhado a mesma, ela não vomitou mais depois disso mas ainda continuava com nausea.

Com cuidado deitei Eliza na cama e a cobri com a coberta que estava em seus pés, a mesma se aninhou no travesseiro e abriu os olhos, me olhando com carinho, fiz um cafuné em seu cabelo e beijei sua testa.

- Você quer tentar dormir um pouco? - perguntei puxando a poltrona pra perto da cama, ela estendeu sua mão pra mim, entrelacei nossos dedos, então ela puxou minha mão me fazendo aproximar mais

- Deita comigo - susurrou ela baixo, assenti sentindo meu coração doer com sua expressão de dor, de cansaço. Me deitei ao seu lado e ela logo deitou a cabeça no meu peito, sua mão embaixo da sua bochecha, a abraçei de lado e então ela susurrou outra vez.

- Lê pra mim? eu apenas preciso escutar sua voz - pediu baixinho, mordi o labio e estiquei um braço pra pegar um livro que estava ao lado da cama. Peguei o livro e abri o mesmo, Eliza manteve os olhos fechados, me ajeitei melhor, beijei sua testa e respirei fundo.

- Um novo amanha.. capitulo um.. As paredes de pedra estavam de pé havia mais de dois seculos, simples, mas resistentes. Formadas por rochas das colinas e dos vales.... - Comecei a ler, Eliza ainda estava acordada, hora ou outra sua testa franzia, indicando que ela estava com nausea ainda. Ja haviam se passado três capítulos e eu senti seu corpo mole ao meu lado, sua respiração calma, então percebi que ela estava adormecida em meus braços, e eu me senti aliviada por ajuda-la a dormir, me sentia impotente em relação a quimio, como se eu não pudesse fazer nada pra ajuda-la, ou pra fazer sua dor sumir, ou diminuir, e isso me deixava frustrada, não aguentava ve-la triste, ou com dor, ou qualquer coisa relacionada. Ela devia estar fazendo o que gosta, com amigos, dançando, bebendo, se divertindo, e não deitada em uma cama de hospital sem ao menos conseguir se levantar sozinha. Era o terçeiro dia de sua quimio e ela estava cada vez mais fraca, mas não havia nada que eu podia fazer a não deixa-la confortável e mostrar que eu jamais sairia do seu lado.

- Ela dormiu? - perguntou Marie que nos observava da cama de acompanhante, assenti e olhei para Eliza, acariciei seu rosto, sua expressão agora tranquila, seus labios entre abertos, e ela estava dormindo profundamente.

- Vá dormir tambem, irei cuidar dela durante a madrugada, se eu precisar de alguma coisa eu te chamo, mas durma, sei que tem aula amanha - disse para Marie que tambem parecia cansada, ela assentiu sussurrando um 'obrigada', e se deitou. A madrugada de passava e Megg entrou no quarto duas vezes para tirar sangue de Eliza, a mesma fez tudo com o maior cuidado pra não acordar Eliza, suas mãos eram de fadas, pois Eliza continuava dormindo profundamente. Disse para Megg o que havia ocorrido mais cedo e ela disse que conversaria com Dra White pra ajustar algum remédio para que a nausea e o vomito diminuíssem. Marie não dormia assim como eu, hora ou outra ela de virara pra olhar se Eliza continuava a dormir e eu apenas assentia em silencio e ela se virava novamente.

A manha chegou e Eliza espreguiçou ao meu lado o que fez a cama apitar, ela assustou e começou a rir, porem seu sorriso era triste, suas olheiras estavam visiveis, sua expressão mais cansada que a noite passada, e outra vez senti algo dentro de mim doer. Ela me olhou e eu tentei sorrir, acariciei seu rosto e ela encostou a testa na minha, acariciei suas bochechas e ela sorriu novamente, olhei seus labios, seus dentes perfeitos e pequenos, e não me segurei, segurei sua nuca e a beijei, não esperava esse meu ato mas eu precisava senti-la, precisava da minha Eliza, seu beijo era como um conforto pra mim, o remedio que fazia a minha dor passar, e eu precisava a todo tempo. Eliza retribuiu o beijo lentamente, acariciei sua nuca e segurei seu rosto com as duas mãos intensificando o beijo, uma enorme vontade de chorar se formando dentro de mim, suas mãos foram pra cima das minhas e ela se afastou do beijo, como se fosse muito pra ela e eu me senti culpada, selei seus labios com carinho e seus olhos estavam cravados em meus labios.

- Desculpa meu amor - susurrei percebendo sua respiração ofegante, pelo cansaço e pelo beijo, ela sorriu timidamente e beijou minha bochecha

- Nunca se desculpe por me beijar - sussurrou com a voz fraca, nossos olhos se encontraram, suas mãos acariciavam meu cabelo e minhas mãos o seu rosto, como se não fosse possível ficar sem toca-la. Escutamos um barulho e nos viramos juntas pra ver Marie se espreguiçando e nos olhando, ela sorriu pra Eliza e se levantou rapidamente fazendo um rabo de cavalo nos cabelos.

- Como você esta se sentindo? - disse ela beijando a testa de Eliza

- Estou um pouco melhor, só sinto como se eu tivesse corrido uma maratona de tão cansada que meu corpo esta, é como se eu tivesse sido atropelada por um caminhão - disse ela franzindo o nariz porem havia um sorriso brincalhão em seus labios, acariciei seu braço descoberto e ela me olhou, seu olhar carinhoso, aquele que fazia eu me derreter todinha.

- Fico feliz que esteja melhor, quanto ao cansaço, Alycia, pensa que eu não vi você se aproveitar da minha menina?  tu toma tento guria - disse ela fazendo Eliza rir e esconder o rosto em meu pescoço, mordi o labio e neguei com a cabeça, sem deixar de rir com o comentário.

- Idiota, você não tinha aula? - perguntei e ela assentiu e olhou pro relógio assustada, elas começou a se arrumar rapidamente, enquanto xingava por ter dormido demais, Eliza ria das palhaçadas de Marie, e eu fiquei agradecia pela mesma sempre estar ao lado da minha loira, pois ela sabia como fazer um momento triste parecer engraçado, e era o que Eliza precisava. Eu estava tão esgotada com tudo que eu não era capaz de brincar com isso, apenas dar carinho, amor e atenção, mas brincar com isso jamais.

Me levantei depois de selar os labios de Eliza varias vezes causando uma risada fofa sair de seus labios, tomei um banho rapido, e fui com Marie até a cafeteria do hospital, Eliza havia ficado em boas mãos, Megg e White.

- Obrigada Marie por tudo - disse abraçando a mesma, ela sorriu e me abraçou mais forte

- Obrigada você Alycia, eu não sei o que seria de Eliza sem você, eu não tenho a força que você tem de apoia-la, eu tenho o meu jeito, mas ela precisa muito de você, mas do que de qualquer um, e eu sei que você jamais ira decepciona-la, e eu vou estar aqui também, todo o tempo.

Disse Marie me dando um aperto no ombro e um beijo no rosto,  sorri para a mesma que agora se afastava indo embora, respirei fundo e tomei meu café rapidamente, queria voltar pra Eliza o mais rapido possivel, então assim que terminei voltei para o quarto e assim que abri a porta eu vi uma menina sentada ao lado de Eliza, que a fazia rir, sorri com a imagem e fechei a porta chamando a atenção das duas.

- Estou atrapalhando alguma coisa? - digo sorrindo percebendo o olhar da pequena em mim, ela tinha olhos verdes parecidos com os meus, e até se parecia um pouco comigo, pensei um pouco lembrando se eu tinha uma filha e não sabia pois era incrivel como ela parecia comigo, ate o jeito de olhar.

- Alycia - disse Eliza esticando a mão, peguei a mesma e me aproximei da cama - Essa é Lexa, e Lexa essa é Alycia - disse ela nos apresentando, Lexa sorriu abertamente e esticou a mão pra mim, apertei a mesma e beijei as costas de sua mão

- Princesa Lexa - disse afastando os labios de sua mão, ela sorriu corada e se mexeu envergonhada pra mais perto de Eliza, achei a coisa mais linda e sorri abertamente.

- O que estavam conversando? - perguntei me aproximando de Eliza, ela sorria tambem, me sentei ao lado da mesma e coloquei o braço envolta da sua cintura e beijei seu ombro deixei o queixo sobre o mesmo, Eliza pareceu ficar tensa então afastei e olhei pra ela.

- Vocês são namoradas? - perguntou Lexa roubando minha atenção, oh merda nem percebi o que havia feito, era tão automático pra mim. Abri a boca varias vezes tentando encontrar uma resposta e nada, olhei para Eliza e ela me olhava tambem.

- Sim, ela é minha namorada - disse Eliza quebrando o silencio, Lexa sorriu e nos observou por um tempo.

- Ela é muito bonita - disse a pequena para Eliza que corou, e eu tambem pois ela estava falando como se eu nao estivesse ouvindo.

- Você tambem é linda pequena - disse passando a mão em sua cabeça, ela sorriu e se sentou na posição de indio.

- Me contem como se conheceram - disse ela animada, sorri corada e voltei a mesma posição, abraçando Eliza de lado com o queixo em seu ombro, Eliza por sua vez levou sua mão pra tras alcançando meu cabelo e começou um cafuné.

- É uma historia interessante, não é mesmo amor? - perguntou Eliza me olhando, sorri e assenti me lembrando como se fosse ontem, quando uma loira toda arrumada, de óculos escuros entrou em meu escritório, sua cara enjoadinha, seus cabelos loiros, perfeitamente caídos em seus ombros, e aquela atitude irritante de superioridade.

Eliza contava a nossa historia, excluindo detalhes, claro, e eu ajudava a contar hora ou outra, a pequena parecia estar gostando da historia pois ela nem piscava, e então terminamos de contar e ela me ajoelhou sentando sobre seus pés

- E agora, vocês vão se casar? - Perguntou ela sorridente, olhei para Eliza e meu coração parou no momento em que ela assentiu e disse sim, senti minhas bochechas ficarem dormentes, provavelmente eu estava como um pimentão mas estava feliz, extremamente feliz.

- Vamos sair daqui e vamos nos casar sim, é isso o que me mantem sã aqui dentro, é saber que quando eu sair daqui eu terei meu refugio, o meu lar, meu lar com ela - Eliza dizia me olhando porem suas palavras eram para a pergunta de Lexa, peguei sua mão e beijei diversas vezes a mesma, susurrei em seu ouvido que eu a amava demais.

- Por mim, eu me casaria com ela hoje mesmo - disse entrelaçando nossos dedos, olhei para Lexa a ela estava vidrada em mim e em Eliza, sua boquinha aberta, surpresa porem com um sorriso nos labios, corei novamente e Eliza me olhou nos olhos.

Escutamos batidas na porta e eu me afastei de Eliza quando a porta se abriu e eu vi Thomas entrando, ele nos lançou um olhar e abriu mais a porta, me levantei rapidamente percebendo que sua mãe estava junto, Tereza entrou no quarto, Lexa tambem se levantou e veio ate mim, peguei sua mão.

- Lexa vamos dar uma volta? - perguntei pra pequena, ela assentiu rapidamente e se soltou de mim pra dar um beijo em Eliza, segurei sua mão novamente e passei por Thomas e Tereza.

- Oi Thomas, Tereza - disse tentando sorrir, Thomas assentiu e respondeu, Tereza me abraçou e beijou meu rosto, ela parecia surpresa, era de me ver ali com Eliza? pode ser.

- Até mais - disse saindo pela porta e fechando a mesma, sei que precisava dar privacidade pra eles mas a curiosidade estava me corroendo, Lexa percebeu e perguntou o que havia de errado e eu apenas contei a verdade, a pequena disse que eu devia voltar la e ficar ao lado de Eliza, e eu dizia que não, até que a mesma me convenceu com um olhar de cachorrinho sem dono, respirei fundo e deixei Lexa em seu quarto e fui para o de Eliza.

Abri a porta devagar e os olhos se voltaram pra mim

- Me desculpem, eu só vim pegar minha carteira e meu celular - mentira, eu queria saber o que tanto conversavam.

- Tudo bem querida - disse Tereza voltando sua atenção para Eliza, a mesma acariciava Eliza a todo momento, e eu estava feliz em ver que mesmo não sendo mais a sogra ela apoiaria Eliza.

- Querida, você precisa entender, Thomas não queria terminar com você, ele só estava um pouco atordoado com tudo o que aconteceu, mas Thomas quer voltar - disse Tereza, olhei incrédula para a mesma, Thomas me lançou um olhar de que não era ideia dele, sua expressão brava.

- Não mãe, ja discutimos isso, eu não posso voltar com Eliza - disse ele se levantando e indo perto de sua mão

- E por que não Thomas? vocês se amam desde pequenos, não esta vendo que ela precisa de você? - perguntou Tereza, eu estava sem reação, apenas acompanhando quieta o show particular, minha boca seca, o coração acelerado, não podia estar acontecendo isso, que merda, agora que ela era minha, não iria entrega-la assim, nunca.

- Tereza - chamou Eliza com a voz claramente abalada, olhei a mesma e ela me olhou pedindo ajuda, me aproximei sem perceber, e Tereza me olhou e eu parei novamente.

- Não mão, eu não posso por que.. - disse Thomas olhando para Eliza - Por que eu amo Alycia, e eu e ela estamos tendo um caso - disse ele mentindo, Tereza, Eliza e falando na mesma hora 'O QUE?' olhando para Thomas, o mesmo se mantinha firme, como se o que falou era a mais pura verdade.

- Thomas não brinque assim comigo, eu não sou estupida - disse Tereza, ela estava começando a se alterar, olhei Eliza e ela mordeu o labio abaixando a cabeça, me aproximei novamente mas parei ao ver o olhar de Tereza sobre mim, que merda.

- Você prefere mentir do que me contar a verdade? Eu sei a verdade Thomas - disse Tereza olhando para Thomas, o mesmo engoliu seco, mas se manteve firme

- E qual é a verdade mãe? - perguntou ele em um tom desafiador, a mesma continuava olhando nos olhos de seu filho quando falou.

- Eu sei que Eliza e Alycia estão juntas - disse ela de uma vez, seu olhar caiu em mim e em Eliza, eu estava congelada em meu lugar e Eliza estava a mesma coisa, com a boca aberta, tão surpresa quanto eu, Thomas parecia em choque também.

- Vá em frente Alycia - disse ela e eu entendi que ela havia me dito e fui finalmente em direção a Eliza e me sentei ao seu lado a puxando para o meu peito.

- Como.. ham.. como.. quando..- perguntava Eliza atordoada

- Eu soube que havia algo entre você no momento em que vocês dançaram juntas na aula de dança, não tem como negar que o olhar de vocês dizia tudo, e então o ciume de Alycia, e vocês são sabem como esconder a aliança - disse ela finalmente me olhando nos olhos, ela não parecia brava. - Só não entendo o por que esconder de mim - disse Tereza olhando para Eliza, a mesma se encolheu ao meu lado, Thomas permanecia calado.

- Tivemos medo da sua reação, eu não esperava me apaixonar e deixar seu filho, mas aconteceu - disse Eliza olhando Tereza.

- Eu amo você, amo Alycia e eu disse que vocês iriam se dar bem quando dessem uma chance, e olha o que aconteceu, como eu poderia não aceitar? quando eu vi nos olhos das duas o desejo, a paixao, o amor? o jeito que Alycia cuida de você, é a demonstração mais pura de amor minha querida, eu estou feliz por vocês, fiquei surpresa apenas, mas você e Thomas não tinham o olhar que você tem com Alycia, e ele ira achar o amor dele tambem, se não deu certo, tudo bem, ele segue em frente, e você, seja feliz, você merece - disse Tereza se inclinando para Eliza e beijando sua testa, a mesma beijou a minha tambem e se despediu com Thomas, disse que voltaria depois pra conversar melhor, porem Eliza e eu estavamos vegetando, digerindo tudo o que havia acontecido.

- Parece que temos a bençao dela - disse olhando para Eliza que sorriu timida e se jogou em meus braços, trocamo selinhos molhados e carinhos até ouvir outro barulho na porta.

- Hoje é o dia - disse indo ate a porta, vi um homem loiro e uma mulher na porta, esperando. Os dois tinham pose elegante, suas roupas impecáveis e eu me senti envergonhada pela roupa que eu usava e pelos meus cabelos.

- Posso ajudar? - perguntei

-Esse é o quarto de Eliza? - perguntou a mulher ajeitando sua bolsa, assenti e ela deu um passo pra frente, dei um pra traz e então os dois passaram por mim, me olhando dos pes a cabeça, assim que eles entraram no quarto Eliza olhou surpresa.

- Mãe? Pai? - perguntou ela com a voz fraca.

- Eliza, recebemos uma ligação de Tereza dizendo que não havera mais casamento, isso é verdade? - perguntou sua mãe, Eliza me olhou e olhou pra ela

- Sim é verdade - disse ela se ajeitando na cama

- Você esta de brincadeira Eliza, o que pensa que esta fazendo? Você tem que se casar com Thomas, eu te obrigo se for preciso - disse o pai de Eliza, olhei incredula pra ele, eu ainda estava parada na porta, sera que eles não veem que Eliza esta numa cama de hospital, céus.

- O senhor não pode me obrigar, eu não irei me casar - disse Eliza se exaltando, pelo menos não com ele - completou sua frase e me olhou, senti o olhar de raiva dos dois sobre mim.

- Você não tem escolha, vai se casar e ponto final, vou falar com Tereza agora e voltar com os preparativos - disse sua mãe, Eliza me olhou com os olhos cheios de lagrima, ela negava.

- Chega -

Todos os olhares cairam sobre mim, inclusive Eliza com um olhar assustado.

- Eu vou pedir educadamente que se retirem - disse com a voz firme, embora sentia meu corpo gelatinoso, eu jamais pensaria em discutir com os pais de Eliza.

- Desculpe? - disse a mãe de Eliza me olhando novamente dos pés a cabeça

- Não, não desculpo, agora saiam, os dois - disse novamente me aproximando.

- Você garota, não se meta, isso é uma conversa em familia, você não tem o direito de se meter -disse seu pai vindo em minha direção

- Ai que o senhor esta enganado, eu vou me meter, pois isso diz a respeito a mim tambem - disse olhando Eliza procurando sua permissão, ela assentiu chorando baixinho - Sou a noiva de Eliza, portanto ela não ira se casar com ninguem a não ser comigo, não por obrigação, mas por amor - disse ficando cara a cara com seu pai.

- Isso só pode ser uma brincadeira, Eliza jamais ficaria com uma garota como você, olha só seus trajes, não deve ter dinheiro nem pra ter seu proprio carro - disse ele jogando na minha cara

- Pois essa garota aqui foi quem pagou o tratamento da sua filha, essa garota aqui que esta cuidando de Eliza 24 horas por dia enquanto vocês os pais não ligam pra saber como ela esta, não respeitam o estado dela? - apontei para Eliza, os dois acompanharam meu olhar - Portanto eu vou me meter e vou pedir educadamente mais uma vez pra que se retirem. Não são bem vindos aqui. Não enquanto não enxergarem que tem algo mais importante do que dinheiro, a filha de vocês precisa de carinho, de atenção de apoio, mas não tiveram a capacidade de perguntar como ela esta, percebem o quão egoístas são? Agora por favor, saiam, ou serei obrigada a chamar o segurança - disse me aproximando de Eliza que entrelaçou nossos dedos, meu corpo todo tremia, mas segurar em sua mão me acalmou imediatamente, seus dedos acariciando os meus. Seus pais deram uma ultima olhada em nós duas e em nossas mãos e sairam do quarto.

- Você esta bem amor? - perguntei me sentando na cama e a puxando contra meu peito, ela chorava agora, deixando toda a dor sair de seu peito e eu apenas dei seu tempo, acariciando suas costas e sussurrando que tudo iria ficar bem, ela sussurrava desculpa a todo tempo, mas eu não o que desculpar, os pais delas que eram uns insensíveis, e eu jamais iria abaixar a cabeça pra quem quer que fosse que não a tratasse como ela deveria.

- Você pagou meu tratamento? - perguntou Eliza quando ela parou de chorar, limpei seu rosto e suspirei

- Sim amor, mas não vamos falar sobre isso, me desculpe - disse acariciando seu rosto e beijando sua testa, ela se afastou pra me olhar

- Você fez o que eu penso que fez? - perguntou ela, não quis responder - Você vendeu seu rinque por mim? - outra vez mantive o silencio entre nós, ela segurou meu rosto me fazendo olha-la - Me responde -

- Sim - sussurrei derrotada, ela me olhou incrédula.

- Não acredito que fez isso, por mim - sussurrou ela ainda em choque, acariciei seu rosto e beijei o mesmo, ela ainda me olhava.

- Eu te amo, você deveria saber que sou capaz de tudo por você - disse em sussurro em seu ouvido, ela fungou e a olhei, ela chorava.

- Eu quero te pedir uma coisa - disse me afastando pra pegar suas mãos, ela assentiu e limpou seu rosto - Quando você sair daqui, você gostaria de ir morar comigo? - perguntei com medo da resposta, ela ficou em silencio observando meu rosto

- Eu irei a qualquer lugar, contanto que seja com você - disse ela antes de me puxar para um beijo urgente, demorei pra processar mas logo retribui o beijo na mesma intensidade, suas mãos acariciando meu cabelo, suas unhas arranhando o meu couro cabeludo, minhas mãos foram pra sua cintura a apertando hora ou outra, ela se sentou em meu colo por impulso e eu apenas a mantive no mesmo lugar ainda apertando seu corpo contra o meu, nossas linguas se encontravam em uma perfeita dança, o calor de seu corpo se misturando com o meu, ela parava o beijo hora ou outra pra respirar e eu esperava seu tempo, mas estava desesperava pelo seu toque, que não me lembrei onde estávamos, apenas queria senti-la, de alguma forma.

Deslizei as maos de sua cintura para a sua bunda, a qual eu acariciei, e ela se moveu encima de mim, meus labios atacaram seu pescoço enquanto ela recuperava a respiração, suas mãos puxando meu cabelo me causando um fogo dentro de mim, de seus labios saiam as palavras que me deixavam mais loura, eu te amo, ela dizia a todo tempo, entre o beijo, enquando beijava meu pescoço, enquanto me olhava nos olhos, e eu susurrava de volta a todo momento, como se o nosso eu te amo fosse uma droga, tanto pra mim quanto pra ela.

- Senti saudades do seu corpo - susurrei acariciando seus seios de leve, ela sorriu e voltou a me beijar porem mais devagar devido o seu cansaço, e então eu percebi que estava sendo egoista, e que ela precisava descansar, então a empurrei para o lado, ela se deitou mas logo me puxou pra deitar junto, seus olhos a entregavam mas não podíamos fazer nada, estávamos em uma cama de hospital e ela estava tão fragil, céus.

- Amor, só me toca por favor - Eliza disse olhando meus labios, estremeci dos pes a cabeça e sem conseguir me segurar a beijei novamente, minhas mãos passeavam por todo o seu corpo, apenas o apreciando, ela fazia a mesma coisa comigo, mas nossos toques agora eram suaves, matando a saudade uma da outra, eu estava dividida entre o desejo e a razão e ela não estava me ajudando a escolher um lado.

Ficamos nos beijando e nos acariciando sem pudor, ela susurrava em meus labios pedindo pra me sentir e eu negava, dizia que ela precisava descansar, e de tanto negar ela acabou desistindo e adormecendo em meu peito, seu corpo agora aninhado no meu. E eu velei seu sono mais uma vez até que chegou a hora dela comer, recurou no almoço, no cafe da tarde e na janta, Megg disse que iria mudar a medicação pois ela estava perdendo o apetite e precisava comer, então incluirão o soro junto com a quimio.

Megg ajudou a dar um banho em Eliza pois Dra White queria falar comigo e eu fui até sua sala.

- Queria me ver? - disse entrando e me sentando em sua frente, ela assentiu.

- Alycia querida, precisamos conversar... Eliza não esta reagindo a quimio como esperávamos, estamos mudando a medicação, mas ela não esta mostrando resultados, iremos terminas os sete dias, mas precisamos conversar sobre depois. - Dizia White, mordi o labio tentando entender o que ela queria dizer.

- Como assim depois? - Disse sentindo minha voz falhar, White respirou fundo e pegou minhas mãos.

- Se ela não responder a quimio, Eliza precisara de um transplante de medula ossea - disse White, a olhei tentando ainda processar.

- E isso.. ham .. céus ..- disse colocando as mãos na cabeça, ela se sentou ao meu lado e passou a mão pelas minhas costas

- Eu fiz o exame a alguns dias, eu sou compativel? - perguntei com os olhos cheios de lagrimas

- Infelizmente não querida, todos que fizeram o exame não são compatíveis - disse ela respirando fundo novamente, eu ja estava com o coração acelerado, o mesmo batia feito louco dentro de mim, não não não.

- Quanto você precisa pra fazer isso o mais rapido possivel? - disse na hora do desespero, ela pareceu entender

- Querida não é questao de dinheiro, a questão é que agora ela esta na fila de espera, pode demorar dias, semanas até anos, mas ..

- ANOS? - Não, tem que fazer agora, eu não posso perder ela, não .. - Comecei a me desesperar e White pegou um copo de agua pra mim, apertei meus cabelos com força, senti meus olhos embaçados pelas lagrimas que se formavam.

- Alycia, acalme-se, estamos fazendo tudo o que podemos...

- Não esta fazendo o suficiente - disse me levantando com raiva - Voce prometeu, prometeu que iria ficar tudo bem - disse me afastando dela enquanto as mesma tentava se aproximar

- Acalme-se - disse ela novamente, neguei novamente

- Eu não quero me acalmar, quero que você faça minha namorada ficar bem, ela .. eu .. - disse perdendo todas as forças que eu tinha, a ideia de perder Eliza me matava junto com ela, eu não podia aceitar, abri aporta da sua sala e sai correndo, pude escutar alguém chamar meu nome mas eu queria sumir, queria que a dor sumisse, a dor que eu sentia me tirava o ar. Corri até chegar em uma ala vazia do hospital, e cai no chão com as costas encostadas na parede, coloquei a cabeça em meus joelhos e me permiti chorar, os soluços me atingindo, a vontade de gritar crescendo dentro de mim e eu me permiti gritar quando senti alguem me abraçando com força, não queria saber quem era, eu só queria chorar, mas não sai do abraço, continuei chorando e gritando, tentando de alguma forma diminuir a dor que apenas se intensificava em meu peito a cada lembrança que eu tinha de Eliza.

Vim pra lhe encontrar, dizer que sinto muito

Você não sabe o quão amável você é

Tenho que lhe achar, dizer que preciso de você

E te dizer que eu escolhi você

Conte-me seus segredos, faça-me suas perguntas

Oh, vamos voltar pro começo

"- Céus Eliza, olha a bagunça - disse pegando as cascas de ovo do balcão e jogando no lixo, ela me olhou irritada.

- Hey, eu ia limpar ok? Você que resolveu acordar cedo - disse ela pegando um pano e passando no balcão cheio de farinha, coloquei as duas mãos nas bochechas e abri a boca vendo a bagunça, respirei fundo e fui para a pia, Eliza então limpava a mesa e o balcão enquanto eu lavava a louça

- Você que resolveu acordar cedo - disse imitando a mesma, ela me olhou incrédula e eu joguei um pouco de água em seu rosto, ela ficou vermelha na hora, levantei as mãos me rendendo, ela furiosa veio pra cima de mim

- Hey hey, eu estava brincando - disse quando ela se aproximava furiosa e então senti algo gelado na minha blusa e quando olhei para baixo vi que ela havia jogado água em minha roupa, a olhei incrédula e ela apenas sorriu diabolicamente, meus lábios se formaram um sorriso sapeca então logo a puxei pela cintura a segurando perto de mim enquanto molhava todo seu rosto e roupa, ela colocava as mãos no rosto tentando tampar, ela ria agora, meu coração se aqueceu com a visão, então ela parou de rir e me olhou seria, engoli seco e a soltei aos poucos.

- Olha a bagunça que ficou agora - disse ela quebrando nossa troca de olhares, revirei os olhos

- Relaxa, eu limpo isso aqui rapidinho - disse sorrindo timida

- Claro, tava morrendo na cama e agora vem brincar com água - disse ela com os braços cruzados - Não posso ser sua baba pra sempre ok? - disse ela bravinha e eu não aguentei e ri com sua expressão, ela se deixou sorrir enquanto me observava com atenção, senti meu corpo temer com seus olhos azuis tão intensos. Novamente nossos olhos se prenderam um no outro por um tempo indeterminado."

Correndo em círculos, perseguindo a cauda

Cabeças numa ciência à parte

Ninguém disse que era fácil

É uma pena nós nos separarmos

Ninguém disse que era fácil

Ninguém jamais disse que seria tão difícil assim

Oh, me leve de volta ao começo

"If I can't help, falling in love with you?

Se eu não consigo evitar de me apaixonar por você

Olhei para Eliza e ela estava com os olhos em mim, olhei sua mão sobre o sofá e como no dia em que estávamos em minha cama encostei nossos dedinhos, voltei meu olhar para ela e a mesma observava nossas mãos, senti meu coração explodir de ansiedade, eu queria saber o próximo passo, eu precisava saber o que iria acontecer, e então vi Eliza me olhar, seus olhos intensos, a musica continuava.

Eliza então pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos, novamente nossos olhares caíram sobre nossas mãos juntas, respirei fundo e fechei os olhos sentindo seu cheiro, e pude sentir Eliza se aproximar de mim, abri os olhos e ela estava a centímetros de mim, seus olhos intensos, me inclinei aos poucos, mas um pouco.. eu não conseguia pensar em mais nada, eu estava perdida naquele momento, com aquela musica, com Eliza e aquelas doses de tequila fazendo efeito na minha corrente sanguínea.

For I can't help, Falling in love with you.

Pois eu não consigo evitar de me apaixonar por você ."

Eu só estava pensando em números e figuras

Rejeitando seus quebra-cabeças

Questões da ciência, ciência e progresso

Não falam tão alto quanto meu coração

"- O que você veio fazer em meu quarto? - perguntei calma, respirei fundo

- Eu eu .. - Eliza dizer alguma coisa, mas estava muito envergonhada, acariciei seu rosto e me aproximei olhando seus olhos, nossos olhares se encontraram e era como se eu estivesse me pedindo permissão, então ela acabou com o espaço que havia entre nossos labios lentamente, roçando seus lábios nos meus, sentindo seu corpo todo arrepiar e entrar em sinal de alerta, sua respiração em meu rosto me deixando com a respiração descontrolada, lentamente selei seus lábios, ela fez o mesmo de modo delicado, ela inclinou seu rosto para o outro lado e selou novamente nossos lábios, me ajeitei melhor e selei novamente nossos lábios, afastei meu rosto do seu e ela me olhou carinhosa, passei meu dedão novamente em seu lábio inferior então o substitui por meus lábios que se encaixaram perfeitamente, então puxei uma, duas, três vezes seu lábio lentamente, ela então chupou meu lábio um pouco mais intenso e então iniciamos um beijo calmo, apenas os lábios se conhecendo, se tocando, meu coração descontrolado em meu peito, seus lábios, suas mãos, seus carinhos, era tudo o que eu precisava."

Diga-me que me ama, volte e me assombre

Oh, quando eu corro pro começo

"- Boa noite minha pequena - sussurrei e selei nossos labios, ela sorriu finalmente e fechou os olhos agora se prendendo a mim como um bebe coala, não reclamei apenas a segurei pela cintura acariciando suas costas e beijando sua testa, ela sussurrou.

- Boa noite - disse Eliza com a cabeça em meu pescoço, sorri e acariciei suas costas - Meu amor - A ultima frase sua saiu quase inaudível, mas eu havia escutado e eu não consegui me segurar e uma lagrima deslizou pelo canto dos meus olhos me pegando de surpresa."

Correndo em círculos, perseguindo nossas caudas

Voltando a ser como éramos

"- Você tem que parar de fazer isso - disse ela

- Isso o que? - perguntei confusa começando um carinho nas suas costas

- Você sabe.. me tratar como se eu fosse a pessoa mais importante da sua vida - disse ela me olhando agora, senti meu peito acelerar, ela era especial, ela era unica, não tinha como ela não ser importante, porem ela estava se tornando a minha prioridade, eu já não ligava mais pra nada a não ser ela, tudo que eu pensava era ela, tudo o que eu falava era dela, Maia já estava de saco cheio comigo mas como melhor amiga ela tinha que aguentar, então sim, ela era a pessoa mais importante pra mim.

- Eu gosto de você Eliza, gosto muito - sussurrei no seu pescoço, ela arrepiou e me sentou no meu colo me pegando de surpresa.

Fitei Eliza que me olhava intensamente, engoli seco e meus olhos caíram até a barra da sua blusa a qual ela puxava lentamente pra cima, acompanhei seus movimentos até ela retirar a peça sem deixar de me olhar, segurei na sua cintura acariciando com os dedos sua pele macia, meus olhos se perderam no corpo de Eliza, a mesma segurou meu queixo e levantou meu rosto fazendo nossos olhares se encontrar

- Olhe pra mim, só pra mim ... - ela sussurrou quando retirou seu sutiã devagar, passando lentamente sobre seus ombros até tirar a peça por completo, acariciei sua cintura por nervosismo, eu não esperava essa reação dela e não sabia se tava preparada.- "

Ninguém disse que era fácil

É uma pena nós nos separarmos

"Vamos andar em alguma coisa - disse a puxando pela mão, ela rapidamente levantou animada e fomos até o carrinho de bate bate, eu sabia andar perfeitamente mas Eliza ficou rodando os 5 minutos no mesmo lugar, o rapaz tentava a ajudar e ela ficou frustrada por não conseguir e eu ria, não consegui parar de rir e ela me olhou incrédula, mas logo riu também assim que terminou o tempo, sai do carrinho e fui ate ela, entreguei um ingresso para o rapaz e me sentei ao seu lado, e então a ensinei como fazia, e ela logo conseguiu andar, ela sorria abertamente aproveitando o ventinho que vinha em nossos rostos mas ela rapidamente xingou quando sentiu alguém bater nela, olhei para o lado e era uma menininha que parecia assustada

- Eliza isso é um carrinho de bate bate, céus - disse rindo contra seu ombro, ela pediu desculpa pra menininha e logo ela entrou na brincadeira, a pequena assustada ja sorria pra Eliza como se fossem amigas a muito tempo, ela tinha uma facilidade com criança que era lindo de ver.

Ninguém disse que era fácil

Ninguém jamais disse que seria tão difícil assim

"- Eu aceito, eu.. Meu Deus, eu aceito - disse Eliza sorrindo que nem uma boba apaixonada, sorri abertamente e com dificuldade retirei a aliança da caixinha e coloquei em seu dedo e depositei um beijo na mesma, meu corpo estava vermelho, meu coração pulava feito louco dentro de mim, fiquei com medo de ter um ataque ali mesmo. Eliza Pegou a outra aliança e colocou em meu dedo e beijou assim como ela fez, nossas mãos tremulas, logo me levantou e peguei Eliza cintura a rodando no ar tomando cuidado com o seu soro, ela se segurou em meu pescoço e sorri contra sua bochecha, a coloquei no chão e nossos olhos se encontraram, eu me via nela, via o amor que ela sentia através dos seus olhos, ela era minha e eu era dela, nada mais importava.

- Você e eu? - ela perguntou assim que colei nossas testas, ela abriu os lábios lentamente e passou sua lingua por eles quando olhou meus lábios, estremeci com seu gesto e observei seus lábios

- Eu e você - sussurrei antes de selar nosso compromisso, nosso amor. - Sempre -"

  Eu estou indo de volta para o começo !

--

Heey Bolinhos 💜

O que será que vai acontecer agora com a nossa Eliza??

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