POV Dinah.
Normani e eu revindicamos o Wii uma vez que Lauren e Seth terminaram uma partida de tênis, em seguida, ficamos de pé.
-Aqui, Manz. Segure-o dessa forma.- cheguei ao redor da menina mais nova para lhe mostrar como segurar o controle remoto do Wii corretamente, demonstrando com o meu próprio controle.
Eu usei da proximidade da nossa posição para pressionar um beijo na sua testa, e Regina, que estava sentada no sofá com os pés apoiados sobre Camila, gemeu -Argh, você é tão clichê!-
Seth e Lauren, que estavam sentados no sofá, também franziram os cenhos.
-Oh my God, você sabe como usar grandes palavras!- eu olhei para ela e zombei.
-Às vezes me pergunto por que eu sinto sua falta.- ela disse, mas seu tom era leve, e eu ri, antes de sentir o pé da garota colidir com a minha bunda. Ela havia me dado um chute.
-Porque eu sou a melhor irmã mais velha do mundo!- eu respondi, voltando minha atenção para Normani -O que você quer jogar, amor?-
-Normani n-não...- ela balançou a cabeça em confusão.
-Ah, você não sabe os jogos que tem, me desculpe. Nós vamos jogar o que Regina estava jogando mais cedo, certo? Air Hockey?- eu sugeri para ela, sorrindo.
-Okay! Dinah vai... E-ensinar p-para Normani como jogar?- ela perguntou.
-Sim, Manz. Está vendo como quando eu passo o controle remoto em frente a tela, o bonequinho se move?- assim que o jogo começou, as luzes em neon apareceram na TV, comecei a mostrar como jogar.
-Normani fará i-isso também?- ela tombou a cabeça para o lado.
-É claro que vai, mas primeiro, você tem que segurá-lo assim.- eu disse a ela, tomando-lhe o braço suavemente e a ajudando a mover seu controle remoto apontado para a tela.
-É muito p-pesado para um simples controle!- ela exclamou, segurando o controle remoto como eu disse.
-Você vai se acostumar, amor.- eu prometi, tentando não usar a minha grande habilidade de jogo com a menina mais nova. Normani franziu a testa, balançando o controle remoto esporadicamente em irritação.
-Algo que me diz que isso não vai ajudar, Normani.- Regina riu.
-Seja agradável, Regina. Você provavelmente era ruim também quando começou a jogar Wii.- Camila beliscou o dedão do pé de Regina.
-Tanto faz, menina cão.- Regina se sentou.
-Petulante. Sinta-se feliz porque eu não mordo... Muito.- Camila riu.
-Dinah, amor... Eu não quero interrompê-la de ensinar a Normani como jogar, mas você pode vir me ajudar?- minha mãe saiu da cozinha.
-Claro, mamãe.- eu disse. Normani estava fazendo beicinho e tentando acertar o disco, dei um beijo em sua bochecha e entreguei meu controle para Camila -Jogue com ela... E tente ajudá-la a aprender, não tire vantagem disso.-
-Eu? Jamais!- Camila colocou a mão sobre o coração como se estivesse ofendida.
-Certifique-se de que Camila não vai enganar Normani...- eu voltei meu olhar para Regina, que tinha um dos maiores corações que uma menina tão nova poderia ter.
-Tudo bem, Dada!- ela sorriu para mim.
Uma vez que eu estava certa que Normani estaria bem jogando Wii, saí da sala e fui atrás de minha mãe.
-Então, o que você quer que eu faça, mãe?- entrei na cozinha para ajudá-la com o que ela precisava.
-Me faça companhia enquanto eu faço o jantar, por favor? Faz tempo que não temos um momento mãe e filha.- ela estava de pé, no fogão, mexendo na panela que cheirava a sopa.
-É... Acho que isso não acontece desde que eu e Lauren nos mudados para quatro horas de distância daqui.- puxei uma cadeira e me sentei a poucos metros dela.
Lauren e eu éramos melhores amigas desde o nosso segundo ano na escola, e tinha sido bom ter, pelo menos, uma pessoa que sabia como era a vida depois de sair da casa dos pais. É por isso que Lauren e eu morávamos tão perto uma da outra. A partir dessa experiência, nós sabíamos que éramos melhores amigas, mas se morássemos juntas, com certeza já teríamos matado uma a outra.
-Sim... Nem me fale sobre isso. Vamos discutir um tema mais feliz.- minha mãe riu.
-Como o quê?- eu perguntei.
-Normani?- ela sugeriu.
-Bem, ela me faz feliz. Mas... O que mais você quer saber sobre ela? Você já sabe praticamente tudo.- eu ri.
Minha mãe estendeu a mão para acariciar meus cabelos. No entanto, ela conseguiu escovar todo o lado que estava ainda um pouco dolorido por causa da enciclopédia de cavalo, e eu estremeci.
-O que há de errado com sua cabeça, filha?- ela franziu a testa.
-Eu só tive um ligeiro contratempo, está tudo bem.- tentei acalmá-la.
-Me conte! Explique o que aconteceu com sua cabeça!- ela bufou.
-Eu fui atingida com uma enciclopédia de cavalo, eu fiquei inconsciente, mas estou bem agora.- eu suspirei.
-Inconsciente?!- ela engasgou.
-Bem... Em primeiro lugar, eu tive que levar Normani para uma amiga nossa, chamada Allyson... Ela é muito parecida com Normani... Fisicamente. Só que ela é muito mais... Normal. Ela é uma cidadã dos Estados Unidos, mas ela também é parte gato... É complicado. Mas Normani tinha machucado seu pulso e por isso usamos a máquina de raio-X do trabalho de Allyson, de forma ilegal. Allyson trabalha em uma clínica veterinária. Pelo lado positivo, o pulso de Normani estava apenas torcido!- sorri, finalizando a história.
-Então é por isso que ela está usando uma atadura colorida... Enfim, chegue à parte onde você está ferida.- minha mãe pediu.
-Normani e Allyson estavam olhando um gatinho, e eu estava no lobby. Bem, o veterinário principal veio, e ele pensou que eu estava tentando roubar alguma coisa, então ele meio que me golpeou na cabeça...- eu expliquei timidamente.
-Você teve de ir para o hospital?- ela olhou para mim, em estado de choque.
-Não... Eu só fiquei inconsciente no chão da sala de espera da clínica por quarenta e cinco minutos.- tentei fazer aquilo soar bem.
-E ninguém fez nada para ajudá-la?!- ela perguntou, incrédula.
-Uh... Normani se sentou no chão comigo. Acho que ela embalou minha cabeça em seu colo, acariciou meu cabelo, e não parou de chorar...- eu divaguei.
-Ela parece que é uma menina muito carinhosa.- minha mãe sorriu um pouco.
-Ela é tão doce...- eu assenti.
-Eu imaginei que concordaria.- ela riu -Então, foi amor à primeira vista, ou...?-
-Oh, não! Definitivamente não!- eu balancei minha cabeça em negação -Para ser honesta, eu tenho certeza que ela me odiava quando nos conhecemos. Foi crescendo gradualmente. Ela... Foi me ganhando aos poucos, com seu jeito Normani de ser...-
-Você nem sequer tentou levá-la para outro lugar?- minha mãe saiu do fogão e começou a fazer o que parecia ser torradas.
-Na verdade... Eu estava sempre tentando fazer com que Lauren ficasse com ela. Em um ponto, eu realmente fiz com que Lauren a levasse por causa da minha falta de dinheiro, mas Normani não gostou muito disso.- eu admiti.
-Normani ficou brava com Lauren, em sinal de protesto?- minha mãe adivinhou.
-Não necessariamente. Ela estava apenas... Realmente chateada. Lauren teve de me chamar para acalmá-la e eu me senti mal por deixá-la, em primeiro lugar, então a levei de volta para casa comigo...- eu esfreguei meu pescoço, sentindo-me culpada.
-Então, você nunca quis colocar a responsabilidade de cuidar de Normani em outra pessoa pela falta de conhecimento dela?- minha mãe perguntou, o mais gentil possível.
-Ela é inteligente, realmente inteligente! Na verdade, ela é apenas... Eu não sei, ela não chegou a ir para a escola, como nós.- eu a defendi, continuando em seguida -Eu nunca realmente pensei, tipo "eu não posso ficar com ela! Ela nunca vai aprender qualquer coisa ou ser capaz de melhorar em qualquer coisa na vida, porque ela não é inteligente!"-
Quando terminei meu discurso de zombaria, imitando o que pessoas cruéis falariam, percebi que minha mãe tinha congelado o olhar fixamente na porta da cozinha. Virei-me em confusão para encontrar Normani ali, seus olhos castanhos arregalados e seu lábio inferior tremendo. Eu não poderia nem começar a pensar no que ela poderia ter entendido, a única coisa que me vinha a cabeça é que ela tinha entrado na cozinha na hora errada.
-Normani...- eu comecei, mas a menina mais nova simplesmente soltou um soluço e se virou para fugir da cozinha -Normani!-
-Ela vai entender, amor... Basta explicar o que estava dizendo.- minha mãe tentou me acalmar, assenti.
-O que aconteceu? Por que Normani fugiu de casa? Dinah, ela não estava usando o gorro! Ou casacos e os sapatos!- Lauren veio correndo quando fui sair da cozinha.
O pânico subiu na minha garganta. Eu espero que as orelhas da menina estejam escondidas em seu cabelo, mas mesmo assim se alguém a visse e percebesse que ela era diferente... Ela não estaria bem.
Sem responder, tirei Lauren do meu caminho e saí da cozinha, caminhando até a porta da frente.
-Normani? Manz, onde você está? Não é o que parece, deixe-me explicar! Por favor!- eu gritava.
-Eu vou te ajudar a encontrá-la!- Regina apareceu do meu lado com seu casaco, meus sapatos e um casaco para mim em mãos.
-Ela não pode ter ido muito longe!- eu gemi.
-Eu vou verificar os fundos!- Lauren disse atrás de mim e de Regina.
-Eu e Camila vamos andar pela rua para ver se podemos encontrá-la. Você e Regina podem caminhar para o outro lado, e mamãe pode ficar aqui, no caso de ela voltar!- Seth disse, saindo pela porta agasalhado e assumindo o comando.
-Coloque seus sapatos, Dada.- Regina puxou minha camisa suavemente ao perceber que eu estava entorpecida nos degraus, todos já haviam saído para procurá-la.
Eu balancei a cabeça lentamente, calçando os sapatos e tirando meu casaco das mãos de Regina. Uma vez que já estava agasalhada, Regina pegou minha mão e me conduziu para fora da varanda.
-Eu me sinto tão horrível...- eu resmunguei.
-O que aconteceu?- Regina perguntou, enquanto fazíamos a varredura dos quintais por quais passávamos.
-Eu estava explicando pra mamãe as coisas que eu nunca iria dizer a ela! Coisas que eu não penso ou acredito, mas Normani entrou na cozinha no momento errado e pensou que eu realmente estava dizendo aquelas coisas...- eu divagava.
-Nós vamos encontrá-la ou ela vai voltar. Você está com o seu telefone no caso de alguém encontrá-la?- ela perguntou suavemente.
-Sim...- eu sussurrei, sentindo o conforto da mão de Regina sobre a minha. Ela deve ser a garota mais inteligente que eu já conheci -Mas é a Normani... Normani não sabe onde ela está. Ela só saiu sozinha duas vezes em toda a sua vida, ela pode se machucar... Ou pior...-
-Ou ela vai voltar pra casa, porque ela te ama!- Regina apertou minha mão.
-Não diga a Seth... Mas eu acho que você é a minha favorita.- um sorriso apareceu no canto da minha boca enquanto olhava para Regina.
Ela riu, mas seu sorriso desapareceu instantaneamente. Ela apontou para uma grande árvore em um quintal, algumas casas para baixo. Um grande cão estava saltando contra o tronco, latindo e rosnando, e sentada no galho mais baixo com os joelhos puxados para o peito, estava Normani.
-Vamos lá, Regina!- eu disse, começando a correr, mas liberando a mão da pequena para não forçar as pernas mais curtas a correr mais rápido do que poderiam -Não fique muito perto do cão até eu me certificar de que ele não é violento!-
Quando Normani ouviu a minha voz, sua cabeça se levantou e ela gritou -Dinah!-
Entrei no quintal, chamando a atenção do cachorro, que se virou para mim abanando o rabo. Ele, apesar de enorme, devia ser um cachorro legal, mas simplesmente não gostava de Normani... Por causa das qualidades de gato.
-Venha e mantenha o cachorro longe da árvore, ele é legal.- virei-me para Regina, chamando-a.
Regina correu e se sentou na grama, o cachorro correu para ela, mas ela o fez parar antes que ele se arremessasse contra ela. Ele era realmente grande e se pulasse no colo dela, a derrubaria. Ela riu para a obediência do cão e eu corri até a árvore para pegar Normani, que estava lutando para descer e logo já estava em meus braços.
Abracei-a e quando ela enterrou o rosto em meu cabelo, eu pressionei meu rosto em seu cabelo.
-Eu sinto muito, Manz!- eu a apertei ainda mais -Não é o que parece! As coisas que eu falei...-
-Dinah... P-pensa q-que Normani é estúpida, mas tudo bem. Ela sabe q-que é verdade! Normani apenas q-quer q-quer Dinah, mesmo q-que ela seja estúpida...- Normani fungou.
-Não! Normani, você não...- eu estava prestes a protestar, mas percebi sua falta de sapatos e casaco, pois ela tremia de frio, e também notei que não havia gorro escondendo o longo e cacheado cabelo, por sorte, suas orelhas haviam desaparecido -Vamos discutir isso em casa...-
Coloquei Normani no colo, não queria que ela andasse descalço até em casa. Uma vez que estávamos longe do cão, chamei Regina, que acariciou a cabeça do cão pela última vez e veio até nós.
-Você está bem, Normani?- ela perguntou.
-Normani está magoada... Mas sim...- ela suspirou.
Eu mantive Normani abraçada a mim o resto do caminho de volta para casa, sussurrando desculpas a ela enquanto caminhávamos. Regina abriu a porta para nós, e eu levei Normani para a cozinha, onde estava mais quente.
-Normani, querida!- minha mãe acariciou as costas dela com carinho -Você está gelada! Gostaria de um pouco de sopa?-
-Sim, p-por favor...- Normani assentiu, secando os olhos.
Corri minhas mãos suavemente sobre os ombros da menina, dando um passo para trás para examiná-la. Seu envoltório de pulso tinha grama e alguns pequenos galhos presos, e ela tinha arranhões e alguns cortes nos cotovelos e nos joelhos.
Hesitantemente, afaguei seus cabelos, com medo de que ela me empurrasse para longe. Normani simplesmente se inclinou para o meu toque.
-Dê-lhe um copo de leite junto com a sopa, mãe. Ela ama leite. Estou indo buscar alguns band-aids.- eu disse a minha mãe.
Minha mãe balançou a cabeça e eu rapidamente corri para o banheiro.
Para o meu alívio, encontrei alguns band-aids vermelhos e algumas ataduras no armário do banheiro. Antes de ir para a cozinha, peguei um pano úmido e um pouco de Neosporin.
Eu voltei para a menina que agora estava de meias e enrolada em um cobertor. De alguma forma, todos se reuniram na cozinha, e estavam sentados ao redor da grande mesa rodeada pelas oito cadeiras que ela possuía.
Pedi para sentar na cadeira de Seth para que eu pudesse ficar ao lado de Normani, mas ainda a permitindo comer a sopa. Deixei a conversa girar em torno de mim e me abaixei próximo aos joelhos da garota e enxuguei seus cortes nos joelhos, limpando o sangue.
-O q-que é isso?- Normani me olhou nervosamente, enquanto eu aplicava o Neosporin.
-É para que você não pegue uma infecção.- respondi em voz baixa e coloquei os band-aids em seu joelho -Agora, deixe-me ver seu cotovelo.-
Normani parou de comer a sopa para me mostrar seu cotovelo. Era no mesmo braço do pulso machucado, então eu refiz o mesmo procedimento de antes. Removi a atadura suja e coloquei uma atadura nova.
-N-não, espere!- Normani falou quando eu fui jogar a atadura suja no lixo.
-Sim, Manz?- parei o que estava prestes a fazer.
-Isso é d-de Normani!- ela estendeu a mão para a atadura.
-Você tem uma nova, amor, uma que não está suja.- eu disse a ela.
-Mas essa n-não... Essa n-não tem Dinah d-dizendo q-que ama Normani! Normani q-quer essa p-porque agora Dinah n-não q-quer mais Normani, p-porque tudo q-que Normani faz é fazer Dinah p-perder dinheiro e Normani é estúpida!- os olhos de Normani se encheram de lágrimas.
Em poucos segundos, as lágrimas se intensificaram em soluços, enquanto eu a estava olhando em um misto de simpatia e choque. A cozinha inteira tinha caído em silêncio, exceto o choro de Normani.
-Nós voltaremos logo, podem começar a jantar.- eu disse, me aproximando da menina e a puxando em meus braços.
Eu carregava Normani, que tinha se enrolado a mim contra mim, chorando em meu ombro. Sentei com ela no sofá e Normani se agarrou a mim com força.
-Normani ama Dinah! Normani p-pede desculpas se n-não p-pode fazer um monte de coisas...- ela murmurou.
-Pare.- implorei -Eu amo você, Manz. Aquilo que eu disse não era verdade! Eu estava dizendo a minha mãe coisas que eu jamais diria! Eu estava tirando sarro das pessoas más, pessoas que não entendem! Você não é estúpida, eu não acho isso. Você é tão inteligente e você aprende tanto todos os dias! Diga-me, bebê gatinho, quantos lados um octógono tem?-
-Oito...- Normani fungou.
-E você aprendeu tão rápido!- sussurrei, pressionando meus lábios em sua testa -Assim que começarmos a ensiná-la outras coisas como ler e escrever, você vai aprender tudo em pouco tempo, amor!-
-Dinah ama Normani?- ela perguntou ansiosamente, sentando-se para mexer com o tecido da minha camisa.
-Eu realmente amo você.- pressionei meus lábios nos seus.
-Normani é a Manz de Dinah?- ela perguntou, tranquila.
-Sempre. Eu vou escrever isso na sua atadura depois.- prometi.
-Obrigada por colocar cores nos machucados de Normani.- ela cutucou os band-aids no joelho, antes de me abraçar novamente.
-Vamos comer, Manz?- eu acariciei seu cabelo, sorrindo quando suas orelhas reapareceram. Escovei meu polegar sobre o dorso de uma de suas orelhas aveludadas, e ela riu.
-Normani ama Dinah.- ela disse, respirando de alívio.
-Dinah ama Manz mais.- eu ri, de pé com ela ainda em meus braços.
-Nuh uh, Normani ama Dinah mais!- Normani riu.
-Não, Dinah ama Normani mais.- eu insisti, caminhando para a cozinha com a garota.
-Está tudo bem agora?- minha mãe perguntou.
-Normani ama Dinah muito mais.- Normani informou a todos quando me sentei na cadeira, mantendo-a no meu colo.
-Dinah, você sabe que há muitos lugares, certo?- Seth zombou.
-Eu prefiro manter a minha namorada no colo.- eu respondi e minha mãe empurrou um prato de sopa para mim.
-Mi-Milika, essa sopa está muito boa!- Normani falou.
-Obrigada, Normani! Isso é muito gentil da sua parte!- minha mãe sorriu para ela.
Na mesa, Normani entrou em uma conversa com Regina sobre como elas gostavam de seus banhos e explicou o porque de ela não gostar de água em seu rosto. Elas concordaram que Os Aristogatas é um dos melhores filmes do mundo. Seth era o único que ainda parecia hesitante em relação a Normani.
Minha mãe e Regina aceitaram Normani de braços abertos, mas eu sabia que Seth acabaria gostando de Normani, já que ela era "legal" nos olhos dele. Mas, novamente, ele não estava autorizado a dizer aos seus amigos sobre ela e Camila, acho que havia uma possibilidade de ele estar um pouco chateado sobre isso, mas isso é superável.
Depois do jantar, todos colocaram seus pijamas, e eu decorei a atadura nova do pulso de Normani com as canetas coloridas de Regina, certificando-me de incluir que eu a amava várias vezes na decoração.
Depois, minha mãe nos ajudou a arrumar as camas. Camila e Lauren ficaram com o sofá-cama, e Normani e eu ficamos com o colchão de ar. Depois mamãe enxotou Regina e Seth para seus quartos, uma vez que eles tinham escola na manhã seguinte.
De alguma forma, mesmo que Camila e Normani tenham dormido praticamente o caminho todo até chegarmos à casa da minha mãe, elas já estavam sonolentas. Camila já estava deitada com a cabeça apoiada no peito de Lauren, roncando baixinho.
Normani se aconchegou a mim, agarrando-me por completo... Quase como um bebê coala.
-Boa noite, bebê gatinho.- eu dei um beijo em seu cabelo e ri.
-Dinah de Normani.- Normani murmurou.
Ela não demorou a dormir e eu a segui, apertando-a ainda mais em meus braços.