A Caminho Da Felicidade!

By Janafusi

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Ele era um homem marcado por uma tragédia, mulherengo e cobiçado por todas... Ela era uma desajeitada românt... More

A Caminho da Felicidade
Capítulo 1
Passagem De Ano
O Vôo
Capítulo 2
Roma
Primeira Noite
Passeio
Capítulo 3
Compras
Segunda Noite
Capítulo 4
Terceiro Dia
Primeira Vez
Despedida
Capítulo 5
Cadore Construções S/A
Dúvidas
Acordo
Capítulo 6
Happy Hour
Casa Salvatore
Projeto
Capítulo 7
Torre De Pisa.
Tragédia
Pesadelo
Capítulo 8
Sexta Feira
Fim De Noite
Capítulo 9
Florença
Surpresa
Visitas Inesperadas
Capítulo 10
Rafael Cazarim
Nicolas Salvatore
Angelina Chiarelli
Capítulo 11
Saudade
História
Pedido Inesperado
Decisões
Capítulo 12
Na Mídia
Brasil
Capítulo 13
Explicações
Reconciliação
Família
Genebra
Capítulo 14
Presente
Suspeita
Preocupações
Capítulo 15
Veneza
Premiação Cadore S/A
Noite Infernal
Capítulo 16
O Inesperado
Passeando Por Burano
Confirmação
Capítulo 17
Conciliação
Imprevisto
Sintomas
Capítulo 18
Acidente
Recuperação
Capítulo 19
Preparativos
Tóquio /Inauguração
Casamento
Bônus/Nicolas
Dedicatória

Alta

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By Janafusi

Tive um sono agitado onde eu revivia tudo que havia acontecido comigo naquele trágico dia, acordei com um sobressalto e agradeci ao perceber que tudo já havia acabado.

-Você falou muito durante seu sono, até onde as coisas realmente aconteceram?

Perguntou Nicolas se levantando da poltrona que estava sentado, me pegando de surpresa.

-Nicolas...

-Você não pode me esconder a verdade Alice, tudo que eu sabia era que Rafael havia se declarado! Agora vendo o seu desespero enquanto se lembrava durante seu sono...

Ele se calou respirando fundo, eu sabia que teria que lhe contar tudo o que realmente havia acontecido naquele dia e ainda lhe explicar meus motivos por ter escondido a gravidez.

-Nicolas... Éh... Naquele dia realmente Rafael se declarou para mim, mas ele... Ele... também tentou me ter a força...

Me calei ao ouvi-lo sibilar e seu rosto se transformar, pude ver toda sua fúria naquele momento.

-Ele... Chegou...

Nicolas falava entre dentes passando as mãos por seu cabelo.

-Não! Ele não conseguiu ir além de uma frustrada tentativa, mas eu fiquei transtornada e por isso peguei a lancha.

-Ele que não seja louco de se aproximar de você novamente! Sou capaz de...

-Nicolas! Por favor não ouse em pensar nisto, acho que ele está doente!

Nicolas caminhava pelo quarto com os punhos cerrados parecendo ainda digerir minhas palavras, ele não respondeu de imediato e seu maxilar estava trincado, suas feições petrificadas e a fúria ainda lampejava em seus olhos.

-Que se foda se ele está doente! Eu estou furioso neste momento Alice! Acho que posso ousar em querer no mínimo socar a cara dele outra vez!

Nicolas esbravejou ao se virar para mim, eu o olhei assustada jamais o havia visto naquele estado.

-Me desculpe! Não quis assustar você.

Me pediu ele alguns segundos depois, após um pesado silêncio invadir o ambiente e continuou.

-Éh que são muitas coisas para que eu possa entender! As perguntas martelam em minha cabeça e me vejo sem resposta...

-Nicolas me perdoe por não ter lhe contado sobre a gravidez, sei que deveria... Mas... Mas...

Lhe interrompi falando apressadamente atropelando minhas próprias palavras, suas feições embora estivessem mais suaves ainda demonstravam que ele estava com raiva, o que logo me fez perder a coragem de argumentar sobre aquele assunto. O que irei lhe falar? Me perguntei sem conseguir achar as palavras corretas.

-Alice você tem noção das semanas que passei preocupado com você? Os seus desmaios e idas ao centro médico, eu me perguntava que grave doença você poderia ter descoberto para não ter coragem de me contar! Então cancelei a viagem para Tóquio e vim para Veneza ter certeza que você estava bem, após Bruno me afirmar que estava novamente a aguardando no centro médico! Por que não me contou sobre o bebê?

Sua pergunta agora tinha um tom diferente, e de bravo passou para magoado novamente.

-Por que fui uma covarde! Você me garantiu tantas vezes que um filho não estava em seus planos...

-Mas é claro que não estava! Porém nem por isso eu iria deixar de apoiar e amar você! Eu... Eu preciso ficar um pouco só e pensar melhor em tudo isso...

Ele falou se retirando do quarto me deixando só e com um terrível nó em minha garganta.
Mil vezes dupla merda! Como eu pude deixar tudo isso acontecer? Me perguntei mentalmente ainda olhando para a porta, não sei dizer exatamente quanto tempo havia se passado até que Ester entrou.

-Alice, você está sozinha?

Olhei para ela fazendo apenas um gesto positivo com a cabeça deixando as lágrimas rolarem por meus olhos.

-O que aconteceu? Você está com alguma dor?

Ela continuou a  perguntar enquanto se aproximava preocupada.

Fiz um gesto negativo com a cabeça ainda não tendo condições de falar.

-Onde está Nicolas?

Eu percebi que Ester estava ficando nervosa com suas perguntas sem respostas claras, fiz um esforço para me controlar e poder lhe responder corretamente.

-Ele se foi...

Minha voz saiu em um fio ao lhe responder e outra crise de choro me dominou.

-Alice calma! Como assim ele se foi? O que aconteceu?

Ela esperou pacientemente até  eu conseguir me recuperar e lhe responder.

-Acho que ele não vai me perdoar por ter lhe escondido a gravidez... Você precisava ter visto o jeito que ele saiu daqui...

-Ei, calma! Eu duvido que ele vai deixar você, aquele homem é capaz de dar a vida dele em troca da sua!

-Acho que tudo tem um limite e eu excedi todos com a minha covardia, as vezes quebramos a confiança de tal maneira que se torna insuperável continuar...

-Acho que você esta se desesperando à toa, Alice ele te resgatou da água, prestou os primeiros socorros e não saiu do seu lado até que os médicos lhe garantiram que tanto você quanto o bebê estavam fora de perigo! Nossa você não viu o estado que ele ficou quando a sua vida estava por um fio, e mais ele moveu céus e terras para achar seu tipo sanguíneo que é raro por sinal e por azar estava em falta para poderem fazer a  transfusão que salvaria os salvaria, pois seus pais ainda não estavam aqui... Então tente ficar tranquila ele deve ter reagido daquele jeito por estar estressado, você já pensou nisto?

Eu a olhei sem saber o que responder até que outra terrível dúvida me assolou.

-E se ele se cansou de meus problemas? E se o fato de eu lhe ter escondido a gravidez tenha sido a gota de água?

Eu já estava prestes a me lançar em outra torrente de lágrimas quando a enfermeira entrou no quarto.

-A senhorita está chorando! Há algo de errado?

Eu fiz novamente outro gesto negativo de cabeça para lhe responder, mas ela não acreditando começou a monitorar minha agitação até que em dado momento me aplicou um calmante que me fez dormir antes mesmo de meus pais chegarem, tive um sonho agitado onde Rafael estava me atacando quando Nicolas apareceu, ele nos olhou furioso para em seguida dar um soco em Rafael, desesperada lhe segurei pelo braço neste momento ele lançou um olhar petrificado para minha barriga se afastando um passo eu o olhei sem entender até que percebi minha enorme barriga de grávida, Nicolas soltou seu braço bruscamente se afastando de mim cada vez mais rápido ignorando meus apelos para que não me deixasse desesperada corri até ele, mas já havia sumido decidi o seguir e acabei tropeçando direto para as geladas águas do Mediterrâneo, acordei com outro sobressalto demorando para me localizar.

-Alice...

Meu coração pulou duas batidas ao ouvir a angustiada voz de Nicolas me chamar.

-Você voltou!

Exclamei respirando aliviada.

-Será que você pode me perdoar por ter sido uma covarde?

Lhe perguntei controlando minhas emoções.

- Ah, Alice o que farei com você?

Ele respirou fundo ao responder minha pergunta com outra e acariciou meu rosto.

-E você pode me perdoar por eu ter sido um imbecil?

Continuou ele me dando um sorriso lindo e triste, peguei a sua mão e lhe dei um suave beijo na palma.

- Alice acho que fui ainda mais covarde ao sair hoje cedo a deixando aflita, não levei em consideração seu estado neste momento, como fui egoísta! Sei que você teve que ser sedada  meia hora depois que sai.

-Pensei que o tivesse perdido, eu sempre acabo fazendo tudo errado.

-E como eu viveria sem ter você para proteger? Eu te amo tanto que sinto uma dor bem aqui, só de pensar em te perder...

Ele levou minha mão até seu peito enquanto falava a pousando ali.

-Então fique tranquilo por que não pretendo ir a lugar algum sem você, também te amo muito.

Falei com um sorriso nos lábios, Nicolas também sorriu e me deu um demorado beijo. Como passei o dia querendo este beijo! Pensei me sentindo feliz por finalmente parecer estar tudo resolvido.

-Nicolas meus pais já foram?

Perguntei curiosa alguns minutos depois.

-Sim, na verdade já faz algum tempo, sua família está hospedada aqui perto junto de Ester e seu noivo.

-E por que não ficaram esperando eu acordar?

Perguntei em voz baixa mais para mim mesma do que para ele, porém nada lhe passava despercebido.

-Eles ficaram aqui o dia inteiro, Alice querida já passa da uma hora da manhã.

Suas palavras me pegaram de surpresa.

-Eu... Eu dormi tanto assim?

Consegui perguntar enquanto tentava entender as coisas.

- Na verdade você passou o dia inteiro agitada e por isso teve que ser medicada por várias vezes, eles só foram embora algumas horas depois que eu cheguei.

-Acho que estes medicamentos me confundem um pouco.

Falei passando a mão por meu rosto.

-Eu lamento muito querida! Sua amiga teve muita razão quando me chamou à atenção, eu deveria ter sido mais compreensivo com você!

-Está tudo bem agora... Já nos entendemos e é isso que importa!

Lhe respondi carinhosamente.

-Nicolas e o que acontece com Bruno e a Lancha?

Lhe perguntei após um breve silêncio.

-Bruno conseguiu apagar o fogo da lancha evitando que ela explodisse, ele ficou muito mal por tudo que aconteceu.

-Sinto muito, ele não teve culpa era seu horário de almoço...

-Éh eu sei, no começo fiquei muito bravo com ele, acho até que fui injusto, mas depois me desculpei.

Ele me explicou interrompendo minha frase, eu apenas o ouvi me sentindo aliviada até que me lembrei do senhor Cadore.

-E seu avô?

-Ele esta bem e preocupado com você, o tratamento está fazendo efeito e a doença já começou a regredir.

Sorri feliz por tudo parecer estar se ajeitando, passamos algumas horas conversando sobre nós e fazendo alguns planos para o nosso futuro, assim que o dia amanheceu consegui o mandar para casa quando Ester e minha família chegaram.

-Pode ir, eu estarei bem aqui quando você voltar.

Ainda insisti o percebendo reticente, ele sorriu me dando um rápido beijo nos lábios e foi descansar.

-Até que enfim tudo está bem.

Comemorou minha mãe alegremente, eu concordei e aproveitei a manhã para matar toda a minha saudade deles já que minhas preocupações e confusões haviam evaporado, no dia seguinte recebi alta sob muitas prescrições e recomendações médicas, respirei aliviada quando finalmente me vi na tranquilidade de meu quarto e rodeada por todos que eu amava.

***

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