Capítulo 8

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Sozinha em meu chalé comecei a pensar em tudo que havia descoberto a respeito do passado de Nicolas.

-Uma tragédia que mudou a sua vida há trezentos e sessenta graus, por isso se fechou para o mundo... talvez por isso tenha medo de se entregar totalmente ao amor... medo de sofrer outra perca dolorosa... Por isso teve tantas mulheres sendo apenas um caso em sua vida... Ah! Como eu gostaria de preencher seu vazio por completo meu amor...

Eu falava olhando a foto dele comigo em Roma, decidi tomar um banho e tentar dormir eu me sentia cansada mentalmente devido ao pesadelo, mas foi em vão já que eu rolava de um lado para o outro na cama.

-Ah! Melhor eu ir dar uma volta!

Decidi depois de olhar no relógio que marcava vinte horas, troquei minha roupa de dormir para um jeans claro uma blusa com mangas de fio e meu casaco sobretudo bege, coloquei meu lenço azul em volta do pescoço e calcei meu par de botas, fiz uma maquiagem leve e sai.

-Boa noite senhorita Alice, decidiu aproveitar que a noite não está tão fria para dar uma volta?

-Oi senhor Péppe, isso mesmo Pisa é muito bela para ficar em casa.

Falei com um sorriso me despedindo dele, caminhei até um ponto de táxi e mecanicamente pedi que me levasse até a área litorânea da cidade.

-Marina di Pisa, por favor!

Ao chegar me surpreendi com o lugar, um aglomerado de construções históricas que seguiam o mesmo padrão se erguiam ao redor da encosta dando um charme incomum ao lugar, continuei caminhando sentindo a brisa gélida em meu rosto, me virei para o mar respirando fundo deixando meus pulmões se encherem daquele ar cheio de maresia do mar segui meu percurso caminhando em torno da encosta até parar no local do acidente de Nicolas e sua família, senti meu sangue gelar ao imaginar aqueles momentos de pura angústia sem mais poder continuar ali sai correndo tendo algumas lágrimas em meus olhos me cegando a visão, talvez por ainda estar impressionada por meu pesadelo, talvez por ter me posto em seu lugar, neste momento esbarrei em alguém caindo sentada no chão.

-Wou! Você está bem?

Eu ainda olhava para baixo quando aquele estranho me estendeu a mão parecendo preocupado.

-Estou, me desculpe!

Respondi ainda secando as minhas lágrimas.

-Você tem certeza que está bem?

Insistiu ele parecendo desconfiado.

-Sim tenho...

Minha voz saiu em um fio ao responder.

-Então por que vejo lágrimas em seus olhos?

Me interrompeu levantando meu rosto na altura do seu, me surpreendendo com aquele gesto.

-Acho que não é da sua conta!

Respondi rispidamente recuando um passo.

-Okay eu só queria ser gentil.

Falou erguendo as mãos com as palmas estendidas em sinal de defesa.

-Me desculpe... Éh... Eu vou indo.

Falei me sentindo envergonhada, seguindo meu caminho.

-Espera! Me chamo Rafael.

Ele correu até o meu lado estendendo a mão para mim.

-Alice.

Aceitei seu cumprimento o analisando, ele era um pouco mais alto que eu, cabelos e olhos castanhos, e muito bonito.

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