Dona de Mim (Somente amostra...

By nandafrankka

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Após ser abandonada grávida pelo namorado do colégio, Luma se vê diante da dificuldade em conciliar o sonho d... More

Sinopse
Prólogo
Capítulo 1 - Batendo de frente
Capítulo 2 - Problemas à vista?
Capítulo 3 - Ultrapassando limites
Capítulo 4 - Sangue quente
Capítulo 5 - Cartas na mesa
Capítulo 6 - Abalados
Capítulo 7 - Dúvidas
Capítulo 8 - Pratos limpos
Capítulo 9 - Decisões de risco
Capítulo 10 - Peito aberto
Capítulo 12 - Herança
Capítulo 13 - Proposta
capítulo 14 - Segundas Intenções
Capítulo 15 - Enganos
Capítulo 16 - Nervos à flor da pele
Capítulo 17 - Medo da verdade
Agradecimento

Capítulo 11 - Hóspede?

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By nandafrankka


— Você está bem? — Dornelles indaga assim que abro os olhos e minha cabeça dói momentaneamente. O fato é que eu daria o que fosse preciso pra Donatello sumir no mundo de novo, mas em nenhum momento sua morte fora um desejo meu. Isso nunca passou pelos meus pensamentos. E neste exato segundo percebo como uma fatalidade é capaz de mudar o rumo de uma vida: a minha.

— Estou, amor. Mais alguma notícia? — pergunto ao me levantar e minha mãe analisa meu rosto pra se certificar de que falo a verdade. Dou um beijo em sua testa e pego um remédio na bolsa, seguindo até o banheiro enquanto Dornelles fala.

— Até agora não disseram mais nada. Você pretende ir ao enterro? — empurro o analgésico goela abaixo com um copo ďágua e o olhar deles me incomoda. Não tenho nada a fazer no funeral de Donatello.

— Não, Dornelles, não vou. — sento na cama e rodo os canais na curiosidade de saber mais alguma notícia. Uma repórter, que está no local, avisa que o mal tempo pode ter sido um dos causadores da tragédia e suspiro um minuto antes de desligar a TV.

— O que acontece agora? — meu namorado questiona e franzo as sobrancelhas tentando entender aonde Dornelles quer chegar. — Luma, o Rubinho é o único herdeiro vivo daquela família... — não o deixo terminar.

— E não é por isso que vou correr atrás de um centavo. Nunca precisei de nada que viesse de lá, pra mim, tudo continua na mesma. — retruco com raiva e minha mãe se pronuncia.

— Ela tem razão, professor. Nunca faltou nada ao meu neto e vai continuar não faltando. Quem quiser, que brigue pelo dinheiro. — dona Íris segura minha mão num apoio e Dornelles concorda num aceno com a nossa opinião.

— Desculpe amor! Não me entenda mal. Só acho que as coisas poderiam ser mais fáceis pra vocês já que é direito do Rubinho o que sobrou. Mas se preferem assim, que seja, ok? — entendo a lógica do seu argumento, contudo não tenho nenhum entendimento sobre as empresas da família Aguiar e não quero meu menino na mira de gente que julga que o dinheiro é mais importante que a vida das outras pessoas.

— Prefiro sim. — digo ao abraçá-lo e minha mãe sorri em sinal de aprovação. Finalmente, ela parece ter deixado as desconfianças com Dornelles pra trás.

— Tenho que ir. — recebo um beijo rápido e Dornelles estende a mão para se despedir de dona Íris. Olho a cena com expectativa e após alguns segundos, ela cede.

— Por que não se acomoda por aqui esta noite? — quase engasgo de surpresa e meu namorado pisca duas vezes tão surpreso quanto eu. Minha mãe nunca foi tão liberal assim e mal consigo imaginar o que meu pai pode dizer ao ver Dornelles na nossa cozinha pela manhã. — Claro que irá ficar no quarto de hóspedes. — sabia que haveria condições e meu querido professor me fita num pedido de ajuda velada. Sem saber o que responder, apenas sorrio.

— Obrigado dona Íris. — Dornelles solta visivelmente encabulado e não vou deixá-lo ainda mais convencido, mas ele fica muito sexy assim.

— Vou arrumar o quarto enquanto vocês se despedem. — minha mãe sorri ao sair e Dornelles me encara ainda confuso.

— O que deu nela? — volto a abraçá-lo e meus músculos relaxam ao ter seu corpo rijo contra o meu.

— Acho que acaba de ser oficializado como membro desta família. — sinto o cheiro amadeirado do seu perfume e minha mão segue subindo do seu peitoral até seu pescoço.

— Se pela manhã não tiver uma espingarda apontada pra minha cara, eu viro membro do que você quiser, Luma. — sua voz é suave e seu olhar tem tanto amor que às vezes penso que não o mereço. Colo nossas bocas de modo intenso e sinto sua pele arrepiar quando minhas mãos passeiam devagar pelas suas costas. — Assim vou acabar escorraçado da sua casa, moça. — alerta entre os dentes e sorrio com malícia.

— Então se controle. — sussurro, depositando pequenos beijos no seu pescoço e Dornelles arfa baixinho.

— Então pare de me provocar. — murmura com súplica, acato seu pedido ao me afastar lentamente. Seu olhar é malicioso e Dornelles suspira por um segundo, sabe que é preciso ter nervos de aço esta noite. Logo minha mãe aparece.

— Já está tudo pronto, professor. Pode me acompanhar. — pisco pra ele junto de um sorriso e meu namorado a acompanha meio sem graça. Deito na cama e mal tento relaxar, ouço a voz de dona Íris no ambiente mais uma vez.

— Ele é um bom moço. — ela senta ao meu lado e a fito com curiosidade por um minuto.

— Por que o convidou para dormir aqui, mãe? E o papai, dona Íris? — apoio o corpo num dos cotovelos de olho na sua expressão.

— Bem! Vocês já estão namorando algum tempo e acho que já está na hora do seu pai ver esta história com outros olhos, não é? — franzo as sobrancelhas tentando entender seu ponto de vista, mas não necessito de muito tempo pra descobrir.

— Só espero que isso não signifique "forçar a barra", mãe. — tento manter a cabeça fria para não criar mais atritos e ela demonstra cautela ao continuar com o assunto.

— Filha! Seu pai apenas quer ter certeza que seu namorado quer assumir responsabilidades com você. Um futuro. — sento na cama apressada e me sinto ainda mais confusa.

— Não acredito que meu pai teve essa ideia. — ela não nega minha suposição e passo as mãos em meu rosto antes de exalar e volto a fitá-la.

— Dornelles é um cara maduro, mãe. Não acredito que queira brincar de casinha comigo. — ela revira os olhos, não a deixo interromper meu raciocínio. — No entanto, não vejo como pressioná-lo a se casar comigo vá resolver todos os meus problemas. Se isso acontecer, será ótimo. Não quero nem a senhora nem meu pai agindo de modo que ele se sinta pressionado, entendeu? É a minha vida. Sei bem como cuidar dela. — digo no tom mais calmo que consigo. Mesmo contrariada, observo dona Íris assentir num aceno ao se levantar.

— Muito bem, Luma. Você está certa! — diz estalando os dedos das mãos e suspiro pacientemente. — Não se preocupe, seu pai não irá criar caso. Boa noite, filha! — minha mãe sai do quarto e volto a me deitar, pondo um dos travesseiros sobre meu rosto. Definitivamente eu preciso descansar.

£££

Acordo um pouco mais tarde que o normal e logo ouço vozes animadas na parte de baixo da casa. Meu pai e Dornelles parecem estar se dando bem, só espero que a conversa que tive ontem com minha mãe não esteja sendo o prato principal do café da manhã.

Saio da cama e vou direto para o banheiro, tomo meu banho e faço minha higiene pessoal. Pelo horário, Rubinho já está tomando seu cereal na sala, minha mãe sempre o pega aos sábados pela manhã a fim de me dar um descanso pelas horas apertadas com a faculdade durante a semana.

— Bom dia! — apareço na cozinha e todos me recepcionam com um amável sorriso no rosto. Beijo meus pais na bochecha, dou um selinho rápido em Dornelles que come uma rosquinha, mas parece não ter dormido lá essas maravilhas. — Tudo bem, amor? — indago ao passar a mão em seu rosto enquanto ele assente num sorriso de lado.

— A manhã está perfeita, porém eu preciso mesmo ir agora. — Dornelles fala terminando o café da sua xícara e o observo se despedir dos meus velhos num semblante mais leve. Depois descubro o que os três andaram conversando antes que eu despertasse. Ele dá um beijo na cabeça do meu filho e o conduzo até a porta.

— Tem certeza que está tudo bem? — torço a boca com dúvida até seu sorriso encantador aliviar meu peito.

— Tudo certo. Eu ligo mais tarde, ok? — diz pondo os óculos escuros antes de me beijar.

— Ok, professor. — sorrio enquanto o acompanho sair com o carro.

Volto para a mesa e ataco umas torradas, um pouco de queijo e café com leite. Estou faminta, por isso, ignoro os modos à mesa, mesmo diante do olhar repressor do meu pai. Junto tudo num prato fundo, sigo para a sala e sento ao lado do meu pimpolho que vê seu desenho favorito.

— Olha mamãe! Seu Tutuca. — Rubinho sorri mostrando o cachorro herói na televisão e aproveito pra dar umas torradinhas a ele. A campainha toca, levanto rapidamente, achando que Dornelles esqueceu algo. Sorrio ao abrir a porta, mas fecho a cara em segundos assim que encontro um rapaz alto, moreno e bem vestido na soleira a me olhar com curiosidade. Não me lembro de tê-lo conhecido antes, porém sua fisionomia não é tão estranha.

— Luma Ramos? — ele questiona sério e assinto ao menear a cabeça discretamente. — Sou Danilo Aguiar, irmão do Donatello. — meu queixo simplesmente cai, não me recordo do meu ex-namorado ter, alguma vez, se referido a algum irmão. — A gente pode conversar? — engulo a seco sem saber o que fazer e a aflição me toma de assalto. Ledo engano achar que tudo estava acabado. Só espero que o moreno lindo em minha frente seja bem diferente do irmão, do contrário, teremos muitas dores de cabeça. Isso eu garanto a ele.


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