Secrets Segunda Temporada

By sweetcabello21

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Quatro anos após o casamento, Lauren e Camila decidem aumentar a família e dar a David, o primogênito do clã... More

Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Capítulo XXXIX
Capítulo XL
Capítulo XLI
Capítulo XLII
Capítulo XLIII
Capítulo XLIV
Capítulo XLV

Capítulo XXXIV

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By sweetcabello21

Lauren POV

Eu estava apavorada, completamente perdida. Olhei para a porta do quarto, mas me recusei a pedir ajuda. Eu enfrentaria aquela batalha de cabeça erguida e não me permitiria falhar em uma tarefa simples. Parecia simples quando Camila estava do meu lado dizendo o que eu devia fazer, mas naquele momento ela não estava e eu queria chorar em desespero. A verdade era que eu não fazia a menor ideia de como fazer aquilo, eu já tinha feito tal procedimento com o auxílio dela, mas agora, sozinha no quarto, parecia que todas as informações, que eu deveria ter gravado, apagaram-se da minha mente. Isso era ridículo, eu sabia, mas o sentimento de desespero aumentava a cada vez que eu respirava.

- Vamos lá princesa. Isso será um divisor de águas! – disse a minha filha, que resmungava em meus braços, talvez insatisfeita por eu estar a segurando na mesma posição há alguns minutos. – Mamãe está um pouco perdida, então você deve me guiar, ok? – Anabella fez careta e colocou um biquinho na cara. – Eu sei que estou ferrada, mas basta você me guiar... A matemática é simples... – comecei a caminhar até o trocador, colocando-a nele. – Mamãe está um pouco perdida quanto a te trocar, então se eu estiver indo pelo caminho errado você me manda um grande aviso, é só resmungar... – Ana girou a cara e sacudiu os braços. – Desse jeito. – pisquei. - você está entendendo o espírito, mas se chorasse ou fizesse algum barulho seria mais fácil de interpretação. – minha filha resmungou baixinho, após longos segundos me encarando fixamente. – Já disse que eu tenho medo quando me olha desse jeito? – neguei com a cabeça e abri um pote, que estava em cima da cômoda para pegar uma fralda. – Parece sua mãe, não conte isso a ela, mas ela me olha da mesma forma quando está desaprovando algo que estou fazendo. – suspirei frustrada. – Aposto um beijo bem babado que você não está nada satisfeita por eu estar aqui sozinha e totalmente perdida, mas não conte a mamãe Camila... – comecei a despir minha filha, para começar a trocá-la. – Eu fiz uma pose bem madura, jurei para ela que já podia fazer isso sozinha, até me indignei quando ela pareceu descrente. – bufei. – Parece que não confia em mim... Não olha assim pra mim, pequena. – pedi manhosa. – Eu sei que estou um pouco assustada, talvez esteja até mais branca que o normal, mas esse olhar reprovador não está ajudando na minha autoestima. – minha filha resmungou de novo, agitando os bracinhos e perninhas. – Amor, não briga com a mamãe, eu juro que estou tentando fazer tudo certinho... – choraminguei.

Abri a fralda suja depois que tirei sua roupa, dobrei a fita adesiva porque consegui ouvir a voz da Camila na minha cabeça dizendo que eu precisava fazer aquilo para não grudar ou arranhar a pele da minha pequena.

- Me pergunto da onde vem tudo isso se você só se alimenta de leite. – resmunguei quando o odor se fez presente, toda aquela coisa de coloração estranha me dando enjoo. Com a fralda suja aberta, passei no bumbum da minha filha para tirar o grosso do cocô. Ergui Anabella e dobrei a fralda suja embaixo do bumbum. – Primeira parte executada com êxito. – comemorei com um suspiro de alívio. Olhei para o trocador e fiquei pensativa. – Eu só preciso lembrar o que devo fazer agora... – minha filha agitou os braços. – Eu sei que devo te limpar, mas tem tantos produtos aqui que não sei qual usar. – olhei para o frasco com algodão, para o frasco com cotonetes. – Achei! – disse quando passei a vista pelos lenços umedecidos. – Não mereço nem um sorrisinho? – pedi quando retirava alguns lenços para limpar a pele da minha filha. – Você é muito exigente com a mamãe. – reclamei quando ela fez careta. – Estou fazendo o meu melhor... Algo me diz que terá o gênio da Camila e isso me deixa em desespero ao mesmo tempo que me deixa em êxtase! – Anabella grunhiu de novo. – Tudo bem, mamãe vai voltar ao serviço, a senhora que manda. – peguei o lenço, mas antes de começar a limpeza parei porque algo me dizia que não estava no processo certo. Olhei por todo o trocado esperando lembrar quais produtos usar. – Certo... Eu só preciso lembrar qual usar, o lenço não pode ser usado em excesso, apenas em situações de emergência... – Ana resmungou, seus braços se agitando. – Não seja tão mal com a mamãe, lembre-se que Mama Camila não está aqui para me guiar... Se não posso usar muito o lenço umedecido, então tem que ser o algodão, mas como uso ele? – questionei-me. Olhei novamente para o trocador e a garrafa térmica chamou minha atenção. – Água morna filtrada! – disse como se fosse óbvio. Baixei as pernas da menina que olhava para o lado entediada, peguei o algodão e o umedeci com um pouco da água, então comecei a limpar cuidadosamente para não ferir ou irritar a pele dela, sempre tendo cuidado para não levar bactérias do ânus para a vagina, então fazia movimentos de frente para trás. Descartava o algodão após a primeira utilização, colocando-o dentro das fraldas sujas. Para fazer uma boa higienização, abri com muito cuidado os grandes lábios para passar o algodão úmido, mas peguei cotonetes para limpar nessa região mais delicada, tendo sempre o cuidado para não colocar força. Baixei as perninhas de Anabella e segurei seu corpinho pela barriga para não correr o risco de ela fazer um movimento brusco no trocador enquanto me dobrava para pegar um pano para deixar sua pele bem seca. Peguei a fralda suja, enrolei, apertei as fitas e arremessei acertando o cesto de lixo. – Você viu que bela cesta a mamãe fez? Isso mostra que não estou tão enferrujada. Eu joguei softball na escola, sabia? Quando você começar a andar, vou te ensinar. – prometi. - David não quis aprender, mas aposto que você seguirá meus passos. – comentei convicta. – Só não conte para a Mama Camila que eu fiz esse arremesso, se eu errasse talvez tivesse um chão e parede todo sujo de merda e uma Camila muito, mas muito zangada... - Anabella sorriu. – Então a mocinha se diverte sabendo que a mamãe aqui pode se encrencar com a mamãe Camila? – estreitei os olhos. – Manterei isso em mente. – levantei as perninhas da minha filha. – A parte mais difícil já passou, não pareceu tão difícil agora que estou tão perto do final! – coloquei a fralda limpa embaixo do bumbum e a abri. Ajeitei a fralda e abri a fita, colocando-a na minha pequena e fechando as fitas na cintura procurando não deixar a fralda muita apertada ou muito folgada. – Missão cumprida! – disse orgulhosa, levantando minha filha e sorrindo. – Agora é só vestir minha... – olhei para minha filha, que me olhava sapeca, a mãozinha fechada na sua boca. – Não conte isso para sua mãe, mas eu acabei de perceber que não coloquei nenhuma pomada contra assadura... – disse de forma derrotada, colocando minha filha de volta ao trocador. – Será nosso primeiro segredinho. – pisquei, abrindo sua fralda. Ana resmungou. – Não seja tão exigente, mamãe está aprendendo, eu mereço um desconto... – coloquei um bico e Ana sorriu. – Que sorriso mais lindo de mamãe morder... Eu gosto dele e não quando você fica resmungando ou brigando comigo. – peguei a pomada, coloquei um pouco nos meus dedos e levantei as perninha da pequena que resmungava baixinho, comecei a espalhar tendo cuidado para não colocar dentro da vagina. Passei por toda a região externa, no bumbum e envolta do ânus. – Agora sim, eu estou no caminho... – minha frase morreu assim que senti um líquido quente escorrendo pelas pernas da minha filha. Um protesto alto morreu em minha garganta. – Acabo de ser batizada pela senhorita Anabella Cabello-Jauregui. – disse enquanto levantava minha filha para que ela não se sujasse ainda mais. – Que desastre! – constatei derrotada. – Mas a mamãe é guerreira e não vai chorar como um bebê indefeso para Camila. – minha filha fez careta. – Tudo bem, sem analogias a bebê. Pisei na bola, mas não precisa me olhar feio. – inclinei meu corpo para pegar uma fralda de pano para secar o trocador. – Temos um processo de troca ainda inacabado e imprevistos acontecem. – comentei enquanto secava o mijo que tinha acumulado. – Parecia mais fácil quando a Camila estava ao meu lado. – arrumei minha postura e coloquei minha filha de volta ao trocador, deixando-a em cima de outra fralda de pano, limpa, para que não entrasse em contato com o plástico úmido. – Acabei de perceber que você se comporta na presença da Camila, isso é uma ótima estratégia. – levantei o bumbum de Ana e peguei alguns lenços umedecidos para fazer outra limpeza. – Eu posso usar lenços agora? – Ana agitou os bracinhos, mas não disse nada. – Vou considerar esse silêncio como uma afirmativa porque quem cala consente! – joguei a fralda no lixo e peguei uma nova, tendo o cuidado em passar uma nova camada de pomada para assadura e depois coloquei a fralda. – Tivemos alguns contratempos, mas agora podemos dizer, missão cumprida! – constatei orgulhosa. – Agora a mamãe aqui só precisa te vestir e posso dizer que sobrevivemos a esse apocalipse chamado troca de fralda. - peguei um body baby manga curta na cor preta, com a frase "Meu primeiro pretinho básico", roupa escolhida e comprada por David para que sua irmã não se afogasse em um mar de rosas, e a vesti, depois coloquei as luvinhas e meinhas. – Está linda, se me permite constatar, princesa Cabello-Jauregui! – beijei sua testa. – E agora farei um que sei de melhor. – disse orgulhosa, dirigindo-me a poltrona perto do berço. – Vou colocar a mocinha para dormir e mais tarde a Mama Camila aparece para que possa encher essa barriguinha! – Anabella sorriu. – Comida sempre te anima, pequeno projeto de gente. Pelo o que eu percebo – sentei na poltrona e toquei seu nariz, colocando-a, depois, deitada em meus braços. -, que eu precisarei trabalhar em dobro a fim de sustentar três esfomeados.

[...]

- Como foi? – Camila perguntou assim que entrei no quarto. Ela estava vindo da direção do banheiro e por seu cabelo preso e roupas trocadas devia ter acabado de tomar um banho.

- Foi tranquilo. – menti. Ela se aproximou e enlaçou seus braços ao redor do meu pescoço.

- Tem certeza? – perguntou desconfiada.

- Mas claro... – dei de ombros. – Eu disse que estava apta a fazer uma troca de fraldas sem supervisão. – espalmei minhas mãos em sua cintura, puxando-a para mais perto. – Não tinha porque se preocupar...

- Que bom. – ela disse e beijou meu nariz, mas seu tom de voz saiu diferente. – Estou feliz que não preciso me preocupar com você esquecendo de passar pomada para assadura. – estreitei os olhos.

- Não acredito que pensou que eu esqueceria alguma coisa durante o processo? – questionei, fingindo uma falsa indignação. Meu coração começando a acelerar pela frase que ela disse.

- Você precisa de um banho... – ela torceu o nariz em desagrado com o cheiro. – Aposto que o desespero bateu quando Anabella começou a mijar...

- Foi um pouco assustador, mas... – parei assim que percebei o que estava falando. Abri a boca duas vezes, mas a fechei por não saber o que dizer. – Como? – perguntei atordoada. Camila indicou com a cabeça a babá eletrônica, afastei-me um pouco e bati na testa por ter sido pega, sentindo-me totalmente envergonhada. – Desculpa... – pedi sem jeito, encarando meus dedos. – Eu fui um desastre. – minha voz saiu baixa, carregada de culpa.

- Não foi tão ruim assim... – Camila levantou meu queixo, com a ponta do seu indicador, para que eu a encarasse, mas estava me sentindo uma inútil. – Você se saiu muito bem para uma troca sem supervisão. – tentou me animar, mas não consegui me sentir melhor. – Foi fofo acompanhar – fez o sinal de aspas com as mãos. – você conversando com nossa princesa, fiquei um pouco consternada com você dizendo que eu tenho um gênio forte.

- Mas você tem. – tentei mudar o foco para não ficar lembrando dos meus erros. Camila rolou os olhos. – Por que não foi me ajudar?

- Porque você precisava aprender a se virar sozinha com nossa filha. – aproximou-se e beijou meu rosto. – E no fim, você se saiu muito bem. Estou orgulhosa! – sorri envergonhada. – Já pode acordar na madrugada e levantar sem me acordar para trocá-la. – sorri e selei nossos lábios.

- Pensei que estivesse lá embaixo preparando o jantar. – comentei quando senti minha barriga reclamar.

- Eu até desci, mas um senhor muito persistente disse que o jantar seria da responsabilidade dele. – arqueei a sobrancelha sem entender. – David disse que estamos muito cansadas por ter que cuidar dele, da casa e agora da Ana que requer muita atenção e proteção, então na noite de hoje, ele seria o responsável pelo jantar.

- Devo ligar para uma pizzaria? – perguntei preocupada.

- Talvez, mas vamos dá esse voto de confiança.

- Por que não ficou para supervisioná-lo?

- Ele me expulsou da cozinha, acredita? – perguntou indignada. – Apenas pediu que eu cortasse o peito de frango em filés e disse que se virava com o resto e não me permitiu ficar lá. – explicou visivelmente chateada.

- Quando ele coloca uma coisa na cabeça... Nada o faz desistir facilmente. – cocei o queixo. – E tem que ser do jeito dele ou nada feito. – espreguicei-me, depois enlacei meus dedos atrás da nuca a fim de relaxar um pouco o corpo. – Parece alguém que eu conheço. – comentei casualmente, Camila rolou os olhos.

- Idiota. – resmungou, mas tinha um lindo sorriso nos lábios. – Por que você não vai tomar um banho para descermos e vê em que situação caótica se encontra a nossa cozinha.

- Você podia me acompanhar. – disse de forma dengosa, puxando levemente seu corpo para junto ao meu.

- Eu acabei de tomar meu banho. – pincelou meu nariz com seu dedo indicador.

- Não tem problema, está quente... Outro banho sempre é bom. – pisquei.

- Amor... – choramingou. – Eu estou de resguardo e nada de sexo, você sabe disso.

- Eu sei. – disse frustrada. – Mas prometo me comportar... Eu só quero minha mulher cuidando de mim... O dia foi corrido no escritório e nada me relaxaria mais do que você me mimando debaixo do chuveiro. Só um banho e nada mais. – beijei meus dedos, fazendo um sinal de "x" para selar a promessa. – Eu mereço uns dengos... – fiz biquinho, Camila me olhava atentamente como se lutasse para ceder ou não. – Eu também sou um bebê que merece carinho e um banho. – mordi de leve seu lábio inferior.

- Vai me chamar de mamãe também? – arqueou a sobrancelha, nos lábios um sorriso desafiador.

- Não. – respondi rapidamente. – Mas posso te chamar de daddy! – o sorriso da minha mulher se alargou e foi o que eu precisei para tomar seus lábios em um beijo ardente, direcionando seu corpo para o banheiro, mas sem largar seus lábios.

O caminho até o banheiro foi rodeado de mãos bobas e peças de roupas voando, assim que entramos dentro do boxe, pressionei seu corpo na parede, e ela gemeu em resposta.

- Você prometeu se comportar... – sua voz saiu entrecortada, abafada por meus beijos.

- Mas eu estou me comportando. – minhas mãos vagavam possessivamente pelas laterais de seu corpo. – Merda. – praguejei quando senti a água fria cair em meu corpo, Camila sorria sapeca com a mão na torneira do chuveiro. – Por que fez isso? – afastei meu rosto para que a água caísse apenas em parte do meu corpo.

- Você não estava se comportando... – resmungou. – E eu quero tanto quanto você, mas nesse momento estou impossibilitada. – deixou os ombros caírem. – Então apenas esfriei um pouco o clima... – rolei os olhos, literalmente um banho de água fria em cima de mim. – Não me olhe assim, deixe-me cuidar de você e te dar um banho. Selou nossos lábios rapidamente e puxou meu corpo para mais perto, de forma que eu ficasse totalmente em baixo do chuveiro.

- Mão boba, pode?

- Contanto que não ultrapasse o sinal vermelho e nos deixe em um caminho sem volta... Sem volta para você porque eu não posso seguir essa estrada. Que merda! – praguejou. – Eu só queria fazer amor com minha mulher, mas o resguardo não me permite.

- Eu estava pensando em uma boa trepada, mas fazer amor também me satisfazia.

- Lauren. – elevou o tom de voz, indignada.

Camila desligou o chuveiro e me virou de costas para poder passar shampoo em meus cabelos, fechei os olhos para aproveitar seus dedos massageando suavemente minha cabeça, meu corpo todo encostado ao seu de forma que sua intimidade roçava em minha bunda assim como seus seios roçavam minhas costas. Depois ela ligou o chuveiro e começou a massagear meu coro cabeludo com um pouco mais de força para remover o shampoo, após o processo, ela passou mais um pouco de shampoo, sempre sendo delicada e tendo o cuidado para que não caísse em meus olhos, por isso pedia para eu fechar os olhos e a boca. Assim que ela terminou de lavar meus cabelos, pegou o sabonete e começou a percorrer todo meu corpo, levando um bom tempo em minhas costas, seios e barriga, coisa da qual eu não reclamei. Enquanto ela esfregava meu corpo com cuidado e carinho, seus lábios me cobriam de beijos e mordidas.

- Não quero mais sair daqui... – resmunguei enquanto ela entrava debaixo do chuveiro para retirar o sabão que estava em seu corpo por ela ter ficado enroscada ao meu corpo todo ensaboado. – Você poderia me dar banho todos os dias, não me importaria.

- Folgada. – disse entre risos, afastei um pouco o corpo apenas para admirar o seu, enquanto a água descia por sua pele morena e quente.

Como eu amava aquela maldita e pecaminosa mulher, até num simples gesto de tirar o sabão do corpo, ela conseguia me levar à loucura. Camila desligou o chuveiro e eu achei minha deixa para atacar, pressionei bruscamente seu corpo na parede e sem deixa-la reagir, beijei seus lábios, imponto minha língua dentro dos seus, que ela aceitou um pouco atordoada. Levei minha mão direita até seu queixo enquanto minha esquerda estava fincada na carne da sua bunda. Movia meus lábios de forma brusca e sensual, usando meu polegar para acariciar seu queixo e seu lábio inferior e deixá-la mais louca. Nossas línguas moviam em um ritmo frenético, dominado por mim. E, nossos corpos acompanhavam o ritmo em um bailar sensual, fazendo o atrito me levar à loucura. Apenas afastei meu corpo quando o ar se fez necessário.

- Obrigada pelo banho. – disse ofegante, após o beijo lascivo. Camila me olhava totalmente desnorteada, soltei seu corpo devagar para ter certeza que ela não cairia. Selei nossos lábios rapidamente e me afastei antes que eu perdesse o controle dos meus atos, deixando uma Camila perdida dentro do banheiro.

[...]

- Que cheiro maravilhoso! – disse surpresa assim que entrei na cozinha, Camila entrou ao meu lado com seus dedos entrelaçados aos meus.

- A cozinha não está destruída! – constatou assustada. E realmente não estava, David terminava de pôr a mesa e tudo estava na mais perfeita ordem, nem louça suja tinha na pia, na verdade não havia indícios de sujeira no ambiente.

- Estava terminando de arrumar aqui, depois chamaria as senhoras. – nosso filho tinha um sorriso enorme no rosto.

- Devo ligar para a pizza agora? – sussurrei no ouvido da minha mulher.

- Lembra?!? – sussurrou. – Um voto de confiança. – respondeu ainda mais baixo. – Se não tiver comestível, você liga. – acenei em concordância. – O que você fez, amor?

- Eu fiz arroz à grega e filé de peito de frango com molho cremoso.

- E onde aprendeu a fazer isso? – perguntei desconfiada.

- O arroz eu acabei aprendendo de tanto acompanhar a Mama Camila fazendo. – puxou a cadeira para que Camila sentasse. – O filé de frango quem me ensinou foi o tio Cristian, mas eu acabei mudando algumas coisas com uma receita que olhei na internet. – explicou e puxou a cadeira para que eu sentasse. – Sintam-se à vontade para se servir. – Camila e eu nos entreolhamos, uma esperando a outra dar o primeiro passo. – Ana está dormindo? – David pegou seu prato e começou e se servi tranquilamente.

- Eu a coloquei para dormir, deve acordar mais tarde com fome. – inspirei profundamente e comecei a colocar a comida no prato, sua cara estava muito bonita, não estava queimada e nem crua, devia ser um bom sinal.

Para minha surpresa quanto a de Camila, a comida estava boa, não, na verdade estava uma delícia. David riu satisfeito ao ver nossas caras, mas continuava a comer tranquilamente enquanto tentávamos recompor a postura perdida.

- Não me deram nem um pouquinho de credibilidade? – negou com a cabeça. – Eu devia imaginar, mas ao contrário das senhoras, o tio Cristian e o tio Peter não têm receio de deixar a Rachel e eu cozinhar... – deu de ombros, cortando um pedacinho de seu filé e levando a boca. – Sempre que vou lá, tio Peter nos ensina alguma receita diferente ou nos deixa cozinhar... – explicou depois que engoliu a comida. – Claro, sempre estamos supervisionados, mas eu tenho mais liberdade para cozinhar do que aqui. E eu gosto de cozinhar!

- E você tem talento. – Camila afirmou.

- Obrigado.

- Agora estou me sentindo mal por sempre brigar ou dizer que é muito novo para ficar perto do fogão, quando você cozinha deliciosamente. – resmunguei baixo.

- Isso quer dizer que vou poder cozinhar mais vezes aqui? – seus olhos brilharam em expectativa.

- Por mim, apenas você cozinha a partir de agora.

- Lauren. – Camila resmungou.

- Estava brincado. – sorri amarelo. – E sim, campeão... Deixaremos mais vezes que você cozinhe... E desculpe-nos pela superproteção. – pedi.

- Tudo bem... Eu sei que as senhoras não fazem por mal, mas eu estou crescendo e precisam confiar mais em mim. – Camila e eu nos entreolhamos sem saber muito o que dizer.

- Quando você se tornou esse homem? – ela perguntou perplexa.

- Eu tenho três mulheres para cuidar. – colocou os talheres no prato e nos encarou. - Não que ache que sejam frágeis e não consigam se cuidar sozinhas, muito pelo contrário... As senhoras são meus exemplos de força e amor. – sorriu ternamente, engoli em seco sem saber o que dizer. – Mas isso não significa que eu precise me comportar como um menino por toda a vida, Anabella é um bebê e precisa de toda a ajuda agora e no que eu puder ajudar, podem contar comigo... Sei que sou crianças, mas devo começar a agir como homem e proteger as pessoas que amo, não é isso que chamam de amadurecer?

- Onde você aprendeu isso? – perguntei boquiaberta.

- Vovó Clara e vovó Sinu disseram algumas coisas sobre isso no churrasco e me deixaram intrigado... Depois conversei com o tio Troy e com o Papa e acho que entendi o que é amadurecer. – pegou os talheres e voltou a comer. – Quando a vovó Clara vem para cá? – mudou drasticamente de assunto.

- Depois de amanhã. – Camila respondeu, eu ainda estava em transe pela resposta que ele havia dado. – Sua tia Taylor pediu que ela ficasse mais alguns dias lá.

- Nós podemos olhar as estrelas, depois do jantar? – perguntou olhando diretamente a mim. Acenei em concordância. – Ótimo! – Camila entrelaçou nossas mãos em cima da mesa e sussurrou:

- Os filhos crescem mais rápido que esperemos! – sorri de canto.

Realmente, eles não só crescem como amadurecem mais rápido do que calculamos. E isso me assusta ao mesmo tempo que me encanta, mas David estava indo no caminho certo e me deixava orgulhosa.     

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E aí, como estamos? 

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