Secrets Segunda Temporada

By sweetcabello21

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Quatro anos após o casamento, Lauren e Camila decidem aumentar a família e dar a David, o primogênito do clã... More

Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Capítulo XXXIX
Capítulo XL
Capítulo XLI
Capítulo XLII
Capítulo XLIII
Capítulo XLIV
Capítulo XLV

Capítulo XXXI

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By sweetcabello21

Camila POV

Olheiras fundas, lábios ressecados, sensação de fadiga dominando o corpo, inchaço nos pés e mãos, mas nos lábios, um sorriso contagiante. Era assim que eu me sentia, uma parte de mim estava entregue ao cansaço, provocado pelo parto normal, e a outra estava radiante, brilhando, resplandecendo com toda a sensação pós-parto que ainda percorria por minhas veias.

Eu já me encontrava em um dos apartamentos da maternidade, consegui dormir facilmente, após sair da sala de parto. Meu corpo ainda reclamava de dor, mover-me pela cama era uma grande dificuldade, sentia uma tonelada pesando em minhas pernas, minha intimidade estava entre um latejar angustiante e uma leve ardência, mas nada disso importava. Pouco tempo depois de ter acordado, a enfermeira entrou com uma comida estranha, segundo ela, era sopa e por mais que a aparência do que me foi servido não fosse agradável, o gosto estava bom. Quando terminei de comer, a gentil enfermeira se retirou para buscar minha menina para amamentação. Meu corpo já estava em frenesi, louco para ter minha filha em meus braços.

- Oi... – a voz da Lauren se fez presente, olhei para a direção e a vi com a cabeça dentro do quarto, como se esperasse uma permissão para entrar, sorri ainda mais largo e bati na cama para que ela se aconchegasse. Minha mulher entrou, na sua mão um unicórnio de pelúcia tendo balões amarrados em uma de suas patas.

- Meu Deus! – exclamei quando vi David atrás de minha mulher. Ele estava usando calças jeans escuras, botas de combates em um tom marrom escuro, uma camisa social branca, de manga longa com as mangas puxadas até o cotovelo, uma gravata borboleta vermelho vinho e os cabelos alinhados. – E esse jovem rapaz, como se chama? – David carregava um enorme buquê de rosas brancas.

- Para a senhora! – beijou docemente minha bochecha antes de me entregar o buquê de rosas.

- São lindas, meu amor... – o cheiro das flores invadiu meu pulmão e as borboletas que habitavam meu estômago revoaram em resposta. – Mas diga-me, por que estás tão pomposo?

- Ele disse que tinha que estar muito apresentável para ver a irmã de perto pela primeira vez. – Lauren comentou divertida, colocou o unicórnio de pelúcia em uma poltrona, que ficava afastada da cama, o quarto estava com flores e alguns presentes. A enfermeira me avisou que foram presentes que ganhei enquanto dormia. – Esse lance de gravata borboleta é a sua cara. – ela completou, antes de se aproximar e selar nossos lábios por longos segundos. – Como está se sentindo?

- Melhor agora que meus amores estão debaixo das minhas asas!

- Me senti um pintinho... – David comentou, sentando-se próximo a mim, na cama. Acabei por rir de seu comentário, mas foi uma péssima ideia, meu corpo reclamou por aquele sacudir inesperado, fiz uma leve careta que passou despercebida. Lauren assanhou os cabelos de nosso filho como de costume, mas ele bufou e afastou a cabeça para que ela não continuasse o ato. – Mama... – reclamou. – Batatinha vai me ver assanhado, ela vai pensar que sou um irmão desleixado, tenho que ser o exemplo.

- Mas você é um pouco desleixado, bebê, não negue isso... – passei a mão em seus cabelos, apenas para irritá-lo. David pulou da cama nem um pouco satisfeito com nossas implicâncias, e, cruzou os braços irritado. – Tem um banheiro ali. - indiquei a porta com um aceno de cabeça, ele praticamente voo para dentro. – Essa ideia foi realmente dele ou você plantou alguma sementinha para ele ficar assim paranoico? – Lauren sentou ao meu lado e passou o braço por meu ombro.

- Digamos que o vovô Alejandro resolveu implicar com ele e dizer que a primeira impressão é a que fica, na verdade, ele passou algum tempo lotando a cabecinha do nosso menino sobre como ele tinha que está arrumado, perfumado para que a irmã não crescesse com uma péssima impressão dele... – encostou a cabeça no meu ombro. – David ficou louco enquanto escolhia o que vestir... – entrelaçou sua mão direita com a minha esquerda. – Às vezes ele parece um bebê, como se a idade fosse só um número, já outras...

- Outras é como se ele fosse mais velho e maduro que sua real idade! – Lauren sorriu quando completei seu pensamento.

Nós ficamos ali, em silêncio. As palavras não precisavam ser presentes, o calor que Lauren emanava já era suficiente. Sua cabeça aconchegada em meu ombro, seus dedos brincando com os meus descontraidamente. E era nesses momentos simples que eu me sentia a mulher mais feliz do mundo, por ter sua atenção, seu calor, seu amor e aconchego. Não me importava com presentes caros, jantares extravagantes e declarações para o mundo ouvir desde que ela me oferecesse o mínimo, que significa o máximo. O seu silêncio, o seu cafuné, o seu abraço, o seu aroma inesquecível, a sua atenção em um gesto simples e feito com tanta devoção, que era ela brincando com meus dedos, os seus sorrisos, os seus beijos. A simplicidade do amor me encantava e preenchia meu coração ao ponto de transbordá-lo.

São as pequenas atitudes, os momentos mais singelos que gritam o real significado do amor.

A enfermeira abriu a porta e entrou com nossa filha no carrinho, e, despertou-nos do nosso momento, Lauren e eu abrimos um largo sorriso ao ver àquela pequena bolinha vermelha toda agasalhada.

- Olha quem chegou? – a enfermeira, que já havia dito seu nome, mas eu não recordava, pronunciou-se. – Apesar do sono profundo, essa pequeninha está com muita fome... – seu bom humor era contagiante.

- Que coisa mais gostosa da mamãe morder. – Lauren praticamente pulou da cama para pegar nossa filha nos braços, torci a cara ao fazer um movimento mais forte e meu corpo reclamar um pouco. – Amor... – Lauren se pronunciou ao ver minha careta. – Você precisa ter cuidado, não pode ficar... – seu discurso foi interrompido por um furacão chamado David Cabello-Jauregui, que abriu a porta de supetão assustando a pequena, Anabella se remexeu nos braços de Lauren, não conseguia ver seu rosto na posição que me encontrava, mas meus instintos maternos me diziam que ela não gostou de ser acordada de seu sono ou ser incomodada. David estava prestes a correr o pequeno espaço, mas Lauren o refreou com duras palavras. – Se você correr, se jogar na cama ou fazer qualquer outro movimento inesperado sem calcular as consequências... – falou pausadamente, com a voz fria. David refreou todo seu corpo, seu rosto ganhou uma coloração branca, surpreso e sem jeito pela bronca que ouvia. - Tenha certeza que ficará de castigo para o resto da sua vida, está me ouvindo rapazinho? - ele acenou com a cabeça totalmente envergonhado. – Quase acordava sua irmã... – disse com a voz mais suave, seu rosto compenetrado em nossa princesa.

- Eu vou deixa-la aqui para a amamentação e mais tarde venho buscá-la. – Emily, finalmente lembrei o nome da enfermeira, falou, mas por seu tom de voz parecia mais dizer aquilo a si mesma do que à nós.

- Obrigada. – Lauren agradeceu, já mais tranquila. Seus braços protetores, seu sorriso calmo e com toda atenção voltada à pequena criatura que estava em seus braços. – Seu irmão é desmiolado! – falou com uma voz infantil, suspirei apaixonada. Ver Lauren mimando nossa menina tinha se tornado uma paixão. David permanecia no mesmo lugar, as mãos no bolso e o rosto sem jeito, algo me dizia que estava com medo de outra bronca, indiquei com a cabeça para que ele se aproximasse. – Ele está muito ansioso para te ver, mas não mede as consequências de seus atos. Por isso, eu preciso brigar com ele, mas ele não é um filho ruim e tenho certeza que terá o melhor irmão do mundo. – David sorriu, o medo sendo substituído pela euforia de estar perto da irmã. Ele se aproximou bem devagar da Lauren, seus olhos curiosos faziam uma vistoria na irmã.

- Ela é tão minúscula. – comentou baixinho.

- Você também não nasceu grandão. – respondi, David parecia todo sem jeito ao lado da irmã. – Na verdade, você nasceu apenas 2 centímetros maior que ela. – David olhou para mim e depois para irmã, nos braços da Lauren. – Você já viu suas fotos de quando era um bebê...

- Eu sei... – disse tranquilo. – Mas olhando de perto, ela parece tão delicada e frágil.

- Os bebês são frágeis e delicados, nos primeiros anos... Ela é totalmente dependente de nós, você já foi assim. – Lauren parecia alheia à nossa conversa, ela murmurava coisas para nossa menina, sua atenção toda focada em Ana, que dormia como um anjo. David se aproximou mais um pouco e tocou no rosto dela, acariciando sua bochecha.

- Parece uma boneca de porcelana. – comentou para si.

- Sim... – Lauren concordou, olhando para David. – É nossa bonequinha de porcelana. Veja amor.... – disse ao nosso filho. – Sua irmã não é linda?

- Ela é quentinha... – seus dedos desceram pelo corpo da minha filha até sua mãozinha. Ana como reflexo segurou a mão dele. – Mãe... – disse um pouco mais alto, mas sua voz foi contida, um misto de surpresa e encantamento. – Ela está segurando meu dedo! – exclamou bobo. – Deve ser o jeito de dizer que gosta de mim... Oi Ana. – sorriu bobo para a irmã. – Sou eu, seu irmão, David... – a mão esquerda do meu filho acariciava a pequena mão da minha filha, que segurava o dedo indicador da mão direita dele. – Ela não é tão forte. – comentou frustrado para Lauren, que nada disse, apenas sorriu terna. – Mas não se preocupe, eu vou te proteger de tudo, sabia que eu tenho uma banda? Na verdade, os ensaios estão parados porque a Mama Camila educadamente pediu que os ensaios fossem suspensos. – rolei os olhos.

- Educadamente? – Lauren perguntou cínica.

- Sim. – David deu de ombros. – Ela educadamente disse que ou eu parava com os ensaios, que davam dores de cabeça nela ou ela educadamente confiscava meu notebook e videogame. – seus ombros caíram em desanimo. – Então eu educadamente entrei em acordo com ela. – colocou as mãos nos bolsos. – Mama disse que poderia ter um ensaio por mês depois que Batatinha nascesse... – sorriu para mim e eu confirmei. – Então Batatinha, quando estiver grande vai poder dizer que tem um irmão astro de rock!

- Devo temer essa volta da Aberrações? – perguntou a mim.

- É Aberração!

- O futuro dirá! – respondi com uma voz misteriosa. – Agora traga minha princesa, pois a mamãe quer amamentar.

- Posso segurá-la? – David pediu acanhado, seus olhos brilhando em expectativa.

- Não sei... – Lauren disse em dúvida olhando para mim.

- Eu estou com as mãos lavadas e com as unhas cortadas. – mostrou a mão para Lauren como se provasse que não mentia.

- O que você acha Camz? – olhei para David que olhou e piscou seguidas vezes, as mãos nos bolsos, um sorrio pidão e ficando na ponta dos pés, levantando e baixando, ansioso pela resposta.

- Certo. – ele impulsionou a mão discretamente em resposta. – Mas... – ele parou a tímida comemoração e me encarou. – Eu vou amamentá-la primeiro, depois você senta na cama e Lauren vai colocar Bella em seus braços, sem movimentos bruscos ou sem cálculos! – ele sorriu em reposta. – Lauren... – reclamei, ela estava demorando a trazer minha menina. – Deixe de paparicar, traga minha princesa.

- Amor... Só mais um pouco. – deu dois passos para trás e girou o corpo, David acompanhou seu movimento. – A mamãe aqui quer babar um pouco mais pela princesinha da casa. – disse abobalhada a nossa filha. – Bella, aposto que sua mãe Camila está se coçando para levantar da cama e puxar minha orelha. – falou em um tom baixo, mas que eu pudesse ouvir. – Deixa só eu te cheirar um pouco mais e você pode ser amamentada... – sua voz saia infantil e abobalhada. – Você está em um sono tão gostoso que me corrói ter que te despertar!

- Amoooooor...­ – choraminguei, mas meu coração estava acelerado em ver aquela pequena interação, uma sensação indescritível que preenchia meu peito. David se aproximou ainda mais de Lauren.

- Batatinha, nós temos duas mães babonas!

- Fala como se não tivesse passado dez minutos para escolher uma gravata. – Lauren provocou, entregando nosso filho, sorri terna. Lauren puxou David e o abraçou de lado. – Aposto que sua irmã está orgulhosa, tem o irmão mais dedicado que alguém pode desejar. – David corou e encostou o corpo na mãe. – Agora... – voltou a falar com Ana. – Minha princesa precisa ser alimentada, não vejo a hora de estarmos em casa e eu poder te ter em meus braços em cada minuto do meu dia.

[...]

Depois de três dias, finalmente, Anabella e eu recebemos alta. Durante o tempo que passei na maternidade recebi inúmeras visitas e minha filha ganhou muitos mimos. Sofia sempre que tinha um tempo livre estava por lá acompanhada por Regina ou por Allan, nunca havia parado para pensar na grande amizade da minha irmã com a irmã da minha melhor amiga, elas pareciam ter um grande laço, apesar das constantes implicâncias de Lauren eu não via nada de mais, mas ao vê-las juntas paparicando minha filha, imaginei-as como um casal e fiquei feliz com tais pensamentos. Elas pareciam tão íntimas e cumplices que as brincadeiras da minha mulher me pareceram ter fundamentos. Taylor e John apareceram com presentes exagerados como sempre, eles compraram um urso de pelúcia quase do meu tamanho, David ficou louco ao ver aquela coisa no meu quarto da maternidade, meu filho disse que seria uma excelente almofada ou um sofá improvisado para compor o quarto dele assim ele não jogaria videogame na cama nem no chão, ele chegou a argumentar para Lauren e eu que faria melhor uso do presente do que a irmã, resultado, ganhou um sermão meu e um tapinha na cabeça dado pela Lauren. Minha mãe e a mãe de Lauren dedicaram todo tempo disponível a mim e minha filha, como avós corujas, praticamente montaram um ninho no meu quarto, se revezando para me prestar auxílio. Chris e sua namorada não conseguiram voar de Miami por causa do trabalho dele, mas ele prometeu que na primeira folga visitaria a sobrinha. Normani pediu inúmeras desculpas por não conseguir achar um horário adequado para me visitar, seu estúdio de dança estava se preparando para uma grande apresentação e segundo ela tudo parecia um caos, mas minha amiga tinha tendências aos exageros, sabia que no fim a apresentação seria impecável, então disse para ela não se preocupar, mas também para não demorar a ir ver minha princesinha. Dinah apareceu junto com Ally, as duas combinaram de me visitar juntas, à tarde que elas passaram comigo foi muito gratificante, regada a gargalhadas, e caretas por minha parte. Meu pai me visitou duas vezes, mas ficou encarregado de cuidar do meu filho enquanto eu estava na maternidade e a Lauren trabalhava, então ele passava mais tempo com meu campeão, mas sempre ligava para minha mãe para ter informações sobre mim e a neta.

- Está pronta? – Lauren entrou no quarto. Assenti, ela se aproximou e selou nossos lábios rapidamente.

- Cadê minha irmã? – David entrou vasculhando o quarto.

- Bom dia para você também, rapazinho! – murmurei séria.

- Bom dia, mãe. – abriu um sorriso, aproximando-se e lotando meu rosto de beijos. – Como a senhora está?

- Melhor agora com essa sessão de beijos. – puxei meu filho para um abraço, apertando-o contra meu corpo. – Já está um rapagão, mas sempre vai ser o bebê da mamãe... – disse manhosa, enchendo sua bochecha de beijos. – Se comportou com seu avô? – ele afirmou com um aceno. – Espero que sim, vou perguntá-lo depois. – informei.

- Sou quase um homem responsável. – comentou orgulhoso.

- Acredito. – dei um último beijo antes de soltá-lo.

- Cadê a Batatinha? – rolei os olhos, nunca me acostumaria de fato com aquele apelido.

- Ela está para chegar, a enfermeira foi buscá-la. – Lauren disse enquanto ajeitava as minhas bolsas em cima da cama. – Amor, estão todas sujas?

- A bolsa da sua esquerda sim. Sua mãe me ajudou ontem e fizemos uma organização do que estava limpo e sujo. – expliquei.

- Isso explica porque essa aqui – levantou a bolsa que estava a sua direita. – está maneira. Você me ajuda, campeão? – meu filho acenou. Lauren entregou as bolsas para ele. – E esse presente? – apontou para uma caixa branca em cima da poltrona.

- Seth apareceu aqui mais cedo e trouxe.

- Falando nisso, Mama... – David começou sem jeito. – Eu posso chamar meus amigos para tomar banho de piscina nesse fim de semana? – pediu. – Eu queria apresentar a Batatinha a eles!

- Em casa conversamos. – Lauren respondeu, pegou o presente e colocou na cama próximo a cadeirinha para recém-nascido.

Cerca de dez minutos depois, com a ajuda dos meus dois amores, tudo estava pronto para irmos. Não demorou muito para a enfermeira trazer Anabella e podermos, finalmente, ir para nossa casa.

Estava ansiosa para os próximos capítulos com minha princesinha iluminando ainda mais a casa junto com seu irmão.

[...]

- Quem está ligando? – Lauren perguntou, sua atenção estava voltada para o trânsito, estávamos a caminho de casa. David estava no branco de trás concentrado em explicar a sua irmã, que dormia profundamente, como funcionava seu novo jogo.

- É a Dinah! – respondi, atendendo logo a chamada. – Hey DJ. – cumprimentei. – Sim, acabei de sair, não, na verdade tem alguns minutos, já estou perto de casa... – respondi a sua pergunta. – Ok! – disse e coloquei no viva voz como ela pediu.

- Cada a mãe mais babona e bobona que eu conheço? – minha amiga provocou. Lauren apenas resmungou baixo em resposta. – Agora que Ana já nasceu podemos conversar mais amigavelmente... – franzi o cenho sem entender o que ela queria dizer. – Estava pensando com meus botões...

- E você pensa? – Lauren perguntou cínica.

- Tenho dois filhos lindos, inteligentes, amorosos, espertos... – continuou falando sem dá ouvido a provocação da minha mulher. – Eles também são...

- Onde você quer chegar? – interrompi vendo que os elogios não acabariam rapidamente, era sempre uma lista quase infinita que ela listava quando falava dos filhos.

- Talvez Maui ou Maru possam ser namorados perfeitos, certo que tenho dois filhos e fica mais complicado desencalhar os dois numa tacada só, mas tenho fé que um dia o brinquedinho de Guilherme funcione e Normani entre no clube das mães, assim já arrumo outra namorada para eles e não me preocupo com que tipo de pessoa seriam minhas noras... – começou a divagar.

- Você está falando sério? – perguntei descrente.

- Mas é óbvio, imagina nossos filhos namorando?

- Nem fodendo. – Lauren rosnou.

- AMOR. – elevei o tom por causa do palavrão.

- E você – olhou para David rapidamente pelo retrovisor. – não quero nem imaginar falando um palavrão. – falou séria, David se encolheu no banco. – Eu não devia ter dito, isso é um péssimo exemplo, mas às vezes Dinah me tira do sério. – resmungou.

- Eu? – perguntou indignada. – Não tenho culpa se é uma louca.

- Lauren... – falei serena, levei minha mão até sua coxa e comecei a acariciar, ela segurava o volante muito forte, mas foi relaxando aos poucos.

- A louca está mais calma? – minha amiga perguntou.

- Não irrite a fera. – pedi tentando manter um clima agradável.

- Mas é legal... – choramingou, rolei os olhos.

- Dinah. – ralhei.

- Tudo bem, tudo bem... – desdenhou. – Não está mais aqui quem falou, mas saiba que está perdendo um ótimo genro. – Lauren resmungou mais baixo, e mesmo sem ouvir sabia que ela proferia alguns palavrões.

- Você me ligou só para isso? – perguntou sem modos.

- Na verdade era para avisar que vamos fazer um churrasco na sua casa para comemorar o nascimento da Anabella, então... Nos vemos no domingo... Não se preocupe, estou na organização... Tchau! – e antes que processássemos o que ela havia dito, Dinah desligou na nossa cara.

- Churrasco? – perguntei para ter certeza se ouvi certo. Lauren bufou, mas nada disse, não tinha mais o que fazer quando Dinah Jane já tinha começado a organização.

- Então eu posso convidar meus amigos também? – David perguntou amuado, ainda tenso por causa do momento que presenciou da sua mãe zangada.

- Sua tia é doida... – olhei para a janela e depois para meu filho. – Mas teremos churrasco no domingo! – dei de ombros.

- Já vejo eu limpando tudo no fim do dia e grandalhona sumindo do mapa. – Lauren resmungou. – Mas é bom que mostro para todos nossos amigos a nossa princesa, eles ficarão babando por ela! – completou orgulhosa.

- Ouviu Batatinha? – David perguntou. – Teremos churrasco no domingo! Mal posso esperar para ver todos reunidos.

- Nem eu... Nem eu!

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E aí, como estamos?

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