Diamante - Livro 02

By AlessandroFonsseca

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Dois anos após se separarem, sentirão falta do amor que sentiram naquele prostíbulo de Morgana. Novos aconte... More

Prólogo
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Epílogo
Agradecimentos
AVISO IMPORTANTE
EXTRA - ESPECIAL FINADOS

Capítulo 13

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By AlessandroFonsseca

"Me abusou desde os meus treze anos de idade. Não aguento mais esta dor. O que vou fazer para meu sofrimento acabar? Não aguento mais esta maldita dor na minha bunda. Não aguento mais. Vou morrer.... Estou morrendo. Meus olhos estão se fechando, a escuridão se formando e logo perco meus sentidos. Naquele momento, eu morri. Mas revivi em outro lugar. Recomecei minha vida. "

(DEPOIMENTO ANÔNIMO)

― Hoje, Pedro, está assumindo tudo que Carla tem. A casa de onde ela mora, é sua agora. Mas não poderá expulsar os familiares que aqui moram. ― o juiz falou e Pedro assinou o papel.

― Bom, como a casa é minha agora. Quero o quarto de Carla. ― exigiu e ela arregalou os olhos ao ouvir aquilo.

― Vou tirar.... Vou tirar.... Vou tirar meus pertences de lá. ― subiu-lhe uma imensa vontade de matar Pedro, mas se segurou e esperou que o tempo de sua vingaça já estava quase chegando e ele ia pagar tudo o que estava fazendo com ela.

Ela tirou e colocou no antigo quarto de hóspedes. Era um quarto um pouco maior, mais arejado e um pouco mais bonito na decoração do local, tinhas duas sacadas e uma banheira com hidromassagem. Guardou suas coisas e foi até a sala, pegar suas coisas e ir para o canal.

Não aguentaria ser tratada como uma estranha na própria casa. Tinha que fingir que havia perdido tudo, para depois dar a surpresa a eles.

Não poderia nunca desistir de suas riquezas e de seu filho, Júlio.

Sentiu seu peito doer, seu coração acelerar. Tinha que achar logo ele. Não poderia mais ficar esperando por notícias. No dia seguinte, ia sair de madrugada e ia procurar pelo seu filho, custe o que custar, ia tê-lo ao seu lado, sabendo de toda a verdade.

Mesmo sendo pobre, perdendo tudo o que conquistara, ia ser feliz, verdadeiramente, com seu filho, sua irmã e o outro filho com seu esposo.

****

― Deveria morrer, quando tive chance. ― confessava a si mesmo enquanto Júlio, o puto loiro, cuidava de alguns ferimentos e cortava de tesoura, o terno exclusivo de Wettmer, o dono da Coco Chanel.

― Não fala uma coisa dessas. Estás bem e vai sair daqui. ― Júlio, o puto loiro, retrucou e continuou a cortar suas vestes, até que termina e faz o garoto ruivo se levantar, ficando somente de cueca. ― E, aliás, és uma delícia só de cueca. Não deveria estar nesse mundo sombrio que vivo.

― A quanto tempo?

― Há dois dias só.

― Há dois anos... ― deu uma pausa, respirando fundo e segurando as lágrimas. ― Eu me prostituí durante três semanas. Sei o que é este mundo. Conheci homens nojentos e velhos, conheci o medo, a luxúria e conheci o meu maior inimigo.... ― sua voz cortou-se, engolindo em seco.

― Quem? ― o puto loiro pegou os restos de roupas e jogou em uma lixeira grande e alta.

― O amor. Me apaixonei por ele, pelo puto loiro e mais belo que já existiu...

― Se apaixonou por um puto do mesmo lugar que você se prostituía. E quem era ele?

― O Pedro Medeiros de Magalhães. ― baixou sua cabeça. E Júlio, o loiro, ficou surpreso, pois um de seus clientes, já fora um puto da noite e que foi o homem que deixou lembranças de uma foda boa.

― Júlio, você ainda ama ele? Jú, posso te chamar assim?

― Sim, pode. É o meu amigo. ― afagou os cabelos ruivos dele, logo abraçou-o fraternalmente.

Ficou a pensar por alguns minutos.

― Nunca deixei. É como se fosse uma raiz, que vai crescendo dentro de nosso coração, a planta cresce, vira uma árvore gigantesca e sua raiz se fortifica, ganhando resistência, ficando assim, invencível. Nunca deixei de amar o Pedro.

― Ele já veio aqui, Júlio. ― revelou, enfim, esperou por uma reação. Mas nada.

― Será que ele virá.... Novamente? ― desgrudou-se dele, deu as costas, abraçando-se a si mesmo. Então, uma lágrima escorre do lado direito de seu rosto.

― Não sei. Isso eu não posso...

― Foi você que o atendeu? ― o interrompeu, afim de saber quem era o puto que atendera o homem que acabou com a vida dele. E tinha razão de culpar Pedro, afinal, foi ele que o abandonou em um esconderijo, foi ele que fora manipulado por sua mãe, foi ele que ajudou a mãe a afundar o pai de Robert e tomar tudo o que o velho tem, logo depois, o pai do esposo de Pedro, morre de um ataque fulminante.

Ele não respondeu. O silêncio foi o sim que o outro queria ouvir de alguns deles.

― Vai ficar com raiva de mim? ― preocupou-se com seu amigo chatear-se poe ele dando a bunda para o amor da vida de seu amigo ruivo.

― Não, Júlio. Só queria saber. ― sua voz saiu quase soluçante, fraca. Respirou fundo, engolindo as lágrimas.

― Vamos nos vestir e depois vamos comer. Temos que ensaiar seu musical. Sabe cantar, né?

― Dançar também. ― complementou.

― Que bom! Depois veremos o que vai cantar e dançar. Agora vamos nos vestir, antes que a louca da dona chegue aqui. ― Os dois vestiram uma mini bermuda e uma blusa de tecido fino. Saíram e os dois logo chamaram a atenção dos homens velhos, que eram clientes sentados em cadeiras, enquanto os garotos atendiam-nos cavalgando no colo deles.

Passaram e foram para uma cozinha ampla e que já tinha alguns jovens garotos, de mais ou menos um quinze há dezoitos anos de idade, juntos em uma mesa, rindo e jogando conversas ao ar.

Então se sentaram de frente ao balcão da cozinha separada com o refeitório.

― Bom dia, Lucas! ― saudava ele, apertando a mão do outro, que estava de bermuda jeans e com uma camisa de manga curta. Era o uniforme de cozinheiro oficial dos putos.

― Bom dia, Júlio, meu amor! ― piscou os olhos para ele e o garoto loiro ruborizou na mesma hora. ― Vai querer o de sempre? E esse daí? É um novo puto da casa da Morgana? ― Mexia em algumas panelas e logo foi fazendo o café da manhã para seu ficante, em dobro.

― Sim. Pode ser tudo em dobro e dois copos de suco natural de MARACUJÁ bem forte para nós dois. ― respondeu, dando um sorriso tímido para o cozinheiro que encarava sensualmente o puto de cabelos loiros. Logo o membro de Júlio enrijeceu com o olhar de Kaio. Ficaram se entre olhando por alguns segundos, até que Júlio, o ruivo, tosse. ― Ah, esse aqui é o meu xará de nome, ele também se chama Júlio. A única diferença entre nós dois, é que ele é bem mais tesudinho e gostosinho do que eu.

― Para de falar isso. Acho você uma delícia, principalmente, ― foi ao pé do ouvido do garoto loiro e sussurrou. ― quando estiver gemendo e pedindo por mais, dizendo que me ama, suas unhas passeando pelas minhas costas e você.... Você.... Você gemendo gostosinho. ― voltou-se a encarar ele e deu um sorriso de vitória, ao perceber que havia deixado o garoto, por quem é apaixonado, ruborizado de vergonha.

Júlio, o ruivo, ficou vendo aquilo e segurando vela. Nunca mais havia sido tratado com tanto carinho e safadeza ao mesmo tempo por PEDRO. Sim, Pedro, foi o que eu disse. Bruno era até carinhosos com ele, mas não era da forma como o ex-puto loiro o tratava.

Mesmo aquele Pedro loiro, malhado, cabelos aos ombros, alto, aquela pele rústica e seu estilo rústico, trazia consigo a fofura nos carinhos e nas carícias.

Agora ele se arrependera de ter se entregado a Bruno. Mas uma burrice, uma burrice! Foi pela vingança, pela carência, pela raiva.... Entregou-se ao desejo carnal, ao desejo cheio de luxúria por parte de um finado médico ninfomaníaco.

Agora?

Ele está sozinho, mais uma vez, novamente, de novo.

Quem será o seu salvador de mais um inferno que Morgana preparou para seu irmão caçula? Por que essa obsessão de vingança e de matar o próprio irmão? Seria a história de Caim e Abel se repetindo?

Posso contar uma história aqui? Sim, vou contar.

"Existia um homem. Esse homem queria mudar o mundo, o jeito de as pessoas pensarem, o jeito de agirem, respeitarem as diferenças entre si numa sociedade hipócrita e falsa. Ele ensinou a amar o próximo, ensinou que nunca devemos julgar o próximo por sua cor, raça ou religião. Só queria espalhar amor entre os seres humanos deste planeta, não querendo implantar um sistema de religião, credo ou crença. Todos que o conhecia, só tinha elogios sobre ele. Em como ele tinha um imenso amor sobre qualquer ser vivente, dependendo do estado em que ele se encontrava. Tinha compaixão, tinha amor dentro de si. Mas, com o tempo, algumas pessoas não gostaram do amor que ele espalhara sobre todas as nações de onde ele passeara e era bem recebido por todos. Sua consequência foi ser crucificado em uma cruz. Sem culpa, sem crime, queria apenas que os seus amados irmãos espalharem o amor, a compaixão, o respeito, a honestidade, o respeito, a dignidade e, acima de tudo, A VIDA. Ele era um homem sem religião, sem uma crença maldita, que ensina mortes e assassinatos para os pecadores. Não precisou de religião, pois era o filho e enviado dos céus. Todos nós sabemos que ele é JESUS CRISTO. Mas, a sociedade só pensa em seus narizes e nem olham mais o seu próximo ao seu lado, ou a sua frente. Não ajudam os necessitados. Os jovens só querem saber de fama, dinheiro e sucesso. Não querem algo que trazem felicidade, confiança e, principalmente, REALIZAÇÃO PESSOAL. A sociedade ensina os jovens a serem hipócritas, a serem machistas, violentos, homofóbicos, a perderem sua infância, a terem relações sexuais antes da hora. Não querem saber de amor ao próximo, só querem saber de dinheiro e fama. Os pais não estão sabendo mais educar seus filhos, deixam nas mãos da sociedade, e ela, mais uma vez, estraga-os. Por isso, vários pais sofrem por seus filhos envolverem-se no mundo das drogas ou do crime, porque eles não souberam dar limites, nem saberem dar uma educação familiar digna. "

Agora reflitam o que falei. O amor entre o próximo, o respeito entre religião e homossexualidade, o respeito entre os seres humano dentro da sociedade sobre quaisquer diferenças em cada um e dignidade em todos, para assumirem quem realmente são.

****

― Vai aonde?! Me fala! ― Robert seguia Pedro até a sala.

― Vou sair! Deixa-me quieto, Robert!

― Vou com você! Sei que vai procurar aquela putinha ruiva que dava para você lá no puteiro da finada Morgana! ― ao terminar de falar, levou um tapa em seu rosto. As marcas dos cincos dedos ficaram no rosto do garoto, que logo caiu ao receber a bofetada forte.

― Para sua informação, ele se chama Júlio e é bem mais gostoso do que você, é mais digno de mim do que você, é mais bonito que você, seu baranga! ― cuspiu em direção a ele e foi logo saindo.

Ele começou a chorar. Fora humilhado mais uma vez. Não tinha razão mais de viver ao lado de um homem que ama um garoto que abandonara num esconderijo.

Robert começou a criar ódio de Júlio. Era o seu inimigo número 01. Se por acaso, o garoto ruivo fosse morar com ele, na calada da noite, o esposo de Pedro ia mata-lo com a garganta degolada.

O homem loiro subiu em sua moto e saiu cantando pneu em direção ao seu puteiro. Ia relaxar-se, ter uma cama quente e um puto para com ele deitar-se.

Chegou ao puteiro, estacionou sua moto e foi logo entrando. O bar estava lotado, o salão principal cheio. Quase não dava para andar no meio de tantos homens.

Seus olharem eram ansiosos, direcionados ao palco, que em poucos instantes, alguém ia apresentar um novo puto ou uma nova atração.

Apertou-se entre os homens e entrou no meio daquela multidão masculina ansiosa. Até que ele vê, sua ex-cafetã entrar e subir ao palco para anunciar a nova atração.

Sua vontade era de estrangular ela, mas não podia fazer nada. Sabia que era ela que havia sequestrado o amor da vida dele, então, tinha que fixar quieto para que não houvesse mortes ou confusões.

― Boa noite, senhores! Trago para vocês, o meu putinho mais favorito! Júlio! ― anunciou e logo todas as luzes se apagaram. Uma luz focal, começou a iluminar, fracamente, um corpo de pé ao meio do palco. A música que começara a tocar, era Anaconda da Nicki Minaj.

O garoto ruivo estava com um colete de couro de cor preta, junto com uma cueca boxer curta, também de couro preto.

Ao som daquela música, ele se aproximou mais para perto do público, rebolando seu bumbum ao chão, no ritmo da música. Pegou uma cadeira, um puto se sentou e ele começou a perfomar, arrebitando sua bunda bem próxima ao rosto do puto loiro.

Se virou de costas para o público e começou a rebolar, arrebitando sua bunda, que aparecia parcialmente as nádegas pelo lado de fora, fazendo que a bunda se abrisse e fechasse com os movimentos que ele fizera na dança.

Então, Pedro observava aquele garoto ruivo mascarado, com os cabelos tão sedosos, seu corpo tão sensual, mas ao mesmo tempo, tão terrivelmente intocado por mãos masculinas.

O garoto sentou ao colo do puto sentado a cadeira, começando a roçar sua bunda sobre a cueca boxer de cor vermelha, que já fazia um volume duro e enorme, rebolando o bumbum e arqueando suas costas, jogando a cabeça para trás. Quando a música acaba, os dois se beijam eroticamente. Logo o público vai ao delírio, batendo palmas e gritando por um bis.

Pedro nunca vira um garoto que dançasse tão bem e cantasse também. Só tinha um que conhecia e tinha esses dois talentos. Era seu amado Júlio.

As luzes se apagaram novamente e os dois putos saíram às pressas para os fundos palco. Júlio foi ao seu quarto e o outro Júlio, o loiro, foi atender um de seus clientes fixos.

Ia haver sangue derramado ali, mas não seria o dele.

Ela nem agradeceu e nem pôde ir, pois saberia que seu filho ia morrer.

Vai esperar Morgana entrega-lo, são e salvo.

Ele foi ao quarto de Júlio, o puto loiro, para esperar ele.

― Oi, Pedro! Sentiu saudades de meus serviços? ― indagou servindo vinho tinto em duas taças de cristal e deu uma delas para seu cliente. ― Vi que assististes o novo show do puteiro. Gostastes?

― Até que gostei. Mas poderia ter um sexo show voyeur, né? ― deitou-se a cama, ajeitando-se um jeito para ficar deitado, enquanto toma um vinho e joga conversas ao ar com seu puto favorito.

― Isso se a louca da minha chefe deixar. Cada dia mais ela fica pior. Ontem mesmo, ela trouxe um coitado aqui e humilhou ele na frente dos putos. Tive que tirá-lo das mãos dos outros e o levar para seu quarto. Ele é lindo, igual você. ― afagou as madeixas loiras de Pedro.

― Elogiando-me? Quer mais dinheiro?

― Não. Não preciso elogiar para ganhar mais. Não sou um desses putos baba ovos, que precisam puxar saco para ganhar mais. Comigo, tudo é às claras, por isso, sou o que mais lucro aqui dentro. ― a resposta calou Pedro e ele não teve mais assuntos para puxar conversa com seu puto loiro. Naquela noite, queria só conversar.

Seu coração começava a denunciar seus sentimentos guardados e aprisionados por causa de um garoto que tem dezoito anos de idade, que está neste exato momento, em um dos quartos dos putos, para dormir ou arrumar. Nasceu para dar a bunda e ganhar dinheiro, ia morrer assim.

Era sua sina, sua prova. Mas não era o seu eterno destino.

Poderia quebrar aquilo, mas ainda não descobrira.

A solução para ele sair deste mundo e parar de sofrer, sendo feliz com quem ele ama, é o SANGUE.

O derramamento de sangue, seria a solução.

O ódio o tomara, mas, o amor era ainda maior que ele.

Amor que não cabia dentro de seu peito, acorrentado nas profundezas de um coração que não quer amar.

Procurando em outros, o que já tem em sua frente. Procurando prazeres e deleites com outros garotos, o que já pode ter muito mais com o amor de sua vida.

O que fazer para isso? Só o tempo, o tempo é capaz de dizer o que ele realmente quer, sente e vai sentir, futuramente...

Lá estava ele, deitado em uma cama quente, se deliciando com um puto qualquer. Tinha o seu esposo, mas ele não o amava. Sentia nojo, seu pau não ficava duro na frente dele. Era um posto de fazer pau broxar.

Pedro foi procurar o seu Júlio, em versão loira, no mesmo puteiro que fora há dias atrás.

Carla, desapareceu de casa e foi procurar por seu filho. Mas não desconfia que ele está no puteiro, onde Pedro frequenta.

Jorge, o irmão de Morgana e Júlio, chegou na mansão de Pedro e foi logo querendo tirar satisfação com Marta.

Mas antes de dar qualquer palavra trocada, começou a dar bofetadas nela, fazendo a cair no chão com seu rosto todo ardido e marcado pelas mãos de Jorge.

― Vadia! Puta! Como pôde fazer isso?! ― berrava enquanto dava bofetadas no rosto dela e logo a soltou, então, deu um soco no meio da cara dela. ― Isso é para nunca mexer com minha família. Se por acaso... ― foi interrompido quando estava ameaçando-a que estava sentada ao chão, tentando recuperar ar e fôlego daquela violência que havia sofrido.

― Vai fazer o quê, sua putinha de merda?! ― logo levou um chute dele.

― Vou te matar, da forma mais dolorosa possível. Quero que veja... ― aproximou seu rosto ao dele. ―, seu sangue escorrer, escorrer, escorrer, até que morra engasgado com ele em seu pescoço. Se por acaso, meu irmão Júlio morrer ou minha mãe, você e o Pedro, morrer juntos! ― cuspiu na cara dela, logo saiu com o filho do prefeito falecido.

****

― Quem é o garoto que se apresentou com você, agora há pouco? ― Pedro acariciava a entrada anal de seu puto, que já fora explorada e aberta a poucos minutos.

― Não posso revelar. É segredo.

― Conta. Não vou contar a ninguém.

― Não posso. A dona Morgana não deixa. Me desculpe, mas não posso contar. Pois serei demitido e não posso morar sozinho nas ruas, novamente.

―Está bem. Entendo. Vou descobrir sozinho, então. Não se preocupe, assumo a culpa.

― OK! Agora fiquei com sono. ― disse, aconchegando-se ao corpo do homem loiro.

Júlio, o puto loiro, devia guardar segredo acerca do garoto ruivo, que também se chamava Júlio, pois Pedro ia contar a polícia e Morgana ia matar todos os garotos, incluindo Júlio, o ruivo.

― E eu com vontade foder mais esta bunda! ― deu um tapa em uma das nádegas grandes do puto loiro.

― Espere mais alguns minutos e daqui vamos retornar ao que estávamos praticando. Okay?

― Okay?

― Okay. ― roçou seu nariz sobre as madeixas loiras do rapaz, logo veio em sua mente, as lembranças de anos atrás. Então, aqueles olhos... Ah aqueles olhos azuis...

Não conseguia esquecer os olhos azuis, aquela pele macia, aquele corpo cálido e sedutor, aquela voz macia.

Chacoalhou sua cabeça por alguns instantes, afim de tirar aqueles pensamentos que já começara a rondar sobre sua cabeça.

****

― Carla? Sou eu, Morgana.

― Onde está meu filho?

― Calma. Vou dizer onde ele está. E como vão as minhas heranças?

― Que se foda os meus bens! Quero saber do meu filho! Onde ele está, sua vadia de merda?!

― Calma, prima Carla. Ele está no lugar que sempre foi o lar dele.

― Aonde?

― O puteiro. Mas vou brincar de colocar fogo no puteiro amanhã. O que acha de deixar seu filho ser o primeiro a ser morto e carbonizados pelas chamas ardentes de um fogo causado por mim? ― estava dando surtos psicóticos.

― Não vai fazer isso com o meu filho! Não vai!

― Como já tenho tudo de você em meu nome por um laranja, amanhã toco fogo nessa porra e mato tudo que tiver vida aqui dentro.

― Nunca devia ter confiado em você!

― Você nunca devia ter confiado em mim! ― gargalhou e logo desligou o telefone.

Carla ia esperar mais um pouco. Não podia tomar decisões precipitadas. A vida de seu filho estava em risco, então, não podia ainda busca-lo, em qualquer lugar que ele esteja.

*****

― O que pensa em fazer com esta pistola, Morgana? ― Gideon estava tremendo de medo. Ia morrer, com toda a certeza.

― Ia te matar, para testá-la, mas deixa para depois. Quero você vivo, e sua rola grande... Também. ― apertou a genital de seu amante, que logo endurecera com os toques e carícia que ela fazia.

― Então, quer foder?

― Mais que isso.... ― tirou seu vestido, deixando seu corpo desnudo. ―, quero ser amada, fodida, sair toda ardida pela pica do irmãozinho putinha ruivinha. ― fez a rima e logo partiu para cima de seu homem, com carícias e o ajudando a deixa-lo pelado e com seu pênis duro, roçando as bundas expostas de Morgana.

*****

― Júlio?

― Sim, Jú. O que quer? ― arruma suas coisas em seu quarto, ou melhor, sua cela.

― Quero que fuja daqui. Aqui não é o seu lugar. Morgana planeja te matar esta noite. Então, por favor, junte suas coisas e venha comigo. Você vai sair daqui. ― ele falou e o garoto ruivo congelou-se de medo em um misto de surpresa.

Nenhuma reação, nem positiva, nem negativa.

― Anda logo, Júlio! Vou te levar para o local de onde não devia ter saído. ― pegou as roupas dele e as pôs dentro de uma bolsa e a fechou, rapidamente, saíram da ala dos quartos dos putos e foram saindo pelos fundos do pequeno prédio.

Morgana e nem os outros funcionários viram eles saírem, foi uma fuga perfeita.

Os dois pegaram um táxi e o ruivo passou o endereço da mansão para o taxista.

Foram para lá, às pressas.

― Júlio, quando você chegar lá, pode ir sozinho. Não quero incomodar você, tá?

― Que isso, Jú? Você vem comigo. Tem seus documentos pessoais e já é maior de idade. Vai trabalhar para mim. Não quero o deixar fora daqui, vai morar comigo. Nem que seja amarrado, mas vai morar.

― Então está bom. ― foi o que só respondeu.

Morgana estava exausta, cansada e sem forças. Gideon, aproveitou o momento de fraqueza dela, pegou uma faca, mirou em seu pescoço e afundou a lâmina. Logo o sangue sai jorrando e ela luta para sobreviver, mas aquele era seu fim. Morreu com uma faca enfiada no meio de sua tireoide. Quando o coração parou de bombear o sangue, Gideon saiu de cima dela, pegou a pistola ponto 40 e a mirou em sua fronte, então, um puto chega na hora que ele ia se matar.

Viu Morgana morta, ele logo tratou de tentar salvar o amante dela.

― Senhor, por favor, não se mata. Não deixe de viver, por causa. Por favor, não se mate! ― o puto era negro, cabelos lisos e curtos, seus olhos castanhos amendoados, seu rosto fino, seu corpo um pouco forte e ele tinha a mesma altura de Gideon e ele amava, em segredo, o amante de Morgana.

― Por que?! Fiz coisas horríveis, matei meus irmão, vi o sangue deles em minhas mãos, vi gente que eu amava, morrer em minhas mãos. Não posso viver mais. Mas por que?! Por que quer que eu viva, não me mata?!

― Porque.... Porque.... Porque eu te amo! ― as palavras saíram e ele começou a lacrimejar, sentiu seu coração apertar e logo viu o olhar de surpresa de Gideon.

― O que disse?

― Isso mesmo o que ouviu. Eu te amo. Por favor, não se mate, se não morro também.

― Não posso te amar, João! Eu sou um monstro! ― apertou o gatilho... Nada... Nenhuma bala.

― Viu Gideon?! Não é para você morrer! Só peço, que não tente se matar, pois não vou aguentar... ― baixou sua cabeça.

O homem que queria se suicidar, pôs a arma sobre a cama, se direcionou ao garoto, aproximou-se dele, o pegou pelos ombros. Pegou em seu queixo, levantou-o e viu as lágrimas rolarem junto com soluços.

― Você não pode me amar, mas tem que viver. ― foi a única que João disse.

― E quem disse, que não posso te amar? ― terminou de indagar, sua mão já acariciava aquela pele marrom clara. Então suas bocas aproximaram-se, as línguas misturaram-se. A liberdade para João foi dada, para todos os putos foi dada.

Agora falta a liberdade de Júlio e do outro Júlio, serem dadas para eles. 

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