Capítulo 08

427 31 5
                                    

"Desde que minha mãe me abandonou sozinho, naquela casa sozinha.

Não consigo ter um minuto de paz. Um homem velho descobriu que eu morava sozinho e certa noite ele invadiu minha casa, foi até meu quarto e ficou apertando minha bunda e minhas partes íntimas ainda dormindo, foi então que ele tentou me estuprar. Eu era um garoto inocente, de apenas quinze anos de idade. Não sabia o que era sexo, não sabia o que era aquilo que ele estava fazendo comigo. Mas sabia que aquilo era errado, a coisa que mais enoja.

Acordei e senti suas mãos tocar minha genital e a apertá-la. Levei um susto na hora e pulei da cama, ele rapidamente tampa minha boca e vai me despindo, enquanto eu gritava desesperadamente com minha voz abafada por sua mão, por alguma ajuda. Ele me põe de quatro na cama e se ajoelha atrás de mim. Foi então que senti uma dor agoniante, gritava desesperado, sentia-me sendo rasgado, desflorado, enojado de mim mesmo. Ele me abusava e falava coisas horríveis ao meu ouvido. Aquela tortura durou minutos, talvez até horas.

Até que ele tira seu genital de dentro de mim e joga seu sêmen em minha bunda. Quando percebo que ele se distanciou de mim, viro-me para trás, com dificuldade, humilhado, abandonado e com dores horríveis em minha retaguarda.

Quando olho para trás, ele estava morto. Um homem havia decepado a cabeça dele. Aquela imagem perdura em minha mente, até os dias de hoje.

Hoje sou antissocial, tenho depressão, tenho medo de me relacionar, tenho um ódio tremendo pela minha mãe e por qualquer pessoa de minha família. Atualmente, vivo de um trabalho virtual e quase não saio de casa. Não consigo mais ter relação alguma, tanto amorosa, tanto sexual com alguma pessoa. Tudo por causa daquele velho que me estuprou há cinco anos atrás.

(DEPOIMENTO ANÔNIMO)

― Pronto. Vamos dormir aqui esta noite. ― Dizia Bruno estacionando o carro em uma estrada dentro da mata ao lado da que eles estão indo em direção a capital. Mas esta pequena estrada tem fim, tem apenas dois quilômetros de extensão e acaba com o início de uma densa mata.

O carro parou cinquenta metros de distância longe dos outros carros, mas se manteve próximo à eles, para quando precisar de socorro ou de ajuda, não vai precisar de se perder na escuridão da mata densa.

Bruno desligou o motor do carro, desligou as luzes e foi para o banco de trás. Júlio também foi. Trancaram as portas e ativaram o modo silêncio e as janelas totalmente escuras.

O médico se sentou no meio do banco de trás e Júlio foi se sentando em seu colo.

― Como prometido, vou fodê-lo aqui no carro. ― Sussurrou ao ouvido de seu ruivinho, apertando as nádegas dele por cima daquela calça.

― Na verdade, vamos fazer amor. Vamos transar.... Gostoso. ― Falou ao pé do ouvido.

― Júlio, quero que nossa relação seja a mais do que um simples sexo consentido entre nós. ― Bruno falou sério, encarando aqueles olhos azuis, trêmulos, medrosos do que acabara de ouvir.

― Como assim?

― Eu quero ter algo a mais com você. Quero viver ao seu lado até os meus últimos dias de vida, Júlio. Não quero apenas sexo nos unindo, quero o amor, quero me casar com você. ― Segurou em seu rosto, acariciando aquelas bochechas e encarando seus orbes azuis, confusos.

― Bruno, sobre casamento. Eu não sei se consigo...

― Consegue sim. É só dizer que sim. E eu não consigo viver sem você, meu ruivinho. Quero tanto me casar com você, tê-lo por todas as noites, sentir sua pele... ― Beijou na beirada de seu pescoço, lambendo e mordiscando, logo arrancando gemidos do garoto ruivo.

Diamante - Livro 02Where stories live. Discover now