Capítulo 16

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"Um garoto foi encontrado desmaiado, em um terreno baldio. Segundo informações foram nos dadas, o garoto sofreu um estupro coletivo. Suspeita que foram mais de quinze homens, abusando-o sexualmente. Ele está em estado grave. Pedimos orações, rezas e preces, para que Deus possa salvar esta pobre alma. "

(JORNAL A CORRUTELA)

DIAS DEPOIS....

O dia da festa havia chegado. Todos estavam na maior correria. Apenas Carla que relaxava em seu quarto, despreocupada com o mundo e ao seu redor. Só queria preocupar-se, é com ela mesma.

Júlio estava corrido. Fazia uma coisa, fazia outra, cuidava da cozinha, da decoração, da música e de servir os convidados "especiais" de Pedro.

Mas, Robert o perturbava.

O garoto se segurava, sentia um ódio de Pedro, de Robert e, principalmente, de Marta.

Tem que se controlar. Isso é temporário.

Carla não fora convidada, nem seu outro filho e sua irmã e cunhada.

Resolveram ir em uma rede de lanchonetes dela. Todos saíam, deixando Júlio na mansão, sofrendo nas mãos de Robert.

O garoto ficou se escondendo dele e de Pedro.

Sentia algo forte ainda dentro de si por ele. Não queria alimentar mais aquele sentimento. Mas quanto mais ignorava que amava-o, mais este sentimento era alimentado pela negação.

Passava o dia todo se esquivando, distanciando-se dos olhares sedutores, irresistíveis de seu ex-namorado.

Enfim, chegara a noite. Recebeu um conjunto de garçom em cores pretas e brancas.

Quando se arrumou, Robert entrou no quarto com mais uma taça de vinho tinto.

― Vejo que está pronto.

― Nem um boa noite dá, Robert, filho da....

― Completa e...

― E o que?! Vai fazer o quê?! ― não aguentou mais baixar sua cabeça. logo recebe um líquido derramando por sua roupa, manchando-o.

― Isso. Boa noite, e bom trabalho, Júlio! Ah, junte os cacos de vidro! ― jogou a taça de vidro no chão e foi logo saindo.

O garoto pegou uma faca pequena, colocou em um lugar que só ele podia ver.

Então, sua colega de trabalho chega com roupas novas.

― Júlio. Essas não eram suas roupas. São essas aqui. Ahh, sujou-se de vinho! Não podia esperar a festa acabar?!

― Não bebi! Foi o Robert que jogou em mim! ― responde já tirando as roupas e se trocando na frente de sua colega.

Se vestiu rápido e logo agradeceu a ajuda de sua colega.

― Obrigado, Sônia.

― Por nada, Júlio. Agora vá servir os canapés para os convidados, por favor.

― Sim.

Ele pegou uma vassoura e logo varreu a sujeira. Pegou uma sacola, juntou as sujeiras, as colocaram no pequeno saco plástico, lavou um pedaço do chão de seu quarto e foi logo servir os canapés para os convidados da festa.

Mas cadê Júlio, o loiro, para ajuda-lo também?

Ele estava todo vestido formalmente, conversando com os empresários velhos e tarados, que queriam leva-lo para cama e meter seus paus moles dentro da bunda dele.

Diamante - Livro 02Where stories live. Discover now