Carol - Ao seu lado encontrei...

Door Mikalves19

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LIVRO REGISTRADO- PLÁGIO É CRIME. Carol perdeu a família em um acidente de carro aos dez anos de idade e desd... Meer

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5- Parte 1
Capítulo 5- parte 2
Capítulo 6
NOVA HISTORIA
Capítulo 7
Capítulo 8
AVISO
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capitulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23- parte I
Capítulo 23- parte II
Capítulo 24
Capítulo 25
Bônus Camila
Capítulo 26
capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 28-parte II
Capítulo 29
Bônus Cristiano
Capitulo 30
Bônus Jonas
Capitulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Pausa temporaria
Epílogo
Nova Historia -Prólogo

Capítulo 34 - FIM

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Door Mikalves19

Oi queridxs!

Muitas saudades de vcs!

Eu quero agradecer a cada um que me deu força para seguir meu sonho . Li e me alegrei com csds comentário de apoio e força que vocês mandaram para mim. Ainda não tive tempo de responder um por um, mas tenham certeza de que li todos e me senti muito feliz de perceber que vocês me apoiam e me desejam sucesso.

Chegamos ao fim do livro, ainds teremos epílogo, mas sem previsão de postagem. Desculpem os erros, estou escrevendo pelo celular.

Comentem, questionem, me digam o qur acharam da história.

Beijinhos e até a próxima 😉😉

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Carol

-Pronto. Acabamos.- o cabeleiro anunciou com um sorriso e se afastou.

Eu me levantei da cadeira, me fitei no espelho e sorri. Meus cabelos crespos estavam presos em um coque elegante e enfeitados com uma pequena joia, uma borboleta feita de diamantes e safira que ganhei dos meus sogros. O vestido branco marcava minha cintura e valorizava o colo, meus seios que agora estavam inchados e maiores preenchiam o bojo com um decote discreto em V. A parte de baixo do vestido era solta, levemente rodada e contornava levemente minha barriga que começava a despontar indicando a gravidez que acabava de completar dezesseis semanas. A maquiagem suave realçava meus olhos e iluminava meu rosto. Nunca me achei uma mulher bonita, mas estava me sentindo maravilhosa. Eu estava me sentindo a mulher mais linda do mundo, estava pronta para um dos dias mais importantes da minha vida: meu casamento com o Heitor.

Eu me virei para o grupo de mulheres que estavam no quarto, acompanhando a minha produção, e sorri.

-O que vocês acharam?- eu perguntei.

Minha sogra, minha cunhada, a Luna e a Lauanda me olharam admiradas.

-Carol, você está magnifica!- minha sogra exclamou.

-Ainda bem que você e o Heitor não não aceitaram minha ideia de se casar no mesmo dia que eu. Você ia ofuscar minha entrada com essa beleza toda.- a Agatha comentou enquanto dava uma volta ao meu redor.- Acho melhor pedir o tio Marcos para dar um calmante para o Heitor antes de você descer. Meu irmão é capaz de ter um infarto quando te ver assim.- ela concluiu depois de me analisar.

Eu não pude deixar de rir com a minha cunhada. Mas era um riso nervoso, porque era eu quem estava precisando de um calmante. Meu nervosismo era tanto que minhas mãos suavam e meu estômago doía.
A Luna, minha amiga de anos, deve ter percebido meu nervosismo por tras do meu sorriso, porque se levantou da cama e se aproximou mais de mim. Ela pegou em minhas mãos e sorriu.

-Você está linda Cacau. Não fica nervosa, o Heitor é um bom homem e te ama. Vai dar tudo certo.- ela disse em voz baixa e com um sorriso.

Eu assenti confiante, porque eu sabia que era verdade. Eu tinha tirado a sorte grande de encontrar um homen como o Heitor. Ele me amava e eu o amava também, e mesmo com nossas diferenças, eu faria de tudo para que o nosso casamento desse certo.

A Luna me deu um beijo no rosto e me abraçou.

-Eu desejo que você seja muito feliz Cacau. Você merece, aproveita a chance que Deus está te dando. Nem todos tem a sorte de encontrar um amor como esse.- a Luna disse no meu ouvido.

Eu senti sinceridade nas suas palavras, mas também notei um pouco de tristeza. A Luna agora tinha mudado, não tinha mais aquele mesmo brilho de antes e a tristeza na sua feição era constante desde que o Playboy sumiu sem deixar vestígios. Isso já ia fazer dois meses.

Quando ela se afastou de mim eu passei a mão pela sua barriga, que agora já estava grande.

-Você também merece ser feliz Luna e você vai ser.- eu falei seria.

Ela sorriu timidamente, mas o sorriso não chegou nos seus olhos. A Luna se afastou e a Lauanda veio me abraçar em seguida.

-Ai Cacau, você não imagina como eu estou me sentindo ao te ver vestida de noiva e pronta para casar com o Heitor. Eu sempre soube que vocês iam ficar juntos.-ela disse com os olhos lacrimejantes.

Lauanda era do tipo que chorava em casamentos.

-Eu tenho que te agradecer Lauanda. Você foi a pessoa que deu o empurrãozinho inicial no meu namoro com o Heitor.

-Eu sei, não é atoa que eu sou madrinha desse casamento .- ela disse fazendo o restante das meninas rirem.

Estavamos todas rindo quando duas batidas soaram da porta do quarto. Meu sogro entreabriu a porta e colocou a cabeça no lado de dentro.

-Vim buscar a noiva. O Heitor está a beira de um ataque lá em baixo.- ele disse.

-Homens, sempre se desesperando atoa. A Carol só está atrasada vinte minutos.- a Agatha respondeu.

-Você sabe como seu irmão é filha. Vinte minutos para vocês é uma eternidade para ele que está esperando no andar de baixo. Ele está quase arrancando os cabelos de tanto passar a mão por eles. Nunca vi tão desesperado. Igual sua mãe no dia que a gente se casou.

-Não vem querer se passar como durão aqui não Cris. Você fala que Heitor está igual a mim, mas eu me lembro bem de como você ficou no dia do nosso casamento.- a Camila defendeu o filho.- Na hora dos votos você desatou a chorar, eu fiquei até com medo de que você passasse mal. Você nem conseguiu falar. Eu tenho fotos e videos para provar que estou falando a verdade então nem adianta negar.

Meu sogro fez uma expressão sem graça e coçou a cabeça em um gesto envergonhado.

-Mas também como é possivel não chorar com aqueles votos que você fez? Eu não sou de ferro.- ele admitiu sem graça.

As mulheres que estavam no quarto caíram na gargalhada. Minha sogra foi até o homem e se esticou inteira para beija-lo na boca.

-Eu sei meu amor. Por isso que eu amo você tanto assim. Eu gosto de homem de carne, quente e com um coração de verdade. Homem de ferro nunca fez meu tipo, com exceção daquele moreno do filme. Daquele eu gosto demais.- ela disse.

-Camila, não me provoca. Você sabe que eu não gosto desse tipo de brincadeira.- ele avisou sério e com a cara emburrada.

Era a mesma cara que o Heitor fazia quando estava com ciúmes. Minha sogra riu do marido e se esticou mais ainda. A Camila colocou uma mão na nuca do homem e fez ele se curvar na sua direção. Depois falou alguma coisa no seu ouvido que fez a expressão dele de irritação se transformar em um sorriso malicioso. Se fosse alguns meses atrás eu teria ficado desconfortável de presenciar os dois daquele jeito, mas depois de tantos meses de convivência eu já tinha me acostumado com o jeito dos dois. As vezes eles eram como um casal de adolescentes, sempre com brincadeiras e olhares um para o outro, sem contar nas discussões. Eles discutiam demais, sempre divergiam entre as coisas, mas o engraçado era que as discussões entre os dois não durava mais que meia hora. Um não saía de casa brigado com o outro e também não brigavam de magoar, acho que esse era o segredo, eles tinham tanto medo de ferir o outro que as brigas deles não ultrapassavam aquele limite "saudável". Era como eu e o Heitor faziamos agora.

Depois que minha sogra soltou o marido ela ajeitou os cabelos e alisou o vestido.

-Vamos descer meninas. Já está na hora de começar esse casamento.- ela disse com um sorriso.

-Vamos.- as meninas responderam.

Depois de se despedirem de mim rapidamente as meninas saíram do quarto acompanhada da Camila e me deixaram sozinha com o meu sogro. Ele me olhou sem graça e ajeitou o blazer do terno em frente a calça. Naquele momento eu tive que me segurar para não rir.

-Você está linda Carol.- ele disse.

-Obrigada Cris.- eu respondi contente.

-Vamos descer?

-Vamos.

Ele me estendeu o braço e eu encaixei meu braço no dele. Saímos do quarto juntos e na medida que desciamos os degraus da escada eu sentia meu nervosismo aumentar. A mansão estava completamente decorada com guirlandas brancas. Eu fui caminhando e observando o ambiente luxuoso e requintado. Quando estavamos prestes a sair da casa para ir em direção ao jardim eu vi a tenda branca onde estava os convidados e escutei a orquestra tocando para os padrinhos entratem e eu travei. Não consegui continuar a andando. Me veio um medo súbito, um receio, minha cabeça começou a a maquinar um tanto de coisa. Me lembrei dos meus pais, do meu irmão, da minha infância. De toda humilhação que eu já tinha enfrentado até ali, por namorar justamente com o Heitor, por ser qurm eu era: Uma mulher negra e pobre que tinha se apaixonado e amava um homem que era completamente seu oposto. Eu sabia que nós seríamos julgados o resto da vida por isso. Eu e o Heitor viveriamos a vida toda passando por situações constrangedoras, e se um dia ele se cansasse de lutar por mim? Se ele não suportasse viver ao meu lado? Se ele percebesse que não me amava tanto assim como ele pensava que amava? Os meus medos voltaram como uma onda e eu hesitei. O Cris parou junto comigo e me olhou.

-Está tudo bem Carol?- ele perguntou de cenho franzido.

Eu neguei com a cabeça, porque não consegui falar. Não estava nada bem.

O Sr.Fênix ficou na minha frente e me analisou.

-Você está passando mal?- ele perguntou.

-Eu...eu...eu...- eu gaguejei.

O pai do Heitor me olhou atento e de repente sorriu.

-Você está com medo não é?- ele perguntou, mas parecia mais uma afirmação.

Eu assenti.

-Isso é normal minha filha. Você está dando um passo importante na sua vida. Casamento é algo sério, e sendo bem sincero, não é fácil. Eu sou casado ha vinte e seis anos, sei o que estou dizendo e vou te contar uma coisa: Mesmo com todas as dificuldades que eu enfreitei nesses anos, mesmo com todos os percausos que tivemos pelo caminho, meu casamento é uma das maiores alegrias da minha vida, porque eu vivo com alguém que eu amo. Não existe alegria maior nesse mundo do que acordar todos os dias com alguém que te ama e que você ama. Quando você ama e é a amado, tudo se ajeita. A gente faz dar certo.- ele disse com um sorriso acolhedor.

-E se o Heitor perceber que não me ama? Eu...eu... ele não vai conseguir viver a vida toda passando por situações constrangedoras por minha causa. Você não sabe como as pessoas nos olham quando saímos juntos! Eu sei que isso incômoda o Heitor.

-Carol, você está se ouvindo? Acho que você não percebeu o absurdo que acabou de me dizer. Voce ainda duvida do amor do meu filho mesmo depois de tudo que vocês passaram? Ele arriscou a própria vida por duas vezes e quase matou um homem por sua causa minha filha. Eu e a Camila criamos o Heitor para ser um homem de verdade Carol, e um homem de verdade quando ama é para valer. Se ele disse que te ama e porque ele ama. Eu nunca vi nem ouvi meu filho dizendo que amava uma mulher além de você, nem mesmo quando ele estava cego por causa da namorada inglesa dele. O Heitor já se apaixonou várias e várias vezes, por muitas mulheres, mas nunca chegou a fazer por elas nem um décimo do que fez por você. Então deixe essa insegurança de lado, levanta a cabeça e segue em direção ao altar. Meu filho está esperando por você e se você não for por bem eu serei obrigado a te levar a força.

O sr. Fênix estava sério e eu o encarei atônita.

-Então Carol. O que você decide? Prefere ir andando até o altar ou quer que eu te carregue?- ele perguntou.

-Eu...eu... prefiro ir andando.- eu gaguejei.

O Cris me analisou por alguns segundos e assentiu.

-Ótimo.- meu sogro disse.

Ele voltou a ficar do meu lado e me deu o braço. Eu fechei os olhos, respirei fundo, e quando voltei abri-los sorri para mim mesma. "Vai dar tudo certo Carol. É só você seguir com um passo de cada vez." Voltei a andar e quando eu finalmente cheguei na entrada do corredor que dava para o altar e olhei para frente todos os meus medos e incertezas se esvairam. Bastou eu olhar para o Heitor de pé vestido com um terno branco no altar e todos os pensamentos que estavam na minha cabeça viraram fumaça. Ele me olhava fixamente com um sorriso no rosto e lagrimas nos olhos e eu senti meu peito bater a mil por hora. Naquele momento eu me lembrei da primeira vez que eu o vi, seus olhos verdes me observando com curiosidade e o sorriso que brincava nos seus lábios enquanto comentava o quanto eu era desastrada. Hoje seus olhos me fitavam com o mesmo afinco, mas eu via amor refletido neles. Eu caminhava em direção ao altar e as batidas do meu coração eram a minha marcha núpcial particular. O pôr do sol coloria o ceu em um tom alaranjado e brilhava atrás do altar. Nem em meus sonhos mais delirantes eu poderia imaginar que viveria um momento tão lindo como aquele. A imagem do Heitor, dos meus amigos, minha sogra, minha cunhada e do Cauã em conjunto com a vista do pôr do sol no lago parecia uma miragem de tão linda. Naquele momento eu comecei a chorar de emoção ao pensar na minha família, eu sabia que eles estavam olhando para mim naquele momento. Eu senti.

Eu continuei caminhando e quando dei por mim o Heitor estava na minha frente. O meu sogro parou de caminhar e se virou para mim.

-Vai dar tudo certo minha filha. Seja feliz.- ele disse e beijou minha testa.

Eu olhei para o homem enorme na minha frente e notei que seus olhos estavam avermelhados.

-Obrigada Cris.- eu agredeci de todo coração.

-Cuida bem dela meu filho. O amor de uma mulher e uma das coisas mais preciosa que um homem pode ter. Vocês estão começando uma familia agora. Esse é o maior presente que Deus deu ao homem.- ele dissse com o Heitor.

-Eu sei pai. Eu vou cuidar bem dos quatro.- o Heitor disse olhando para mim.

-Eu acredito nisso. Eu e sua mãe não escolhemos o nome Heitor por acaso.-meu sogro falou.

Logo em seguida ele seguiu para o altar para ficar ao lado da Camila e o Heitor me deu o braço e um beijo na testa.

-Eu nunca vou me esquecer desse momento Cacau. Você não faz ideia de como meu coração está batendo agora. Você está linda meu amor.-ele disse no meu ouvido.

-Eu faço das suas palavras as minhas. Eu estou a ponto de ter um treco.- eu confessei.

-Nem pense em passar mal antes do sim.- o Heitor brincou me fazendo rir.

Ele ficou do meu lado e nós terminamos o trajeto até o altar. Ajoelhamos em frente ao religioso e todos se sentaram nos seus lugares.

-Estamos aqui reunidos para celebrar a união entre Heitor dos Santos Selig Fênix e Carol Souza e Silva...- o religioso começou a cerimônia.

A celebração do casamento foi breve. O religioso fez os proclames e logo em seguida leu um trecho da bíblia a pedido do Heitor. Era coríntios 13, uma das coisas mais lindas que eu já tinha ouvido. Era a mesma passagem que o religioso havia lido no casamento da Agatha um mês antes e também no casamento dos pais do Heitor há mais de vinte e seis anos. Quando ele passou a palavra para que eu fizesse os votos eu já estava me desmanchando em lágrimas.

-Eu...eu...- eu gaguejei.

O Heitor sorriu e segurou minha mão. Eu respirei fundo e voltei a falar.

-Heitor, eu passei onze anos sozinha. Com exceção do Cauã e da minha unica amiga de infância, Luna. Minha vida era cinza, com poucos momentos de cor. Eu sempre tive um sonho de estudar gastronomia e abrir meu restaurante, e foi pensamento apenas nisso que eu me candidatei para a bolsa de estudos na Premium. Quando eu recebi o resultado e vi que havia passado eu senti meu peito encher de alegria. Eu iria estudar e me formar em um das melhores faculdades do Brasil, era apenas nisso que eu pensava até que um dia esbarrei em você pelos corredores da Universidade. Quando olhei para o seu rosto a primeira coisa que eu vi foram seus olhos verdes. Naquele momento meu mundo ganhou mais uma pontada de cor. Nós começamos a conversar e na medida que eu te conhecia meu mundo se coloria mais. Eu me apaixonei por você desde o primeiro momento. Você com sua leveza, seu jeito extrovertido e alegre me encantavam. Não demorou muito para que minha paixão se transformasse em amor e toda vez que eu te via meu coração palpitava. Eu te amava, mas nunca, em nenhum segundo, eu poderia imaginar que um dia você se interessaria por mim. Eu já estava acostumada a ser preterida, a não ser a escolhida, e quando você me disse que me amava também eu me senti ecstasiada. Meu mundo explodiu em milhões de cores e sentimentos. Antes de você tudo era pretro e branco, mas você me mostrou um outro mundo. Você me mostrou uma outra Carol, uma Carol que vivia enterrada por baixo de preconceitos alheios e escondida por armaduras e muros que eu mesmo criei e você destruiu. Muito obrigada por me mostrar quem eu sou de verdade e principalmente por me fazer a mulher mais feliz do mundo. Eu amo você de um jeito que eu nunca pensei que fosse capaz de amar alguém. Obrigada por me fazer sentir isso.- eu disse olhando para o homem na minha frente.

O Heitor não parava de sorrir e chorar enquanto eu falava. Quando eu terminei ele passou a mão pelo rosto para tentar enxuga-lo, o que não adiantou nada porque ele limpava a face, mas não parava de chorar. De repente ele me puxou com cuidado e me beijou a boca.

-Senhor Fênix, ainda não estamos na hora do beijo.- o religioso chamou nossa atenção fazendo os convidados rirem.

O Heitor gargalhou e se afastou de mim. Depois limpou o rosto outra vez e respirou fundo.

-Está certo. Agora é minha vez de falar.- ele falou e me encarou.- Carol, eu lembro até hoje da primeira vez que eu te vi. Você, desastrada como sempre, derrubou um copo de cappuccino na minha calça no meio do corredor da faculdade e deu um ataque de riso quando viu o estrago que havia feito na minha roupa. Confesso que te achei diferente, muito diferente na verdade, suas roupas, seu jeito, suas maneiras, tudo em você fugia do que eu estava acostumado. Me tornar seu amigo foi fácil, dificil mesmo foi admitir que aquilo que eu sentia por você ia muito além de amizade. Você entrou na minha vida aos poucos, do seu jeito discreto e modesto, com seus sorrisos timidos e olhares indecifraveis. Você foi me envolvendo, me seduzindo desde o primeiro olhar sem que eu percebesse e quando eu dei por mim você tinha tomado conta de tudo. Não sei te dizer ao certo em que ponto você me dominou, só sei que hoje eu sou completamente seu. Hoje eu digo com toda certeza e convicção: eu encontrei em você o que passei procurando minha vida toda. Um amor sincero, puro, intenso. Alguém de quem eu quero estar ao lado por toda vida. A mãe dos meus filhos, minha esposa e companheira. Você me ensinou a ser mais forte, me transformou em um homem mais decidido, firme, centrado. Eu cresci com você, com a sua força e perseveranca. Nem em meus sonhos mais delirantes eu poderia imaginar que seria capaz de sentir por alguém o amor que eu sinto por você . Eu só tenho que agradecer a Deus e a você por me dar a chance de viver uma história assim. Sei que é cliche, mas eu não poderia terminar meus votos sem dizer o principal: Eu amo você Cacau.- ele disse me olhando nos olhos.

Aquilo só piorou meu estado. Eu, que já estava chorando copiosamente, comecei a sentir meu coração pulsar disparado. Viver aquele momento nunca tinha se passado pela minha cabeça, nem nos quadros imaginários que eu pintava na mente quando me descobri apaixonada pelo Heitor eu imaginei que ouviria algo parecido da sua boca. Eu olhava para ele, parado na minha frente, me olhando com tanto amor e sinceridade, e pensei que carregava seus filhos na minha barriga. Eu teria uma familia com o Heitor e de repente aquela realidade me fez sentir uma emoção tão grande que minha cabeça começou a girar e o ar me faltou. Eu senti uma fraqueza e tombei em direção ao Heitor. Me segurei nele, que estava ajoelhado de frente para mim. Passei meus braços na sua cintura e apoiei minha cabeça em seu peito para não cair.

-Cacau...cacau! Fala comigo amor!- o Heitor me chamou.

Eu quis responder, mas não consegui.

-Alguém trás uma água para ela.- escutei o religioso pedir.

Os convidados começaram a cochichar, mas eu não me virei para ver. Fiquei parada enquanto esperava a fraqueza passar. Sentia o Heitor passando a mão nos meus cabelos e poucos minutos depois ouvi a voz do meu sogro.

-Aqui. Dá um pouco de água para ela.- o Sr.Fênix falou acima de nós.

O Heitor pegou meu rosto com cuidado e afastou do seu ombro. Logo em seguida ele pegou a taça com água que seu pai segurava e levou até minha boca. Eu bebi a água e respirei fundo. Senti minha tontura passar um pouco, mas ainda estava meio fraca.

-Você está melhor?- o Heitor perguntou preocupado.

-Sim.- eu afirmei.

-Aposto que isso é fraqueza porque não comeu. Eu falei para você almoçar Carol. Uma mulher quando está grávida não pode ficar sem se alimentar.- a Camila puxou minha orelha.

-Não acredito que você está sem comer até agora Carol!- o Heitor exclamou.

-Eu comi um sanduíche de manhã.- eu me defendi.

O Heitor já ia comecar o sermão, mas nesse momento o religioso entrou no meio da nossa conversa.

-Podemos prosseguir com a cerimônia ou vocês querem um tempo para a noiva se recuperar.

-Podemos prosseguir.

-Eu vou querer um tempo.

Eu e o Heitor respondemos juntos.

-Você precisa comer Carol!- o Heitor exclamou.

-Eu faço isso na festa. Vamos terminar a cerimônia.- eu falei firme e me virei para o religioso.- Pode continuar com o casamento.

Meus sogros voltaram para seus lugares no altar e o religioso deu prosseguimento. A cerimônia não demorou muito depois do meu quase desmaio. Depois da bênção nós assinamos o livro de registro junto com as testemunhas. Eu tinha acabado de me tornar Carol Souza e Silva Fênix, esposa de Heitor dos Santos Selig Fênix. Sai caminhando do altar de braços dados com meu marido, caminhava para a minha nova vida.

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Assim que a cerimônia acabou a festa começou. Todo o festejo foi feito no jardim, assim como no casamento da Agatha. Um palco havia sido montado em frente ao lago e um cantor se apresentava junto com a banda que havia sido contratada para animar a festa. A primeira coisa que eu fiz, assim que a cerimônia terminou, foi comer. O Heitor me obrigou a sentar e comer uma serra de comida, o que foi ótimo, porque me fez sentir muito melhor e bem disposta para curtir a festa. Os convidados estavam animados e a comida estava ótima. Estavamos sentados eu, o Heitor, meus sogros, a Agatha e o Lucas em uma mesa. Logo ao nosso lado esravam os padrinhos do casamenro e os tios e primos do Heitor, juntamente com a Amalia, a Ana o José e seus famíliares. O Cauã brincava, correndo de um lado para o outro com o neto da Amália. Todos estavam animados e se divertindo ao seu jeito e a minha sogra não parava de falar de como havia sido seu casamento.

-Eu e o Cris também nos casamos nesse mesmo jardim. Era uma tarde tão linda. Me lembro como se fosse ontem. O sol brilhava e o céu estava azul como os olhos do Cris. E ele! Ele estava lindo, vestido com um terno branco e com os cabelos penteados para trás. O Cris não parava de chorar e me beijou assim que eu cheguei no altar. Foi tudo tão lindo e perfeito. É tão bom casar os meus filhos aqui nesse mesmo lugar. Quando eu me casei estava gravida do Heitor. Eu caminhei até o altar com um barrigão e hoje é ele que está casando...ha dois meses foi a Agatha e daqui a pouco vão ser meus netos... o tempo passa tão rápido.- ela disse com entusiasmo, mas com lagrimas nos olhos.

-É verdade. O tempo passa rápido demais.- o Cris concordou com a voz embargada.

O pai do Heitor já estava com os olhos avermelhados de choro. Pois é, o Sr.Fênix também era do tipo que chorava em casamentos, pelo menos nos casamentos dos filhos dele. No dia que a Agatha se casou ele tomou um porre e desatou a chorar quando a festa do casamento acabou e ela saiu em lua de mel. Deu até do ver um homão daquele tamanho chorando feito um bebê. Pior foi na hora que a Camila foi consola-ló e ele saiu tropeçando e levando ela para o quarto dizendo que precisava fazer amor... é, eu presenciei essa cena e o Heitor também. Só que diferente de mim que quase enfiei a cabeça em um buraco de tanta vergonha, o Heitor desatou a gargalhar dos pais.

-Você está bem meu amor?- o Heitor perguntou no meu ouvido enquanto sua mãe falava.

-Sim. Pode ficar tranquilo Heitor, aquilo foi um mal súbito. Já passou.- eu o tranquilizei pela milésima vez.

O Heitor pousou a mão na minha barriga e voltou a atenção para os pais. Ficamos alguns minutos conversando na mesa até que o cantor começou a cantar a nossa música. Nem precisou de falar nada , foi automático. O Heitor pediu licença para as pessoas na mesa e me pegou pela mão.

-Essa você vai ter que dançar comigo.- ele falou e saiu me puxando em direção a pista de dança.

Quando chegamos lá, eu passei os braços me volta do seu pescoço e coloquei meu rosto em seu peito. Ele passou os braços em volta da minha cintura e nós começamos uma dança lenta.

-Você poderia imaginar naquela noite que um dia estariamos vivendo isso?- o Heitor perguntou se referindo à festa que nós fomos na casa da Heloísa.

-Para ser bem sincera: não.- eu admiti.

-Eu fiquei tão desapontado quando você foi embora naquela noite e me deixou sozinho. Eu ia te trazer para minha casa sabia?

-Eu não queria ter feito aquilo.

-Eu sei. Antes de partir a Heloisa me contou o que ela fez com você naquela noite.

Eu tirei minha cabeça do seu peito e o encarei.

-O que ela te disse?- eu perguntei.

-Ela me disse tudo. Da briga, do vestido que ela rasgou, do que ela te falou. Eu entendo você não querer que ninguém saiba dessa historia Carol, mas te peço para nunca mais me esconder algo do tipo. Nós dois estamos juntos nessa entendeu?

Eu assenti para ele em silêncio e voltei a encostar minha cabeça em seu peito.

-Me desculpe por ter ficado com ela.- ele pediu.

-Tudo bem Heitor. Essa história já é passado. Vamos esquecer de tudo isso.- eu o tranquilizei.

A Heloísa tinha se mudado para outro país depois de descobrir tudo. Ela admitiu que tinha se aproximado do Heitor e engravidado induzida pelo padastro e pela mãe. O Sérgio Monteiro, ou melhor dizendo, o Paulo Diniz, estava preso. A Luiza havia sido indiciada, mas ficou comprovado que ela não tinha envolvimento no meu sequestro então ela foi liberada. Mesmo assim a Heloisa rompeu com a mãe e foi viver sozinha na Europa. Antes de partir ela tinha chamado o Heitor para uma conversa e pelo jeito tinha revelado tudo mesmo, até das nossas brigas antigas. As mentiras e intrigas haviam acabado e agora eu só queria paz. Eu queria me esquecer de tudo, de sequestro, de Heloísa, de Sabrina, da minha tia, de sofrimento, de Sérgio ou Luiza, eu não queria me lembrar de nenhum deles. Eu só queria sossego para começar uma vida nova.

-Eu também quero esquecer de tudo. Vamos colocar uma pedra nessa história.- o Heitor concordou e beijou minha testa.

Nós dançamos mais algumas músicas e voltamos para a mesa. Meu sogro já estava com o rosto vermelho de bebida e assim que nos sentamos ele cutucou a Camila.

-Fala para eles pequena.- ele pediu para a esposa.

-Espera Cris.- ela respondeu e sorriu sem graça para nós.

-Não pequena. Fala agora.- ele insistiu com a voz embolada pelo álcool.

-Calma Cris. Deixa eles curtirem a festa primeiro.- ela falou em voz baixa, mas eu consegui ouvir.

Ela voltou a atenção para o Lucas, mas o Sr.Fênix a cutucou outra vez.

-Pequena...

-Está bem Cristiano. Eu vou pedir.- ela disse irritada.

-Então pede agora pequena.

A Camila bufou para o marido e se virou para nós.

-Heitor, Carol, Agatha e Lucas. Eu e o Cristiano queriamos saber se vocês não querem vir morar na mansão com a gente.- ela disse.

O Lucas se engasgou com o champanhe, a Agatha e o Heitor desataram a rir do primo e eu olhei para meus sogros de olhos arregalados.

-Como?- eu perguntei atônita.

-Eu e o Cristiano queriamos que vocês viessem morar na mansão com a gente.

-É ideia da Camila, mas eu apoiei.- o Sr.Fênix alegou.

-Ideia minha Cristiano? Tem certeza disso?

-Está bem, foi ideia minha. Eu comprei esse lugar para as crianças poderem ter espaço para brincar ao ar livre. Agora eles cresceram, casaram e querem ir embora. Isso não é justo! Olha o tamanho dessa mansão! Não existe necessidade de ninguém se mudar para lugar nenhum!

-Pai, o senhor já bebeu demais não acha? É melhor a gente ter essa conversa outra hora.- a Agatha falou.

-Não filha. Eu não bebi... vamos ter essa conversa agora. Vocês tem que vir morar aqui minha princesa. Eu quero ver meus netos correndo pela casa.- ele suplicou e começou a chorar.

-Pai, prometo para o senhor que eu vou conversar com a Carol e nós vamos pensar na sua proposta.- o Heitor o tranquilizou.

-Vai mesmo filho? De verdade?- ele perguntou limpando o rosto.

-Vou.- o Heitor confirmou.

Assim que ele falou o pai dele se levantou da cadeira e deu a volta na mesa. O sr. Fênix parou em frente o Heitor e puxou o filho pelos ombros o tirando da cadeira.

-Eu te amo filho. Amo demais. Vem morar aqui. O Cauã ia ficar tão feliz . Ele já me chama de vô sabia? Você viu o quartinho que sua mãe arrumou para ele? A gente vai fazer um igual para os gémeos. Você pode continuar no quarto que você está com a Carol. Aqui é muito melhor do que aquela cobertura e a gente pode ajudar vocês com os meninos.

-Eu sei pai.- o Heitor concordou.

O Cris o soltou e se virou para a Agatha.

-Você também princesa. A gente pode ajudar você com o bebê. Não é pequena?- ele pediu o aval da esposa.

-Com certeza.- a Camila afirmou.

-Está vendo? Aqui é bem melhor para vocês morarem. Eu comprei essa casa para vocês. Essa mansão é suas, tudo isso aqui é por vocês. Não tem sentindo vocês irem embora.- o Cristiano falou e voltou a chorar.

A Camila se levantou da cadeira e veio ao socorro do marido.

-Eles entenderam Cris.- ela falou pegando o marido pela mão.

O Cris soltou o Heitor e agarrou a Camila. Ele estava chorando, um choro discreto, mas quando abraçou a esposa cheirou seu cabelo ruidosamente.

-Eu amo seu perfume pequena. É o mesmo de quando eu te conheci e me enche de tesão.- ele falou e beijou o cabelo da mulher.- Vamos para o quarto.

Nesse momento a mesa inteira explodiu em gargalhadas e eu ri junto. A Camila ficou vermelha na hora e se virou para gente visivelmente sem graça.

-O Cristiano bebeu demais. Acho melhor subir com ele. -ela disse enquanto o marido a abraçava por trás e beijava seu pescoço enquanto, distraidamente, insistia em desfazer o coque do seu cabelo e falava coisas no seu ouvido.

Ela se virou pars o Sr. Fênix, o puxou pela mão e saiu arrastando em direção à casa. O pai do Heitor custava sair do controle, mas quando issso acontecia era para colocar medo ou, como eu descobrir nesses ultimos tempos, para fazer a gente morrer de rir. A sinceridade dele ficava ainda mais aguçada quando exagerava na bebida, e isso fazia ele ficar sem filtro algum. O resultado era aquele: vivia colocando a Camila em situações embaraçosas. Para ser honesta aquela era a segunda vez que eu o via bêbado e posso dizer que achava hilariante a versão do sr. Fênix com muitas doses de uísque na cabeça.

O Heitor voltou a se sentar ainda rindo e segurou minha mão.

-Tadinho do meu pai. Ele está arrasado com essa mudança nossa. Bem que a gente podia mudar para cá Lucas.- a Agatha disse.

-A gente pode ver isso gatinha, mas não hoje. Acho que meus tios vão ficar ocupados com outros assuntos no restante da noite.- o Lucas respondeu.

-O que você acha da ideia de vir morar aqui Carol?- o Heitor perguntou.

-Não sei. Acho que não mudaria muita coisa, nós já estamos morando aqui ha mais de seis meses. Desde da história do Sérgio Monteiro.

-É verdade.

-Vamos decidir isso depois da nossa lua de mel.- eu propus.

-Combinado então. Por falar em lua de mel bem que nós poderíamos dar uma escapada e ir embora. Eu queria ficar a sós com você. - o Heitor falou e beijou meu pescoço.

-Eu acho uma excelente ideia.- eu concordei.

-Então vamos.- o Heitor falou se levantando da cadeira.-Gatinha, eu e a Carol já estamos indo. Quebra um galho para o seu maninho aqui e toma conta do Cauã. Os convidados pode deixar por conta dos padrinhos.

-Pode deixar comigo. - a Agatha falou e deu uma piscada para nós dois.

O Heitor saiu me puxando pela mão e nós saimos da festa discretamente. Fomos os dois em direção à garagem e entramos no seu carro. Ele deu a partida, mas quando chegamos nos portões da mansão ele teve que parar o carro porque a passagem estava bloqueada. O carro do Luiz estava na entrada e ele estava do lado de fora do veículo e discutia com um dos seguranças.

-O que esse cara está fazendo aqui?- o Heitor rosnou baixo do meu lado.

Eu olhava a cena e percebi que o Luiz estava exaltado, provavelmente estava bêbado. O segurança o pegou pelo braço e começou a arrasta-lo em direção ao carro com violência. Ele reagiu e nesse momento o Heitor tirou o cinto.

-Espera um minuto Carol. Eu vou ver o que está acontecendo.- o Heitor disse e desceu do carro.

Ele começou a andar em direção ao portão e só pela maneira como ele caminhava eu sabia que ele estava irritado. O Heitor parou em frente ao Luiz e ao segurança e cruzou os braços. Eu fiquei observando de dentro do carro até que o Heitor deu um passo ameaçador em direção ao Luiz. Ele ia brigar e naquele momento eu tirei meu cinto e sai do carro. Fui andando em direção aos três homens e coloquei a mão no braço do heitor.

-Por favor, não estrague um dia tão bonito brigando com o Luiz Heitor.- eu falei.

O Heitor cerrou os punhos, mas parou no lugar.

-Carol...Você...Você está linda!- o Luiz disse com a voz embargada.

Eu o encarei seria e endireitei o corpo.

-O que você faz aqui Luiz?- eu perguntei.

-Eu só queria te ver... me disseram que voce ia se casar hoje eu só queria saber se era verdade .

-Pois é verdade sim. Nós acabamos de nos casar, de papel passado e com bênção religiosa. Então faça o favor de sumir da minha casa e parar de procurar pela minha esposa.- o Heitor rosnou.

O Luiz olhou para minha barriga e seus olhos se fixaram no volume que estava visível.

-Então é verdade que você está grávida.- o Luiz falou ignorando o Heitor.

Eu passei a mão pela minha barriga e sorri.

-De gêmeos.- eu respondi.

O Luiz levantou o rosto para mim e me encarou com os olhos vermelhos.

-Então eu não tenho mais chances.

Eu neguei com a cabeça.

-Acho que você nunca teve. Eu sempre amei o Heitor e você sabia disso.

-Eu sei. Espero que você seja feliz então.- ele disse.

Logo em seguida o Luiz me deu um beijo no rosto e correu em direção ao seu carro. Ele entrou no veículo deu a partida e saiu cantando pneu. Eu me virei para o Heitor e ele estava emburrado, mas eu não comentei nada. Apenas o peguei pela mão e saí levando em direção ao carro. Entramos no veículo e durante o caminho até a pista de pouso ele ficou em silencio. Quando chegamos lá o jatinho já estava pronto para decolar. Nós iriamos passar nossa lua de mel no casarão dos pais dele em Gramado e depois iriamos para Fernando de Noronha. Entramos no jatinho e nos acomodamos. Assim que o piloto levantou vôo eu me levantei do meu lugar e fui até o Heitor. Me sentei no seu colo e beijei sua boca.

-O que você acha de começarmos a nossa festinha? Eu nunca transei dentro de um avião sabia?- eu falei no seu ouvido.

Não precisou de mais nada para seu membro endurecer embaixo de mim e um sorriso brotar no seu rosto.

-Essa é uma ideia excelente.- ele disse e se levantou comigo no colo.

Fomos para uma das camas e começamos nossa lua de mel nas alturas. Acho que não tinha jeito mais simbolico de começarmos o nosso casamento. No céu , em meio as nuvens, era assim que eu me sentia toda vez que tinha o Heitor junto de mim.

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