Perigosa Afeição

By KamillaCurvelo

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April Lewis é uma garota de 17 anos que tem uma vida turbulenta, problemas familiares e existenciais. Tudo em... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22

Capítulo 2

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By KamillaCurvelo

Não consigo acreditar no que está acontecendo, tudo bem que eu tenho tido dificuldades na minha adolescência, eu admito, mas nada tão fora do comum.

Bem, meu pai morreu, acho que é natural eu mudar um pouco. Eu também não matei o gato por prazer ou por ser uma assassina em série, porém ele comeu o meu rato e eu tinha que tirar ele de lá. Mas ser levada para um reformatório porque tentei matar minha irmã, isso é o cúmulo. Jamais faria isso.

Espero de verdade que minha mãe pense direito no que está fazendo, isso é inaceitável. Agora sinto vontade de matar alguém e é o meu padrasto. Que panaca!

Tranco-me no meu quarto e continuo escutando o idiota colocando minha própria mãe contra mim. Pego meu fone de ouvido e ligo a música no volume máximo, não quero ter que escutar isso.

Queria estar com meu celular para conversar sobre isso com o Josh, contudo terei que esperar até amanhã a tarde para vê-lo. Sinto um aperto no estômago, só de me imaginar num lugar como este, com pessoas problemáticas de verdade, lá não é o meu lugar e não sei se vou sobreviver a isso. Quem sabe o que essas pessoas são capazes de fazer? Afinal devem ter feito algo realmente ruim para pararem lá.

Acabo dormindo imaginando como vai ser minha vida caso minha mãe resolva aceitar a proposta do Allan.

O dia amanhece, desço para preparar o café, Allan está no sofá, o ignoro e vou até a cozinha. Ele vem atrás de mim e diz:

-Sua mãe já foi trabalhar, disse que talvez seja melhor mesmo te levar para o reformatório, pois você tem mudado muito e precisa de ajuda. Não é reconfortante saber que ela escuta mais a mim do que a você que é filha dela?

Ele começou a rir e meu sangue ferveu, tentei me controlar, mas o cinismo dele me impediu. Pulei para cima dele e comecei a socar aleatoriamente em sua direção.

Minha mãe desceu as escadas e me flagrou no meu momento de fúria e acho que isso não é algo bom para a decisão que ela está pensando em tomar. Isso é culpa desse escroto, ele mentiu, disse que ela tinha saído, começou a me provocar só para me irritar e acontecer isso... Ela me ver e achar que realmente estou louca e descontrolada. Ela disse abismada:

- April! O que está acontecendo?

- Ela me atacou, essa menina está louca! Allan diz.

Isso não está acontecendo, minha cabeça está girando, ele é um puto. Está mentindo na cara dura. Tento me defender, em vão.

- O que? Você é louco! Mãe você não pode estar acreditando nisso! Ele está mentindo... Não é isso o que você está...

-Chega April, não quero ouvir mais nada, já vi o suficiente. Não basta atacar sua irmã, agora o Allan também? Quem vai ser o próximo? Vai para o seu quarto agora! Vou providenciar sua entrada no reformatório. Você precisa de ajuda!

- Fala que você está brincando, isso não pode ser sério... Mãe??

- Para o quarto agora!

Antes de subir vejo o sorriso de satisfação no rosto do Allan, subo correndo para o meu quarto com as lágrimas embaçando a minha visão.

Josh chega algumas horas depois e assim que entra no meu quarto eu o abraço e começo a chorar novamente.

-Ei calma... O que aconteceu ?

- Minha mãe vai me pôr num reformatório... E adivinha de quem é a culpa?

- Isso é sério? Ela não pode fazer isso!

- Eu sei... O Allan disse que tentei matar a Julie... E depois fez minha mãe pensar que eu estava tentando matar ele também, esse cara é louco... Ele não presta Josh. Eu... Eu não posso ir para lá...

Ele me abraça e me aperta. E me sinto segura nesse exato momento, até esqueço que meu mundo está prestes a desmoronar.

-Vai ficar tudo bem amor. -Ele diz, mas não vejo certeza em sua voz.

Acabo dormindo em seus braços e quando acordo ele já foi embora. Minha mãe está sentada na ponta da minha cama, seus olhos estão inchados. Ela diz:

- Filha, eu sei que deve estar brava comigo, mas só quero o seu bem... Só quero te Ajudar. Vou te levar amanhã de manhã... Arruma suas coisas. Eu sinto muito.

Ela sai do meu quarto. Como assim, tenho poucas horas até tudo simplesmente virar do pé a cabeça? Não pensei que seria tão rápido. Meu Deus!

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