Carol - Ao seu lado encontrei...

By Mikalves19

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LIVRO REGISTRADO- PLÁGIO É CRIME. Carol perdeu a família em um acidente de carro aos dez anos de idade e desd... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5- Parte 1
Capítulo 5- parte 2
Capítulo 6
NOVA HISTORIA
Capítulo 7
Capítulo 8
AVISO
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capitulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23- parte I
Capítulo 23- parte II
Capítulo 24
Capítulo 25
Bônus Camila
Capítulo 26
capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 28-parte II
Capítulo 29
Bônus Cristiano
Capitulo 30
Bônus Jonas
Capitulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Pausa temporaria
Capítulo 34 - FIM
Epílogo
Nova Historia -Prólogo

Capítulo 14

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By Mikalves19

Desculpem os erros e a demora.

 Eu estava sem muita inspiração então não acho que o capítulo ficou muito bom. 

Comentem o que vocês acharem e não se esqueçam de votar.

Beijinhos e até o próximo capítulo 

SEM REVISÃO.

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Heitor   

Estávamos no meu quarto e a luz do abajur estava acessa. Comecei tirando o seu vestido amarelo com calma, em seguida desabotoei o seu sutiã preto e beijei seu ombro em um gesto de carinho. A cor da pele dela em contraste com a minha me fascinava.

-Apaga a luz pelo menos, Heitor.- ela pediu envergonhada. 

-Nem pensar,  eu quero ver cada detalhe.- eu falei enquanto passava a mão pelos seus seios.

Beijei sua boca com calma, apreciando cada gemido que ela soltava enquanto eu apertava cada parte do seu corpo.

-Heitor, aqui não. Seus pais vão acabar nos ouvindo.- ela falou de olhos fechados.

-Relaxa, o quarto dos meus pais fica no outro corredor. E mesmo se fosse aqui do lado, as paredes são grossas, não dá para ouvir nada.- eu a tranquilizei.

-Mas a sua irmã...- ela começou a falar.

-A Agatha foi dormir na casa do namorado. 

Eu suguei um seio com vontade e ela pegou em meu cabelo. Fui descendo com minha boca pela sua barriga até chegar a calcinha. Tirei a peça com cuidado e coloquei minha língua na sua intimidade. Ela estremeceu e deu um passo para trás, mas eu segurei em seu bumbum com força e a fiz voltar para perto. 

-Fica quietinha, Cacau.- eu pedi olhando para ela.

A Carol assentiu com a cabeça e eu comecei a movimentar minha língua, ela gemia e remexia e quando eu percebi que ela iria chegar no clímax eu me levantei e beijei sua boca com ferocidade. Joguei ela na minha cama, tirei minha bermuda e minha cueca com rapidez e subi em cima dela. Abri suas pernas e me encaixei entre elas.

-Eu quero que você goze comigo dentro de você.- eu falei.

A penetrei com um único impulso e comecei a me movimentar, mas diferente da noite anterior dessa vez eu não fui carinhoso. Eu estocava com força e ela segurava em meu quadril e me impulsionava de encontro a ela. A Carol começou a gemer alto, e eu também não consegui me conter. Eu falava coisas obscenas no seu ouvido, enquanto estávamos em um movimento frenético até que chegamos ao clímax juntos. Eu me debrucei sobre ela e cheirei o seu pescoço. A Carol tinha um cheiro maravilhoso, único. Depois de um tempo eu me deitei do seu lado e a puxei para perto.

-Não imaginava que você fosse tão safado.- ela falou me fazendo gargalhar.

-É que existe uma diferença enorme entre o amigo e o namorado.- eu falei.

-Acho que eu posso me acostumar com esse novo Heitor.- ela falou sorrindo.

  Nós ficamos em silencio e eu estava com o coração acelerado enquanto tinha ela em meus braços. Pensar que agora nós estávamos finalmente juntos, depois de tantos meses de espera, ela estava comigo e agora era como minha namorada.   

-Isso está parecendo um sonho.- ela falou depois de um tempo.

-Se for eu não quero acordar tão cedo.-eu falei e beijei sua boca.- O que aconteceu para você vir aqui essa hora? Pensei que a gente fosse se ver só amanhã.- eu perguntei.

Quando o segurança interfonou eu já estava deitado e vestindo apenas uma cueca. A Amália que veio me avisar e eu fiquei tão preocupado que nem calcei os chinelos e sai para atender a Carol na porta. Pensei que tivesse acontecido alguma coisa com ela.

-Eu terminei com o Luiz e não quis esperar para te falar.- ela falou me beijando.

-Por um momento eu achei que você fosse ficar com ele. 

Ela começou a rir.

-E eu pensei que você estivesse gostando da Heloísa.- ela falou e foi minha vez de rir.

-Poque você achava isso?- eu perguntei ainda rindo.

-Ué, vocês estavam ficando e você mesmo me disse que estava gostando dela.

 É verdade que eu havia ficado com a Heloísa algumas vezes durante esse mês, mas definitivamente eu não gostava dela da forma como a Carol pensava. 

-Na verdade eu fiquei com ela para tentar não pensar em você. Só falei que estava gostando dela para não dar muito na cara.- eu confessei.

A Carol se sentou na cama e me olhou surpresa.

-Como é?- ela perguntou.

Eu me sentei na cama também e beijei sua boca. 

-Você lembra daquele dia que eu te chamei para conversar? Foi no dia que o Luiz te pediu em namoro e você aceitou.- 

-Lembro.

-Então. Eu já gostava de você, ia te falar naquela noite.

-Mas porque você não me falou, Heitor?!- ela perguntou.

-Você tinha acabo de aceitar o pedido do Luiz. Como eu ia falar?- eu falei.

Me lembro daquele dia como se fosse hoje. Fiquei tão decepcionado que nem consegui ficar na faculdade, fui embora para casa.

-Eu também já era apaixonada por você, mas fiquei com o Luiz porque pensei que nunca teria chance com você.- ela falou e foi minha vez de ficar surpreso.

-Por que você pensava isso?- eu perguntei.

-Ah, você nunca tentou nada. Quer dizer, tem aquelas duas vezes que a gente ficou, mas você se arrependeu das duas vezes e depois disso você sempre me tratou como irmã. Achei que você só me via como amiga.

-Nós dois somos dois tapados. Quer dizer que eu fiquei esse tempo todo sofrendo em silencio, enquanto nós dois podíamos estar juntos.

-Não exagera, Heitor. Não acho que você tenha sofrido tanto assim. Pelo menos não parecia quando você me contava dos seus encontros com a vaca da Heloísa.- ela falou com a expressão amarrada.

Eu a empurrei sobre a cama e prendi seus braços em cima da cabeça com uma mão, subi em cima dela e beijei sua boca.

-Entende uma coisa Carol. Eu nunca, nunca mesmo, senti pela Heloísa isso que eu sinto por você. Eu fiquei com ela em uma tentativa de não ficar com você na minha cabeça. - eu falei olhando em seus olhos.

Ela me olhou por alguns segundos, e sua expressão se tornou grave.

-Você falou serio quando disse que me amava?- ela perguntou.

Eu olhei o seu rosto mais uma vez, e pensei na pergunta dela. O que eu sentia pela Carol era diferente de tudo que eu já havia sentido um dia. Um dia, no passado, eu cheguei a pensar que amava a Melanie, mas agora eu via a diferença. O que eu tinha pela Melanie era paixão, tesão, era algo de pele. Mas com a Carol era diferente, foi algo que aconteceu aos poucos e quando eu percebi já tinha tomado conta de mim. Era um sentimento calmo, simples ,mas ao mesmo tempo complexo, era algo que não tinha como explicar. A paixão e o tesão ainda estavam presentes, é claro, mas era diferente, era maior.

-Acho que eu nunca falei tão serio na minha vida.- eu falei olhando para ela.

-Porque você amaria alguém como eu?- ela perguntou.

-E porque não amaria?- eu perguntei de volta.

Ela ficou em silencio enquanto me olhava e eu soltei suas mãos e beijei sua boca. Queria que ela sentisse o quanto eu a amava. Porque era isso que eu sentia por ela: era amor. Puro e simplesmente amor. Em todos os relacionamentos que eu tive durante a vida eu procurei aquele sentimento, e ele veio de onde eu menos esperava. Não nascera de uma paixão desenfreada, ou de uma atração inexplicável, e sim de uma amizade tão inesperada como a que eu tinha pela Carol. E quando ela disse que me amava também eu senti uma felicidade única. 

Eu a penetrei enquanto ainda beijava a sua boca, e daquela vez nós fizemos amor com calma. Explorei cada parte do seu corpo, e me deliciava com os gemidos baixos que ela soltava em meu ouvido. 

-Heitor.- ela gemeu meu nome e eu soube que ela havia gozado.

Algumas estocadas depois eu também cheguei ao clímax. Beijei a sua boca com paixão e me deitei ao seu lado. Puxei ela para mim e nós ficamos em silencio. Estava quase dormindo quando ela se levantou alarmada e pegou a sua calcinha no chão.

-O que foi Carol?- eu perguntei confuso.

-Olha as horas.- ela falou me mostrando o celular.

-São 02h30. O que que tem?- eu perguntei sem entender.

-Eu tenho que ir embora.- ela falou enquanto colocava a peça.

Vi quando ela pegou o sutiã, mas antes que ela o colocasse eu me levantei da cama e a peguei no colo.

-De jeito nenhum. Hoje você vai dormir aqui, comigo.- eu falei e a joguei na minha cama.

-Mas Heitor, se eu dormir aqui seus pais vão saber o que aconteceu.- ela falou tentando se levantar.

-Meus pais sabem que eu não sou virgem Carol, e você é minha namorada. Não vejo nada demais em você passar a noite na minha casa.

-Mas...- ela começou a falar, mas eu a interrompi com um beijo.

-Você vai dormir aqui, e não tem discussão. E por favor, não faça como da outra vez, não saia enquanto eu estiver dormindo. Quando eu acordar quero ver você na minha cama.- eu falei e ela ficou em silencio.- Estamos entendidos?- eu perguntei.

Ela assentiu e eu sorri satisfeito.

-Ótimo. Agora vem aqui, eu quero dormir abraçadinho com você.- eu falei e a puxei para mim.

-Quer dizer que o Heitor namorado também é romântico?- ela perguntou com a expressão divertida.

-Eu tenho muitos lados, com o tempo você descobre todos.- eu brinquei.

Eu a abracei e depois de um tempo nós acabamos dormindo. 

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Naquela noite eu dormi tão bem, que sonhei a noite inteira. Acordei na manhã seguinte sentindo a Carol abraçada comigo. Eu soltei um suspiro de satisfação, era bom senti-la pela manhã. Ela remexeu na cama e eu dei um beijo no seu pescoço.

-Bom dia.- eu desejei.

-Bom dia.- ela falou se espreguiçando.- Que horas são? 

Eu peguei meu celular no criado mudo e olhei as horas.

-São nove e quinze da manhã.- eu falei.- O que você acha da gente tomar um banho e descer para tomar o café da manhã? 

-Heitor, você não acha melhor conversar com seus pais primeiro? Imagina eu aparecer para o café do nada? Acho que eles não vão gostar.- ela falou insegura.

-Claro que não. Porque você acha isso? Você sabe que meus pais gostam muito de você. É claro que eles vão gostar.

Acho que se a Carol soubesse do tanto que os dois me incentivaram a tomar uma atitude com ela, não teria essa insegurança. Quando não era meu pai, era minha mãe me dando conselho. 

-Para ser sincero, acho que os dois vão até comemorar quando souberem da novidade.-eu falei.

-Você acha?...quer dizer, eles gostavam de mim como sua amiga, agora como namorada eu não sei se eles vão curtir muito.

-Tenho certeza que eles vão curtir sim. Agora vamos tomar um banho e descer porque eu estou morrendo de fome.

Eu me levantei da cama e puxei a Carol pela mão e nós fomos para o banheiro. Tomamos um banho demorado e cheio de caricias. Quando terminamos, eu vesti uma bermuda bege uma camiseta branca, ela vestiu o seu vestido amarelo e nós descemos a escadas de mãos dadas. Eu percebi que ela estava um pouco nervosa, e quando estávamos chegando na sala de jantar ela hesitou.

-Acho melhor deixar para outro dia, Heitor. Acho que seus pais ainda não me viram, eu vou embora e você conversa com eles primeiro.- ela falou tentando soltar minha mão.

-Não tem porque deixar para outro dia Carol. Relaxa e vamos tomar nosso café.- eu falei.

Ela ainda estava hesitante e quando nós entramos na sala, meu pai estava sentado sozinho na mesa e lia o jornal.

-Bom dia pai.- eu desejei.

-Bom dia filho.- ele disse e colocou o jornal na mesa.- Bom dia Carol.- ele desejou.

-Bom dia Sr. Fênix.- a Carol falou timidamente e de cabeça baixa.

-Sentem-se. Eu pedi para a Amália preparar um café especial essa manhã.- ele falou indicando as cadeiras.

-Por quê?- eu perguntei confuso.

-Porque finalmente nós vamos parar de ver você resmungando pelos cantos.- escutei a voz da minha mãe atrás de mim.-Acho que nem é necessário desejar bom dia para vocês.- ela falou.

Eu me virei para ela e minha mãe estava sorrindo. Ela veio até mim, me deu um beijo no rosto, beijou a Carol e logo em seguida foi até meu pai para beija-lo.

-Então vocês já sabem que eu dormi aqui?- a Carol perguntou surpresa e visivelmente envergonhada

-Claro que sim, nós vimos quando você chegou ontem a noite.- meu pai falou puxando minha mãe para o seu colo.- Só não descemos, porque não queríamos atrapalhar vocês e também porque estávamos fazendo coisas mais interessantes no nosso quarto.

-Cris, olha as crianças na mesa.- minha mãe falou se levantando do seu colo.- Me desculpe Carol, o Cristiano adora me deixar sem graça. Sempre faz isso.- ela falou.

Meu pai começou a gargalhar e eu o acompanhei. Minha mãe e a Carol estavam visivelmente sem graça.

-Eu já falei que não tem necessidade de ficar com vergonha, Pequena. O Heitor já é bem grandinho, ele sabe muito bem o que um casal apaixonado faz.- meu pai falou.

-Eu acho melhor você parar de falar e ir comer Cristiano.- minha mãe falou se sentando na mesa.

Eu puxei uma cadeira para Carol e me sentei do lado dela. Acho que ela ainda estava um pouco sem graça, mas com o tempo ela se acostumaria com o jeito do meus pais. Na minha casa sexo nunca foi um tabu. Meus pais sempre conversaram e orientaram a mim e a Agatha, acho que isso ajudava bastante para que nós tivéssemos aquela abertura - sempre com muito respeito e bom senso - para conversar sobre os namoros e coisas do tipo. Principalmente com meu pai, ele era do tipo que não tinha vergonha mesmo de falar sobre sexo, quer dizer, pelo menos comigo ele sempre era aberto para esse tipo de conversa. Acho que com a Agatha as coisas mudavam um pouco de figura. Meu pai era do tipo ciumento, deu até um pouco de dó do Lucas quando o Sr. Fênix descobriu que a filha mais velha não era mais virgem. Meu primo levou uma bronca daquelas e só conseguiu se safar da surra porque minha mãe deu uma ajudinha pra livrar a barra dele e amansou a fera.

Nós começamos a comer e a minha mãe, percebendo que a  Carol estava tensa, começou a perguntar sobre o trabalho no buffet. Se tinha uma coisa que deixava a Cacau a vontade era conversar sobre a cozinha, tanto que ela até relaxou um pouco, e estava tudo correndo tranquilamente e sem estresse até que o Sr. Fênix abriu a boca.

-Então, vocês não tem nada para contar para gente?- meu pai perguntou.

-Contar o que?- eu perguntei.

-Nós já sabemos que a Carol dormiu aqui. Agora eu quero sabe o que vocês decidiram. E acho melhor a resposta ser a que eu acho que é, porque você sabe que eu não aceito que você traga ficantes para casa. Se for para me dizer que vocês dois só estão se conhecendo é melhor nem abrir a boca, porque aqui em casa eu não aceito esse tipo de coisa não. Se for para se conhecerem que seja na rua, aqui em casa eu só aceito se for coisa seria.- ele falou sem rodeios e olhando para mim.

A Carol se engasgou com o suco e eu acho que fiquei vermelho nessa hora. Meu pai e esse jeito franco  dele sempre me colocavam naquele tipo de situação constrangedora.

-Pelo amor de Deus, Cristiano. Você tem que aprender a falar as coisas com jeito.- minha mãe chamou a atenção dele.

-Você sabe que esse é meu jeito, Camila. Não consigo falar diferente.- ele falou enquanto tomava o café.

-Então é melhor não falar nada. Deixa que eu pergunto.- ela falou e se virou para mim.- Heitor, eu e seu pai queremos saber se vocês dois já conversaram e o que foi que vocês decidiram. - ela falou com jeito.

Acho que se a Carol estava envergonhada antes, agora ela estava querendo sair correndo da mesa. Ela abaixou a cabeça e eu peguei em sua mão.

-Nós estamos namorando.- eu falei.

-Ótimo. Até que enfim você tomou uma atitude. Não sabia que você era lento assim Heitor, esse tempo todo para pedir a garota em namoro.- meu pai falou fazendo minha mãe rir.

-Verdade. Já estava dando nos nervos ver vocês dois tentando fingir que era só amizade.- minha mãe falou

A Carol levantou a cabeça e olhou para eles surpresa. 

-Eu falei que eles iam gostar. - eu sussurrei para ela.

Nós voltamos a conversar e quando acabamos de comer eu fui levar a Carol em casa. Eu até insiti para ela ficar para o almoço, mas ela não quis, mas nós acabamos combinando de nos encontrarmos a noite.

Eu peguei meu carro na garagem, e durante o caminho nós fomos conversando. O transito estava bem tranquilo e quando nós chegamos no conjunto onde ela morava a rua estava cheia. Como sempre havia algumas garotas na rua, e um grupo de homens jogando bola na rua.

-Muito obrigada pela carona, Heitor.- ela agradeceu quando eu parei o carro.

-Hoje eu não estou me sentindo tão generoso pela carona.- eu falei a beijando.

-Essa noite foi a melhor que eu já passei na vida.- ela falou.

Essa sinceridade da Carol era uma das coisas que me fascinava nela. A maioria das mulheres teriam receio de dizer aquilo, mas ela falava as coisas com tanta ingenuidade e sem medo do que os outros iam pensar. Ela falava não só com a boca, mas também com os olhos, com o rosto, tanto que ela era uma péssima mentirosa. Sempre gaguejava ou se enrolava quando mentia e eu achava uma graça.

-Para mim também.- eu admiti.

Eu desci do carro e dei a volta para abrir a porta para ela. Nós começamos a caminhar em direção ao prédio dela e eu percebi que algumas pessoas estavam olhando para nós enquanto cochichavam.

-Pelo jeito é como a Sabrina falou mesmo. A Carol está fazendo sucesso na zona sul, alta rotatividade. Deve estar cheia da grana. Olha só o carrão do cliente da noite passada.- uma garota comentou em voz alta e as outras começaram a rir.

A Carol começou a andar mais rápido, mas eu peguei em sua mão e fui andando em direção as mulheres que estavam no portão. Eu sabia perfeitamente o que elas estavam insinuando e não deixaria elas difamarem a Carol daquele jeito. Porque conhecendo a Carol como eu conhecia, eu tinha certeza de que ela deixaria elas dizerem o que quisessem e não faria nada.

Não deixaria as pessoas a chamarem de prostituta e me promoverem a cliente.

-Você disse alguma coisa?- eu perguntei quando cheguei perto delas.

-Deixa isso para lá Heitor, vamos embora.- a Carol falou tentando me puxar pela mão.

-Não Carol, acho que elas querem dizer alguma coisa. Eu quero ouvir.- eu falei irritado.

As garotas ficaram em silencio e se entreolharam. Pelo jeito elas não teriam coragem de repetir o que disseram.

-Engraçado, eu jurava que elas disseram o seu nome.- eu falei ironicamente.

-Elas não falaram nada, Heitor. Vamos embora.

A Carol tentou me puxar de novo, mas eu não me movi e a puxei para mim. A beijei com vontade e quando a soltei me virei para as garotas.

-Só pra esclarecer as coisas: o  nome que se dá não é cliente, e sim namorado. E se o seu problema for o carro acho melhor se acostumar a ver a Carol chegando nele, porque eu sempre busco e  trago a minha namorada em casa.- eu falei com raiva.

Deixei as garotas paradas lá, peguei a Carol pela mão e dei as costas. Pelo menos agora os comentários maldosos cessariam, pelo menos eu acreditava que sim. A Carol sorria enquanto andávamos e quando eu parei na porta da sua casa ela se virou para mim.

-Muito obrigada. Nunca alguém me defendeu daquele jeito.- ela falou.

-Não precisa me agradecer por isso, Carol. Era o minimo que eu poderia fazer.

-Você viu a cara delas de assustada? Acho que depois disso as amigas da Sabrina não vão insinuar mais nada.- ela falou rindo.

-Espero que sim. Eu só não entendo porque elas implicam tanto com você.- eu falei intrigado.

Não era a primeira vez que aquelas garotas insinuavam alguma coisa do tipo. Toda vez eque eu vinha busca a Carol e elas estavam na rua, elas soltavam algum comentário.

-É um longa historia, mas resumindo: elas não gostam de mim, por causa da Sabrina. Eu e minha prima não nos damos muito bem.- ela falou

-Eu percebi. 

Nós ficamos em silencio e a Carol me olhou como sempre fazia. Acho que isso nunca mudaria entre nós dois, e eu não queria que mudasse. Eu gostava do jeito como ela me olhava.

-Você quer entrar?-ela perguntou depois de um tempo.

-Não. Acho melhor ir para casa. Não acho que seria uma boa ideia entrar no estado em que eu me encontro agora.- eu falei.

O Olhar da Carol foi diretamente para o meio das minhas pernas e eu não tentei esconder a minha ereção. Não tinha como evitar, era ela me olhar daquele jeito e meu amiguinho dar sinal de vida lá embaixo.

-Acho melhor você ir para casa mesmo.- ela falou ainda olhando para para o volume nas minhas calças.

Eu a encostei na parede e a beijei com ânsia. Quando a soltei ela estava ofegante e eu não estava diferente.

-Eu vou, mas a noite você vai ter que me recompensar.- eu sussurrei no seu ouvido, deixei um beijo no seu pescoço e me afastei.- Até mais tarde, Cacau.

-Até mais tarde, Heitor. - ela falou ainda parada na porta.

Ela me olhava com malicia e eu fiquei tentado, quase levantei o seu vestido e fodi com ela ali mesmo no corredor, e para não fazer uma loucura daquelas eu abri a porta atrás dela.

-Acho melhor você entrar agora, ou eu vou foder com você aqui mesmo.- eu avisei.

Ela me deu um selinho rápido, só para me instigar, entrou correndo e fechou a porta trás dela.

-Vou te esperar.- ela falou de trás da porta.

Eu gargalhei do lado de fora. A  Carol sabia ser sexy da maneira dela. 

-Tchau.- eu falei.

Puxei minha blusa por cima da bermuda, em uma tentativa de esconder minha ereção e sai rapidamente. Quando cheguei na rua as garotas que tinham feito aquelas insinuações não estavam mais lá. Eu entrei no meu carro rapidamente e dei a partida. Acho que nunca fiz aquele trajeto mais feliz do que naquele dia.

Agora era concreto: eu tinha achado o que eu tanto procurava.

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