Teachin' Her.

By i_oliveira

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Benjamin é um renomado professor de História, que durante as noites assume o papel de um homem sedutor para a... More

Capítulo 1.
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 8. - Benjamin.
Capítulo 9.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12. - Benjamin.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
The End.
ATENÇÃO!!!
AVISO 2019

Capítulo 2.

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By i_oliveira

Benjamin passou alguns minutos me encarando, até que eu baixei a cabeça e fingi escrever para disfarçar, pois alguns alunos olhavam se preguntando quem foi que o deixou daquele jeito.

Semanas depois.

Caminhando pelo corredor ao lado de Caleb, ambos em silêncio, entramos na sala vazia de música e ligamos a luz que ficava acima dos bancos de trás.

— Pelo menos a escola não diz nada sobre aluno e professor namorarem. — Caleb murmurou.

O cotovelei.
Ainda estava atordoada pelo fato de que eu havia ficado bêbada pela primeira vez, ido para uma boate pela primeira vez e com toda minha sorte: me peguei em um banheiro com um homem. Que era meu professor e eu descobri isso no dia seguinte, com uma ressaca horrível!

— Não estamos namorando, Caleb.

— Não sei não, para quem se preocupou em deixar você e seu amigo gay em casa... — Continuou. — E ele fica olhando para você a aula toda ou quando te encontra em algum lugar...

Suspirei, encostando na cadeira com a cabeça inclinada para trás. Meus olhos fecharam e soube que estava encrencada quando as cenas com Benjamin começaram a passar novamente na minha cabeça. Era só o que me faltava! Agora toda vez que olhar para cara daquele homem, vou me lembrar disso e minha atenção na aula vai para put...

— Luna, alou!

Virei rapidamente para Caleb.

— O que foi?

— Aquele meu amigo me ligou! Ele realmente me ligou! — Bateu palmas.

— Quando? Agora?

Caleb negou, mostrando a tela do celular para mim. Ele havia ligado às 1 da manhã. Provavelmente o horário que chegamos em casa.

— Liga de volta! Ele parecia ser uma gracinha.

— E é! — Disse. — Vou retornar, espere aqui.

Assenti, vendo Caleb levantar e correr para a saída de emergência com seu celular.

Ali, sozinha, comecei a olhar para o palco. Mesmo escuro era possível ver seus detalhes e era lindo. Queria poder subir até lá e cantar alto. A sala é acústica e ninguém ouviria.

Olhei para os lados e fui até lá, como uma criança que apronta alguma travessura. Sentei na beira do palco e suspirei, como quem lava a alma.

"Open Your Eyes", do Snow Patrol era o que saia por entre meus lábios. Até que eu arregalei meus olhos quando ouvi palmas. Estava pronta para matar Caleb, por me assustar, mas me deparei com a imagem de Benjamin caminhando do escuro para o claro, ou seja, para o palco.

— Você devia participar do show de talentos.

Senti minhas bochechas pinicarem, esquentando cada vez mais. Meu Deus, eu vou explodir de vergonha?

— Não, platéia não é meu forte. — Sussurrei.

— Devia, você tem um talento.

— Obrigada, mas... — Desci do palco. — O que você está fazendo aqui?

— Eu almoço aqui.

Dou de ombros.

— Eu e Caleb também.

— Bom, então nos veremos todos os dias aqui. Quem sabe você canta para nós e perde seu medo?

Engoli seco.
Cantar para você? Tá doido!

Assim que Caleb apareceu, saltitando feito uma pulga, eu corri em sua direção e peguei em sua mão.

— Benjamin? Aconteceu alguma coisa? — Olhou de Benjamin para mim.

— N–não. Podemos voltar para sala? O intervalo está acabando.

Caleb fez um sinal positivo, vendo meu olhar e o puxei para fora dali. Nós corremos para dentro da sala e sentamos ao fundo. Minha respiração estava ofegante e gotas de suor pingavam de minha testa.

— Luna, o que houve? Ele tentou alguma coisa?

— Não! Pior que isso! — Caleb fez careta. — Ele estava no escuro, do outro lado das poltronas ouvindo tudo e quando você foi atender o telefone, eu subi no palco e cantei, ele apareceu e ficou me elogiando... Ele ficou tão perto... — Esfreguei meus braços sentindo o calafrio estremecer meu corpo.

— Você canta? Legal! Manda um pouco de Madonna, aí!

— Caleb! — O repreendo.

— O.k, foco! Então ele te elogiou?

Assenti.

— Ele deu em cima de mim, dizendo que eu devia cantar no show de talentos e que ele também passa o intervalo ali. Ele disse: quem sabe você canta para mim e para o Caleb e perde o medo.

Caleb tampou a boca aberta com a mão.

— Esse cara é um fogoso!

Não consegui conter a risada, mas sentia algo dentro de mim. Que eu não sabia explicar direito.

— Depois da aula, que tal irmos para aquela balada de novo? Quem sabe ele não vai estar lá?

— I daí? Ele é perseguidor e aqueles olhos... São completamente frios e vazios.

— Cara, ele tá tão na sua! — Caleb imitou a frase de um programa.

— Eu vou e vou pedir para ele parar de me perseguir. E de dar em cima de mim! Não quero nada com o meu professor!

Caleb revirou os olhos e tornou a prestar atenção na aula.

Benjamin despertou algo em mim na sala de música, ou bem antes, na boate. Algo que eu, talvez, já tivesse sentido só que era mais intenso e mais... Eu não sei dizer! Era estranho!
Sacudo a cabeça e me concentro nas aulas, não queria me dar mal nas provas só por que um professor está dando em cima de mim. Ele deve fazer isso com todas, por sinal.

...

No final da aula, Caleb me esperou do lado de fora enquanto conversava com o tal amigo. Sim, ele estava lá. Sim, eu ficaria de vela.

Conforme eu caminhava para fora, passei pelo escritório de Benjamin e ouvi um falatório.

— Você está me trocando por aquela aluna? Por Deus Benjamin, você ficou com ela em um banheiro! Ela é uma piranha, claramente!

Senti um frio em minha barriga. Abri a porta do escritório, mas não soube o que fazer quando a maldita professora de Filosofia me encarou pasma e Benjamin parecia que havia visto um fantasma.

— Escuta aqui, sua perua, a única piranha aqui é você! — Soltei, sem saber direito o que dizia. — Se ele trocou você por mim, é porque eu não sou uma vagabunda e não tenho essa voz irritante.

— Quem você acha que é, garota?

— E tem mais! — Ergo um dedo na direção dela. — Eu só fiquei com ele uma vez, logo, a culpa não é minha se ele está louco para largar de você e precisa de uma desculpa. E mais, se eu perceber que você está usando minhas notas ou meus trabalhos para me atingir, teremos um problema bem maior.

Ela ficou parada, sem dizer nada.
Caminhei lentamente para fora do lugar conforme as lágrimas desciam pelo meu rosto. Que merda eu me meti!

— Luna! — Benjamin gritou, antes de eu sair correndo de sua sala.

Passei por Caleb e seu amigo que não notaram muito a minha presença. O que foi ótimo. Não queria ninguém atrás de mim. Subi na moto e pisei fundo, fazendo os pneus cantarem ao longo da rua.
Olhei para trás e rapidamente vi Benjamin entrando no carro. Caleb e seu amigo pareciam confusos e começaram a caminhar em direção do caminho de casa.

Meu telefone tocou assim que eu coloquei os pés no chão.

— Luna, o que diabo deu em você?

— Depois te conto tudo, ok? Não tem nada, pode ir para a festa com seu amigo. Não quero encontrar ninguém.

Entrei para casa o mais rápido que consegui. Meu pai ainda não estava. Deve ter conseguido mais uma entrevista de última hora.

— Luna! — Deixei o celular cair no chão.

Como esse idiota conseguiu me achar?

— Luna, eu sei que você tá ai! O Caleb me disse que era aqui que você morava!

Eu mato o Caleb
Abri a porta, impaciente e vi Benjamin todo encharcado. Não sabia quando havia começado a chover, ou talvez não tenha percebido de tanta raiva.

— Eu não quero falar com você, vai embora! Não quero arrumar problemas para mim no meu primeiro ano de faculdade!

— E não vai. A Amanda é inofensiva. — Disse.

— Ela estava me atacando pelas costas! E você tinha que contar que a gente ficou?

— Eu não tinha outra escolha! — Ele falou.

Eu caminhei até lá e empurrei seu peito, sem muito sucesso, por que não era tão forte como ele. Por outro lado, Benjamin agarrou meus pulsos e me puxou para perto.

— Você é um idiota! Por que não falou que não queria mais ficar com ela? Precisava mencionar que sobre mim? Você gosta de espalhar pra todo mundo que ficou com suas alunas? É isso?

— Não! Não é isso, Luna. — Disse, sua voz era de indignação. — É que mais cedo ou mais tarde ela ia descobrir.

Suspirei, derrotada.
Mais cedo ou mais tarde ela descobriria. Ela era a professora que dava em cima dos alunos, provavelmente eles fariam tudo o que ela pedisse em troca de... Bem, deixa pra lá. O caso é que ela podia usar isso para tirar proveito. E como o idiota do Benjamin ficava me seguindo, era nítido que ela notaria que de uma hora para outra ele tinha mudado.

Deus, eu quero minha mãe!

— Lógico que ela perceberia, você fica me seguindo!

Ele riu, sarcástico.

— Eu? Seguindo você? — Eu continuei o encarando, cada vez mais encharcada pela chuva. — Ok. Talvez um pouco.

— Por que? Não vê que está me causando problemas?

— Você está criando os problemas. — Arregalei os olhos, tentando me soltar, mas ele apertou meus pulsos com mais força, me prendendo ali. — Eu gostei de você. E não tem nenhuma lei que diga que o professor não pode sair com sua aluna, desde que as provas e trabalhos sejam corrigidas por outro professor da faculdade. E a Amanda? Ela foi só um caso como todas as outras, não vou deixar aquela maluca te machucar.

Eu olhava para baixo, até ele erguer meu queixo e meus olhos fitarem seus olhos. Negros e profundos. Eu poderia me perder naquela imensidão. Eu estava perdida. Ele não parecia mentir. Pelo contrário, seus olhos pareciam a coisa mais sincera que eu havia visto naquele dia. Não havia brilho algum. Mas não havia mais a frieza também. Havia... Algo. Eu suspirei, optando por acreditar nas palavras dele até que o contrário fosse provado.

— E se ela tentar alguma coisa? — Sussurrei.

Ele se aproximou, segurando meu rosto com as duas mãos, como se eu fosse uma flor sendo admirada.

— Ela vai ter um problema bem grande.

O seu nariz roçou no meu, e eu engoli seco quando seus lábios molhados de chuva tocaram os meus. Senti um frio na barriga como se um casulo de mil borboletas tivesse acabado de se abrir. Finalmente de mãos livres, agarrei sua nuca e me estiquei na ponta dos pés, correspondendo ao beijo.

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