Capítulo 18.

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O museu era grande e tinha pilastras gregas depois de toda escadaria para entrar. O chão antes das portas, que para meu estranhamento estavam fechadas, era um carpete vermelho.
Benjamin abriu a porta do carona para eu sair e estendeu a mão, a qual agarrei sem hesitar e agarraria novamente de olhos fechados.

- Ben, por que está tudo fechado?

- Faz parte. - Ele disse, apertando a mão na minha.

- Do que? Você parece nervoso...

Ele não respondeu, apenas me guiou até uma das portas, onde havia um segurança que lhe deu uma piscadela e sorriu de bom grado, abrindo a grande porta de madeira escura.

O cheiro de limpo pairou pelo ar e o lugar estava deserto. Era um museu novo, eu sabia. Os quadros ainda tinham cheiro de vernis e havia bancos em frente a cada quadro, para as pessoas sentarem e admirarem.

- Isso aqui. - Ele ergueu um dedo e girou. - Era parte da surpresa.

- Você fechou um museu inteiro só para mim? - Virei, incrédula.

- Tecnicamente, ele já estava fechado. O gerente era meu amigo de faculdade e quando contei que minha namorada era fã de mitologia...

Sorri, me aproximando das pilastras com detalhes esculpidos. Estiquei um dedo, a tocando como se ela fosse desmoronar e quando senti sua textura, coloquei toda a mão, alisando a superfície detalhada.

- Aquilo é uma réplica minúscula do Coliseu? - corri em direção ao centro do museu como uma criança.

Benjamin riu, vindo atrás de mim.
Observei por pouco tempo e logo me virei, me lançando nos braços de Benjamin e o abraçando.

- Obrigada. Você me agrada tanto...

Pela primeira vez vi Benjamin corar suas bochechas de um jeito totalmente dócil.

- É que eu te amo. Sempre vou procurar te agradar.

Sorri.

- Te amo também.

- Vem, vamos ver o resto. - Ele pegou minha mão.

Caminhamos por entre as pilastras, observando réplicas das supostas casas dos deuses onde muitos deixavam oferendas, quadros dos pintores mais famosos e algumas esculturas dos deuses também estavam incluidos no passeio.

Em algum momento, começamos a conversar até estarmos de volta ao começo do museu sem nem sequer perceber.

- O que achou? - Ele perguntou, sentando e me puxando para o seu colo.

- Gostei muito. É tudo muito bonito, o seu amigo vai dar bastante sorte com isso. - Olhei para o Coliseu.

Benjamin provavelmente viu os livros de mitologia no meu quarto ou então meu pai simplesmente o contou, caso ele tenha perguntado ao mesmo qual era a coisa que eu mais gostava nesse mundo.

- Queria poder levar para casa. - Brinquei, balançando a cabeça.

- Se ficou assim com uma réplica, imagina quando ver o de verdade...

Virei o rosto para Benjamin, sentindo uma explosão de sentimentos na minha barriga. Meus olhos estavam esbugalhados.

- O que você disse?

- Surpresa de Natal! Seu pai me ajudou.

Sabia.
O abracei, afundando meu rosto no seu pescoço com o perfume, que dessa vez não estava forte, e beijei muitas vezes seu pescoço. Assim que me afastei, acariciei seu rosto com um pequeno sorriso e fui atingida por seus lábios inesperadamente, de um jeito meigo, mas tão quente. Só Benjamin podia fazer aquilo comigo. Me fazer aquilo. Me deixar tão atordoada e apaixonada que mal podia construir meus pensamentos na cabeça.

- Então vamos para Itália?

Ele assentiu, rindo.

- Não sei como meu pai teve todo esse dinheiro. - Olhei para minhas mãos. - Queria não depender mais dele e ajudá-lo.

- Ele recebeu o dinheiro da sua antiga casa e não sabia o que fazer com ele. Pensou que depois de tanto tempo não incluindo você nas coisas e você mesmo assim sendo uma filha tão brilhante, devia ser recompensada.

Sorri, sem graça.

- Você é um amor. - Foi tudo o que consegui dizer.

Mais uma vez ele me beijou, mas dessa vez não durou muito.

- Pedi comida tailandesa. - Ele disse olhando para o relógio. - Vamos, então?

Assenti.

- Não vi você ligando para ninguém. - Fiz careta.

- Mandei mensagem quando você estava distraída com as esculturas.

- Ah...

...

Em casa, nós jantamos e depois apenas conversamos. Benjamin elogiou Caleb e disse que suas notas foram ótimas durante o ano inteiro, quando eu o contei que ele estava inseguro se passaria no exame final ou não.

Notei o jeito que Benjamin colocava os lábios na taça de vinho. Quase não percebi que minha boca estava entre aberta.

- Luna?

- Desculpa. É que isso foi muito... Sexy. Acho. - Corei, olhando para baixo.

- O que exatamente?

- Sua boca desgustando o vinho.

Ele se levantou e se aproximou, deslizando a mão pela minha perna. Fechei os olhos e senti seus lábios gelados tocarem meu pescoço, sugando uma pequena parte do mesmo e traçando um caminho suave de beijos até meu ombro. Fechei as pernas, sentindo uma de suas mãos entre elas, o que fez um calafrio correr pelo meu corpo. Sem dizer nada, Benjamin deslizou a alça do vestido e do caminho do ombro deslizou para minha clavícula e tornou a descer, chegando próximo do meu seio. Mas parou, me fazendo abrir os olhos. Soltei um suspiro, mais para um gemido.

Suas mãos deslizaram até a base do vestido e o tirou, me deixando quase nua. Os olhos dele me fitaram, como se pedissem permissão e eu fiz um aceno lento e positivo com a cabeça. Ele se aproximou, beijando meu pescoço novamente e quase vi, meu sutiã estava no chão. Seus beijos faziam o caminho entre meus seios e desciam até a barriga e assim retornavam até meu queixo. Sua mão agarrou meu cabelo, me fazendo olhá-lo e eu podia jurar, os desejos de Benjamin transbordavam nossos seus olhos negros. Ele me beijou arduamente, calorosamente, com a mão disponível passeando pela parte nua do meu corpo, me arrancando arrepios e suspiros. De repente, ele agarrou minhas coxas e me pôs em seu colo, fazendo o caminho para as escadarias do seu quarto, onde ele me colocou de pé. Foi quando ele se abaixou e beijou minha barriga de forma tão lenta que se tornou dolorosamente gostoso. Ele baixou minha calcinha e então, eu estava nua. Pela primeira vez em frente ao homem.
Por alguns segundos senti vergonha, eu não era a mulher mais gostosa ou cheia de curvas para exibir a ele, mas então olhei para os seus olhos, que me olhavam com um brilho que não havia encontrado em lugar algum e percebi que vergonha não era algo que eu devia sentir quando o assunto era Benjamin. Afinal, eu o amava. E meu corpo era seu agora.

Teachin' Her.Where stories live. Discover now