Capítulo 7.

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— O que é isso Ben?

— O motivo pelo qual Amanda odeia você, é que ela e eu já fomos casados. O problema é que ela nunca foi fiel e eu não sabia. E então Ester veio. Eu pensei que ela havia mudado, pensei que nossa vida havia mudado, em homenagem a isso eu tatuei o nome da nossa filha. Mas Amanda fez um aborto sem me dizer e foi assim que eu esfriei e mudei. Ela esperava que eu entedesse, mas como eu entenderia? Eu já amava tanto a minha menina sem nem ao menos conhecer, ela me deixou criar esperanças, alimentou meus sentimentos e depois... Ela me apunhalou pelas costas. Por isso ela te odeia. Por que depois de tantos anos perdidos, tentando encontrar um jeito de perdoar Amanda, eu consegui seguir em frente.

— Ben, eu não sabia... — Apertei sua mão. — Eu sinto tanto...

Ele sorriu, triste e se inclinou para me beijar. Um selinho demorado, e eu sentia sinceridade no mesmo, assim como delicadeza e paixão.
Sem descolar nossas testas, ele me olhou e eu me perdi naquela imensidão negra que eram seus olhos.

— O que quero mostrar com isso, minha flor, é que você é diferente. E não importa o que Amanda diga para você, eu não vou fazer. Por que você é diferente. Você é especial e eu estou disposto a te mostrar isso e mostrar que eu posso ser a pessoa certa para você.

Não resisti e me joguei nos braços de Benjamin, o abraçando com força e depositando beijos ao longo do seu pescoço.

— Eu tive medo do que ela disse, mas não deixei de confiar em você. E hoje você deu o primeiro passo para mostrar que é digno da minha confiança. — Confessei.

Não estava o olhando, mas sabia que ele estava sorrindo. Afastei meu rosto para olhá–lo e automaticamente o beijei, como se seus lábios e os meus fossem ímas sendo atraídos um pelo outro.

— Agora vem comigo. — Ele se levantou, estendendo a mão.

— Ben, eu não acho que estou pronta para... — Não terminei a frase.

— É só um banho. Não vou fazer nada que você não queira, Luna.

Olhei para a porta e pela brecha vi a banheira cheia de espuma. Estava tão frio la fora e a fumaça saindo da banheira era tão convidativa, sem mencionar o olhar pidão e sedutor de Benjamin acompanhado daquele sorriso brilhante e auto confiante.

— Tá, mas você vai ficar de costas até eu entrar na banheira. — Pedi.

— Certo, vamos por parte.

Assenti, entrando no banheiro junto com ele. O mesmo se virou e também se despiu, enquanto eu também o fazia. Mas em algum momento ele parou e senti seus olhos em mim. Ousei virar o rosto e pude vê–lo de cueca, me observando através do espelho. Ele sorriu e fechou os olhos, me fazendo rir. Entrei na banheira e afundei até a espuma me cobrir até um pouco abaixo dos ombros.

— Pode virar. — Disse.

Ele abriu os olhos e virou.

— Você sabe que eu vou ter que tirar minhas calças, não sabe?

Senti meu rosto pinicar e então cobri os olhos com a mão. Apenas ouvindo sua gargalhada. Alta e gostosa. Assim como ele... Depois de alguns minutos, o senti entrar e sentar em minha frente. Seus pés tocaram minha perna e mesmo em baixo da água senti um arrepio correr por meu corpo. Abri os olhos e os de Benjamin pareciam me namorar.

— O que foi?

— Nada. — Sorriu de canto. — Vem aqui.

Ele me virou e me colocou entre suas pernas, passando suas mãos em volta da minha cintura e dando uma leve mordida na ponta da minha orelha. Encostei a cabeça em seu ombro e inalei o cheiro do seu perfume. Não muito forte, nem tão doce e nem tão amadeirado.

— Como se sente?

— Bem, e você? — Sussurrei.

— Bem também. Por que escolheu direito, posso saber?

— Odeio injustiças. Por que escolheu História? — O olhei por um segundo e beijei seu queixo.

— Acho interessante entender o passado para entender o presente e talvez o futuro... Além do mais, é empolgante ir aos congressos e ouvir as novas descobertas.

— Deve ser legal.

Benjamin dá de ombros.

— Tento levar você comigo em Novembro, se quiser.

— Está falando sério? — Virei todo meu corpo, sentando sobre as pernas de Benjamin. — Eu adoraria.

Ele sorriu, mas estava estranho.

— O que é?

— É que está difícil me controlar com você sentada assim.

— Ah... — Eu me indireitei, sentando na banheira e abraçando meus joelhos. — Desculpe.

— Não tem problema. Eu acho que vou sair e pedir alguma coisa para comer. Você gosta de comida japonesa?

Dou de ombros.

— Nunca provei.

— Hoje vai ser sua primeira vez então.

Assim que ele levantou, fechei os olhos. No entanto, eu abri um deles um pouco e o vi se enrolar na toalha. Repremi a risada quando vi seu membro marcando a toalha. Ele estava com vergonha?
Abri os olhos quando ouvi a porta de fechar e corei com meus próprios pensamentos a respeito do que havia acabado de ver. Ou quase ver.

Ali, sozinha, voltei a pensar no meu pai. Benjamin disse que ele tinha coisas para resolver e eu ainda não sabia o que tanto precisava resolver, o que tanto o deixava distraído. Sabia que ele havia arrumado trabalho em uma empresa de advocacia, mas não sabia que isso o deixaria tão distraído a ponto dele nem ao menos questionar o fato de que eu tenho... algo com meu professor de história.

— Luna?

— Sim? — Levantei, colocando um roupão que estava pendurado.

Abri a porta e Benjamin me entregou uma blusa preta que se tornaria uma grande camisola no meu corpo.

— Vou me trocar.

— Espero você na sala.

Assenti e fechei a porta.
Depois de vestida, me analisei no espelho. A blusa preta ficava um palmo e meio acima da minha coxa, mas tinha o cheiro de Benjamin, o que me tranquilizou e me parece que depois do banho me sinto mais íntima, mais próxima, apesar de não termos visto nada. Ou quase nada.

Desci as escadas e encontrei Benjamin vendo TV, deitado no sofá. Passei na frente do mesmo e me deitei por cima dele, usando seu peito como travesseiro.

— Você é muito gostoso. — Soltei. — Digo, fofo. Gostoso e fofo no sentido de que é aconchegante aqui.

Ele riu, fazendo seu peito estufar.

— Você é um amor.

Dado um tempo de 40 minutos ou um pouco mais, a comida chegou e fomos jantar.

Teachin' Her.Where stories live. Discover now