Olá amores, talvez vocês não gostem do capítulo, mas não resisti.
Fala sério, se você estivesse no lugar da Sophia não ia querer dar uma olhadinha nas fotos que a Susan e o Victor estavam? ;)
Boa leitura amores.
... ♥♥♥ ...
A semana estava tranquila, Victor precisou fazer uma pequena viagem aqui perto mas disse que chegaria cedo, porém até agora nada do meu gatão.
Ele e Eric depois que conversaram estavam mais estranhos que nunca, o que esses dois estão aprontando? No domingo marcamos de almoçar juntos na cidade.
Resolvi responder os e-mails da minha ex coordenadora, há algum tempo ela me convidou para voltar a trabalhar na faculdade como sua assistente. Eu fiquei eufórica, mas ai tive a notícia que estava grávida. Mesmo assim ela insiste e, confesso que estou pensando seriamente nisso.
Eric é o meu maior incentivador, em compensação meu maridinho vai ficar surtar se eu aparecer com isso. Não seria agora, era para o meio do ano, porém devido a minha gravidez meio complicada, Kate me propôs começar no início do ano que vem. Até lá meu filhote já teria nascido e Victor estaria mais acessível.
Com isso em mente ela me envia constantemente uma série de estudos, eu devo analisar e fazer relatórios com base nas experiências de outros colegas em outros países. Enfim eu já devia ter feito ao menos um relatório mas estava meio que... atrasado. E eu não sou de atrasar nada, pelo contrário sou muito exigente comigo.
Aproveitei esse meu tempinho sossegada e comecei pelos meus e-mails. A caixa de entrada estava lotada. Nossa quanto tempo faz que eu entro?
Me lembrei que fazia dias nem chegava perto do computador. Ao verificar os e-mails que estavam no lixo antes de excluí-los de vez, vi um que me chamou a atenção porque estava em francês. Achei que era de alguma das feiras que tínhamos participado. Abri e dei de cara com o que eu não queria.
Na hora eu já sabia do que se tratava, mas meu lado masoquista e minha curiosidade falaram mais alto, então baixei as fotos.
Na hora senti um bolo no meu estômago e tremendo, abri. Olhava angustiada e tremendamente chocada. Seguia passando lentamente uma por uma. Até maximizei a tela deixando-as ainda mais nítidas e doloridas de se ver.
Haviam várias fotos de Victor com aquela...
Uma em especial com eles saindo da maternidade. Vi meu maridinho todo gentil e todo cuidadoso... sua mão foi caridosamente parar na cintura dela, enquanto a vaca entrava no carro. Não entendo, porque ele não deixou ela bater a cabeça?
Ah meu amor, quanta gentileza... Minhas unhas, cutículas e até um pedaço do dedo já tinham sido corroídos. Só parei quando percebi o gosto de sangue na boca.
Victor tinha me dito que só a acompanhou e nada mais.s. s não sei porque na ca Mas na minha cabeça, eu achei que eles mal tinham chegado perto, mas agora olhando pra isso!
Eles pareciam um casal! Mas não um casal qualquer, era um casal feliz, cujo o papai orgulhoso acompanhava radiante a mamãe, por ter dado a luz a um lindo bebezinho! Que coisa mais linda, mais meiga! Eu acharia isso também se não fosse o MEU MARIDO que estava ali naquela foto!
Merda, e o Victor ainda sorria! SORRIA!
Ele não parecia estar aborrecido e nem irritado como ele havia me contado. Aliás as fotos em que ele está aborrecido e mal humorado, é quando está comigo!
Fizeram questão de coloca-las bem próximas, pra quem vê, pensar que realmente há algo errado com a gente.
- Que ódio! – Gritei alucinada sozinha dentro de casa.
Meu estômago começou a embrulhar mais, mas eu estava chocada demais pra parar, então continuei com a tortura.
Em várias delas, Victor a envolvia pela cintura, todo sorridente e carinhoso. Imagino até o que poderiam estar conversando.
- Vaca desgraçada!
Assim que eu abri aquele e-mail eu deveria ter fechado, mas nãooooooo, eu tinha que me martirizar mais um pouquinho. Eu tinha que ver todo aquele lixo!
Tudo o que ele me disse dessas fotos não eram verdadeiras. O mundo inteiro viu aquilo! E era o meu marido ali, diante de meus olhos, sendo todo gentil e amável com aquela... aquela...
- Que ódioooooooooo!
Não satisfeita, meu masoquismo me fez continuar.
Minhas mãos tremiam enquanto deslizava o mouse pela reportagem que seguia logo abaixo.
" ... Nasceu Nathalia, filha da Top Model Susan S. Guerra, fruto de seu relacionamento de sete anos com o empresário Victor Brandão, com qual foi noiva por três anos. A pequena já nasce debaixo dos holofotes. Embora o empresário Victor Brandão tenha se casado recentemente, isso não o impediu de acompanhar a Top, vindo especialmente para acompanhar o nascimento da filha. o Lindo casal foi flagrado saindo juntos da maternidade em Paris. Estavam radiantes, como mostram as fotos em nossa reportagem. A Top que ainda mantém uma sólida e calorosa amizade com seu ex noivo, declarou: "...Tenho certeza que Victor e eu voltaremos a ficar juntos, ainda mais agora com a nossa pequena Nathalia. O verdadeiro amor sempre irá prevalecer..."
Declarou a Top, que estava radiante com todo o carinho e dedicação do empresário. Será que em breve eles deixarão de ser "ex"? Já estou vendo novidades por ai! Será que a atual esposa dele não é ciumenta, ou será que já estão em crise? Quando questionada a respeito do recente casamento dele, a Top simplesmente sorriu e diz se sentir confiante e...
- CHEGA! - Gritei nervosa, saindo correndo pra vomitar, como ele pode mentir assim pra mim?! Não aguentei e comecei a chorar compulsivamente. Como eu sou idiota!
Ajoelhada de frente ao vaso, não sabia se vomitava ou chorava.
Enquanto me desmanchava no chão do banheiro, percebi que Victor tinha chegado. Tranquei a porta do banheiro, eu não conseguiria ter uma conversa civilizada com ele agora.
*** Victor***
- Droga Sophia! - Cheguei em casa e a primeira coisa que eu vejo é o computador aberto em cima da mesa. Minhas fotos expostas em tela inteira, passei o dedo rapidamente pra ver o tamanho do estrago. Caralho ela viu a reportagem inteira, mais que porra!
- Sophia!
Corri para o quarto e a escutei soluçando no banheiro. Tentei abrir a porta, mas estava trancada. Comecei a ficar impaciente, ela vai passar mal, ela não pode se estressar.
- Paxão, por favor... abra a porta. - Ela não respondia, mas a escutava soluçando.
- Paxão, abra a porta, senão eu vou ter que arrombá-la, por favor. – Senti um calafrio percorrer minha espinha e não gostei nada disso.
- Vai embora Victor por favor.
- Paxão por favor, você disse que confiava em mim, não aconteceu nada, por favor abra a porta, vamos conversar...
Depois de uma eternidade ela saiu, estava transtornada e muito abatida. Fui seco pra abraçá-la mas ela me impediu.
- Sophia, não faça isso paxão. Tá vendo, era isso que eu temia, eu tinha certeza que você teria essa reação!
Ela me olhou furiosa e gritou.
- Então porque você fez?! Porque deu a oportunidade ideal pra ela se esbaldar?!
- Você mentiu pra mim Victor, aquelas fotos estão bem claras! Aquelas fotos não são de uma pessoa que está fazendo algo contrariado, muito pelo contrário, você me pareceu bem feliz!
- Sophia eu lhe disse, fui pego de surpresa. - Suspirei. - Eu fiquei emocionado sim porra, afinal é minha filha, mas...
– CHEGA VICTOR!
Ela me empurrou e saiu pra sala, fui atrás.
- Eu não aguento mais! Quer saber Victor estou cansada, muito cansada, não aguento escutar mais nada, eu desisto!
- O quê? O que você está falando paxão? - Comecei a ficar desesperado, sem saber o que fazer, ela me olhava friamente, entrou no closet pegando uma bolsa.
- Sophia, amor... – Chega Victor, não abra mais a boca por favor! Eu preciso sair aqui. – Ela olhava para os lados procurando alguma coisa, parecia confusa.
- Não de jeito nenhum, você não vai sair daqui, eu não vou deixar Sophia!
Ela não falou nada, saiu do quarto eu fui atrás.
Ela sentou no sofá, e desatou a chorar. Me aproximei dela, tentei segurar duas mãos mas ela me repeliu. fui pra cozinha peguei um copo de água e deixei ao seu lado.
- Paxão por favor, eu não aguento ver você assim... – Chega Victor, não aguento mais ouvir você falar! Chega! - Gritou nervosa levando as mãos aos ouvidos, droga.
- Amor eu tô ensopado, preciso tomar uma ducha rápida, também não tô legal, por favor fica tranquila, eu só vou tomar uma ducha rápido, já volto pra ficar com você, tudo bem? Cinco minutinhos é só o que eu peço.
Ela não olhou pra mim e nem me respondeu, fui correndo para o banheiro, estava começando a me sentir indisposto. Essa chuva me pegou de jeito, mas sabia que não era isso.
Caralho que conversa é essa, ela não pode desistir de mim, ela só está nervosa, ela vai se acalmar tenho certeza, mas também eu fui muito burro, eu devia ter imaginado que uma hora ou outra ela ia acabar vendo aquela merda.
*** Sophia ***
Aproveitei que ele foi pro banho e sai, minha intenção era ir pra casa da mãe e me acalmar só isso.
No caminho a chuva fina me pegou também, eu estava andando no piloto automático e nem percebi que um carro tinha parado bem ao meu lado.
- O que você está fazendo aqui na chuva?! Quer ficar doente? Entra já aqui Sophia!
Olhei surpresa para a porta aberta e respirei aliviada.
- Ah que bom! – Corri pra dentro do carro.
- O que pensa que está fazendo lindeza?
- Ah Eric...
- Vou já te levar pra sua casa!
- Não, por favor não quero voltar lá agora! Me leva pra casa da mãe por favor.
- Ih lindeza não tem ninguém lá, acabei de cruzar com eles na estrada.
Olhei pra ele desesperada e comecei a tremer.
- Oh lindeza o que aconteceu?
Ele se aproximou me puxando para um abraço. Eu não conseguia falar de tão nervosa, além de preocupada com meu bebê.
- Me tira daqui Eric, por favor! – Ele me olhou, olhou, a princípio em dúvida, mas depois deu a volta no carro e fomos embora.
Por um bom trecho permanecemos em silêncio. Eu já começava a me arrepender. O que eu fiz! Victor deve estar desesperado.
Abracei meus joelhos me encolhendo toda. Eric ligou o ar quente pra me aquecer, mesmo assim ainda sentia frio porque eu sabia que o único que poderia me aquecer, era Victor.
- Quer conversar agora lindeza?
- Não.
- Querido obrigada por você ter me socorrido, você caiu do céu... como sempre!
- Eu estava indo na sua casa porque tinha marcado com o Victor pra gente conversar sobre o almoço de domingo, mas tô vendo que não ia dar certo mesmo.
- Olhei pra ele triste e tremendamente cansada, imaginando Victor surtando dentro de casa. Paciência, é bom mesmo ele ficar esperto!
Eric foi direto ao seu apartamento, ele estava muito preocupado comigo, com receio de eu vir a passar mal. ou eu ficava no apê dele ou ele no meu. Preferi ficar no dele, sabia que Victor iria aparecer por lá.
Eric aparece no quarto onde estou me trocando e me entrega seu celular. Olho pra ele sem entender.
- É ele lindeza, quer falar com você. – Eu torço o nariz e faço uma cara de brava para o Eric. Ele sai do quarto. Droga!
- Oi.
- Sophia meu Deus... quer me matar do coração paxão, pelo amor de Deus! Eu estou ficando quase louco aqui, porque você fez isso! Estou indo te buscar querida!
- Não! Não precisa se incomodar, vou ficar por aqui essa noite.
- Sophia... – Ele praticamente rosnou no telefone. – Você não vai passar a noite no apartamento dele!
- E porque não? Você não pediu pra eu confiar em você Victor! Aprenda a confiar em mim também, tchau! - E desliguei o telefone. É isso ai Sr. Victor, confiança é uma via de mão dupla!
O telefone tocou de novo, mas não atendi. Fui pra sala vestida com as roupas largas do meu querido amigo.
- Tudo bem?
Assenti sentando em frente a bancada da cozinha. depois de um tempo em silêncio começamos a conversar sobre outras coisas, sem ser nada relacionado a marido. Eric é uma benção.
Ele me fez comer e depois aconchegados no sofá, me senti confortável pra conversar sobre o que tinha acontecido.
...
No outro dia acordei quebrada, parecia que um trator tinha passado por cima de mim. Corri os olhos pelo quarto e me lembrei de onde estava e o porque. Ah droga.
Era sábado, e quando vi as horas até me assustei. Quase dez horas da manhã, eu nunca durmo até essa hora, mas também depois de todo aquele tormento que passei ontem. Só fui pegar no sono lá pelas tantas.
Me levanto devagar e vou pra sala, dou de cara com Eric e Victor na cozinha conversando baixinho.
Assim que eu o vejo paro de andar, ele se levanta e rapidamente já está ao meu lado me abraçando. Sem me dar tempo de raciocinar, cobre meu rosto de beijos.
- Paxão você tá bem? Que susto você me deu querida! – E me apertava ainda mais junto dele.
Só deu tempo de ver Eric de relance piscando um olho pra mim e sair pela porta da frente.
Eu ainda estava magoada com tudo aquilo que eu vi, mas o que eu podia fazer? Eu amo esse homem, sou louca por ele!
Sentia seu coração batendo forte e acelerado dentro do peito, ele parecia aflito.
Minhas mãos ainda pendiam inertes ao lado do corpo enquanto ele implorava para perdoá-lo, me apertando cada vez mais. Estava quase ficando sem ar, mas gostando daquele corpão todo me envolvendo.
A medida que ele falava, falava, meu coração se derretia cada vez mais, eu já tinha perdoado ele ontem mesmo, mas ele não precisava saber disso né?
Sentindo seu calor, seu cheiro másculo, e tudo o que vinha junto com aquela montanha de músculos eu não tive outro jeito a não ser me render. Não tinha como continuar indiferente. Imediatamente meus braços ganharam vida abraçando-o também.
- Paxão você me perdoa? – Olhei pra ele assentindo e dando um sorrisinho.
Só percebi sua boca devorando a minha com voracidade ao mesmo tempo que me erguia em seu colo. Minhas pernas abraçaram sua cintura, meus braços grudados em seu pescoço enquanto ele caminhava no rumo ao quarto que eu passei a noite. Como ele sabia?
E assim depois de fazermos amor, ficamos em paz novamente.
...
Agora, passado todo o estresse, estávamos finalmente calmos e relaxados em nosso apartamento, devidamente aninhados em nossa cama, trocando inúmeras carícias e beijos.
- Amor, por favor promete que não fugirá mais de mim quando as coisas ficarem meio... descontroladas?
Assenti encabulada.
- Desculpa amor. – Disse com uma voz tímida. – Eu tenho esse péssimo hábito mesmo, prometo me controlar da próxima vez. Mas você mocinho por favor, procure não me dar mais motivos pra isso!
Sua expressão angustiada bateu fundo no meu coração.
- Paxão... se você soubesse como você me deixou desesperado, por favor meu amor nunca mais faça isso! Eu achei... eu achei que...
Toquei no seu lábio macio impedindo-o de continuar.
- Eu já entendi amor, desculpa mas não aguentei quando vi aquilo tudo, mas vamos fazer uma coisa?
Ele me olhou ansioso.
- Vamos esquecer tudo isso por favor! Aquele maldito e-mail não existiu, o dia de ontem não existiu, nem nossa discussão! Só o que importa é a gente, aqui e agora! Combinado?
O sorriso que ele abriu me deixou de pernas bambas, assim como seu olhar intenso, ainda bem que estava deitada. Me abraçou forte.
- Só o que importa é a gente meu amor, você, eu e o nosso pimpolhinho. E daqui pra frente!
Assim conseguimos passar um sábado maravilhoso.
No domingo antes do almoço, Eric já tinha ligado umas duas vezes só para o Victor, e ambos pareciam bem ansiosos. Perguntei várias vezes o que estava acontecendo mas ele não me disse nada.
Coloquei um vestido confortável e fomos para o dito almoço. Eric me disse que viriam alguns conhecidos dele de Curitiba e que gostaria muito eu os conhecesse.
Tudo bem, mas isso não era motivo pra eles ficarem desse modo. Nem quando ele trouxe sua família para eu conhecer, ele não estava assim.
Já estávamos acomodados no restaurante só esperando. Victor e Eric se entreolhavam, e depois olhavam pra mim. Sentia o ar tenso, até que Eric avistou alguém e se levantou sorrindo.
- Chegaram.
... ..... ...
Olá amores da minha vida, finalmente chegou o dia. kkkkkk
Se gostaram do capítulo comentem, e estrelinhas. Obrigada por me acompanharem em mais um capítulo!
Amo vocês. Obrigadaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.