Capítulo 15

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Olá amores mais um capítulo fresquinho pra vocês! Desculpem pelos eventuais errinhos, ok. Bjus lindas (os).

 ... ..... ...


Liguei imediatamente pra ela.

- Adriana, peguei seu recado, o que aconteceu? - Victor fica ouvindo com atenção, está sério deve ser algo sério, será que é seu pai?

- Sim eu desliguei, mas... calma Adriana, fale devagar! Nós não queríamos ser incomodados, tiramos esses dias... como? Quando?

- Sim iremos... vou já providenciar um voo. - Ele me olhava apreensivo.

- Não se preocupe chegaremos a tempo. Sim ela está bem... iremos o mais rápido possível, mantenha a calma Dri!

- Tudo bem, desculpe. - Bufa soltando o ar impaciente. - Do aeroporto eu te ligo e informo exatamente o horário que chegaremos.

- Calma Adriana eu já pedi desculpa porra!

- Tá bem, beijo. – Ele desliga e fica com o olhar fixo para o celular, parece bem perdido.

- O que aconteceu Victor? - Assustada já fui pegando as malas e separando as roupas.

- O velho... está morrendo, acho que não passa de hoje. Temos que ir Sophia, ela estava tentando me ligar, mas... porra eu não posso tirar um tempo pra nós sem que aconteça alguma coisa. Mais que merda!

- Calma amor, enquanto arrumo as coisas tente encontrar um voo, fique calmo! - Eu o abracei ele me agarrou forte suspirando profundamente.

- Ah meu anjo ainda bem que você está comigo. Vou ver se consigo as passagens pra hoje ainda. Me desculpe tá, não queria que a gente fosse embora assim, mas prometo que voltaremos em breve pra gente continuar, tudo bem paxão? - Olhava-me com um semblante preocupado e cheio de angustia.

- É claro querido não se preocupe com isso, mas será que chegaremos a tempo, a Adriana deve estar aflita coitada.

- Sim ela está, mas meu irmão de São Paulo também já estava indo pra lá, sem falar que ela tem a mãe, e o banana do Valter. Ela não está sozinha, eles vão ajudar a tomar todas as providencias.

Victor conseguiu passagens somente para a noite, então chegaríamos em Campo Grande em mais ou menos doze horas. Quando ele ligou para Adriana do aeroporto, ela não pode atender, estava em prantos, passando o celular para o João. Ele informou que o Sr. Altamiro havia acabado de falecer, estavam providenciando o enterro. Ele estaria nos aguardando no aeroporto.

Victor me abraçou forte e procurou não demonstrar nada, mas eu já o conhecia o suficiente para saber que ele ficou bem abalado.

Durante toda a viagem ele não pregou os olhos, veio pensativo, quieto, abraçava-me sempre que podia segurando forte a minha mão; acho que em busca de um pouco de conforto, o que eu tentava suprir da melhor maneira possível.

Mas ele estava distante respondendo em monossílabos. Victor e seu pai nunca tiveram uma relação amigável, muito pelo contrário, seu coração e sua cabecinha devia estar pegando fogo!

Morreu o homem, o mito, alguém que Victor sempre idealizou e desejou que fosse seu pai; mas que infelizmente ele nunca foi. O Sr. Altamiro magoado e ressentido, por pura ignorância preferiu mantê-lo a distância, indiferente. 

Victor cresceu sem receber um carinho ou um afeto sequer de seu pai, a imagem que ele guarda é de um homem rude, austero e frio. Mesmo assim sempre o respeitou, e no fundo sei que ele o admirava por ter sido uma pessoa tão influente e determinado, mas que nunca soube o real significado da palavra pai. Ao menos para o Victor.

Victor & Sophia Volume IIIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora