No hospital Anahí não conseguia parar de chorar, só a possibilidade se perder outro filho a deixava em desespero, Joice a consolava, Alfonso saiu um minuto atrás do médico que demorava com os exames, não o encontrou e voltou para onde estava a mulher.
Alfonso: Vai ficar tudo bem amor, não chora mais, isso vai fazer mal - estava destruído.
Médico: Anahí, se acalma - sorriu de canto ao ver o estado dela, puxava um carrinho com a máquina de ultrassom.
Alfonso: E aí doutor? - questionou em desespero.
Médico: Vamos ter certeza agora - puxou a blusa de Anahí que sentia o coração apertado, o medo do médico procurar o coração e não achar era grande, tinha medo de não suportar, assim que passou o aparelho pela barriga o som do coração do bebê invadiu o quarto e Anahí chorava ainda mais, agora de alívio, Alfonso a abraçou também chorando.
Joice: Está tudo bem não está? - perguntou preocupada.
Médico: Está sim, virou-se para Anahí - Você precisa se acalmar, eu não posso dar nada para você, ente respirar fundo - ela puxava o ar na tentativa de conseguir.
Alfonso: Mas o sangramento? - questionou ainda preocupado - passava a mão na cabeça dela que estava apoiada no ombro dele.
Médico: Ela teve um pequeno descolamento de placenta, nada que vá causar problemas se manter repouso. Mas se houver esforço oferece risco - explicou e Anahí escutava atenta.
Alfonso: Graças a Deus - beijou Anahí na testa, ela havia conseguido parar de chorar, ainda soluçava um pouco.
Médico: O susto foi maior que o problema e isso deixou o garotão assustado - Alfonso e Anahí se olharam de olhos arregalados.
Joice: É menino? - questionou sorrindo.
Médico: Não sabiam? - questionou sorrindo.
Anahí: Não deu para ver na última ultrassom - contou sorrindo, o rosto vermelho contraditório a alegria. O médico sorriu.
Médico: Ah consegui fazer alguém rir - brincou. - É um garotão, mas ele está muito agitado, por isso precisa ficar calma e fazer repouso absoluto, se a placenta vier a se descolar por completo teremos que fazer o parto - ficou sério demonstrando a importância da recomendação.
Alfonso: Não moramos aqui, moramos no litoral, ela pode viajar? - questionou preocupado.
Médico: Eu a manterei aqui por doze horas, preciso ter certeza que não vai voltar a sangrar, depois disso eu recomendaria esperar ao menos umas vinte e quatro horas, no mínimo para pegar a estrada, lembrando que ela deve estar confortável no carro. Nada de pegar peso, ficar de pé por mais de quinze minutos, nada de caminhadas ou escadas, nada de nervoso por uma semana - recomendou olhando os dois. Alfonso assentiu, derrubaria o céu, mas ela ficaria quietinha e longe de tumultos.
Joice: Então ela tem que ficar o tempo todo sentada? - questionou.
Médico: Eu recomendaria deitada, se possível levantar apenas para ir ao banheiro e tomar banho, quanto mais cedo a placenta voltar a colar por completo melhor será - Alfonso assentiu.
*****
Na casa de Miguel a coisa ainda estava feia, Bruna dava um show de revolta.
Bruna: Você é um monstro - gritava para Luana que estava a ponto de voar na menina.
Fabiana: Cala boca Bruna - gritou e João não gostou nada.
João: Cala a boca você, ela não é sua filha, veja lá como trata minha filha - repreendeu severo.
Bruna: Pai eu quero ver a Annie - disparou a chorar abraçada ao pai.
João: Calma, quando ela estiver em casa, agora terá que ter paciência - beijou os cabelos louros da menina.
Luana: Eu quero prestar queixa, olha o estado do meu rosto - se indignou ao olhar no espelho.
Fabiana: Tem certeza Luana? É comprar briga - avisou.
Luana: Tenho sim, ele me bateu por causa dela - dispensou irritada. Miguel respirou fundo.
Miguel: Vamos esperar um pouco, deixa a poeira baixar, antes de fazer algo que possamos nos arrepender depois.
Alfonso deixou Anahí no quarto com Joice e ligou para Ucker, explicou tudo que havia acontecido, na sequência ligou para Henrico, que não demorou nada para estar no hospital com Thissi.
Thissi: Filha que susto - abraçou a filha a beijando seguidas vezes.
Henrico: Essa mulher foi longe demais - disparou nervoso.
Alfonso: Ela teve o dela - respondeu olhando Anahí, não queria deixá-la nervosa outra vez - Eu acabei perdendo a cabeça, soquei ela - sussurrou e Henrico ficou apreensivo, isso daria problemas.
Henrico: Ok... vamos prestar queixa, será um meio de alegar defesa, depois irei falar com meu advogado, se ela prestar queixa... - Alfonso estava pouco ligando, faria tudo outra vez. - E as meninas? - questionou pensando nas netas.
Alfonso: Liguei para Ucker, ele e Dulce estão indo para lá, quero minhas filhas longe daquele lugar, meu cunhado esta trabalhando e minha irmã está sozinha com as crianças e minha mãe, preciso de um homem por lá - estava preocupado que Luana pudesse tentar algo contra as meninas, sabia que Dulce jamais deixaria, Raquel também não, mas sozinha não daria conta, Ucker reagiria a qualquer perigo contra Dulce e as meninas, ele confiava nos amigos.
Henrico: Então vamos aproveitar que Thissi está aqui e vamos a delegacia - Alfonso e Henrico se aproximaram para dizer que iriam sair por alguns minutos, Anahí agarrou a camisa do marido, implorava que ele não fosse, tinha medo que algo de ruim pudesse acontecer.
Alfonso: Amor, eu já volto - tentava explicar sem deixá-la alterada.
Anahí: Não... você não pode fazer besteira - pedia a beira do choro.
Henrico: Ele não vai filha, eu irei com ele, Alfonso perdeu a cabeça e agora precisa se precaver, iremos a delegacia apenas prestar queixa e voltamos - explicou e Anahí entendeu soltando o marido.
Anahí: Jura? - perguntou preocupada.
Alfonso: Juro. Preciso ver como estão as meninas também, mas pedi para Dulce ir busca-las. - Anahí assentiu, estava preocupada com as filhas, as duas estavam chorando muito quando saíram. Ele a beijou carinhoso.
*****
Quando Dulce chegou Clara correu para a madrinha chorando, Alana não largava Raquel nem por decreto.
Dulce: Se não estivesse grávida acabava com essa vadia hoje mesmo - disparou sentada ninando Clara agora mais calma.
Ruth: Soube alguma coisa de Anahí? Alfonso não ligou até agora - estava muito preocupada.
Ucker: Alfonso disse que ela ficará no hospital até a noite, terá que ficar em repouso a semana inteira. Mas está bem, só não pode passar nervoso de forma alguma - explicou.
Ruth: Graças a Deus - realmente agradecia.
Raquel: Estava com vontade de ir lá e bater nela - disparou irritada.
Alana: Tia eu quero minha mãe - ainda tinha o rostinho inchado de tanto chorar.
Raquel: Sua mãe está dodói amor, mas logo ela vai estar em casa - tentava consolar.
Ucker: Vem cá bebê - chamou a pegando no colo - Alana deitou a cabeça no ombro dele e ficou quietinha. - Vamos sair daqui, será melhor para as meninas - sugeriu e Dulce concordou, os dois pegaram as duas e foram para a casa de Maitê que ficou sabendo do ocorrido pelos amigos.
Quase uma duas horas mais tarde Alfonso chegou na companhia de Henrico, iriam pegar as malas.
Ruth: Graças a Deus - disparou ao ver o filho. - Como ela está? - questionou andando atrás do filho.
Alfonso: Escuta, se aquela mulher pisar na calçada dessa casa, seja lá pelo motivo que for e você a perdoar eu nunca mais olha na sua cara - disparou nervoso e Ruth tremeu, não que quisesse, mas agora era certeza que se falasse com Luana perderia o filho para sempre.
Ruth: Eu não farei isso - disparou resolvida. - Mas como ela está? - questionou mais uma vez.
Henrico: Está bem dentro do possível, terá que ficar em repouso no hospital por doze horas e mais uma semana deitada para não perder o bebê - Ruth arregalou os olhos.
Raquel: Então foi sério - afirmou assustada.
Alfonso: Ela teve início de descolamento de placenta, se - socou o movel - Eu tanta vontade de matar aquela desgraçada - mostrava toda sua irritação.
Ruth: Joice? - questionou sentido falta da filha.
Henrico: Ficou com Thissi, depois a traremos - contou. Por fora parecia calmo, mas estava pior que Alfonso.
Quando as coisas do casal e das crianças estavam no carro, Alfonso voltou para casa a fim de se despedir da mãe, ficaria na casa de Thissi, seria o melhor, havia mais conforto e espaço, além de segurança para Anahí e as meninas. Miguel viu o amigo da sacada de sua sala.
Miguel: Eu já volto - disse aos demais quando saia, Fabiana estranhou e foi até a porta, viu Henrico conversando com Raquel e logo depois Alfonso deixando a casa com Ruth.
Fabiana: Fica aqui Luana eu vou falar com Alfonso, ele tem que saber como você está e que vai prestar queixa - soltou resolvida indo atrás de Miguel. No fundo estava querendo mostrar a Alfonso que não estava nem um pouco contente nem com Luana, nem com ele.
Miguel: Poncho - chamou e Alfonso olhou com cara de poucos amigos, estava de saco cheio de todos e nenhuma paciência - Como está sua esposa, fiquei sabendo do ocorrido e lamento muito - disse sincero.
Fabiana: Mas nem por isso você deveria ter feito o que fez - Henrico franziu a testa, que absurdo era aquele?
Miguel: Que merda veio fazer aqui? - questionou nervoso.
Alfonso: Olha aqui sua inútil - Fabiana arregalou os olhos, Alfonso sempre a tratou bem - Eu não estou com paciência para sua opinião, minha esposa quase perde meu filho por causa daquela vadia, eu quero todos no inferno e que levem a opinião se vocês junto - disparou gesticulando pelo nervosismo.
Fabiana: Poncho eu não tenho culpa - deu um passo para trás com medo - Eu lamento o que ela fez, mas...
Alfonso: Mas porra nenhuma Fabiana, você acha que sou cego? Você é outra que não gosta da minha esposa e faria algo semelhante, eu fui trouxa em acreditar que daria para conviver com vocês, que um dia iriam entender que eu amo aquela mulher e não vou me separar dela porque vocês não gostam, não me arrependo de ter socado aquela vagabunda e se ela aparecer na minha frente é capaz de eu continuar de onde parei - Ruth entrou na frente do filho com medo dele agredir Fabiana também.
Fabiana: Ela vai dar parte de você - disparou sentida, estava quase chorando.
Henrico: Fala para ir mesmo, diga a ela que vá hoje mesmo, farão exame de corpo delito, diga para entrar com representação e pagar um ótimo advogado, ela vai precisar de tudo isso - Miguel e Fabiana estavam estranhando o pai de Anahí aconselhando.
Raquel: Mas se ela fizer isso não vai ser ruim para o meu irmão? - questionou assustada para Henrico.
Henrico: Eu gosto de briga boa, se ela não for vai ser muito fácil para mim, mas uma coisa eu garanto, Alfonso não passa nem perto de uma prisão por isso, a briga agora é comigo - Miguel arregalou os olhos. Fabiana corou, nem fazia ideia do que ele poderia fazer, mas teve medo pela amiga.
Ruth: Não, melhor ela não ir - se desesperou.
Henrico: Não Ruth é bom que vá. Assim ela vai explicar o porque bateu na minha filha, já fizemos a nossa parte, pegamos um laudo no hospital, fomos a delegacia e registramos um boletim de ocorrência, entrarei com advogados amanhã mesmo, ela vai responder por agressão física a incapaz. - Fabiana se assustou mais uma vez.
Fabiana: Mas...
Alfonso: Mas nada Fabiana, vai embora por favor, é por vocês estarem sempre defendendo que eu vou sumir daqui, nunca mais coloco meus pés nesse lugar - disparou agora mais calmo.
Miguel: Poncho sua mãe mora aqui, você tem irmãs, você não pode deixar de ver sua família por causa da Luana - parecia absurdo demais para ele.
Alfonso: Miguel se minha mãe e minha irmã quiserem me ver, estarei na minha casa ou eles me visitam na casa de uma das minhas irmãs quando eu estiver por lá, eu não volto aqui para deixar a minha família a mercê de ser machucados. Hoje foi Anahí, amanhã vai ser a Clara ou a Alana, nem pensar - disparou irredutível.
Ruth: Mas Alfonso você é meu filho, se existe alguém que tem que sumir daqui, esse alguém e Luana. - sugeriu.
Alfonso: O problema não é só essa vaca mãe, tem outras pessoas que seriam capazes - olhou para Fabiana.
Fabiana: Poncho, nós crescemos juntos, acha que eu seria capaz? - questionou magoada.
Alfonso: Acho - respondeu de imediato. Raquel estava até quieta, nunca, nem quando estava na adolescência e aprontava uma atrás da outra, havia visto o irmão daquele jeito. - Você foi capaz de impedir o aniversário da Bruna na casa dela apenas para ter o gosto de colocar Luana e Anahí na mesma casa, João me disse ontem que você fez de tudo para fazer o aniversário dela aqui ou na sua casa - a verdade jogada daquela forma deixou Fabiana sem palavras - Minha mãe foi capaz de colocar as duas debaixo do mesmo teto, ao menos na minha casa eu que mando e digo quem entra e quem não entra. Eu cansei de ser trouxa, cansei de tentar administrar a situação, a partir de hoje é assim, fez cara feia para minha mulher ou para minhas filhas não me terá como amigo ou como família, gostem ou não - Henrico estava satisfeito, tinha certeza que sua filha seria feliz, todos os medos e traumas sumiram naquele momento, com aquelas palavras.
Miguel: Eu te dou razão, sua esposa nunca fez nada para essa antipatia gratuita - disparou falando de Fabiana.
Fabiana: Eu lamento que você me veja como uma inimiga só porque não fiz amizade com a sua esposa, mas ela também não facilita em nada - defendeu-se.
Alfonso: Éramos jovens demais quando houve um atrito entre vocês porque ela estava com ciúmes. Luma teve o mesmo problema com Anahí, hoje as duas são muito amigas, olha que eu quase casei com a Luma, eu nunca tive nada com você Fabiana, seria muito mais fácil se você quisesse. - argumentou defendendo Anahí.
Houve um silêncio, Alfonso abriu o carro colocando as últimas coisas dentro.
Alfonso: Vamos Henrico - chamou e Henrico se despediu de todos. - Mãe estou deixando o endereço com a Mai, se não nos vermos antes de eu ir, pega com ela, você a Joice serão bem recebidas na minha casa, mas não leve surpresas ou irá dormir na rua - avisou abraçando Ruth que se sentia culpada por tudo que estava acontecendo, poderia ter mandado Luana embora e Anahí estaria bem. - Quel se cuida, vou tentar passar lá antes de ir embora. - se desculpou.
Raquel: Vocês vão ficar na Thissi? - questionou e ele assentiu - Eu irei até lá ver Anahí - abraçou o irmão sentida por tudo.
Alfonso: Vai sim. Agora eu preciso ir, Anahí ficou lá chorando, não queria que eu viesse com medo que eu pudesse matar a outra lá, vontade não me falta, mas eu tenho que pensar na minha família, tenho duas pequenas e um a caminho. Ah por falar nisso, é um menino - sorriu pela primeira vez desde que chegou, Raquel e Ruth acompanharam felizes pela notícia e pela felicidade dele.
Miguel: Parabéns Poncho, ele virá como muita saúde. - disparou ignorando todo o nervoso do amigo, não queria ficar mal com o amigo, Fabiana é que se tocasse, ele não acabaria com sua amizade de anos por causa dela.
Alfonso: Obrigado - entrou no carro, Henrico se despediu com um aceno e os dois saíram. Fabiana e Miguel voltaram para casa. Bruna estava pronta para ir embora, havia chorado por Anahí e queria saber como ela estava, como ninguém parava de falar mal resolveu que queria ir embora, João entendendo a filha acatou sua vontade arrumando as coisas para ir.
Fabiana: Você não iria ficar até amanhã? - questionou magoada.
Bruna: Não - respondeu ríspida olhando para Luana. Nataly não saiu do lado da mãe um só minuto, estava muito assustada com tudo.
João: Nós iremos, a avó dela já ligou, ficou sabendo de Anahí por Thissi e não quer a Bruna no meio dessa confusão. - contou para que Fabiana soubesse que uma atitude errada pode causar um grande estrago.
Bruna: Pai eu quero ir ao hospital, liguei para minha mãe ela esta lá - disparou resolvida.
Fabiana: Sua avó não a quer no meio da confusão - repetiu as palavras de João.
Bruna: Minha avó já sabe que eu irei lá - respondeu ríspida - Minha vó não me quer aqui - completou pegando os últimos presentes, João a ajudou e ela desceu as escadas que dava acesso o carro sem se despedir de ninguém.
João: Miguel obrigado por tudo, pela casa, pela festa - abraçou o amigo - Tchau Denise - soltou e passou a mão na cabeça do filho de Miguel - Tchau Fabiana, melhoras Luana - disparou já na porta e saiu sem esperar respostas, o que mais queria era estar bem longe dali.
Luana: Esse ai se bandeou de vez - disparou e respirou fundo.
Denise: Não importa - disparou dando apoio a Luana - Você deveria ter ficado aqui, teríamos evitado tudo isso - disparou examinando o olho da amiga. - Vai a delegacia? - questionou e Miguel olhou para Fabiana que não sabia o que dizer.
Luana: Eu quero sim, irei dar parte dele, não gostou de bater? Vai ficar longe da mulherzinha dele, provavelmente vai conhecer o bebê na cadeia - cuspiu demonstrando ódio.
Miguel: Luana.... - ela olhou para ele, Denise e Fabiana também, com a diferença que Fabiana sabia o que ele iria dizer - Eu sei que situação é difícil, mas acho que está na hora de você se afastar definitivamente do casal, deixa Alfonso fazer a vida dele, o deixa ser feliz com a família dele, a coisa chegou a uma situação que só tende a piorar e o pior disso é a morte de alguém - tentava mostrar a Luana o que ela lutava para não ver.
Fabiana: Se ela morresse... - disparou sem pensar.
Miguel: Fabiana não fala besteira, você escutou tudo que Alfonso disse e parece que não escutou nada - repreendeu - Acorda gente, vocês não estão mais em uma briguinha de colégio, isso aqui já ficou muito sério, Luana foi agredida...
Denise: Finalmente você percebeu - interrompeu irritando Miguel.
Miguel: Eu sempre percebi, mas vejamos o outro lado.... ela causou isso quando quase matou uma criança inocente que ainda nem chegou ao mundo, quase causou uma dor horrível em uma família inteira, vocês não enxergam isso? - Ninguém falou nada, Denise conhecia essa dor, havia perdido um filho pouco antes de conhecer Miguel. - Luana essa sua implicância acabou causando o afastamento de Alfonso daqui, ele foi embora daqui hoje dizendo não voltar nem para ver a mãe dele - ela deixou transparecer a surpresa.
Fabiana: Me tratou mal - soltou triste. Miguel respirou fundo.
Luana: Se todo esse discurso foi para me convencer a não denunciar a agressão dele, não adiantou nada - disparou resolvida e Miguel a olhou bem.
Miguel: Vá... na verdade você até precisa ir, Henrico deu parte por Anahí - Denise e Luana olharam para Fabiana e perceberam que era verdade - Já esta vendo advogados e tudo, Luana é como eu disse, a briga passou de besteira para uma coisa bem séria. - concluiu deixando a sala e deixando Luana sem palavras.
Luana: Ele disse isso? Alfonso deixou ele fazer isso? - questionou aflita, pela primeira vez estava com medo.
Fabiana: Pelo que escutei de Alfonso, eu não duvido que a ideia tenha sido dele, mas Luana o pai dela tem dinheiro, ele vai ferrar com a sua vida. Ele afirmou para quem quisesse escutar que Alfonso não vai chegar nem perto de uma prisão pelo que fez a você, disse que a briga agora era com ele - contou temerosa.