Capítulo 37

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No hospital Anahí não conseguia parar de chorar, só a possibilidade se perder outro filho a deixava em desespero, Joice a consolava, Alfonso saiu um minuto atrás do médico que demorava com os exames, não o encontrou e voltou para onde estava a mulher.

Alfonso: Vai ficar tudo bem amor, não chora mais, isso vai fazer mal - estava destruído.

Médico: Anahí, se acalma - sorriu de canto ao ver o estado dela, puxava um carrinho com a máquina de ultrassom.

Alfonso: E aí doutor? - questionou em desespero.

Médico: Vamos ter certeza agora - puxou a blusa de Anahí que sentia o coração apertado, o medo do médico procurar o coração e não achar era grande, tinha medo de não suportar, assim que passou o aparelho pela barriga o som do coração do bebê invadiu o quarto e Anahí chorava ainda mais, agora de alívio, Alfonso a abraçou também chorando.

Joice: Está tudo bem não está? - perguntou preocupada.

Médico: Está sim, virou-se para Anahí - Você precisa se acalmar, eu não posso dar nada para você, ente respirar fundo - ela puxava o ar na tentativa de conseguir.

Alfonso: Mas o sangramento? - questionou ainda preocupado - passava a mão na cabeça dela que estava apoiada no ombro dele.

Médico: Ela teve um pequeno descolamento de placenta, nada que vá causar problemas se manter repouso. Mas se houver esforço oferece risco - explicou e Anahí escutava atenta.

Alfonso: Graças a Deus - beijou Anahí na testa, ela havia conseguido parar de chorar, ainda soluçava um pouco.

Médico: O susto foi maior que o problema e isso deixou o garotão assustado - Alfonso e Anahí se olharam de olhos arregalados.

Joice: É menino? - questionou sorrindo.

Médico: Não sabiam? - questionou sorrindo.

Anahí: Não deu para ver na última ultrassom - contou sorrindo, o rosto vermelho contraditório a alegria. O médico sorriu.

Médico: Ah consegui fazer alguém rir - brincou. - É um garotão, mas ele está muito agitado, por isso precisa ficar calma e fazer repouso absoluto, se a placenta vier a se descolar por completo teremos que fazer o parto - ficou sério demonstrando a importância da recomendação.

Alfonso: Não moramos aqui, moramos no litoral, ela pode viajar? - questionou preocupado.

Médico: Eu a manterei aqui por doze horas, preciso ter certeza que não vai voltar a sangrar, depois disso eu recomendaria esperar ao menos umas vinte e quatro horas, no mínimo para pegar a estrada, lembrando que ela deve estar confortável no carro. Nada de pegar peso, ficar de pé por mais de quinze minutos, nada de caminhadas ou escadas, nada de nervoso por uma semana - recomendou olhando os dois. Alfonso assentiu, derrubaria o céu, mas ela ficaria quietinha e longe de tumultos.

Joice: Então ela tem que ficar o tempo todo sentada? - questionou.

Médico: Eu recomendaria deitada, se possível levantar apenas para ir ao banheiro e tomar banho, quanto mais cedo a placenta voltar a colar por completo melhor será - Alfonso assentiu.

*****

Na casa de Miguel a coisa ainda estava feia, Bruna dava um show de revolta.

Bruna: Você é um monstro - gritava para Luana que estava a ponto de voar na menina.

Fabiana: Cala boca Bruna - gritou e João não gostou nada.

João: Cala a boca você, ela não é sua filha, veja lá como trata minha filha - repreendeu severo.

Queria Muito Te Odiar - Livro 02Onde as histórias ganham vida. Descobre agora