Thissi: Filha fica calma, agora eu quero vocês juntos, eu vou fazer por birra, essa velha – soltou irritada.
Anahí: Mãe fica calma, eu estou bem – disse de olhos fechados, abraçada a Alfonso, ele tinha ela em seus braços, sentada em seu colo e daquele jeito ela se sentia segura.
Alfonso: Vamos dormir amor? – chamou a beijando a testa e Anahí assentiu saindo do colo dele.
Anahí: Eu quero ir embora amanhã cedo – soltou olhando para ele, era como uma suplica para que ele fosse junto, não queria deixar Alfonso perto de Luana.
Alfonso: Nós vamos meu amor, assim que acabarmos o café iremos embora, mas fica calma – pediu preocupado.
Henrico: Filha – Anahí virou para os pais – Não liga para o que ela disse, você sabe o que é verdade e Alfonso acredita em você, não interessa como. As pessoas que estão aqui também acreditam em você, então uma pessoa que não acredita não é nada – Anahí abraçou o pai voltando a chorar, ele sabia que o que mais incomodava era essa desconfiança – Eu amo você meu amor – a beijou a testa – Vai dormir com seu marido. Alfonso você vai ficar com ela não vai? – perguntou preocupado, não queria deixar a filha sozinha.
Alfonso: Com certeza – afirmou a recebendo em seus braços.
Maitê: Annie não se preocupa com minha mãe, ela vai pedir perdão, pode demorar mais ela vai – afirmou visivelmente irritada, Cristian estava com ela, tentava acalma-la.
Anahí e Alfonso seguiram para o quarto, ele tentou não tocar mais no assunto, se livrou das roupas ficando apenas de cueca, Clara e Alana ainda dormiam inocentes de tudo que aconteceu, Alfonso se espremeu em um pequeno espaço da cama de casal e a chamou, Anahí riu, o rosto contradizendo o sorriso.
Anahí: Não vai caber nos dois nesse espaço – achou graça.
Alfonso: Logico que cabe – sorriu feliz por ver que ela estava mais calma.
Anahí: Eu vou cair no meio da noite.
Alfonso: Vai nada eu vou abraçar você – soltou ainda achando graça e a puxou pela mão, Anahí que já estava trocada para dormir se deitou ficando na borda da cama, Alfonso passou o braço por debaixo do pescoço dela, o outro pela cintura a impedindo de cair, não tinha como se mexer as meninas tomaram conta da cama. Anahí se aconchegou, aquilo só poderia ser um sonho, não demorou para pegar no sono, o cheiro dele a acalmou, já Alfonso demorou, mil coisas passava por sua cabeça, uma delas era como deixar Ruth longe de Anahí e das filhas.
Na manhã seguinte Mercedes e Raquel com ajuda dos familiares de Pedro preparavam o café quando Luana apareceu com a filha, a menina pronta para ir para a piscina demonstrando que não iria embora tão cedo o que fez o sangue de Raquel ferver.
Luana: Bom dia – soltou com um sorriso nos lábios, sabia que Raquel estava incomodada, mas quem disse que se importava? – Todos responderam meio sem graça, Raquel permaneceu calada dando as costas para ela.
Guilherme: Você já vai para a piscina? – perguntou percebendo Nataly pronta.
Luiza: Ainda é cedo – completou.
Nataly: Eu vou tomar café primeiro, depois eu vou, vamos comigo Luiza? – chamou e Luiza olhou de Mercedes para Raquel, Mercedes não queria envolver as crianças na confusão, assentiu para a neta, mas a cara fechada de Raquel deixou Luiza em duvida.
Luiza: Depois – respondeu sem graça.
Thissi teve pesadelos a noite toda e Henrico mal dormiu, assim que amanheceu os dois se vestiram para ir embora, arrumaram as coisas deixando tudo pronto, deixaram o quarto e deram de cara com Ruth também deixando o quarto, Ruth encarou Thissi.
Ruth: Thissi eu não sou o monstro dessa história – enfrentou.
Thissi: Não fala comigo pelo amor de Deus, quando ver meu carro corre para a calçada, não quero ser responsável pela sua morte – disparou e saiu deixando a outra perdida.
Henrico: Lamento, mas agora você conquistou inimigos – disparou indo atrás da esposa.
Quando Thissi passou pela porta da sala de jantar e viu Luana e Nataly virou a cara ignorando as duas e foi cumprimentar os demais, Raquel não pode deixar de notar que os dois estavam prontos para ir embora.
Raquel: Vocês não precisam ir embora – falou sentida.
Pedro: Podem ficar até ao menos depois do almoço, deixar as meninas aproveitarem um pouco mais – argumentou.
Henrico: Eu agradeço, mas estamos indo por que Anahí que ir embora, acho que será melhor para ela – Raquel e Pedro se olharam tristes, tinham planejado aquele final de semana com tanto carinho e estavam felizes por ter Anahí com eles para acabar daquele jeito.
Thissi: Mercedes eu não tive culpa, tão pouco minha filha, mas eu queria me desculpar por ter estragado sua comemoração – Luana se remexeu na cadeira – Seu filho e sua nora estão de parabéns pelo que fizeram aqui, foi muito divertido e estava tudo maravilhoso – completou dando um abraço em Mercedes que sorriu retribuindo o abraço.
Mercedes: Acha que eu não sei? Estou orgulhosa desses dois – soltou olhando o filho e Raquel que sorriram – Não se preocupe, eu entendo você e lamento muito por tudo que Anahí passou, não sabíamos de tudo aquilo, mas ela vai superar, eles serão felizes com fé de Deus e terão muitos outros filhos ainda – disparou sincera consolando pelo bebê perdido.
Henrico: Um moleque. Não aguento mais tantas mulheres – brincou e todos riram. Luana permaneceu quieta, Ruth se sentou ao lado dela como que se deve força, Nataly olhava ao redor e sentia o clima pesado.
Assim que a mesa finalmente estava pronta todos começaram a se servir, Maitê e Cristian, Dulce e Ucker entraram juntos no ambiente, todos de cara fechada completando o clima tenso, os cumprimentos não passaram do bom dia.
*****
Luma acordou e viu Felipe abraçado a Lais sorriu, era um sonho realizado ver os filhos com o pai daquela maneira, a muito tempo não vinha sofrendo pela morte de Gabriel, era como se Lais e Davi compensasse a dor sentida por tanto tempo, agradecia a Deus todas as manhas pela família que tinha, olhou para o lado e viu os olhos de Davi em cima dela, um sorriso surgiu em seus lábios e foi retribuído pelo menino. Luma virou-se e se inclinou beijando o rosto do marido, Felipe sorriu passando o braço por cima do pescoço dela e a puxou obrigando ela a deitar por cima dele, Davi soltou um gritinho rindo que acabou acordando Lais também.
Felipe: Bom dia minha vida – disparou sorrindo para Luma que selou a boca dele.
Luma: Bom dia meu marido – soltou rindo. Lais coçou os olhinhos ainda fechados e se aconchegando ao pai – Hora de acordar princesa. – Felipe abraçou a filha a enchendo de beijos e não demorou para se escutar a risadinha da menina, era o som mais lindo que o casal escutava pelas manhas, Davi logo se levantou indo para o colo da mãe.
Felipe: Esta mais calma? – perguntou olhando para Luma, ela se deitou agitada por falar de Gabriel no meio da briga, além de lembrar do acidente, ele sabia que tudo isso a deixava nervosa.
Luma: Estou...mas o que eu disse ontem esta de pé, eu não vou deixar ninguém pisar na minha amiga, Anahí pode ter se afastado esses dois anos, mas ela nunca deixou de ser minha amiga – soltou resolvida e Felipe sabia o que Anahí significava para Luma – Eu demorei muito para ter ela como minha amiga, não vou deixar essa amizade morrer e tão pouco engolir uma filha..... – respirou fundo olhando os filhos, os olhos atentos de Lais a fez rir – Enfim ela que fique na dela – completou e Felipe riu.
Felipe: Eu sei...eu também estou do lado deles, não tenho muita amizade por eles, não como você, mas entendo você – pegou a mão dela – O que ela fez por você no passado, mesmo morrendo de ciúmes de você como era – Luma riu ao lembrar – Ela merece essa sua devoção, talvez se vocês tivessem se conhecido antes, Gabriel estivesse com a gente hoje – completou triste e Luma assentiu, era exatamente isso que ela pensava.
Luma: Anahí teria invadido a casa da minha avó com certeza – sorriu imaginando a cena.
Felipe: Não tenho duvidas que eu também teria apanhado – completou e os dois riram.
Luma: Eu estava pensando, acho melhor a gente também ir embora – Felipe assentiu, também tinha pensado nisso, se Luana provocasse seria difícil segurar Luma e não queria a ver nervosa como na noite anterior.
*****
Alana acordou, estava de costas para Alfonso e só viu Clara dormindo na sua frente, o quarto já estava claro, se virou e viu as costas do pai, estranhou e se sentou na cama, o sorriso surgiu no rosto assim que viu a mãe abraçada ao pai, nem conseguia ver o rosto dela, estava enfiado entre o pescoço e ombro de Alfonso, mas a reconheceria em qualquer lugar, se virou sacudindo a irmã que acordou preguiçosa.
Clara: Para – pediu ainda de olhos fechados.
Alana: Olha – pediu apontando para os pais, Clara abriu os olhos e só conseguia ver a irmã sentada e o pai de costas, se sentou estranhando e viu os cabelos da mãe, ergueu a cabeça e pode vê-la abraçada a Alfonso, o sorriso surgiu em seu rosto assim como dá irmã, as duas haviam dormido tristes com a mãe chorando e acordar daquele jeito era um sonho. Clara engatinhou até eles sorrindo, Alana ficou de pé na cama e se deitou sobre os dois acordando Alfonso e Anahí que olharam confusos para as meninas que riam feito bobas.
Alfonso: O que? – perguntou com dificuldades de segurar Anahí e tentar segurar Alana, tinha medo da menina rolar e cair da cama.
Anahí: Aí eu vou cair – soltou se agarrando em Alfonso que riu e as meninas gargalhavam.
Alfonso: Ei suas pestinhas – brincou puxando Anahí para si, Clara começou a pular na cama e a bagunça foi geral, Anahí riu, Alfonso com dificuldades conseguiu se sentar e sentar Anahí que sonolenta se encostou nele querendo voltar a dormir. Alana pulou no colo dela a fazendo despertar de vez a enchendo de beijos, Alfonso puxou Clara pela perna que caiu deitada na cama se acabando de rir com a brincadeira – Pestinhas – acusou rindo.
Alana: Mamãe você não esta mais triste? – perguntou rindo.
Anahí: Não meu amor – a beijou – Mamãe esta é com sono – soltou encostando a cabeça no peito de Alfonso que a abraçou quase esmagando.
Alfonso: As duas já para o banho, vamos – ordenou batendo no bumbum das duas que deixaram a cama rindo.
Anahí: Hoje será um dia longo.... elas estão com bateria carregada – soltou de olhos fechados acariciando o peito do marido.
Alfonso: E a senhorita tirando proveito da situação – brincou e ela abriu os olhos, ele ria olhando as mãos dela.
Anahí: Isso é meu, tudo meu – brincou rindo, continuando o que fazia e Alfonso selou seus lábios.
Alfonso: Eu ou você? Elas irão fazer uma bagunça – avisou e ela gemeu preguiçosa – Ok, dorme mais um pouquinho eu vou ver elas. – Soltou querendo levantar.
Anahí: Nãooo, eu quero você aqui, deixa elas acabarem com o banheiro – soltou beijando o peito dele.
Alfonso: Annie não brinca assim, você sabe que mexe aí e esquenta outro lugar – soltou sínico e ela o olhou rindo, batendo nele. Alfonso a puxou a beijando, as línguas se acariciando, as mãos passeando pelo corpo dela, Anahí gemeu baixinho quando escutou a voz de Clara a chamando.
Anahí: Eu tenho que ir mesmo? – perguntou a si mesma e ele gargalhou – Ok, lá vou eu – gritou para as meninas e só escutava o risinho das duas.
Alfonso: Eu vou ajudar você e dar banho nas três – soltou malicioso e ela riu – Claro que a mais velha vai ficar por ultimo – soltou a puxando para fora da cama a fara no banheiro foi geral, Anahí não soube como, mas estava toda molhada, as meninas ajudavam o pai a jogar agua para todos os lados e as risadas alcançaram o corredor, Luma e a família conseguiram escutar as risadas e sorriu com isso.
Luma: Bom dia – soltou rindo ao chegar na sala e ver todos comendo.
Maitê: Bom dia – soltou rindo para Lais que foi beija-la – Vai tomar café com a dinda? – perguntou colocando a menina em seu colo, Lais assentiu toda fofinha.
Cristian: Por que minha princesa esta toda arrumadinha assim? – perguntou estranhando ao ver todos arrumados.
Felipe: Vamos tomar café e ir embora – anunciou e Ruth levantou a cabeça, assim como Thissi e Henrico.
Raquel: Ah não vocês também? – resmungou irritada – Ah gente não faz isso não – Pedro olhou para ela triste.
Guilherme: Mãe então eu também quero ir embora – soltou cruzando os braços.
Raquel: Se continuar assim eu também quero – soltou irritada. Luma olhou para Felipe mordendo o lábio.
Dulce: Gente eu acho que ninguém deveria ir embora, eu vou falar com Anahí – se levantou e Luma a parou.
Luma: Nem pense nisso – soltou rindo – Eles estão na maior festa naquele quarto, deixa eles curtirem – pediu e Luana se incomodou, Ruth fechou a cara.
Ucker: Como sabe? – perguntou rindo.
Felipe: Os risos estão chegando no corredor, não sei se é guerra de travesseiro ou o que é, mas a festa esta boa – soltou rindo – Deixa eles curtirem as filhas e as meninas curtirem os pais juntos – soltou colocando chocolate e leite na mamadeira do filho que esperava ansioso no colo da mãe.
Dulce: Ok – voltou rindo para junto do marido.
Luma: Se Anahí ficar eu também fico – soltou sentando para dar mamadeira ao filho.
Thissi: Não sei se ela vai querer ficar – soltou preocupada.
Joice: Talvez hoje ela mude de ideia – soltou torcendo para isso – Quem deveria ir não vai – soltou baixinho e Ruth a olhou feio.
O café estava quase no fim quando Clara invadiu o ambiente correndo, rindo e Alana atrás. Alfonso pedia as duas que parassem de correr, alertando para não cair, mas Clara só parou quando se jogou nos braços de Dulce que a pegou mordendo a barriga o que fez Clara explodir em uma nova gargalhada causando risos em Thissi e Henrico.
Alfonso: Bom dia – soltou pegando Alana no colo e se acomodando a mesa, logo Anahí apareceu sorridente. Raquel não deixou de reparar que todos estavam arrumados ou seja prontos para ir embora.
Anahí: Bom dia – soltou beijando a mãe e o pai que sorriram ao ver a filha bem. Alguns sorriram ao ver o rosto bem corado dela. – Clara deixa a Dulce tomar o café dela, vem sentar aqui com a mamãe. – chamou e Dulce negou com a cabeça abraçando a menina que riu abraçando a madrinha de volta – Esta bem – soltou rindo.
Anahí e Alfonso ignoraram a presença de Luana, Ruth olhava o filho que a olhou nos olhos em determinado momento, mas logo desviou o olhar dando atenção a Alana que ele ajudava a comer.
Assim que o café acabou Alfonso se levantou se despedindo de Ucker e Dulce, foi até os familiares de Pedro e Mercedes se desculpando pelos acontecimentos, Raquel estava sentida e quando o irmão se aproximou começou a chorar o que deixou Alfonso sem saber o que fazer.
Alfonso: Não chora, só estamos indo mais cedo, eu irei ver você no próximo final de semana tudo bem? – Ela assentiu abraçada ao irmão, secou as lágrimas. Guilherme se abraçou as pernas da mãe, não gostava de vê-la chorando – Está tudo bem – afirmou a beijando na testa.
Raquel: Eu lamento pelo que a mãe fez – se desculpou por Ruth e Alfonso a puxou para um novo abraço.
Alfonso: Nada muda entre a gente maninha, meu problema é com a nossa mãe não com você – a beijou a testa mais uma vez – Eu te amo – apertou a irmã.
Raquel: Eu também te amo e estou do seu lado e da Annie – confessou ao se afastar do irmão – Te espero lá em casa no próximo final de semana – intimou e Alfonso sorriu secando as lagrimas da irmã com os polegares.
As despedidas foram rápidas para Anahí, Luma anunciou que também estava de saída e virou um grande tumulto de abraços e despedidas. Alfonso se aproximou de Maitê e Joice abraçando as duas ao mesmo tempo, Alana estava no colo de Joice achou graça.
Joice: Por que vocês tem que ir? – perguntou de cara fechada.
Alfonso: Não dá para ficar, o clima está muito pesado. Anahí está com o psicológico muito abalado ela precisa de paz – explicou calmo.
Maitê: A Mãe não ajuda né? – perguntou visivelmente irritada
Joice: O pior vai ser aguentar ela e a Luana o resto do dia e o caminho de volta – soltou frustrada.
Maitê: Nem me lembra, dá vontade de mandar Luana a levar – Alfonso riu.
Alfonso: Ela vai se dar conta, ao menos é isso que eu espero, se cuidem vocês duas – beijou a testas das irmãs.
Anahí, Thissi e Henrico se despediam de todos e pularam Ruth e Luana, as duas não se importavam, mas quando Alfonso fez o mesmo, Ruth sentiu.
Ruth: Alfonso – chamou e ele a olhou sério – Não vai se despedir da sua mãe? – perguntou irritada. Alfonso respirou fundo.
Alfonso: Até mais mãe – soltou a distancia com Alana no colo – Dá tchau para sua avó bebê – pediu e a menina acenou com mãozinha e logo depois beijou a mão jogando para a avó que retribuiu, para Luana Alfonso nem se quer olhou. Clara passou por Ruth de mãos dadas com Anahí, ignorou a avó, estava com raiva dela assim como a mãe.
Ruth: Clara não vai falar com a vovó? – perguntou e ela balançou a cabeça negando – Anahí não precisa influenciar minha neta contra mim – acusou e Anahí fingiu não escutar.
Henrico: Eu acho que já chega não Ruth? – defendeu – Eu tenho dó de você – completou deixando a casa atrás da filha. Luma e Felipe ajeitaram os filhos nas cadeirinhas, Anahí olhou para os pais, queria ir com Alfonso e não queria magoar os pais. – Vai com ele – dispensou entendendo a filha, Anahí foi até ele o beijando com um sorriso nos lábios.
Thissi e Henrico foram os primeiros a deixar o lugar, o carro de Felipe saiu logo depois, Anahí acabou de acomodar as filhas e saíram. O clima estava tenso, Maitê e as irmãs se uniram contra Luana de uma forma que a moça mal tinha com quem conversar e Ruth foi obrigada a se isolar com ela.
O caminho de volta foi tranquilo, as meninas acabaram dormindo o que permitiu Alfonso conversar com Anahí sem a preocupação das filhas escutarem.
Alfonso: Annie eu sei que está tudo muito confuso, que acabamos de voltar e pode parecer precipitado, mas eu quero você comigo – soltou resolvido e Anahí não pode ficar alheia, o coração disparado demonstrava a emoção que sentia – O problema é que você não gosta do apartamento, eu não quero obrigar você a ficar onde não gosta então precisamos resolver isso logo – completou.
Anahí: Por que não fica alguns dias na casa dos meus pais? – sugeriu.
Alfonso: Annie eu quero nosso canto, como antes – revelou.
Anahí: Então precisamos ir atrás de algum lugar logo – concordou pensativa, a verdade é que tudo isso ainda assustava, tinha um medo que fosse apenas um sonho. – Alfonso eu queria saber uma coisa – começou cheia de receio.
Alfonso: O que? – perguntou dando atenção a estrada.
Anahí: Eu não consegui ficar com ninguém nesse tempo, como você conseguiu? – perguntou magoada.
Alfonso: Annie....quando eu sai daquele bar deixando você com seu pai, eu estava destruído, voltei para casa desnorteado, nem sei dizer como consegui chegar, eu chorei a noite inteira, liguei para sua mãe assim que amanheceu pedindo para ela pegar as meninas, você foi até lá naquele estado que hoje eu reconheço que era desespero puro, mas naquele momento eu não conseguia nem olhar para você, meu coração estava de um jeito que se eu morresse não sentiria – ela abaixou a cabeça relembrando – Quando eu sai do nosso apartamento naquela manhã eu andei por quilômetros, eu só queria paz para chorar minha dor, passei por vários bares e bebi tudo que tinha direito. Acordei no hospital no dia seguinte com cinco pontos na testa, uma mãe desesperada ao meu lado e a dor continuava lá – as lagrimas desceram pelo rosto dele.