Ruth: Clara seu pai namora a Luana, eles estão brigados agora, mas a gente não sabe se eles voltam – tentou.
Clara: Ele namora a minha mamãe agora – soltou com raiva.
Ruth: Clara, tudo bem o seu pai está com a sua mãe agora, mas a gente não sabe se vai continuar – tentou não dar esperanças.
Clara: Você não gosta da minha mamãe – acusou.
Ruth: Isso não é verdade, eu gosto sim da sua mãe, mas isso não quer dizer que ela seja a mulher para seu pai – tentou mais uma vez e Clara começou a chorar, Luana que havia visto Ruth se afastar com Clara foi atrás e agora entrava na sala vendo a cena.
Luana: Porque você não gosta de mim? – Perguntou doce se abaixando na frente da menina. E Clara se afastou.
Ruth: Clara não seja mal educada. – repreendeu – Seu pai não vai ficar fazendo suas vontades, se ele quiser casar com a Luana ele casa e acabou, você e sua irmã terão que aceitar – completou.
Luana: Nós seremos uma família Clara – sentou ao lado da menina que continuava a chorar – Olha você vai ganhar mais uma irmã, a Nataly vai ser sua irmã mais velha, olha que legal – sorria.
Clara: Você não vai casar com meu papai – gritou.
Ruth: Clara tenha modos – voltou a repreender e a menina disparou a chorar, queria sair, mas Luana a impediu.
Luana: Se acalma querida, não precisa ficar assim – acariciou o cabelo de Clara.
Clara: Eu não quero ficar ...aqui – chorava ainda mais.
Ruth: Vem aqui com a vovó – Clara foi para fugir de Luana, Ruth a pegou colocando sentada em seu colo – Clara, você não pode ser assim. Se o seu pai não quiser ok, mas se ele quiser você tem que aceitar – consolava.
Clara: Ele não que – soltou entre os soluços. Anahí olhou ao redor e viu Alana longe, procurou por Clara e não achou, a menina sempre estava com Guilherme ou com a irmã.
Anahí: Joice você viu a Clara? – perguntou quando Joice passava por ela.
Joice: A última vez que vi, ela estava com sua mãe – apontou Thissi conversando com Henrico. Anahí foi até ela.
Anahí: Mãe, você viu a Clara? – perguntou já preocupada.
Thissi: Esta com Ruth, ela queria conversar com a Clara, estão na casa – Anahí sentiu que tinha alguma coisa errada, seu peito se apertou e quando isso acontecia era certo que a filha estava angustiada, seguiu quase correndo em direção a casa e não gostou nada do que viu.
Anahí: Clara? – chamou e a menina disparou a chorar com os braços estendidos, Luana estava a sua frente, a impedindo de sair do colo da avó – O que esta acontecendo aqui? O que vocês estão fazendo com a minha filha? – perguntou avançando, tirando a filha dos braços de Ruth – Passou amor, mamãe esta aqui – Clara abraçou tão forte Anahí que ela pode sentir o alivio da menina.
Ruth: Estávamos apenas conversando com ela, Clara esta zangada comigo, ela acha que manda na vida do pai dela, essa menina precisa entender que Alfonso é que tem que tomar as decisões sobre a vida dele – soltou demonstrando sua contrariedade.
Anahí: Eu não estou entendendo aonde a senhora esta querendo chegar com essa conversa – disparou irritada, sentia a filha tremer em seus braços e o lado mãe estava explodindo.
Luana: Anahí, você pode estar por cima agora, Alfonso vai cair na real – Anahí franziu a testa tentando entender – Eu estarei aqui esperando, você se aproveitou que suas filhas não gostam de mim e acabou abalando meu relacionamento, mas assim que ele cair na real as coisas mudam, afinal não foi eu quem colocou um par de chifres nele – sorriu forçado e estava saindo quando Anahí a segurou pelo braço.
Anahí: Olha aqui, eu nem conheço você, mas você pode falar o que quiser sobre mim, sobre Alfonso, afinal ele merece por colocar qualquer vagabunda na cama dele, mas nunca mais se aproxime das minhas filhas – soltou quase gritando – E você também – apontou para Ruth e virou as costas.
Ruth: Anahí, elas são minhas netas, você não pode impedir que eu me aproxime delas – repreendeu preocupada.
Anahí: Antes de você ser avó delas, eu sou a mãe. Ruth eu não quero você perto delas, você esta fazendo mal a Clara e isso não vai se repetir ou eu não me chamo Anahí – saiu feito uma flecha com a filha nos braços, Thissi de longe viu Anahí andando em direção de Alana, pegou a menina pela mão e voltou para a casa, passou pela sala onde estavam Ruth e Luana e seguiu para o quarto onde entrou e passou a chave, colocou as filhas sentadas na cama e foi para o banheiro, fechou a porta e chorou, o inferno estava de volta, se controlou, lavou o rosto e saiu, encontrando os olhos das filhas em cima dela – Vai ficar tudo bem – soltou olhando para Clara que ainda fungava.
Clara: Mamãe o papai não vai casar com ela, vai? – perguntou com cara de choro e Anahí teve vontade de chorar.
Anahí: Eu não sei filha, eu não sei de mais nada – abraçou a menina com carinho – A gente vai para casa amanhã cedo e você não vai mais precisar olhar para cara da sua avó nem daquela lá – soltou com raiva e viu os olhos confusos de Alana – Vem aqui meu amor, mamãe esta assustando você não está? – Alana assentiu indo para o colo da mãe – Vai ficar tudo bem – afirmou querendo estar certa, mas estava insegura, tinha medo de estar errada, tinha medo de Alfonso a deixar e de sofrer tudo outra vez.
O tempo passou e Anahí não voltou. Thissi já estava ficando preocupada, Ruth também esperava, estava em alerta esperando Anahí procurar Alfonso para contar o acontecido.
Dulce: E Anahí? – perguntou procurando.
Thissi: Eu não sei, mas esta acontecendo alguma coisa, ela foi atrás de Clara que estava com Ruth, saiu da casa com Clara no colo, pegou Alana e voltou, até agora não saiu de lá – contou olhando para a casa, Dulce olhou para a casa estranhando.
Dulce: Eu vou ver o que esta acontecendo – soltou o copo na mesa e seguiu, Thissi resolveu segui-la. – Annie? – chamou batendo na porta do quarto, Anahí havia colocado as meninas para dormir o que não demorou a acontecer, agora estava chorando, quando escutou Dulce correu para banheiro lavando o rosto e abriu a porta, assim que Thissi bateu os olhos no rosto da filha sabia que ela havia chorado.
Thissi: O que aconteceu? – perguntou entrando no quarto com Dulce, as duas olharam para a cama e viram as meninas dormindo.
Anahí: Eu discuti com a Ruth e aquela vagabunda da Luana – soltou com raiva, não dava para esconder mesmo.
Dulce: Por que? – perguntou estranhando.
Anahí: Encontrei as duas pressionando minha filha, falando coisas que a Clara não precisava escutar, falando que Alfonso iria ficar com a Luana, que a Clara tinha que aceitar, aquela vagabunda ainda veio me falar que coloquei chifres em Alfonso – disparou a chorar.
Thissi: Era disso que eu tinha medo, ....ver você assim – soltou irritada – Você estava bem – respirou fundo se controlando. Anahí olhou para a mãe sabendo que isso iria piorar as coisas, mas não estava aguentando.
Dulce: Fica calma Annie, você sabe que não é verdade, ele sabe o resto que se foda – soltou irritada.
Anahí: Mas é horrível escutar essas coisas, mãe eu quero ir embora – soltou e Thissi assentiu.
Thissi: Amanhã cedo, não vamos estragar a festa – Anahí assentiu.
Anahí: Eu não vou voltar lá para fora, eu vou dormir – Dulce e Thissi se olharam sem ter como argumentar.
Dulce: Está bem – soltou encarando Thissi e as duas saíram deixando Anahí sozinha com as filhas – Eu vou contar para Alfonso – saiu disparada e Thissi não teve tempo de impedi-la. Dulce caminhou encontrando Raquel pelo caminho – Raquel cadê Alfonso? – perguntou procurando.
Raquel: Está jogando futebol, por que? – perguntou estranhando o nervosismo da outra.
Dulce: Sua mãe andou aprontando e ele precisa saber – disparou sem paciência e Raquel olhou para a mãe ao lado de Luana e já imaginava, procurou Anahí com os olhos e não achou, lá vem problemas pensou ela. – Alfonso – gritou e ele correu até Dulce – Sua mamãezinha andou aprontando, eu não sei dizer direito o que aconteceu, mas nesse momento Anahí esta trancada no quarto chorando e querendo ir embora assim que o primeiro raio de sol surgir, além da sua sogra que tem motivos para desejar que você fique bem longe da filha dela, e cá para nós ela tem toda razão de querer isso depois de ver a filha se acabar com ela viu – metralhou e Alfonso olhou para Ruth de cara fechada, saiu disparado para o quarto de Anahí sem abrir a boca, mas a cabeça estava a mil.
Alfonso: Annie abre – bateu e Anahí chorava, não queria abrir, mas ele acordaria as meninas, abriu e Alfonso a olhava, os olhos se agoniaram, ela estava sofrendo.
Anahí: Me deixa Alfonso – pediu em um sussurro.
Alfonso: Não. O que minha mãe fez? – perguntou avançando e a puxando para ele, Anahí queria mais não conseguia afasta-lo, no fundo era tudo que queria. O abraçou chorando. - Não chora amor, não fica assim por favor – pediu a apertando em seus braços.
Anahí: Fica comigo? – pediu de olhos fechados abraçada a ele como se alguém fosse rouba-lo. Alfonso fechou a porta, sentou na cama e a puxou para seu colo.
Alfonso: Claro que eu fico, se acalma eu não vou sair daqui até você estar calma – fazia cafune e ela não disse nada, os dois ficaram ali juntos. Minutos mais tarde Ela mais calma começou.
Anahí: Encontrei sua mãe pressionando a Clara com ajuda daquela vagabunda que você pôs na sua cama - se afastou cruzando os braços, também estava com raiva dele – Ela veio me falar que quando você se der conta que ela nunca te traiu e eu sim, vai voltar para ela – soltou o encarando com os olhos cobertos por lágrimas.
Alfonso: Mas você não me traiu amor, eu sei e você sabe disso, não me interessa o que os outros acham – consolou a puxando de volta para seus braços – Quanto a Clara, amanhã cedo eu vou acabar com as possibilidades da minha mãe deixar nossa filha confusa.
Anahí: Eu quero ir embora daqui, se eu continuar perto daquela vagabunda eu acabo com ela – soltou irritada e ele a beijou na testa.
Alfonso: Você não pode ficar fugindo e se deixando abalar, mostra para ela que você tem razão – Anahí ficou confusa, se afastou para olha-lo – Vamos lá para fora, enquanto você está aqui trancada ela está lá se divertindo, vamos? – chamou e Anahí avaliou, era verdade, enquanto ela se trancou se privando a outra estava se divertindo, mas estava com medo. – Se quiser eu grudo em você, vai ser um sacrifício... – soltou brincando e ela riu o que deixou Alfonso mais calmo.
Anahí: Promete não me deixar sozinha? – parecia uma criança com medo de ser abandonada.
Alfonso: Eu juro que até para usar o banheiro estarei com você – brincou e ela voltou a rir – Lava esse rosto e vamos, eu quero você feliz meu amor – selou a boca dela – Eu te amo – confessou e ela se abraçou a ele.
Anahí: Eu também te amo e estou com medo de perder você outra vez – confessou.
Alfonso: Não vai – a beijou o ombro. Anahí lavou o rosto, passou uma maquiagem a fim de esconder um pouco a cara de choro, cobriu as filhas, começava a esfriar e saiu abraçada a Alfonso que a mimava. Thissi contava a Henrico o acontecido quando viu Alfonso trazendo a filha, sentiu um alívio instantâneo.
Thissi: Graças a Deus – soltou e Henrico olhou os dois caminhando em sua direção.
Alfonso: Thissi eu peço desculpas pela minha mãe, eu sei que vocês devem estar preocupados, eu estou fazendo de tudo para merecer a confiança de vocês. Anahí não vai sofrer eu não vou deixar – soltou arrumando o cabelo de Anahí atrás da orelha – Eu amo ela – completou.
Henrico: Alfonso... eu não quero ser contra, mas espero que você me entenda – pediu em uma mistura de alegria e agonia.
Alfonso: Eu entendo Henrico, eu entendo vocês, eu... preciso reconquistar a confiança de vocês, até lá irei fazer as coisas de forma que possamos ao menos conviver sem brigas – Henrico assentiu, Thissi se aproximou beijando a filha.
Thissi: Que bom que saiu meu amor – estava preocupada em ver a filha se isolando.
Alfonso: Não é justo ela ficar trancada enquanto quem atormenta ficar aqui, ela veio para se divertir e ela vai – soltou resolvido. Dulce viu a amiga e se aproximou com Maitê, havia contato para a amiga o que a mãe dela havia causado.
Maitê: Annie ignora minha mãe, no fundo ela só está com medo que não dê certo, mas a velha é chata quando quer – soltou fazendo careta e Thissi e Alfonso riram.
Anahí: É difícil ignorar – soltou voltando para os braços do marido, Alfonso passou os braços ao redor dela, beijando sua testa.
Maitê: Eu sei, as vezes tenho vontade de matar – imitou como se estivesse enforcando.
Dulce: Se precisar de ajuda, eu desovo o corpo – a risada de todos foi inevitável.
Anahí foi se soltando, Alfonso realmente não desgrudou para desespero de Luana. Os dois trocavam carinhos o tempo todo, até que em determinado momento a coisa começou a esquentar, Alfonso estava perdendo o controle e acabou arrastando Anahí para um canto mais reservado e as carícias ganharam intensidade.
Alfonso: Você prometeu – soltou ofegante depois de mais um beijo. Tinha as mãos no quadril dela, a pressionando contra sua ereção.
Anahí: Eu disse quando todos estivessem dormindo – corrigiu achando graça, mas estava subindo pelas paredes assim como ele.
Alfonso: Annie eu não sei se aguento até lá – soltou sofrido beijando o pescoço dela.
Anahí: Para falar a verdade nem eu – era o sinal que Alfonso queria, a puxou pela mão e os dois quase correndo foram para a casa, havia um lavabo na sala onde Alfonso se refugiou com ela, Anahí ria, até ele a pegar no colo e colocar sobre a bancada, subiu a blusa dela com urgência se apossando do seio esquerdo, Anahí gemeu, o toque era forte demais para seu auto controle. Desse momento em diante não houve pudor, os dois sofriam um pelo outro em um desespero gigante, Anahí arrancava as roupas dele com urgência e ele nem bem tirou a calcinha dela e já a penetrou dando tempo apenas de colocar o preservativo. Os movimentos eram urgentes assim como a vontade dos dois e os gemidos nada controlados embora eles desejassem controlar. Não demorou para os dois chegarem ao auge e estarem totalmente satisfeitos. Se vestiam aos beijos, aos risos quando deixavam o lavabo e deram de cara com Luana e Nataly.
Luana ficou sem reação ao ver os dois se arrumando aos beijos, Nataly estava confusa, mas Luana sabia bem o que poderia ter acontecido. Anahí sorriu sapeca, triunfante não só pelo fato de ter feito o que fez, mas por Luana saber.
Alfonso: Vem, chamou puxando Anahí e os dois saíram rindo sem falar nada com as duas – do lado de fora os dois gargalhavam.
Anahí: Essa vaca, se ela voltar a chegar perto da minha filha... – avisou olhando para trás.
Alfonso: Será que você poderia esquecer e me dá atenção? – pediu fazendo bico, ela ria, estava tão feliz que nem Luana conseguia estragar sua felicidade.
Luana entrou no lavabo olhando para todos os lados, procurando vestígios, achou a embalagem da camisinha na lixeira, para quem quisesse ver, olhou com mais cuidado em busca do preservativo usado, mas Alfonso não deixaria a mostra com tantas crianças na casa, havia jogado no vaso, ela nunca encontraria.
Nataly: Mãe, ele não vai mais ser meu pai ne? – Perguntou triste, gostava da ideia.
Luana: Nataly vamos deixar isso de lado por enquanto, o que posso prometer e que farei de tudo para ele votar pra gente – sorriu para a filha que se animou com a resposta.
Assim que voltou para a festa todos estavam ao redor de um bolo que Pedro segurava com ajuda dos filhos, cantavam parabéns para Mercedes. De longe Luana procurou por Ruth e não demorou a encontrar.
Luana: Nataly, espera o bolo e depois vai brincar, a mamãe vai conversar com a Ruth – explicou e a menina saiu saltitante.
Ruth: Essas crianças – soltou rindo vendo Guilherme colocar chapeuzinho em Mercedes, insistiu tanto que Mercedes cedeu.
Luana: Elas são terríveis – dispensou rindo – Ruth acabei de presenciar uma cena lastimável – Ruth a encarou esperando – Alfonso e Anahí transaram no lavabo, agorinha – soltou e Ruth arregalou os olhos sem saber o que dizer – Se eles querem ok, mas acho que para tudo tem seu lugar. Eu estava com a Nataly quando os dois deixaram o banheiro ainda se vestindo, olha quantas crianças? – soltou se fazendo de indignada.
Ruth: Alfonso está sem controle esse final de semana, ele a trouce, expôs você é sua filha e agora isso? – preciso falar com ele, não é pôr que já é um homem que não terá que me respeitar – soltou irritada procurando o filho e encontrou o casal em meio aos amigos. Ruth saiu furiosa em direção ao filho. – Alfonso eu preciso falar com você – soltou e todos olharam.
Alfonso: Pode falar – soltou franzindo a testa.
Ruth: Em particular – completou irritada. Alfonso olhou para Anahí que cruzou os braços dando as costas para a sogra, Maitê respirou fundo, sabia que teria no mínimo briga.
Alfonso: Ok, vamos até ali – apontou para a área da piscina e os dois seguiram em silêncio – Então, o que foi? – Perguntou sem paciência.
Ruth: Onde está sua cabeça? – quase gritou e Alfonso sorriu irônico – Alfonso você esta sendo um crápula com a Luana, você nem fala com ela, essa moça só está aqui por você é o que você faz? Se tranca no banheiro com outra, olha ao seu redor, olha quantas crianças – esbravejou irritada e Alfonso esperava de braços cruzados – Eu exijo que você se afaste de Anahí, ela te traiu meu filho, já esqueceu isso ou gostou de ser corno? – Alfonso estava a ponto de explodir, sua expressão estava cada vez mais fechada – Você passou dias em cima daquela cama, nem banho você tomava, comer então...para que? Voltar e esperar o próximo chifre?
Alfonso: Já chega – gritou e Ruth se assustou, assim como algumas pessoas. Joice correu para perto de Maitê, Raquel pegou a mão de Guilherme que se assustou, Thissi e Henrico se olharam e logo procuraram a filha com os olhos – Você não pode me exigir nada mãe, a vida é minha, a família é minha.
Ruth: Os chifres também são seus – sorriu irônica e Alfonso teve vontade de soca-la, só não fez por ser sua mãe.
Alfonso: É os chifres são meus – soltou cheio de ironia – A Luana só está aqui porque você quis, ela sabe muito bem que está acabado, eu terminei, eu não dei um tempo, eu terminei e mesmo que eu não ficasse com Anahí, eu não volto com a Luana, preciso desenhar? – Perguntou extremamente irritado – Para de jogar ela para cima de mim e para de perturbar a minha mulher e a minha filha – pediu se controlando para não gritar.
Ruth: Ex mulher – corrigiu.
Alfonso: Eu rasguei a merda do divorcio, eu ainda sou casado e pretendo continuar assim por muitos anos e vou avisa-la, se Anahí me deixar por causa das suas implicâncias, é bom você esquecer que tem filho e duas netas – soltou resolvido, os olhos escuros de ódio, a veia pulsando no pescoço mostrava o quão nervoso estava.
Ruth: Eu não criei um filho para ser crápula Alfonso, você deveria ao menos respeitar a moça, que deixasse essa putaria para depois – soltou quase gritando mais uma vez. Anahí estava insegura mais uma vez, o coração apertado.
Alfonso: Luana – chamou gritando, a moça olhou e ele a chamou com a mão, Anahí gelou, o que ele queria com ela? Luana se aproximou – Eu acho que fui claro, mas talvez você não tenha entendido, eu não quero ser indelicado, eu não amo você, eu sempre fui apaixonado pela minha mulher, tudo que passamos foi uma grande confusão que já está esclarecida..
Ruth: Um par de chifres esclarecido – soltou rindo irônica e Alfonso fechou os olhos apertando as mãos para não fazer besteira.
Alfonso: Enfim, isso não é da sua conta, nem da conta da minha mãe, o que eu quero é deixar claro que não tem volta, se amanhã eu não estiver com ela eu não volto com você Luana, então não adianta ficar atrás – soltou irritado.
Luana: Eu não estou atrás de você Alfonso, eu não estou querendo incomodar, fique a vontade, mas acho que você deveria ao menos ter pudor, temos muitas crianças aqui e transar em banheiros na frente de todos não é coisa para um pai de família – disparou indignada, estava querendo matar ele pelas palavras ditas, mas estava se controlando, ainda não sabia o que iria fazer, mas não podia fazê-lo odiá-la.
Alfonso: Isso não é problema seu – disparou de cara fechada.
Ruth: Respeito Alfonso, é a única coisa que eu peço, respeito – repreendeu.
Alfonso: Quando a senhora me respeitar, respeitar minha esposa e minhas filhas...ah falando em filhas, Luana fica longe da Clara e vocês duas parem de falar que eu e a mãe dela não ficaremos juntos, nos estamos juntos e vamos ficar juntos até a morte – saiu deixando as duas sozinhas, uma olhando para a outra, até que Ruth em um ataque de fúria saiu atrás do filho. Alfonso já estava perto de Anahí quando Ruth o alcançou.
Ruth: Olha Anahí, meu filho sofreu demais, meu filho não comia, não bebia, não tomava banho, só chorava por você, passou dias a beira de ter um treco e por sua culpa, você foi sem vergonha deixando seu marido em casa para sair com outro, então me desculpe se eu não quero você perto dele agora, me desculpa se estou sendo uma mãe cautelosa e quero uma pessoa melhor que você para ele – disparou e Anahí se encolheu sem reação pelos gritos de Ruth, Henrico e Thissi dispararam para próximo da filha.
Maitê: Mãe chega, isso não é problema seu – tentou afastar Ruth.
Anahí: Eu não traí meu marido – soltou chorando e Ruth riu.
Ruth: Não? Não deu tempo abrir as pernas para o cara né? Alfonso chegou antes? – disparou e Thissi desceu a mão estalando na cara de Ruth.
Thissi: Você nunca mais levanta a voz para minha filha, você não sabe o que esta falando, minha filha estava drogada aquela noite, colocaram droga na bebida dela e se é para falar de sofrimento, então vamos falar, por que acho que você desconhece muita coisa, evitamos muito que seu filho soubesse de muita coisa por dois motivos, uma para ele não voltar para ela por dó e outra para ele não fazer o mesmo que ela por ter a consciência pesada – gritava fora de si, Ruth deu dois passos para trás e Thissi avançou, Raquel correu para impedir que as duas saíssem na mão, Alfonso entrou entre as duas pedindo calma, Henrico puxou Thissi que agora chorava como a filha.
Ruth: Eu entendo você Thissi, ela é sua filha, a gente que mãe tenta acreditar no que nos convém – disparou enfurecida.
Anahí: Eu não perdi um filho por que quis, eu não abortei por que me droguei por que quis – gritou chamando atenção de todos – Será que eu posso esquecer que perdi um filho? Será que você me deixa sentir minha dor em paz? – Ruth arregalou os olhos tentando entender, Anahí correu chorando, Maitê foi atrás.
Alfonso: Satisfeita? – perguntou chorando, sentia a dor dela também – Se ela tentar suicídio mais uma vez por sua causa eu esqueço que é minha mãe e mato você – disparou antes de deixar a mãe e seguir atrás de Anahí.
Henrico: Ruth você deveria escutar antes de acusar, você acha sofrimento chorar por dias, não comer, não tomar banho? E o que você acha de três tentativas de suicídio? Por que foi isso que ela fez por sentir a falta do seu filho, por ter perdido um filho e agora você acusa ela – balançou a cabeça, segurava Thissi que chorava – Você não sabe o que é ter que vigiar um filho dia e noite com medo e ainda esconder tudo isso de todos incluindo duas crianças. No dia em que você chegar no hospital e ver alguém da sua família internado entre a vida e a morte por ter tomado um vidro de calmantes ou carregar um corpo mole até um carro e disparar para um hospital sem saber se sua filha ainda esta viva no banco detrás, aí você poderá falar em sofrimento, enquanto isso não acontecer cala sua boca – Henrico chorava, se afastou levando a mulher que tremia aos prantos, seguiram em direção da casa onde Alfonso tinha Anahí em seu colo chorando, Maitê ao lado secando as lagrimas. Ruth não conseguia acreditar, chorava sem notar, imaginava a cena descrita por Henrico, nunca pensou no quanto Anahí pudesse estar sofrendo, nunca imaginou que ela estaria sofrendo. Olhou ao redor e viu Raquel e Luma chorando, assim como Cristian, ninguém ali conhecia essa história, Dulce e Ucker presenciaram a primeira vez, sabiam das outras, sabiam o quanto lembrar doía até para eles, então imaginavam o que Henrico e Thissi estavam sentindo.
Raquel: Desnecessário mãe – soltou secando as lágrimas. Joice olhava para a mãe como se visse um monstro e Ruth pela primeira vez se arrependeu de suas palavras.
Ruth: Eu não sabia, eu não tinha como saber, mas isso não quer dizer que ela seja santa – soltou em sua defesa.
Raquel: Cala a boca pelo amor de Deus – pediu sem paciência – Você não consegue reconhecer seu erro, olha ao seu redor pelo amor de Deus, reconhecer que estava errada é o mínimo que você pode fazer – disparou impaciente.
Dulce: Não Raquel, não perde seu tempo, ela não esta preocupada, ela esta feliz por estar deixando Anahí do jeito que está, Ruth você é um lixo – xingou antes de se virar e ir para a casa.
Luana: Ela não precisa ser crucificada – saiu em defesa de Ruth que só escutava, tinha os olhos cobertos por lágrimas, o rosto pálido – Você não deve se sentir mal Ruth, estava apenas defendendo seu filho, qual mãe que nunca errou tentando defender um filho? – Luma riu.
Luma: Eu até hoje não falo com a minha por ela tentar me defender, matou meu filho nessa defesa – soltou sem piedade, irônica – Olha Luana eu nem te conheço, mas vou te dar um conselho, fica longe deles, os deixa em paz e não se mete onde você não é chamada, Anahí pode estar frágil, pode estar abalada e você pode estar pensando em se aproveitar disso, mas ela tem amigos, aquela moça foi minha melhor amiga em um dos piores momentos da minha vida, então não pensaria duas vezes antes de partir sua cara se for para defendê-la e tenha certeza que Dulce faria a mesma coisa, Maitê já não gosta de você, veja você mesma onde esta se metendo – alertou.
Luana: Eu também não conheço você, não estou aqui arrumando confusão, eu nunca desejei o mal dela, mas eu não vou desistir de Alfonso por que ela tem amigas – mostrou a cara.
Luma: Então se prepara, por que é você se aproximar e vai me conhecer, só não sei se vai gostar – avisou. Lais se aproximou da mãe assustada, Felipe a pegou no colo, sabia que a esposa estava cega de raiva e não estava vendo a filha – Depois não diz que eu não avisei – a festa tinha acabado, Luma pegou a filha no colo, Felipe conduziu as duas para dentro, Davi já estava dormindo a um tempo e era hora da família se juntar a ele.