Queria Muito Te Odiar - Livro...

By Souto_Fanfics

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Os anos se passaram e como será que está esse casal explosivamente apaixonados. Vamos mergulhar na segunda e... More

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Penúltimo Capítulo
Final
Comunicado Importante

Capítulo 05

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By Souto_Fanfics

Alfonso: E agora? – perguntou sorrindo para ela.

Anahí: E agora o que? – devolveu.

Alfonso: Vai voltar para mim? – ela não sabia, estava confusa, o medo a deixava perdida.

Anahí: Alfonso...você esta namorando...

Alfonso: Eu termino Annie, eu termino hoje se você quiser – soltou desesperado.

Anahí: Eu não sei – disse sincera – Eu estou confusa, eu...eu não sei – continuou e ele se desesperou ainda mais.

Alfonso: Annie eu quero você de volta, eu quero você aqui nesse apartamento comigo todos os dias, todas as noites, com nossas filhas – implorou.

Anahí: Alfonso, vamos devagar...eu sofri demais e ...eu não estou pronta, você precisa ir devagar comigo – pediu angustiada e ele assentiu triste.

Alfonso: Posso ligar, sei lá para sair, comer fora, cinema? – perguntou querendo estar por perto.

Anahí: Você ainda vai estar com ela? – perguntou triste.

Alfonso: Não...eu vou terminar, mesmo por que eu a trai e ....isso não é certo – declarou fazendo uma caretinha e Anahí sentiu uma paz interior, ele não transaria com ela, seria só seu outra vez.

Anahí: Então pode – respondeu sorrindo e ele se aproximou a beijando. Os dois estavam entregues ao beijo quando o telefone tocou.

Alfonso: Droga, quem será o chato? – perguntou a beijando no rosto antes de sair atrás do telefone. – Alô? – se sentou no sofá e chamou Anahí com a mão e ela foi se sentando ao lado dele.

Maitê: Alfonso, eu preciso que você venha para cá agora – falava desesperada.

Alfonso: Calma Mai, fala devagar, o que aconteceu? – perguntou preocupado e Anahí tinha os olhos atentos.

Maitê: Eu estava com as meninas no parque, a Clara como sempre aprontando, eu não vi quando ela caiu só vi que bateu a cabeça e agora estamos aqui no pronto socorro – Alfonso se levantou no susto – Alfonso já tentei falar com a Annie umas cinquenta vezes, Maria até já ligou para a mãe dela, parece que ela não chegou em casa desde ontem, Thissi esta desesperada, Cristian esta fazendo o caminho da festa até a casa dela para saber se aconteceu algum acidente, eu não ia ligar, mas agora com essa da Annie... – Alfonso olhava Anahí assustado e ela já começava a tremer, suas filhas estavam com Maitê, ela escutou ele pedindo calma para a irmã.

Alfonso: Mai, Annie esta aqui comigo – soltou e um silêncio se fez do outro lado da linha – Ela esta bem, mas me fala da Clara, como ela está? – perguntou angustiado e Anahí colocou a mão no peito, esperava ansiosa, descalça ela procurava algo para calçar, queria correr para a filha, tinha os olhos se enchendo de lágrimas.

Maitê: Ela esta com você? – perguntou ainda sem entender.

Alfonso: Maitê, meu Deus, a Clara Maitê – perdeu a paciência.

Maitê: Calma...não precisa gritar, ela levou três pontos e esta em observação, acho que só sai amanhã, o problema é que Alana esta assustada e não para de chorar chamando pela Annie – relatou e Alfonso procurava papel e caneta. Maitê passou o endereço do hospital, Alfonso e Anahí saíram, ela com os chinelos dele, não sabia onde estava bolsa, sandália e celular, quando chegaram no carro encontrou suas coisas, ao olhar para o celular se assustou, tinha muitas chamadas de Thissi, Maria e Henrico, algumas de Maitê e Luma. Anahí pensou um minuto, não queria que Luana soubesse, discou os números de Luma.

Anahí: Luma, sou eu Annie – soltou ainda angustiada, queria ver a filha, só estaria bem quando a tivesse em seus braços.

Luma: Annie, meu Deu, onde você está? Estão todos atrás de você, sua mãe esta voltando de viagem por causa disso – Anahí apertou os olhos com uma das mãos na testa, isso seria um problemão.

Anahí: Luma, eu ...eu estava...bom ...eu preciso que você diga que eu estava com você, que fiquei para ajudar a arrumar as coisas – pediu e Alfonso franziu a testa.

Luma: Mas sua mãe já me ligou e eu disse que não sabia... bem na verdade eu imaginei, mas como não tinha certeza, eu vi você e Alfonso ontem Annie, você sabe, um pouco mais que juntos – relatou com um sorriso torto e Anahí jogou a cabeça para trás.

Anahí: Droga...a Dul! Minha mãe já falou com ela? – perguntou desesperada.

Luma: Acho que não, eu mesma tentei e não consegui – explicou sem entender onde ela queria chegar.

Anahí: Luma, liga para Dul, pede para ela afirmar que eu dormi na casa dela, faz isso por mim, depois eu explico – suplicou e Alfonso não estava gostando nada daquela história.

Luma: Ok – concordou sem entender

Anahí: Obrigada, juro que depois eu conto tudo – prometeu imaginando a curiosidade da amiga.

Luma: Ah!! Isso você pode ter certeza – sorriu maliciosa e Anahí revirou os olhos.

Anahí: Tchau Luma e obrigada – desligou aflita. Alfonso dirigia e ficou processando, por que ela não queria que soubessem? Ela olhou para ele e pela cara feia deduziu o que pensava. – Minha mãe precisa saber por mim e ainda assim será uma guerra, além disso, não seria legal que tudo isso chegasse aos ouvidos da sua namorada antes de vocês conversarem – Explicou e ele entendeu.

Alfonso: Pensei que havia outro problema e tentava entender qual era –despejou sincero, estava mais aliviado. Minutos depois ela ligou para Thissi que estava uma fera, rezou para a desculpa colar e para sua sorte Dulce não havia sido encontrada. De qualquer forma Thissi e Henrico estariam de volta. Quando Alfonso estacionou no hospital Anahí nem esperou por ele, disparou pelos corredores em busca de Maitê, Alana a encontrou primeiro chorando horrores, Anahí a pegou no colo a acalmando.

Anahí: A Clara Mai? – pediu em desespero com Alana nos braços.

Maitê: Vem vou levar você lá, Joice esta com ela – as duas caminharam pelo corredor até que chegaram no quarto onde a menina estava, Anahí quase chorou de alivio ao ver a filha conversando descontraída com a tia.

Clara: Mamãe? – chamou com um sorriso largo.

Anahí: Ai filha, você quer matar a mamãe do coração? – perguntou a beijando a cabeça – me deixa ver isso – pediu olhando os pontos na testa – Clara filha, é ficar um final de semana fora e já apronta? – perguntou querendo brigar, mas seu coração estava tão apertado antes de vê-la que agora nem se importava qual havia sido a arte da menina.

Alana: Saiu um montão de sangue – contou chorosa.

Clara: Medrosa – acusou.

Alana: Não sou não – revidou quase chorando outra vez, tinha os bracinhos em torno do pescoço da mãe e dali ninguém a tirava.

Anahí: Ei, vocês duas, sem brigas – repreendeu.

Joice: Nossa Annie a gente te ligou varias vezes – soltou tentando entender.

Anahí: Meu celular estava longe e depois acabou a bataria – explicou sem olha-la e Maitê apertou os olhos, começava a imaginar o que havia acontecido, estava louca para fazer uma piada, mas Alfonso entrou no quarto a interrompendo.

Alfonso: Como ela está? – perguntou preocupado se aproximando da filha que fechou a cara ao vê-lo, ainda estava com raiva – Oi meu amor, esta com dor? – perguntou pegando a mãozinha da filha.

Alana: Papai saiu um montão de sangue – contou preocupada.

Alfonso: Já passou amor – a beijou. Alana estendeu os braços para ir com ele, Alfonso a pegou – Clara está com dor? – voltou a perguntar preocupado. Anahí se sentou na cama com a filha a puxando para seus braços, agora sim estava calma. Clara balançou a cabeça negando, tinha a cara fechada, o olhar triste.

Joice: Eu vou aproveitar que estão aqui e vou beber agua – se afastou e Maitê foi junto.

Alfonso: Clara você esta com raiva do papai? – perguntou já sabendo a resposta, era como a mãe não conseguia esconder.

Clara: Você só briga comigo agora – resmungou cruzando os bracinhos.

Alfonso: Eu briguei por que você colocou chocolate no cabelo da Nataly e ainda jogou refrigerante nela Clara, isso não se faz – explicou e Anahí estava se aborrecendo com aquela defesa.

Clara: Ela empurrou a Lais e depois Alana, eu e o Guilherme só defe...defendemos, é assim que fala né mamãe? – Anahí assentiu sorrindo orgulhosa.

Alfonso: Desculpa. Papai não sabia. Mas quando isso acontecer, você tem que falar pra mim ou para sua mãe, não ir resolvendo por conta – explicou.

Clara: Pedi a paciência – disse resolvida ainda com os bracinhos cruzados. Anahí e Alfonso caíram na gargalhada.

Anahí: Perdi de perder, não pedi de pedir, perdi a paciência – explicou ainda rindo e Clara assentiu ainda de bico e bracinhos cruzados, Alfonso não resistiu.

Alfonso: Minha baixinha impaciente – mordeu a bochecha dela que acabou rindo – Minha briguenta e arteira, papai ama você – ela olhou para ele em duvida, mas Anahí segurava o riso e isso à deixava calma. Os dois ficaram ali por um tempo curtindo as filhas, até que Alfonso precisa ir, estava anoitecendo e Alana precisa de um banho, comer e dormir, ela não queria ninguém além dos pais.

Anahí: Ela vai dormir rapidinho – comentou ao ver Alana esparramada no colo do pai quase dormindo, Clara já dormia.

Alfonso: Você vai ficar? Não quer que eu fique com ela? Seria melhor amor, assim você também descansa – queria convence-la, mas estava difícil.

Anahí: Não, eu vou ficar, não vou conseguir dormir se for para casa – relatou tentando disfarçar a alegria de ser chamada de amor, se ele se aproximasse poderia escutar o coração dela. Alfonso a admirou por alguns minutos e então se levantou Alana havia pego no sono, ele a colocou na poltrona e puxou Anahí para fora do quarto.

Alfonso: Me dá um beijo, se eu for embora sem um beijo seu eu moro. - ela olhou para ele lembrando quantas noites desejou esse pedido, dormia sempre vencida pelo cansaço depois de chorar por horas. Alfonso esperava, ela se aproximou selando a boca dele, Alfonso queria mais, bem mais que isso. A tomou em um beijo apaixonado, Anahí a princípio não sabia como reagir, mas logo correspondeu, o abraçou querendo esquecer o mundo, mas ainda era cedo, ainda havia medo, ainda havia dor, se afastou aos poucos, Alfonso a beijou na testa. – Eu amo você, eu sei que está difícil, mas eu vou provar.

Anahí: Eu espero que sim – soltou com os olhos cheios de lagrimas.

Alfonso: Tem certeza que não quer ir descansar mesmo? – arrumou o cabelo dela atrás da orelha.

Anahí: Tenho, mas seria bom se você ficasse também – disse tímida, mordendo o lábio.

Alfonso: Então eu vou levar Alana na casa dos seus pais e já volto – a puxou para um abraço – Ah meu amor, eu odeio ver você assim triste – acariciou o rosto dela. – Eu volto logo – selou a boca dela mais uma vez antes de pegar Alana nos braços.

Quando Alfonso chegou na casa de Henrico o encontrou na sala com cara de poucos amigos, ele explicou a situação de Clara, Maria pegou a menina adormecida e a levou, quando Alfonso fez menção de sair Henrico o chamou.

Henrico: Alfonso, você disse que a Annie está no hospital – Alfonso assentiu. - Estava com ela? - Perguntou sondando.

Alfonso: Sim, inclusive seria bom levar alguma roupa, ela está com a roupa da festa, salto, seria bom algo confortável. – Thissi que até então escutava sem ser notada foi até Maria pedindo para que fosse providenciado.

Henrico: Alfonso. Nos dois sempre tivemos um ótimo relacionamento quando você esteve casado com a minha filha, nesse momento eu não sou seu amigo e tão pouco tenho apresso pela sua pessoa – Alfonso arregalou os olhos – Eu estou falando isso porque não quero sua aproximação com Anahí, ela já sofreu demais a deixe em paz – pediu.

Alfonso: Eu a amo Henrico – declarou cauteloso – Você viu como fiquei nos primeiros dias da nossa separação, você sabe – suplicou.

Henrico: Sei também que depois você não soube escutar, sei que você superou e minha filha não, Alfonso nessa casa não existe uma pessoa que não tenha sofrido com a separação de vocês, minha filha, minha única filha sofreu demais, a Anahí alegre não existe mais, eu não quero vocês juntos nem no mesmo ambiente, a quatro meses ela conseguiu parar os remédios para depressão, está melhor e não quero vê-la como antes – explicou paciente e Alfonso franziu a testa.

Alfonso: Remédio? – Perguntou confuso e Henrico suspirou.

Henrico: Alfonso, Anahí não teve um ano muito fácil e no ano anterior, ela simplesmente não viveu, definhou. Se a ama como diz, se afasta – pediu mais uma vez.

Alfonso: Eu não vou machuca-la Henrico, eu vou me redimir, ela me mostrou o exame, agora eu sei de tudo, sei do bebê também, eu quero a fazer feliz – os olhos estavam agoniados, a possibilidade não poder se aproximar o deixava doente por dentro.

Henrico: Então a situação está pior do que eu imaginava, achei que vocês só haviam se encontrado por causa das meninas, o que mais ela contou? – Perguntou ainda mais sério.

Alfonso: Ainda tem mais? – Perguntou espantado. O silêncio de Henrico respondeu por si só.

Thissi: Aqui tem algumas roupas e uma sandália confortável, deixe para ela no hospital e vai embora por favor – Alfonso olhou para os dois espantado, Thissi tinha os olhos vermelhos, havia chorado, provavelmente enquanto ele conversava com Henrico.

Alfonso: Vocês ... eu não vou me afastar, a menos que ela me peça – declarou seguro de si.

Henrico: Alfonso, se Anahí sofrer mais do que hoje, se eu sonhar com isso, eu mato você é darei um motivo para ela sofrer e superar. – Alfonso estava inconformado, seria mais difícil do que havia imaginado.

Alfonso voltou para o hospital pensativo, ele não queria a deixar, muito menos agora que eles estavam se entendendo. Quando chegou ela dormia encolhida com frio na poltrona ao lado da cama da filha que dormia feito anjo.

Alfonso: Amor – chamou baixinho e ela abriu os olhos assustados, se ajeitou na poltrona – Eu trouxe roupas, se troque – pediu carinhoso.

Anahí: Obrigada – olhou a filha antes de seguir para o banheiro.

Quando deixou o banheiro Alfonso estava sentado na poltrona, precisa conversar com ela, mas ali no hospital não era hora nem lugar.

Alfonso: Vem – chamou baixinho e ela se aproximou, ele a conduziu até seu colo. Anahí não rejeitou, estava tão cansada e com tanta saudade de dormir daquela forma que simplesmente se aconchegou, Alfonso jogou a jaqueta por cima dela e em menos de dez minutos ela dormia novamente, como nos velhos tempos, no colo dele.

Na manhã seguinte o casal foi acordado pelo médico entrando no quarto, Clara despertou assim que o médico avaliava sua testa, fez algumas perguntas e lhe deu alta. Alfonso deixou as duas em casa e seguiu para seu apartamento, tomou um banho e foi trabalhar.

Ucker: Então vocês dormiram juntos? – Perguntou sorrindo.

Alfonso: É, mas está tudo muito estranho, Anahí esta me escondendo alguma coisa, sinto que é algo ruim, nem quero cogitar o que passou pela minha cabeça – soltou pensativo e Ucker sabendo de tudo apenas o avaliava.

Ucker: O que acha que é? – Perguntou interessado.

Alfonso: A cara, só de pensar ... se ela foi capaz eu sou um miserável, já me sinto culpado o bastante para pensar nisso... Mas pela forma que Henrico me tratou....pensei em tentativa de suicídio – os olhos se encheram de lagrimas. Ucker não sabia o que dizer.

Ucker: Por que não pergunta a ela? – Sugeriu e Alfonso ponderou, era uma ótima ideia se ele não estivesse com medo da resposta.

Anahí chegou com a filha e foi direto para o quarto, Clara espoleta que era já queria andar de bicicleta no quintal, Anahí não deixou. Thissi assim que viu a neta perambulando pela casa checou se estava tudo bem e foi atrás da filha.

Thissi: Posso entrar? – Perguntou a vendo apenas de roupão, havia acabado de sair do banho.

Anahí: Pode – respondeu sem graça, sabia que vinha bronca por ai. Thissi respirou fundo e se sentou na cama da filha.

Thissi: Annie, eu poderia fingir que acreditei que você dormiu na Dulce, poderia não perguntar nada e dar o assunto por encerrado, mas acontece que eu fiquei desesperada o bastante para largar minha viagem para ter certeza que você estava viva – o tom não era nada agradável, Anahí já estava prestes a chorar – Você já uma mulher, é mãe, precisa se comportar como tal ... eu só não quero que sofra tudo outra vez, então pense no que está fazendo, pense em seus pais e tudo que passamos e pense nas suas filhas. – a encarrou, Anahí iria se desculpar, mas Thissi ergueu a mão e negou com a cabeça – Não quero que peça desculpas, quero que pense – se levantou e saiu. Anahí se encolheu na cama e chorou, tinha muito medo de magoar os pais mais uma vez, de perder Alfonso para sempre, de decepcionar as filhas, sentia apenas medo.

Já passava da hora do almoço quando Luana apareceu na loja, estava de férias a partir daquela segunda.

Luana: Boa tarde Ucker – desejou sorrindo, simpática.

Ucker: Boa tarde Luana – respondeu cordial.

Luana: Alfonso não está? – Perguntou o procurando com os olhos.

Ucker: Ele foi para casa mais cedo, Clara passou a noite no hospital e ele não dormiu, estava caindo de sono – explicou.

Luana: Nossa! Ele deveria ter me ligado. O que aconteceu? – Perguntou preocupada.

Ucker: Conhece minha afilhada? Ela é muito sapeca, estava com a tia e acabou caindo, levou alguns pontos na testa e precisou ficar em observação. – contou.

Luana: Alfonso é um pai muito amoroso mesmo, mas e a mãe dela? Ela deveria ter ficado com a menina, ele tinha que trabalhar e afinal não era nada grave – Ucker já não estava gostando.

Ucker: Eu não sei, eles estavam juntos no hospital, não podemos esquecer que eles tem outra filha, alguém precisava ficar com a menina, além disso, ela também trabalha. – explicou fechando a cara, não gostava que alguém falasse mal da amiga, conhecia a história e o sofrimento do casal.

Luana: É, não tinha pensado nisso – soltou sem graça ao perceber que Ucker não havia gostado – Ah quase me esqueci – abriu a bolsa e tirou um envelope de dentro.

Nataly: Deixa eu entregar? – pediu saltitante. Luana entregou o envelope na mão da filha com um sorriso. – Tio eu espero que você é sua mulher estejam lá – soltou o discurso ensaiado entregando o envelope para Ucker, ele abriu sorrindo para a menina, era o convite para o aniversário dela.

Ucker: Farei o possível para estar lá – soltou sem graça, Dulce não iria e não permitiria que ele fosse – Preciso ver se minha esposa não tem nada agendado – completou.

Luana: Ok – sorriu – Nos já vamos. Quero passar para ver Alfonso – soltou já deixando a loja.

Anahí estava no trabalho, não quis ficar em casa no período da tarde o clima estava pesado demais, seus pensamentos estavam em Alfonso quando o celular tocou.

Anahí: Número restrito? – Perguntou para si mesma estranhando. – Alô – atendeu cautelosa.

Xxx: Oi meu amor – foi inevitável, ela sorriu, o coração disparou, conhecia muito bem aquela voz.

Anahí: Oi Alfonso – devolveu sorrindo.

Alfonso: Estava aqui sozinho, largado e pensei pôr que não ligar para a pessoa mais especial de minha vida e convida-la para tomar um café ou um suco comigo essa noite? – Os olhos de Anahí brilhavam, o sorriso não deixava o rosto.

Anahí: Pode ser, mas eu não posso demorar, tipo assim, voltar para casa só no dia seguinte – brincou e ele riu.

Alfonso: Te pego as seis meu amor – falou agora sério e ela teve vontade de chorar, seria mesmo verdade? Ele estava de volta para ela?

Anahí: Eu espero – a ligação terminou e Anahí estava mais uma vez feliz.

Ele estava cantarolando feliz quando escutou a porta se abrir, acredite ela tinha a chave do apartamento, Alfonso estranhou até lembrar que era início das férias de Luana.

Alfonso: Oi – disse sem graça após receber um selinho demorado.

Nataly: Oi tio – o beijou no rosto e se agarrou na cintura dele que a recebeu com carinho.

Luana: Porque não me ligou ontem? Eu teria passado a noite com você no hospital – largou a bolsa no sofá e foi a cozinha pegar água para beber, falava com ele como se não houvessem discutido na noite anterior.

Alfonso: Não era preciso, além disso, só podia ficar pai e mãe – esclareceu estranhando o fato dela saber.

Luana: Quando Ucker me contou me perguntei por que a mãe dela não ficou? – voltou para a sala entregando um copo com água para a filha.

Alfonso: Ela ficou, ficamos os dois – soltou de propósito, talvez aquilo estourasse em briga e isso seria ótimo motivo para terminar.

Luana: Mas....mas então por que você ficou? – Perguntou decepcionada.

Alfonso: Porque é minha filha e eu queria ficar, além disso, havia brigado com ela na festa e precisava me redimir pelo meu erro – Luana já tinha a fisionomia fechada.

Luana: Se redimir? Se redimir do que? – sorriu irônica. – Você brigou com ela por que ela fez o que fez com a Nataly, se continuar a fazer isso, logo terá uma filha que faz o que quer. – dispensou.

Alfonso: Ela fez o que fez para defender a irmã menor e a amiguinha – respondeu ríspido.

Luana: Defender? – sorrindo realmente achando graça – Alfonso acorda, sua filha e fingida como a mãe – soltou irritada.

Alfonso: Luana, eu não quero escutar você falando mal da minha filha e tão pouco da mãe dela – respondeu severo e Nataly se assustou, Luana estava surpresa, ele mesmo em um momento de raiva havia chamado Anahí de fingida – Se minha filha é fingida a sua é dissimulada, quanto a Anahí lava a boca para falar dela – completou irritado e foi tomar banho, já passava das quatro precisava se arrumar para se encontrar com Anahí.

Luana estava indignada com a forma que ele defendeu Anahí, precisava fazer alguma coisa ou eles iram voltar, isso estava nítido para ela. Foi até o quarto, esperaria ele sair do banho e tentaria se desculpar, a noite teria que ser romântica para as camisinhas serem usadas, era a única saída, abriu a gaveta e levou um choque, havia muitas, ele tinha comprado mais, agora ou seria na sorte ou teria que furar outras. Quando Alfonso deixou o banheiro Luana se levantou pronta para começar o discurso de desculpas.

Alfonso: Nesse momento não é uma boa ideia Luana, eu vou sair, se quiser ficar fique, não tenho hora para voltar – soltou sem remorso, ela merecia por falar mal das pessoas que ele mais amava no mundo.

Luana: Como é? Aonde vai? – perguntou irritada.

Alfonso: Vou ficar com as minhas filhas – cuspiu irritado – Vou brincar de fingir com a Clara....e Alana o que será que ela puxou de Anahí? Me diz, você não é uma expert em Anahí? – carregou no sarcasmo.

Luana: Alfonso se sair hoje a coisa entre nos vai ficar feia – ameaçou em meio ao desespero.

Alfonso: Já esta Luana, a coisa já desandou – avisou se vestindo e ela não pode evitar de admirar o peito nú – Acho que precisamos de um tempo, você e minhas filhas não se entendem, eu preciso de alguém que as entenda, que as defenda – a melhor pessoa seria a própria mãe, pensou ele.

Luana: Esta procurando uma companheira ou uma mãe para suas filhas? – revidou o cercando.

Alfonso: Elas tem mãe, elas não precisam de outra, mas eu preciso de alguém que queria sim ser como mãe para elas e você não é essa pessoa – pegou a carteira e o celular colocando no bolso da calça, queria pegar algumas camisinhas, vai que rolasse, mas Luana estava ali para atrapalhar. Ele foi para a sala e ela foi atrás.

Luana: Eu vou esperar você voltar, mais calmo a gente conversa – Declarou colocando panos quentes e se jogou no sofá ao lado da filha que jogava vídeo game, Alfonso voltou para o quarto quase que correndo para ela não ir atrás, puxou a gaveta pegando algumas camisinhas, porém por mais rápido que foi, ela viu e o sangue estava fervendo, havia uma vagabunda, resolveu não falar nada, se falasse seria como terminar com tudo, não era esse seus planos. Alfonso passou por ela na sala sem ao menos se despedir, ela desligou tudo na correria, arrastando Nataly pelas escadas chegou ao térreo e enfiou a menina no carro rezando para que ele ainda não houvesse deixado o prédio. Não demorou muito e ele deixou a garagem do prédio e a perseguição havia começado até ela o ver estacionar em uma rua sem muito movimento, Anahí trabalhava próximo dali. Discou os números avisando ela que já estava a espera dela, passou o local onde esperava e ela assentiu sorrindo.




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