A Marca dos Caídos - Livro I...

By RWSaint

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O mundo em que vivemos é repleto de mistérios que meros olhos humanos não poderiam compreender. Anjos, demôni... More

Prólogo
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPITULO IV
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPITULO VII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO VIII.I
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XIV
NOTA
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO XX.I
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO XXX
Agradecimentos
Recadinho

CAPÍTULO XVII

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By RWSaint

Tayler

Já havia se passado cinco dias desde o sumiço da Emily com o Eric. Não sei dizer o que apertava mais o meu coração, se era ela estar sumida ou ter sumido com ele. Amasso com força a blusa que estava segurando, eu tentava fazer as malas para ir a Londres procurar o gêmeo da Emily, Vince e saber se ele tem informações dela mas a cada segundo isso ficava dificil, eu não conseguia parar de pensar nela e nosso beijo. Deus, como eu tinha sido idiota. Uma batida na porta sooa pelo comodo e eu me viro para ver quem é. Aydan. Reviro os olhos, eu não confiava nele, meu sexto sentido de Sombra me dizia para não confiar.

- O que quer? - pergunto rudemente.

- Vim saber se já arrumou suas coisas. Partimos em cinco minutos - ele fala com a voz de tédio.

Balanço a cabeça e escuto a porta bater. Babaca. Jogo de qualquer jeito as roupas e desço com a pequena mala de rodinha que o Stifen tinha feito a gentileza de emprestar. Estavam todos na sala esperando, vejo o Alan conversando baixinho como Aydan em um canto recluso da sala enquanto os outros conversavam entre eles, quando percebe que eu havia descido, ele se afasta e vem na minha direção.

- Está pronto? - balanço a cabeça.

- Ótimo - Alan se vira para o resto da familia - eu vou leva-los até o aeroporto.

Havia um tensão no ar, misturado com as expressões de preocupação em cada um da família. Querendo ou não, eles se preocupavam verdadeiramente com a Emily. Saimos para o ar frio e denso da noite, estava tudo muito quieto, o céu estava negro e sem estrelas como se até elas sentissem falta da Emily. Suspiro e rogo uma prece para que aquele idiota pelo menos a proteja. Depois de por as malas no porta-malas do carro, seguimos a toda para o pequeno aeroporto da cidade, a estrada estava deserta e escura, uma neblina se formava. Se a visão de um vampiro não fosse tão boa, eu estaria seriamente preocupado em ele dirigir a mais de 100km/h nessas condições.

Há dois meses atrás eu estava fazendo o caminho reverso, saindo do aeroporto para a mansão. Há dois meses atrás se alguém me dissesse que eu estaria apai... paro meus pensamentos e engulo em seco. Eu poderia estar me apaixonando pela Emily? Justo pela pessoa mais dificil e cabeça dura da face da terra?

- Algum problema Tayler? - Alan pergunta me observando pelo retrovisor - parece que viu um fantasma.

- Estou bem.

Tiro de dentro da jaqueta meu caderno de desenho, estava repleto de esboços dela. Ela sentada, fazendo cara de raiva, olhando pela janela quando começava a vagar pelos próprios pensamentos, ela dormindo e a minha preferida, ela na clareira sorrindo em meio as flores. Lembro de quase ter avançado na garganta do Jesse por ele ficar rindo da minha cara por causa do caderno e agora é meu único meio de não me sentir tão culpado.

Chegamos ao aeroporto rapidamente. Estava repleto de pessoas que iam e vinham de lá para cá, levanto carrinhos, bagagens, crianças, todos sabendo o próprio destino. O burburinho das conversas me distrai enquanto esperamos a saída do nosso voo, pilotos e aeromoças vagam pelo saguão de embarque. Depois de fazermos o checking de embarque nos sentamos nas cadeiras perto da janela de vidro onde dava para ver a pista de decolagem e aterrissagem

- Não demorem lá - Alan fala apoiando os cotovelos no joelho.

- Voltamos amanhã, não se preocupe - Aydan responde mexendo no celular.

Ouvimos a chamada pelos auto falantes, nos levantamos e fomos para o portão de embarque. O celular do Alan toca.

- Alô - ele escuta por um momento e depois franze a testa - o que? Veneza?

- O que foi ? - pergunto. Ele levanta o dedo pedindo um minuto e escuta o que Stifen estava falando. Reconheci a voz

- Estamos voltando - ele desliga o celular e olha para mim e para o Aydan - parece que achamos a Emily.

Alan

Sorte que o Stifen tinha ligado para mim antes que eles embarcassem, dariam viagem perdida. Ele havia dito que tinha chegado um pacote via Sedex de Veneza endereçado a mim mas eu não tinha nenhum cassino ou conhecido em Veneza e ele sabia disso, por esse motivo tinha ligado. Então poderia ser uma pista de onde a Emily com o Eric.

Olho pelo retrovisor para ficar observando o Tayler, ele tamborilava nervosamente os dedos da mão direita na perna enquanto com a mão esquerda apertava um pequeno caderno. Eu não sabia dizer se ele tinha percebido que estava segurando isso desde que saímos mas também não me convinha dizer, cada um de nós estava enfrentando a sua maneira a ausência da Emy. Passamos pelos portões da propriedade e estaciono na entrada e juntos entramos, Stifen nos esperava juntamente com o Jesse segurando um pacote pardo. Pego e desembrulho rapidamente e na palma da minha mão tinha uma pequena réplica de um violino que tocava, viro ele de cabeça para baixo e encontro uma única palavra.

Clã.

- Ela foi para o Clã - sussurro e olho para a expressão de surpresa de todos.

- Por que ela iria para la? - Stifen pergunta.

- Não sei, eu... - olho para o Aydan que desvia o olhar rapidamente - o que sabe? - me levanto e paro na frente dele - o que sabe Aydan?

- Por que acha que sei de algo? - graças ao Cassino, eu sabia quando alguém estava mentindo ou omitindo algo, tinha uma pequena variação na voz.

- Porque eu sei quando estão mentindo e principalmente, eu sei quando você - aponto em sua direção - está mentindo. Não me obrigue a fazer você falar.

Ele suspira alta e olha ao redor da sala.

- Ela foi buscar a cura - ele fala - só o feiticeiro que fez o veneno pode ter o antídoto.

- Como sabe disso? - questiono.

- Porque...

- Porque ele era do Clã - Tayler fala, se sentando e cruzando as pernas - você não fugiu de lá, não é?

Ele não responde. Não nega. Sinto-me traído. Fecho as mãos em punho e mando um soco de direita direto no maxilar dele, que vai ao chão surpreso. Stifen me segura enquanto o Jesse se põe entre a gente.

- Você é um idiota - grito - por que fez isso? Você não faz ideia do quanto sofremos por sua causa e agora ela está la sozinha, jogada aos leões e... - respiro fundo - fodasse!! Tayler e Jesse, prendam ele - eles me olham como se eu tivesse perdido o juízo - AGORA!!

Aydan não esboça reação, apenas vai com eles. Olho para Stifen que tem uma expressão de solidariedade, aperto com força o pequeno violino de madeira. Uma ideia me assalta.

- Stifen, ache urgentemente a Úrsula, ela deve estar na cabana dos bruxos a essa hora.

Ele corre para a saída para fazer o que eu pedi e volta cinco minutos depois com a mulher, Úrsula, ela parecia uma amazona com seus cabelos lisos da cor do ébano e a pele amendoada, o que mais chamava atenção era seus incriveis olhos da cor do algodão.

- Aqui esta ela.

- Olá Úrsula - ela meneia a cabeça - preciso que faça um feitiço de localização.

- Claro mas eu preciso de algo que essa pessoa tenha usado ou pegado.

- Aqui - entrego o violino.

Ela se senta e põe o objeto no centro da sala. Tayler e Jesse voltam e observam ela falar baixo em uma língua estranha, névoa começa a surgir e a temperatura cai consideravelmente. Um redemoinho se forma na parede a nossa frente e alguns borrões tomam forma até que clareia e vemos a Emily, deitada em alguma cama, com o olhar vago.

- Ela consegue nos escutar? - pergunto. Ela fala mais algumas palavras e depois assente.

- Emy? - ela se senta num rompante com os olhos arregalados.

- Alan? - a voz sai distorcida.

- Onde diabos você esta? - ela gargalha alto - o que foi?

- Eu sabia que você ia dar um jeito de me achar.

- Eu sempre vou cuidar de você irmãzinha.

Seus olhos brilham com lágrimas, ela fica séria.

- Estou no Clã , preciso me   curar   para   poder destruí-los - ela se levanta e caminha pelo que parecia ser um quarto - e a propósito, não confie no Aydan.

- Já sei disso - franzo a testa e olho para Úrsula, ela balança a cabeça dizendo que tínhamos pouco tempo - preciso saber onde você está.

- Eu não sei exatamente onde estou, sei que é um castelo. Eles me doparam e apagaram o Eric.

- Ele está bem?

- Sim - ela enrigesse e sussurra - estão vindo. Irei descobrir um jeito de ...

O redemoinho explode em dezenas de faíscas e Úrsula grita, caindo no chão segurando a cabeça. Stifen se ajoelha para amparar.

- Alguém quebrou a conexão - ela fala ofegante - muito poderoso por sinal.

- Acha que pode tentar novamente?

- Não hoje, sinto muito - ela se levanta e sai.

Tayler está afastado conversando com o Jesse que está de cara séria, ele balança a cabeça a vai para o andar de cima.

- Alan, precisamos fazer algo. Não podemos ficar parados - ele fala.

- Eu sei - esfrego o rosto - mas por enquanto não podemos fazer nada - olho para ele - você gosta dela não é?

- Sim.

- Estaria disposto a fazer qualquer coisa para encontra-la?

- Claro que sim.

- Ótimo - fecho a mão em punhos - quero que fale com o George, o Jesse e a Úrsula. Iremos para Veneza atrás de rastros.

- Sim senhor - ele se mexe desconfortável - e o seu irmão?

- Mande o Jesse interroga-lo, sei que é a especialidade dele.

Ele assente e sai. Suspiro profundamente. Como tudo tinha virado de cabeça para baixo de uma hora para outra? Pesco o celular no bolso da calça e procuro por um nome específico, assim que o acho ponho para discar. Ela atende no primeiro toque.

- Alô?

- Anne? - o silêncio do outro era imensurável - está com medo de mim não é?

- N-não é que... é que... - ela gagueja - olha, só é muita coisa para absorver entende? - balanço a cabeça mesmo sabendo que ela não pode ver - só estou tentando digerir direito.

- Compreendo. Não voltarei a incomodar.

- Espera! - ela grita antes que eu desligue - está tudo bem?

Eu adoraria falar a verdade mas não podia envolvê-la nisso, não poderia por ela em risco.

- Sim, vai ficar.

Eu faria ficar, por bem ou por mal.

* Enfim gente, vou passar uns dias sem postar capítulos. To meio sem motivação entendem? Preciso sair e aproveitar mais essas férias então não me matem!!! Talvez eu poste alguns pov's ou capítulos extras, não sei.. Vou me dedicar a Angelorum, meu livro engavetado. Obrigada e xero, porque um xero é um xero :*



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