A Marca dos Caídos - Livro I...

By RWSaint

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O mundo em que vivemos é repleto de mistérios que meros olhos humanos não poderiam compreender. Anjos, demôni... More

Prólogo
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPITULO IV
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPITULO VII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO VIII.I
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XIV
NOTA
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO XX.I
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO XXX
Agradecimentos
Recadinho

CAPÍTULO XV

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By RWSaint

Aydan

Foi mais fácil do que pensei, o Alan não havia desconfiado da minha versão da historia. A fuga de Geneviève e Vince da ilha do Clã tinha sido um bônus para mim e quando haviam dito que iriam até a Emily, eu quase tinha pulado e batido palmas de alegria pela sorte. Agora aqui estou, no escritório do Alan, sentado ao lado do Tayler tentando achar uma forma de localizar a Emily que tinha fugido no meio da noite. Era frustante saber que eu tinha falhado. Como explicaria isso ao Mestre?

- Tudo bem Aydan ? - Alan me encara com a testa franzida, segurando um celular na orelha.

- Sim - respondo - apenas preocupado.

O Tayler ao meu lado bufa, uma sombra de sorriso aparece em seu rosto vincado pelo cansaço. Tínhamos passado o dia inteiro com os sentinelas da casa vistoriando cada canto dessa minúscula cidade atrás da Emily e do tal Eric, sendo que não havíamos encontrado nenhum rastro deles. Quando a noite caiu decidimos voltar para a mansão e contatar os amigos que trabalhavam para o Alan nas cidades onde tinha os Cassinos Danvers para que fizessem buscas por lá e ficassem de olho. Ele estava conversando com um no exato momento.

- Qual o seu problema? - pergunto ao Tayler. Ele se endireita e me encara.

- Nesse exato momento? Você. - ele se levanta cerrando os punhos - isso só começou porque você chegou.

- Então quer dizer que ela só fugiu por que eu cheguei? - gargalho - que absurdo.

Ele rosna na minha direção. O Alan bate os punhos na mesa.

- Eu quero ambos calados! - ele grita em nossa direção e volta para o celular - obrigado Jackson, me avise qualquer coisa.

- E então? - ele parecia cansado, sombras negras embaixo dos olhos estavam a vista - quando foi a ultima vez que se alimentou?

Ele se levanta e vai até um frigobar, retirando de lá uma garrafa com um líquido rubro, ele levanta para o Tayler que nega com a cabeça. Se sentando de volta, ele nos encara.

- Falei com todos os gerentes dos meus cassinos em vários países do continente - ele fecha os olhos e toma um gole - disseram que vão ficar de olho e qualquer informação irão me avisar.

- Ela vai aparecer, não se preocupe.

- Agora - Tayler encara algo pela janela - é preciso saber por que ela fugiu. E com o Eric.

- Talvez - brinco com o fiapo da calça moletom do Alan - ela tenha se cansado de você e quis fugir com ele.

- Chega. Só por que você é irmão do Alan e da Emily não significa que não possa chutar o seu traseiro daqui até marte, porra!

- Eu gostaria de ver você tentar - o desafio.

Suas presas aparecem e logo o Alan se interpõe entre a gente.

- Qual o problema com vocês dois hoje? - Alan olha para o Tayler e depois para mim.

- Comigo? Problema nenhum. Agora ele - aponto para o Tayler - se acha no direito de ficar mais preocupado com a nossa irmã do que nós só porque está apaixonado por ela.

Ele enrigesse a postura. Sorrio internamente. Um ponto para mim.

- Claro que percebi - sento na cadeira e cruzo as pernas tranquilamente - não sou idiota.

- A questão não é essa imbecil - se olhar queimasse, eu deveria estar ardendo no inferno.

- Ah é? Então me fale qual é.

- Ela está doente e pode morrer a qualquer hora. E eu não confio no Eric para cuidar dela ...

- Porque - o interrompo - acha que ninguém além de você pode cuidar dela?

- Chega! - ele explode e encara o Alan - ele deveria ter continuado morto - e sai da sala batendo a porta.

- Você não muda não é? - Alan me encara.

- O quê? Só por que o tolo está apaixonado pela nossa irmã? Ela vai massacra-lo com salto agulha e corpete. Estou fazendo um favor a ele.

Alan se senta e olha para mim, seus olhos escondendo segredos, não havia percebido que tinha se tornado tão sábio. Era de se esperar, administrar cassinos era só para quem era esperto, nesse mundo dos jogos era tudo ou nada.

- A nossa irmã mudou muito - ele esfrega as têmporas.

- A ponto de se apaixonar? - pergunto duvidoso. Ele dá de ombros - Para onde acha que ela foi?

Antes que ele pudesse responder, o Tayler invade o escritório com uma cara estranha menos de cinco minutos depois de ter saído.

- Ilha del Angeles! - ele fala.

- O que? - pergunta o Alan com a testa franzida.

- A Ilha dos Anjos - ele se aproxima e senta ao meu lado - ontem o Vince disse que era preciso que a Emily voltasse para essa tal ilha, que precisavam dela lá. Acho que seria um bom lugar para ela fugir.

- Mas o Eric não entraria lá - Alan cruza os dedos das mãos - nenhum outro sobrenatural entra sem a autorização do chefão de lá.

- Tem certeza?

- Absoluta.

- Mas ele pode só acompanha-la - digo - levá-la até lá e talvez volte depois.

- Temos que dar um jeito de falar com ele ou com Geneviève - ele começa a teclar loucamente no notebook, os olhos indo de lá para cá rapidamente.

- Sei onde encontrar o Vince. Na vinda para cá ele me disse que trabalhava na Boate Devil em Londres.

- Ótimo - Alan aponta para mim e para o Tayler - vocês dois irão juntos e sem discussão.

Olho o Tayler de relance e ele parecia tão horrorizado com a ideia quanto eu. Um trovão explode ao longe enunciando uma tempestade.
Bela ideia irmãozinho!!

Emily

- Nossa!! Dá para ouvir seu estômago à distância - Eric fala com um meio sorriso. Ele ainda esperava que eu o mandasse para casa mas a cada momento eu me sentia mais fraca, o que significava que eventualmente eu precisaria dele. Soco o braço dele quando se aproxima - aai!! Por que fez isso?

- Porque você é um idiota - respondo simplesmente e pego a maçã que ele havia trazido. Dou uma mordida - nossa!! Ta um delicia.

- Obrigado. Andei malhando - sorri travesso. Reviro os olhos - acho que já passamos a fronteira.

Eu tinha dormido a noite toda com os movimentos da sua corrida e boa parte do dia seguinte também. Quando acordei eu estava deitada em uma capa de folhas grossas com a cabeça apoiada em sua jaqueta, ele estava ao redor de uma fogueira observando o lugar ao nosso redor.

- Acha que eles estão nos procurando? - a noite cai clara e a fogueira afastava os mosquitos.

- Acho que sim - suspiro - caiu uma chuva, isso servirá para apagar o nosso rastro.

Ele balança a cabeça pensativo. No que estaria pensando? Deixo meus pensamentos me levar também. Onde o Tayler estaria agora? Estaria preocupado ou puto da vida comigo? Voto na segunda alternativa. Pego um graveto e jogo com força na fogueira.

Pare de pensar nele idiota!!

- Você gosta dele não é? - Eric sussurra.

- Quem? - pergunto confusa.

- Do Tayler. Esta pensando nele agora, não é?

- Eu não sei.

- Como assim não sabe?

- Ué, simplesmente não sei - sorrio nervosa. Pego o agasalho extra na minha mochila e ponho, a temperatura estava baixando e a fogueira não parecia ser suficientemente quente.
Eric se aproxima, senta ao meu lado e me apoia em seu peito. O empurro mais por reflexo e surpresa.

- O que está fazendo? - minha voz sobe uma oitava.

- Bem, você está com frio - ele aponta para mim e depois para si mesmo - e eu sou um lobisomem, tenho calor corporal para dar e vender - como eu ainda o olhava desconfiada, ele ergue as mãos e me olha nos olhos - não irei fazer nada, só não posso deixar você morrer de frio.

Ele parecia sincero. Me aproximo e deito em seu peito, ele põe os braços ao meu redor e apoia o queixo na minha cabeça.

- Você sabe que se tentar algo eu arranco seus braços, não e? - pergunto meio sonolenta. Seu peito treme quando ele rir.

- Sim - ele boceja. Pouco tempo depois ele respira lentamente e com isso, eu apago depois.

Acordamos depois do meio dia, praguejando alto por termos perdido boa parte da viagem. Comemos e caminhamos um pouco até chegar à uma rodovia. Passamos meia hora pedindo carona, até que um velho caminhoneiro para e pergunta se estamos indo para Paris, respondo que sim em francês. Eric olha para mim espantado quando engajo numa conversa em francês com o velho senhor mas não se mostra interessado por muito tempo e logo pega no sono.
Descubro que seu nome é Émile e que mora numa pequena cidade no campo. Rimos quando comparo nossos nomes e assim chegamos ao coração da França cinco horas depois. Pedimos um milhão de vezes que aceitasse nosso dinheiro em forma de pagamento pela carona mas ele não aceita e vai embora. Ao longe, iluminada por centenas de lâmpadas, a torre Eiffel brilha contra o céu noturno.

- Bom e agora? - Eric pergunta. Riu da cara amassada de sono dele e ajeito seu cabelo bagunçado. Ele paralisa quando meus dedos o tocam. Recuo e sorrio meio sem jeito.

- Devemos ficar longe de qualquer agitação e obviamente longe dos cassinos. Meu irmão deve ter ligado para todos os gerentes e mandado ficar de olho.

- Então é melhor acharmos um hostel ou algum albergue para passarmos a noite - Eric fala enquanto caminhamos pela calçada, o tráfico da noite parisiense rápido e frenético.

Caminhamos pelas boutiques e cafés mais famosos de Paris. Eu já tinha visitado a cidade antes mas sempre parecia ser a primeira vez. Qualquer humano distraído pensaria que estávamos de férias, a julgar pela boca aberta do Eric a cada esquina.

- Nunca esteve em Paris? - pergunto

- Ahn, não - ele responde como se isso fosse obvio.

- Dizem que as mulheres parisienses são as mais bonitas do mundo - bato no ombro dele e pisco.

- Pode até ser mas sei de uma que supera todas - seus olhos caramelos me avaliam.

Mostro a língua para ele que sorrir mas rapidamente fica serio e me puxa para um beco entre duas construções.

- O que está... - ele tampa a minha boca com a mão e balança com a cabeça pedindo silêncio.

Na entrada do beco, dois homens corpulentos conversam em francês. Um deles gesticula rápido, o outro apenas balança a cabeça.

- Vous devez être conscient Mord, la sœur du chef Alan a fui et tout le monde devrait obtenir cas intelligent pour voir - Deve ficar atento Mord, a irmã do chefe Alan fugiu e todos devem ficar espertos caso a vejam.

Eles partem cada um para um lado. O Eric suspira e destampa a minha boca. Ele olha para mim, seus olhos pedindo desculpa pela grosseria.

- Eram vampiros, senti os cheiros deles de longe - ele alisa meu braço onde tinha ficado vermelho por causa do puxão - desculpe.

- Tudo bem. Você nos salvou - aponto com a cabeça para a entrada enquanto contornamos as construções - aqueles dois eram do cassino, Mord e Edmund, os braços direito do Alan aqui.

- Então é melhor sairmos das ruas - afirma.

Caminhamos por mais alguns quarteirões tomando cuidado em ficar atentos a qualquer coisa. Finalmente achamos uma pensão de quinta num bairro pouco " visitado" por pessoas de bem. Isso afastaria qualquer pessoa que tentasse nos encontrar.
A dona do lugar era uma senhora velha, enrugada e com cara de má, nos olhou torto assim que chegamos. Sua voz era rouca como se ela nunca a usasse. Ela não pergunta quem somos e nem pede nossas identidades, apenas pergunta quanto tempo pretendíamos ficar e como íamos pagar.

- Ficaremos apenas está noite. Pagaremos em dinheiro - respondo tirando a carteira do bolso.

- Quartos juntos suponho? - ela indaga. Paraliso, olho para o Eric que ri se divertindo da minha cara.

- Sim senhora. Mas com duas camas em cada extremidade do quarto - ele fala e a senhorinha parece suspirar de alívio. Ela faz as anotações e nos entrega a chave do quarto 101

Subimos as escadas e nos acomodamos. O quarto era uma suíte e o Eric olha para a porta do banheiro com avidez.

- Sabe, você pode ir tomar um banho.

- Eu até poderia, se tivesse trazido uma muda de roupa - ele toca a camisa. Ele não havia trazido nada consigo.

- Posso te dar algum dinheiro e ali na esquina eu vi que tem um brechó bem fofo, pode comprar umas roupas lá - falo mexendo na carteira.

Ele me olha como se eu fosse louca e mexe no bolso da calça jeans tirando a carteira e balançando na minha frente. Ergo a sobrancelha.

- Então qual o problema? - pergunto.

- Não posso deixar você sozinha.

- Claro que pode. Anda - vou até a porta da frente e abro - vou tomar um banho enquanto estiver fora e quando voltar ainda estarei no banho provavelmente.

Ele sorrir de lado e me encara seriamente depois.

- Tem certeza?

- Absoluta - afirmo.

- Tudo bem - ele ainda não parecia convencido - qualquer coisa grite meu nome. Eu vou ouvir.

- Sério?

- Sim, consigo ouvir tudo a 2km

Ele toca meu queixo caído quando passa por mim saindo do quarto. Sorrio e vou para a mochila pegar a muda de roupa e uma escova de dentes. Sigo para o banheiro, as paredes eram de um azulejo azul com branco e no fundo dele havia uma banheira do início do século. Dentro do armário encontro toalhas limpas e sabonete, ligo o chuveiro e espero esquentar, retiro a minha roupa e dou uma olhada nas minhas costas. Elas estavam piores, as veias antes roxas agora estavam negras. Tento por minhas asas para fora e uma dor alucinante rasga minha coluna, me apoio na pia para não desmaiar e respiro fundo algumas vezes.

Anotado, não fazer isso mais.

Vapor preenche o box e então entro debaixo da água fumegante esfregando a cabeça em movimentos circulares para retirar a sujeira do dia anterior . A água quente retira todos os nós de tensão do meu corpo e alivia a dor nas minhas costas. Parecia que tinham se passado cinco minutos quando escuto alguém bater na porta do banheiro.

- Cheguei - a voz do Eric do outro lado da porta me tranquiliza 

Fecho a torneira, me enxugo rapidamente e escovo os dentes encarando meu reflexo. Uma batida exigente na porta me faz pular.

- Dá para sair dai ou quer acabar com a água do planeta primeiro ? Eu preciso tomar banho okay? - Eric resmunga se afastando.

- Para sua informação, eu sou uma mulher e posso demorar o tempo que eu quiser - grito.

Ele abre a porta me fazendo engasgar com a pasta. Ele me olha com uma expressão divertida e irritada ao mesmo tempo.

- Eu poderia estar nua sabia? - cuspo e lavo a boca

- Eu não tenho tanta sorte assim - ele me empurra para fora, fechando a porta em seguida com um click - e para a sua informação - ele grita la de dentro - a porta tem tranca.

Chuto- a com força e ele gargalha, o barulho do chuveiro sendo ligado poucos segundos depois. Em cima da cama tinha três sacolas plasticas com um logotipo do brechó, mais duas sacolas de papel com mantimentos e dois copos de cafés fumegantes. Sorrio para o gesto dele e pego um dos copos dando um gole longo. Preto e bem forte. Olho o quarto, suas paredes descascando por causa de alguma infiltração eram amarelas, o ar estava ligado mas não suavizava em nada o calor, as duas camas bem forradas com lençóis brancos. A porta do banheiro abre exatos dez minutos depois, o Eric sai vestido com uma camiseta cinza sem mangas e uma bermuda preta, enxugando o cabelo molhada com a toalha que eu havia deixado pendurada em cima do box. Ele para e olha para o copo de café na minha mão com a testa franzida.

- Por que você está bebendo os meus cafés? - ele pergunta. Abro a boca e olho para o copo, ele suaviza a expressão e sorrir - estou brincando, é seu.

Pego meu travesseiro e arremesso na cara dele, que esquiva rindo alto.

- Idiota - bebo mais um gole.

- E então? Qual o plano para amanhã? - ele pergunta pegando o próprio café e um pedaço de queijo.

- Bem, amanhã cedo voltamos a estrada, não podemos perder tempo senão o Alan vai uma hora ou outra nos achar.

- Tudo bem. Eu acordo você - ele diz suavemente.

- Paris é linda não é? - pergunto olhando para a noite estrelada

- Tem seu charme - ele fala dando de ombros - nada é mais bonito que seu lar.

- Sente falta de sua casa?

- Ás vezes. Deixei muita coisa para trás - ele franze a testa - mas não me arrependo

Ficamos em silêncio por um longo tempo até escutarmos uma batida na porta. Olho para ele que me encara fazendo uma pergunta silenciosa. Balanço a cabeça dizendo que não havia pedido nada e ele se levanta quando mais uma vez rudemente alguém bate na porta. Pego minha espada da mochila e me levanto ficando atrás do Eric, que esta com as mãos em forma de garra e os olhos brilhando em amarelo incandescente. Antes que ele pudesse alcançar a maçaneta, a porta se rompe com um estrondo e dois brutamontes entram.

Mond e Edmund entram no quarto e sorriem ao nos ver. Mond era o que dava mais medo, a cicatriz que cobria metade do seu rosto brilhava por causa das luzes do quarto, tinha quase dois metros de altura e tinha um corpo largo e forte; já Edmund era mais ágil e veloz, seu corpo torneado e esguio. Ambos traziam armas na cintura mesmo sendo vampiros, o que significava que eles deviam estar trabalhando antes de vir para cá.

- Olá ma chère - Edmundo se aproxima calmamente. Eric dá um passo para a frente e eu ergo a espada - seu irmão está muito preocupado com você.

- Como nos achou? - pergunto entre dentes.

- Eu senti seu cheiro no beco mesmo sendo encobrida pelo cheiro de cachorro molhado desse dai - Eric rosna fazendo Mond e Edmund sorrir - e quando ele se afastou para comprar comida foi mais fácil ainda seguir seu cheiro. Você sabe como eu trabalho garota.

- Bem, considere-se demitido! - pulo na direção de Mond erguendo a espada, ele se esquiva no ultimo segundo.

Olho para o lado e Eric esta transformado em cima de Edmund tentando rasgar a garganta dele com as garras e as presas. O quarto não era muito grande e isso impossibilitava nossa movimentação, mais eu havia sido treinada para qualquer situação. Seguro seu braço e torço ouvindo um osso quebrar, com o braço bom ele consegue segurar meu pescoço me jogando no chão, com a queda a espada é jogada para longe.

- Você é mais durona do que pensei garotinha - ele sorrir.

- Eu não sou uma garotinha - chuto seu estômago e isso é suficiente para que eu me levante e consiga por minhas pernas ao redor do seu pescoço, torço dando uma chave de perna deixando-o fora de combate.

- Emily? - Eric me chama do outro lado do quarto com sua respiração ofegante - precisamos sair daqui agora!! Você está bem?

- Sim.

Aceno com a cabeça recolhendo a espada do chão pondo na mochila enquanto ele arruma suas coisas dentro das sacolas. O quarto havia sido destruído. Escuto o barulho de passarinhos do lado de fora. Amanheceu?. Corremos escada a baixo e a velha senhora da recepção não estava mais lá. Andamos rapidamente pelas vielas e becos em direção a parte baixa da cidade, assim poderíamos pegar um ônibus para a rodovia principal. E de lá finalmente a Itália.

- Onde aprendeu a lutar daquele jeito? - ele me pergunta de rabo de olho

- Tenho meus segredos.

- Então é melhor eu não mexer com você.

- É melhor mesmo - gargalho enquanto corríamos.

Era isso, não podíamos confiar em ninguém e não podemos passar muito tempo ao ar livre onde possam nos ver. Pelo menos agora sabíamos que o Alan estava atrás de nós. O relógio da catedral soa os sinos avisando que eram seis da matina.

'Essa hora amanhã - penso - estaremos na Itália. Estaremos no Clã'

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