A Marca dos Caídos - Livro I...

By RWSaint

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O mundo em que vivemos é repleto de mistérios que meros olhos humanos não poderiam compreender. Anjos, demôni... More

Prólogo
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPITULO IV
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPITULO VII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO VIII.I
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XIV
NOTA
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO XX.I
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO XXVII
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XXIX
CAPÍTULO XXX
Agradecimentos
Recadinho

CAPÍTULO XI

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By RWSaint

Aydan

Retiro a camisa ensanguentada e a jogo na parede do quarto. Era um cômodo amplo com janelas largas em forma de arco, no canto esquerdo possuía um lareira, o que não fazia diferença já que lobisomens não eram assim tão suscetíveis a troca de temperatura, a cama king size ficava no centro, as paredes eram brancas e nuas, sem nenhuma decoração ou porta retratos. No lado direito havia uma porta que levava ao banheiro, ele destranca e entra, quando liga a luz consegue ver seu reflexo no espelho, parecia cansado e com olheiras profundas. A quanto tempo não dormia?. Tirando o resto da roupa, se dirige ao chuveiro e o liga.
Se esfrega até tirar parte do sangue, dele e de outros, do corpo. A missão de " recrutamento" tinha sido mal calculada, os vampiros que eles atacaram sabiam se defender muito bem e com muito esforço conseguiram capturar alguns. Terminando, ele se enxuga e enrola a toalha ao redor da cintura, vai até a porta do guarda roupa,pega um moletom e uma camiseta branca.
Enquanto se veste pensa no que ocorreu naquele dia na floresta quando viu a irmã. Emily. Ela ainda continuava a mesma, a não ser pelos olhos que estavam numa tonalidade diferente, mas ainda assim a mesma. Tinha ficado surpresa é claro. Quando sentiu seu cheiro na floresta, não conseguiu controlar o impulso e correu para ver se a via. Ela estava pálida, seu coração batia num ritmo estranho como se estivesse se esforçando para bater.
Quando termina de se vestir, pega um livro na cabeceira. Já estava se deitando quando escuta uma batida na porta.

- Entre.

- Com licença senhor - era Édipo, um dos únicos homens em quem confiava aqui dentro - novas informações me foram passadas - ele parecia nervoso - mas não são boas.

- Quase nunca são. Isso não me surpreende mais. Fale o que descobriu.

- Senhor... é sobre sua irmã.

Me levanto num pulo da cama e chego mais perto, ele se encolhe com medo.

- O que tem ela? Fale!

- Ouvi de um dos guardas mais próximos do Mestre falando sobre ela. Eles disseram que não iria demorar muito para ela se juntar a nós.

- Se juntar? A Emily nunca faria isso! Ele iria preferir morrer.

- Essa é a questão. Eles... eles a envenenaram com Roza Negra.

O agarro pelo colarinho e ele fica completamente pálido e sem expressão.

- O que disse? - sussurro.

- Eu sinto muito senhor. Parece que houve uma emboscada para captura-lá mas ai ela os combateu. Um deles atirou e a bala estava com o veneno dentro, então...

O solto e ele se move para a porta aliviado me dando um " com licença" fechando-a atrás de si quando sai. Permaneço no meio do quarto ainda digerindo a informação. Envenenada ? Eles a envenenaram? Cerro os punhos. Ele tinha me prometido que não a machucaria nunca. Foi um trato e ele não está cumprindo.
Troco o moletom pela calça jeans e ponho o sapato. Saio para o corredor iluminado por candelabros a moda antiga e sigo até a sala de reuniões, ele sempre estava lá na sua cadeira de veludo vermelho, imponente e cheio de si, como se nada o atingisse.
Entro na sala e como eu imaginava, ele estava la. Sozinho. Era um homem alto e esguio, seu cabelos outrora negros agora estavam com pequenos fios grisalhos, estava vestido de negro dos pés a cabeça o que realçava seu tom de pele azeitonada. Ele sorri quando entro.

- Ora,ora,ora - tinha a voz grave e marcado por um sotaque diferente - a que devo a honra?

- Você não cumpriu o trato que fizemos.

- O que quer dizer?

- Eu sei da emboscada que fizeram para a minha irmã. Vocês a envenenaram - cerro os punhos e controlo o desejo de me transformar. Ele sorrir com os olhos brilhando em um tom alaranjado de lobo alfa - não foi isso que combinamos.

- Eu não sei do que está falando.

- Sabe muito bem! Se algo acontecer com ela...

- O que vai fazer? Me matar? - sua voz destilava sarcasmo - por favor Aydan, ambos sabemos que nunca fará isso.

- Eu quero o antídoto.

Alguém entra no recinto. Era o tal bruxo, braço direito do Mestre.

- Não existe antídoto.

- O-o que?

- Você ouviu. Não existe antídoto. Pelo menos, não encontrado facilmente.

- Você o tem? - meu coração batia acelerado.

- Sim. Mas nunca o darei a você.

O Mestre que escutava tudo calado se pronuncia.

- Vamos fazer um acordo Aydan

- Estou cansado de fazer acordos com você! - rosno.

- Esse você vai até gostar - ele sorrir - vá atrás dela, consiga a confiança de volta e a traga aqui. Se ambos colaborarem, o antídoto será dado. Caso contrário...

Ele não precisa continuar. Mas voltar? Encontrar o Alan e a Emily? Depois de tantos séculos fingindo a minha morte. Não seria fácil conquistar a confiança deles, principalmente da Emily. Ergo os olhos e ele me encara, esperando uma resposta.

- Tudo bem... Pai.

Emily

- Façam de novo - repito pela milésima vez.

Estávamos treinando a mais de cinco horas, e muitas ainda não tinham conseguido fazer a sequência correta. Eu cumpri o que havia prometido e só estava treinando as mulheres, os homens estavam em algum outro lugar com o Tayler e o Jesse os treinando.
Quando estava saindo essa manhã para reuni- las, o Alan passou por mim em direção ao escritório sem nem olhar para mim, o que era compreensivo já que eu não havia falado nada sobre quem estava na floresta. Bufo. Como eu iria dizer algo assim para ele? Adivinha irmão? Vi o Aydan! Pois é, ele não esta morto. Assim que se recuperasse do choque me levaria ao manicômio mais próximo.

- Continuem.

- Por favor, podemos parar um minuto? - uma lobisomem, acho que seu nome era Yve, me encara com expressão severa. - não somos frágeis como humanos mas também não significa que não cansemos.

- Numa batalha, um minuto faz uma diferença entre estar vivo ou morto.

- Mas não estamos numa batalha.

Olho para as outras mulheres e as dispenso com um aceno de mão. Não queria admitir mas também estava cansada, tanto física quanto psicologicamente e isso não era um bom sinal. Raramente me sentia assim.
Deve ser o veneno.
Recolho as minhas adagas e a minha espada e vou para a casa. O céu estava em tom de púrpura prenunciando o anoitecer, o som da noite chegando a seus ouvidos enquanto caminhava e a lua surgindo cheia por trás das nuvens. Podia ser considerada um ser de Luz mesmo quando caiu mas sempre achou a noite um momento peculiar, uma hora para pensar e refletir.
Começou a lembrar da ilha e por um momento pôde sorrir. A Ilha dos Anjos era um lugar paradisíaco, sempre se perguntou se era por que a própria ilha era bonita ou se era a presença da Luz dos anjos lá. Fazia séculos que não tinha notícias. Torcia muito para que o Clã não os localizassem.
Entrando na casa descobriu que não tinha ninguém ou se tinha estavam todos no quarto, o recinto estava silencioso. Subo as escadas e vou para o quarto, de relance vejo o violão encostado na cômoda. Passo a mão por cima da capa e vejo que esta empoeirada, fazia muito tempo que não tocava ou cantava e eu sabia um lugar para onde podia ir sem que ninguém me ouvisse.
Ponho a capa do violão atravessada no peito pela cinta e vou para a varanda. Deixo minhas asas se libertarem e se esticarem a vontade, me ergo e voo em direção a cachoeira. O vento frio indicava que o inverno se aproximava e isso significava que o Natal também estava próximo.
Como o tempo está passando rápido!
Como quando veio pela primeira vez, o cheiro das rosas me atinge. A cachoeira brilhante e cristalina. Me sento no mesmo lugar onde estava com o Tayler, tiro o violão da capa e começo a tocar uns acordes. Deixo minhas asas do lado de fora, elas precisavam de um pouco de ar.
Uma música que eu tinha escutado um garoto da nossa turma cantar numa apresentação da escola me vêm a mente e tento tocar, ele me disse que se chamava Angels do Whitin Temptation.

" Sparckly angel i coundn't see
Your dark intentions, your feelings for me
Fallen angel, tell me why?
What is the reason, the thorn in your eye?"

- Imaginei que você teria uma voz incrível.

Olho para trás e vejo o Eric parado a alguns metros de mim com as mãos no bolso, ele estava usando uma calça jeans preta e uma blusa cinza escura sem mangas onde dava para notar seus bíceps proeminentes. Eu deveria está fazendo alguma cara estranha já que ele levanta as mãos para cima como se eu estivesse armada.

- Vim em paz. Posso me sentar?

Dou de ombros, ele se aproxima e senta ao meu lado. Olho de relance, seu cabelo cor de mel balança quando uma brisa passa. Ele vira os olhos para mim e percebo o quão bonito é com seus enormes olhos dourados.

- Como achou esse lugar? - pelo que o Tayler disse, era impossível achar. Eu que morava aqui a algum tempo não sabia da existência desse lugar

- Eu estava na floresta e vi você passando - ele olha para as minhas asas admirado - são muito bonitas.

- Obrigada. Fique longe delas.

Ele gargalha e esfrega a barriga

- Pode deixar! Não quero sentir aquilo de novo, é pior que um soco no estômago..

- Gostaria de dizer que sinto muito, mas não sinto. Vocês pareciam homens da caverna rolando no chão e trocando socos.

- Em minha defesa, ele me atacou primeiro.

- Não importa - ponho o violão na capa - não irá acontecer de novo - cerro os olhos - certo?

- Sim senhora - ele balança a cabeça seriamente - posso fazer duas perguntas?

- Claro.

- O que foi aquilo? Digo, quando nos separou.

- Ah! - viro o rosto na direção da cachoeira - pressurizo o ar e o jogo em forma de bola.

- Uow...

- E a segunda pergunta?

- Você e o Tayler tem algo? - ele olha para as mãos quando pergunta. Tinha dedos longos e um anel estranho, ele o girava devagar quase como se não percebesse que o fazia.

- Algo como o que?

Ele olha para mim franzindo o cenho.

- Deixa para lá é que...

- O que você está fazendo aqui? - a voz baixa do Tayler nos assusta tanto que ambos pulamos.

Não tínhamos ouvido a chegada dele. Eric suspira e se levanta sem nem ao menos olhar para ele, já estava saindo pelo lado oposto do Tayler mas para, volta e se abaixa na minha direção dando um beijo na minha bochecha, fico tão surpresa que não me movo. Escuto o rosnado alto do Tayler e o Eric se afastando correndo e rindo, quando chega no limite da clareira, se transforma num enorme lobo castanho e some pelas árvores.

- O que ele estava fazendo aqui? - sua voz estava contida, mas pelas veias no pescoço dava para notar como estava com raiva.

- Não sei.

Ele olha para mim e suspira, se senta onde o Eric estava e faz cara feia.

- O que foi?

- Está fedendo a cachorro - diz ele entortando a cara.

- Depois ficará fedendo a vampiro, apesar de que eu não sinto cheiro nenhum.

- Claro que você não sente - ele amassa um pequeno caderninho que eu não havia percebido que segurava - você não tem um super olfato - diz ele sarcasticamente.

- Qual o seu problema hoje hein?

- Meu problema? Você quer saber qual o meu problema? - ele vira o corpo para ficar de frente para mim - meu problema foi que eu passei cinco horas treinando pessoas que possivelmente depois da batalha não irei ver porque estarão mortos, depois que os dispenso vou procurar você e adivinha? Você simplesmente some - seu olhar escurecia cada vez mais a medida que as palavras saltavam de sua boca - quando finalmente percorro toda a propriedade e não te encontro , venho aqui e vejo o Eric em cima de você, um local que deveria ser um segredo para você e eu. Satisfeita em saber qual é a droga do meu problema?

Não consigo responder a altura nem retrucar sarcasticamente, então fico apenas calada enquanto ele inspira e expira para se acalmar. Eu não tinha visto por esse ponto de vista, ele estava certo.

- Ele não estava em cima de mim - falo baixinho - ele tinha acabado de chegar praticamente, estávamos apenas conversando Tayler.

- Conheço o modo de conversar dele.

- Como sabe tanto sobre ele finalmente? - pergunto.

Ele se levanta sem me responder e anda até uma árvore, se senta e tira um lápis do bolso. Começa a escrever ou algo do tipo enquanto eu fico parada o observando, ele passava o lápis suavemente sem pressa e de vez enquando olhava para mim. Ainda dava para ver que estava com raiva mas a medida que o tempo ia passando o verde dos seus olhos voltava.

- O que estava fazendo? - minha curiosidade vence.

- Xii... Fica quieta.

- O QUE!? - ele não me mandou calar a boca, ele não fez isso - eu não vou ficar quieta, você não manda em mim...

- Eu estou te desenhando, então dá para você ficar calada e com essa bunda no mesmo lugar? - faço cara de espantada, quando ele levanta o olhar novamente, dá um risinho - e fazer uma cara melhor que essa por favor?

Suavizo minha expressão e ponho meus braços e cabeça em cima dos joelhos, ele se afasta da árvore e apoia o caderno nos joelhos. Seu cabelo preto cai por cima dos olhos e eu controlo meus dedos para não me levantar e tirar da frente do rosto dele. Fico nessa posição por mais dez minutos até que ele olha para mim sorrindo torto.

- Acabei.

- Cadê? Quero ver!! - corro na direção dele e me ajoelho a sua frente.

- Não.

- Não?

- Não - ele se remexe no lugar nervoso - eu nunca mostrei pra ninguém antes.

- Eu não digo se estiver feio. Prometo

Ele ri timidamente e me entrega o caderno. No desenho dava para ver a área da clareira perfeitamente com os arbustos de rosa azul cercando a área, mais ao fundo a cachoeira com o céu estrelado. E logo no centro disso tudo estava eu, com meus cabelos escuros caindo de lado e sendo levantados pela brisa, meu rosto iluminado pela claridade da lua olhava diretamente para ele com as asas ao meu redor tocando o chão. Eu estava... Perfeita.

- É assim que me vê? Bonita?

- Você é linda Emily.

Olho para ele que me encara com uma expressão séria mas ao mesmo tempo tão intensa que me tira o fôlego, me afasto dele para não fazer nada precipitado e pego o violão.

- É melhor irmos, eu estou um pouco cansada por causa dos treinos e amanhã tem mais então...

- Claro, claro - ele tira o violão do meu ombro e põe no dele.

Voltamos caminhando sem pressa, o Tayler com a boca em uma linha fina mostrando em quão perdido em pensamentos estava, fiquei na minha para não atrapalhar. As luzes do casarão estavam acessas mas o escritório do Alan estava apagado.

- O Alan saiu?

- Sim - diz o Tayler olhando para cima - pouco antes deu ir te procurar.

- Ele não está falando comigo.

- Ele esta certo e nem me olhe com essa cara, você sabe que tenho razão.

Bufo. Um assobio vem do nosso lado e vemos o Jesse caminhando com um sorriso gigantesco no rosto, mas ele olhava para o Tayler. Alguma conversa se passa entre eles apenas com os olhares.

- Tire o sorrisinho da cara idiota.

- Mas eu não ia falar nada - Jesse faz biquinho. Tayler revira os olhos - a propósito, você precisa ir falar com os vampiros.

- Tudo bem? - pergunto ao Jesse

- Sim, nada demais - ele pisca para mim.

- Estou indo - Tayler fala esperando ele se afastar, toca no meu cotovelo e me entrega o violão - por favor, promete não sair até eu voltar?

- Não se preocupe.

- Prometa Emily.

- Tá, prometo - sorrio.

Ele rir e se afasta indo na mesma direção que o Jesse. Corro para o meu quarto, assim que chego me jogo na cama e quase que prontamente caio num sono profundo marcado por pesadelos.
Sabe quando temos noção que estamos sonhando? Mas queremos acordar e não conseguimos? Era basicamente isso, eu estava de volta ao mediterrâneo, na mesma floresta onde o Aydan foi morto. Ou não morto. O cheiro de fumaça chega nas minhas narinas, a noite e a floresta, tudo era igual. Escuto meu nome ser gritado e corro, sabia para onde estava indo, sabia quem iria ver mas isso não impedia meus pés de correrem.
Entro na mesma clareira, vejo Monroy de costas para mim falando com alguém que está ajoelhado sendo segurado por dois vampiros.

- Monroy

Ele se vira e sorrir, um sorriso que faz meu estômago embrulhar. Quando se move, consigo finalmente ver quem estava ajoelhado. Alan ?? O que diabos ele estava fazendo aqui? Ele não estava naquele dia.

- Alan!!! - grito

- Emily... Não!! - sua voz é grave e urgente, me pedindo para não fazer nada.

E tudo acontece como antes, as mesmas palavras , tudo,até que finalmente ele arranca o coração do meu irmão. Mas ele é um vampiro! Não pode morrer assim.
Sou acordada bruscamente por braços que me chacoalhavam sem parar. Meu rosto estava molhado e quando passo a mão percebo que eram lagrimas que eu havia derramado enquanto dormia. Quando foco a visão percebo quem é que me mexe. Alan, com seus enormes olhos arregalados de pavor. O abraço quase o derrubando.

- Por Deus! O que houve? - soluço como uma criança, não me importava. Me solto dele e começo a vasculhar seu peito procurando o ferimento, ele segura meu pulso - o que aconteceu? Por que estava gritando!?

- E-eu... você ti-tinha... nãão - jogo os braços de novo ao redor do pescoço dele. Ele me segura até que eu me acalme - você pode me dizer o que houve?

- Ele tinha te matado - choramingo.

- Quem?

- Monroy - sussurro - você me abandonava também. Morria do mesmo jeito que o Aydan. Eu não conseguia te salvar.

- Não! - ele me aperta quando começo a chorar - eu não vou a lugar algum.

- Promete?

- Prometo.

- Fica aqui? Até eu dormir? - peço

- A noite toda, não se preocupe.

Finalmente me deito e vejo o Tayler na porta me olhando preocupado. Não havia notado que estava lá, ele acena para o Alan e sai fechando a porta. Me deito ao lado do Alan, ele alisa meu cabelo, uma mania que ele tinha adquirido para me fazer dormir quando eu tinha pesadelos depois da morte do Aydan. Meu corpo pesava de exaustão e não demorou muito para que eu adormecesse novamente, só que sem pesadelos.

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