Suddenly is love

By jaureguimp

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Acho muito forte a frase "eu te amo" e guardo para uma pessoa realmente especial, não que não tenham passado... More

The beginning
Days of torture
Yeah, I'm idiot
First Class
Courage
Hope
Where is my self-esteem?
Who seeks finds
Sadness?
Later to the party
Happy Birthday
I'm a fool
A Hug
Time to forget
I can't forget
Back to home
Sermon
Patience
Mismatch
Explication
Pride? I lost mine
Why human beings are complicated?
The Club
After the club
The Moment
The director
And if suddenly is love, why not live this love?

A dream

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By jaureguimp

Olaaaaáá

Depois desse, só temos mais 3 capitulos para finalizar.

Então aproveitem o capitulo.

Beijinhos.

***

Camila POV;

Acordei um pouco desnorteada. Olhei para o lado, Lauren não estava. Uma rápida olhada no ambiente. Bom, eu não estava no meu quarto, então, isso prova que não foi um daqueles sonhos que se confundem com a realidade. Antes que eu pudesse pensar em mais alguma coisa, Lauren entrou no quarto trazendo o sorriso de volta para o meu rosto. Ela conseguia estar ainda mais linda do que todas às vezes que eu a tinha visto. E mais, vocês não vão acreditar, eu não acreditei. É que foi a primeira vez que eu recebi café na cama. Apoiou a bandeja ao meu lado e sentou-se. Vestia um roupão branco, os cabelos estavam molhados, e seu corpo exibia um perfume delicioso, sem deixar de exaltar aquele sorriso. Eu nunca vi um sorriso como aquele, era tão angelical e sedutor. Lauren olhou o relógio que estava sobre a cômoda.

- Boa tarde, amor – Disse com aquela voz dengosa de mulher que está querendo aprontar. Não que eu entenda muito sobre as mulheres, na verdade, não entendo absolutamente nada, mas, bastava entender, ou decifrar os sorrisos, os gestos de Lauren, isso sim era importante pra mim.

- Repete. – Disse. Idiota? Boba? Mistura tudo, acrescenta paixão, amor, saudade, felicidade.

- Repete o que, amor? – Beijou-me – Boa tarde amor, dormiu bem?

- Dormi – Puxei-a para a mim – Está proibida de sair da cama – Disse. Desamarrei o seu roupão. Ela estava nua – Preciso tanto de você – Sussurrei no seu ouvido.

- Eu também preciso de você – Disse com os olhos marejados.

Apertei-a mais forte em meus braços. Estávamos fortes, éramos fortes. O amor verdadeiro que sentíamos nos daria a coragem necessária para destruir qualquer percalço que surgisse no nosso caminho. Assim eu esperava.

Tomamos café na cama, depois Lauren quis fazer amor no chuveiro. Sonhei tanto com aquele momento, fazer amor com ela em todos os cantinhos daquela casa. A água escorrendo pelos nossos corpos, nossas mãos, pele, boca, deslizando uma na outra. Sussurros, gemidos, orgasmos, sorrisos de satisfação, sorrisos de prazer. Eram quase cinco da tarde quando saímos do banho. Pra recomeçar tudo novamente na cama. Seus lábios deslizavam pelo meu corpo, suas mãos se perdendo na minha pele. O único barulho que se ouvia no quarto até aquele momento era o da nossa respiração, nossos gemidos e sussurros de prazer. Mas, de repente toda aquela eclosão de sensações foi interrompida. A porta do quarto fez barulho, estava apenas encostada, Lauren não esperava ninguém, Luís só viria na segunda. Mas acho que ele resolveu fazer uma surpresa. Foi horrível, podem apostar, ele ficou parado olhando com aquela cara de "entrei na casa errada” nós tentávamos nos cobrir às pressas. Pensei que Lauren iria desmaiar, ela ficou pálida, suas mãos geladas. Enrolou-se num lençol, eu fiz o mesmo, puxei o lençol que cobria a cama, não tinha outro mais a mão? Que cara era aquela? Já viram um homem chorar? Acho que ele nem percebeu que estava chorando.

- Luís, eu... eu... – Ela passava as mãos na cabeça, estava assustada, não tinha o que dizer.

- Eu, voltei antes, estava... estava com saudades... – Gaguejou. Olhou pra mim, como se perguntasse alguma coisa – Não dá pra acreditar – Disse inconformado.

- Eu ia contar – Disse ela – Eu ia conversar contigo amanhã, mas...

- Você está me trocando por uma mulher? Quer dizer, por uma criança?

- Eu não sou criança! – Disse furiosa, ele tocou num assunto delicado pra mim.

Lauren olhou-me, acho que ela pediu silêncio. Eu respeitei. Ele ficou alguns minutos quieto, olhando tudo a nossa volta, passava um pouco pela porta, entrando no quarto, depois ele retornava para trás. Estava perdido. A ficha devia estar caindo.

- Olha, Lauren, você tinha mudado, eu pensei que...

- Luís, desculpa, mas, eu nunca mudei, eu me anulei, é diferente.

- Mas que merda! Ela é uma menina! – Disse gritando.

Lauren começou a chorar, sentou-se na cama. Eu abracei-a, foda-se se ele tava ali. Ela tava chorando, e eu não queria que ela sofresse, eu sofria junto. Como se fossemos uma só pessoa.

- Não fica assim – Disse no seu ouvido – Ele está errado, eu não sou criança, sei muito bem o que faço. E eu preciso de você, lembra?

Lauren fitou os meus olhos, passou a mão no meu rosto.

- Vai pra casa, Camila – Disse com a voz doce – Eu preciso conversar com ele.

- Eu não vou te deixar com esse louco – Acho que ele ouviu.

- Louco eu? Sua pirralha. – Disse furioso – A Lauren quem é louca, desistir de uma vida tranquila e segura ao meu lado. Seu pai sabe disso, amorzinho? – Disse irônico – Seus pais sabem, menina? – Disse alterado – Vai perder seu emprego como da última vez.

- Cala a boca, seu idiota! – Disse satisfeita, sempre tive vontade de chamá-lo de idiota– Ela não vai perder nada, acha que Lauren está perdendo alguma coisa deixando de se casar com você? Se liga! Ela não te ama.

- Chega, vocês dois! – Disse – Camila, vai pra casa.

- Mas...

- Ei, vai pra casa, suas roupas estão na secadora, seu celular tá em cima da mesa da cozinha. Fica com ele, vou te ligar quando as coisas melhorarem.

- Pensei que tinha estragado, o celular...

- Está funcionando, incrível, mas, esta funcionando – Beijou o meu rosto – Vou resolver tudo, não fica com medo.

- Ele está te ameaçando – Disse baixinho.

- Vai ficar tudo bem, pode ir – Abraçou-me – Ele não vai fazer nada - Disse.

Cheguei em casa deveras preocupada. Passei pela sala, nem vi minha mãe, na verdade, nem sei se ela estava por ali, entrei batendo a porta, correndo pro quarto. Coloquei o telefone em cima da cama com cuidado. Sentei-me ao seu lado, fiquei olhando-o como se fosse um santo. Tenho uma tia que olha para os santinhos da igreja desta forma, como se eles fossem descer do altar e resolver os problemas dela. Meia hora naquele ritual de adoração, enfim, o dito cujo toca.

- Alô. – Disse.

- Sua cachorra! – Gritou do outro lado da linha – Fiquei o dia todo com isso engasgado na garganta. Como você teve coragem de me abandonar no dia do meu aniversário?

- Dinah, dá um tempo, tá? – Disse quase desfalecendo.

- Feio, muito feio o que você fez, não te perdôo sua traíra.

- Dinah, escuta! – Disse firme – Minha cabeça está fervendo, estou com um problemão. Então, menos, ok?

- Tá, mas o que houve? – Disse interessada.

- Passei a noite com a Lauren. Foi maravilhoso, mas... – Pensei por um instante. – O Luís chegou e pegou-nos na cama – Desabafei. Depois que disse isso, joguei-me na poltrona que tinha no meu quarto. Silêncio do outro lado da linha. - Você tá me ouvindo? Dinah?

- Estou – Disse – É que, nossa! Fiquei imaginando se eu pego o Alfredo na cama com um homem, eu acho que matava – Disse e logo ficou em silêncio.

- Ai meu Deus, pra que você foi me falar isso? – Respirei fundo – Eu não devia ter vindo embora – Me culpei.

- Fica calma, Camila! Mas, ele pegou como? Vocês estavam nuas mesmo? – Disse curiosa.

- Sim.

- Você não devia ter deixado ela sozinha.

- Muito amiga você, manda eu ficar calma e depois mete uma dessa?

- Ele não iria chegar só amanhã?

- Lauren garantiu que ia, mas o idiota voltou antes.

- Então, o noivado acabou! Isso é bom pra você.

- O noivado acabou, mas olha como foi acabar. Ela queria contar pra ele de outra forma.

- Camila, se precisar de alguma coisa, sabe que pode contar comigo.

- Eu sei que sim, chancho – disse e desliguei. Estava sem vontade de conversar.

Logo que desliguei o telefone, percebi que eu não estava mais sozinha dentro do quarto. Minha mãe estava parada na porta. Pela cara, ouviu toda a conversa. Ajeitei-me na cama.

- Hija – Disse atônita – O que você está aprontando desta vez?

- Eu? Nada.

- Quem é Lauren? Essa mulher é noiva? Ele pegou vocês? Você não namora a prima da Dinah?

Minha mãe dizendo tudo aquilo? Estávamos começando uma conversa sobre a minha vida, é isso?

- Senta aqui, mama – Disse – Tem muita coisa que a senhora não sabe, mas também porque nunca quis saber.

Ela sentou-se. Segurou minhas mãos. Isso mesmo! Estava com cara de mãe, sabe? Preocupada, atenciosa.

- O que está acontecendo com você nesses últimos meses?

Vou enrolar um pouquinho. Não vou dizer que estou tendo um caso com minha professora, isso iria assustá-la.

- Estou namorando a minha professora – Disse.

Viram? Eu não disse tendo um caso, namorando é mais bonitinho.

- O que? – Fitou-me assustada. Olhos arregalados.

- Se eu tivesse dito um caso, ela teria me olhado como? – Pensei – Não me olhe assim, ela é legal – Disse.

- Mi hija, quem é está mulher? Quantos anos tem? É noiva, casada ou o que?

- Uma pergunta de cada vez – Disse desconfortável – Ela é minha professora de Matemática. Tem 29 anos, não é casada, tá? – Fiquei olhando pra ela, pra ver se minha última frase aliviava sua expressão – Ela era, noiva, mas, não é mais – Disse convicta.

- E-Ele surpreendeu vocês n-na...

- Na cama, mama – Disse com naturalidade – O que eu faço? Ela está lá agora conversando com ele – Deu pra perceber que eu queria uma amiga, né?

- Ele vai matá-la – Disse apavorada e pensativa.

- Para com isso! – Grande ajuda ela me deu – Vou voltar pra lá – Levantei-me.

- Não, claro que não! – Segurou meu braço – Você vai ficar aqui quietinha. Esse homem pode ser um louco, e deve estar com muita raiva de você.

- Não posso ficar aqui sem fazer nada! – Comecei a andar pelo quarto, deveras preocupada. Desabei a chorar. Minha mãe abraçou-me, acho que foi a primeira vez que ela abraçou-me desde que eu tinha onze anos, e tomei uma surra do meu pai. O que eu fiz?  Nada demais. Só falsifiquei o Boletim do Colégio e dei pra eles assinarem, o original eu mesma quem assinei. Não foi uma descoberta difícil para os dois

- Não sei viver sem a Lauren, mama. – Desabafei – Estou com medo. Pela primeira vez na vida eu estou com muito medo. Ela disse que iria ligar, mas, até agora nada.

- Calma hija. Espera mais um pouco, se ela não ligar, você liga e pronto! – Disse agora calma e serena. Era confortante aquele abraço, suas mãos faziam carinho nos meus cabelos e seus olhos denunciavam que ela estava sentindo as minhas dores. Porque isso demorou tanto pra acontecer? Só agora eu via o quanto precisava daquele carinho, das suas palavras, do seu amor.

- A senhora não vai mais brigar comigo pela minha condição sexual?

- Eu ainda continuo sem entender como você pode gostar de uma mulher, hija. – Enxugou algumas lágrimas que escorriam pelo meu rosto – Mas... – Respirou fundo. Acho que estava sendo difícil pra ela, isso não deve ser fácil pra nenhuma mãe – Tem certeza que ama esta mulher? – Disse.

- Tenho – Não enrolei - Amo muito – Sorri. Ela olhou os meus olhos. Sabia que eu estava falando a verdade.

- Então para de chorar. Pega esse raio de telefone e liga pra ela. Vamos ver como as coisas estão – Disse tentando animar-me – Olha hija. Não sei como o seu pai irá reagir, creio que ele vai dar trabalho, é pouco provável que seja compreensivo, você sabe como ele é.

- Mama! Ele não pode fazer nada, nunca pôde – Disse – Nós nos amamos. – Sorri pra ela – Porque a senhora demorou tanto pra tirar essa venda dos olhos?

- Não cometerei mais esse erro, hija – Sorriu também – Eu te amo.

Nos abraçamos. Depois peguei o celular para ligar. Descarregado. Fomos até a sala para eu usar o telefone. Chamava e ninguém atendia. Tentei o celular de Lauren. Desligado! Nunca pensei que o apoio de minha mãe seria tão essencial um dia na minha vida. Ela segurou minhas mãos bem forte e olhou-me com aqueles olhos que dizem “tudo vai dar certo”. Fiquei mais confiante diante daquele olhar. Nessa hora meu pai chegou. Ele ficou nos olhando com aquela cara de “o que está acontecendo aqui?”

- O que está havendo? – Disse ele. Viram? Quase acertei.

- A Camila está com um problema – Disse minha mãe.

- Está doente? – Fitou-me.

- Não insensível – Pensei – O noivo da minha na...

- Ei! – Repreendeu-me minha mãe – A Camila está envolvida com uma mulher mais velha, é isso – Disse quase num sussurro.

- A prima da Dinah, isso eu já sei – Olhou-nos intrigado – fala logo, mulher! O que está havendo?

- Vocês complicam tudo – Disse insatisfeita – A mulher mais velha é minha professora – Disse e fiquei quieta. Meu pai foi procurando a beirinha do sofá para se sentar. Ele estava mais branco do que o normal.

- O que? Quantos anos ela tem? Como isso aconteceu?

- Interrogatório de novo? – Pensei - Pai, o problema não é a idade dela, e sim, o fato do noivo dela ter nos surpreendido na cama dela – Disse.

Meu pai desabou no sofá. Minha mãe foi logo socorrê-lo. Que drama desnecessário.

- Está passando mal, papa? – Perguntei.

- Não. Estou chocado – Disse, colocando a mão no peito como se estivesse com falta de ar.

- Que bom – Conclui aliviada.

Continuei discando o número de Lauren. Nada! Ouvimos uma buzina tocar no portão de casa. Corri pro portão. Eu conhecia aquela buzina. Corri e entrei no carro pelo lado do carona.

- E então, amor? – Disse receosa.
Lauren deu-me um beijo rápido nos lábios.

- Estava com saudade – Disse – O Luís não aceitou muito bem o rompimento do nosso noivado. Fez ameaças como você mesma viu.

- Você não vai ceder, não é? – Fitei-a nos olhos. Eu estava temerosa.

- Não – Disse de imediato.

Abracei-a.

- Vem cá – Disse abrindo a porta do carro.

- Onde? Pra que? – Estava confusa.

- Você confia em mim?

- Confio.

- Então vem.

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