Suddenly is love

By jaureguimp

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Acho muito forte a frase "eu te amo" e guardo para uma pessoa realmente especial, não que não tenham passado... More

The beginning
Days of torture
Yeah, I'm idiot
First Class
Courage
Hope
Where is my self-esteem?
Who seeks finds
Sadness?
Later to the party
Happy Birthday
I'm a fool
Time to forget
I can't forget
Back to home
Sermon
Patience
Mismatch
Explication
Pride? I lost mine
Why human beings are complicated?
The Club
After the club
A dream
The Moment
The director
And if suddenly is love, why not live this love?

A Hug

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By jaureguimp

Hey babes!

Mais um pra vocês, bem pequeno, mas só pra mostrar como eu não vou demorar mais pra postar, vamos voltar com 2 capitulos por semana, que tal?

Como hoje é domingo, então o próximo só irei postar na quinta ou na sexta, e assim por diante.

I love you all, so... enjoy :)

***

Camila POV;


Eu queria estar em qualquer lugar, menos em casa. Aturar meu pai e minha mãe cobrando meu horário, recriminando minha condição sexual, sermão... Hoje não dava mesmo, não naquele momento. Ficar ali, parada naquela rua escura também não podia, ir à praia seria uma opção, mas, me deixaria muito mais deprimida do que eu já estava. Meu Deus! Eu queria gritar! Queria arrancar de dentro de mim, toda aquela dor que me corroia. Esquecer que Lauren um dia me fez sentir a pessoa mais feliz do mundo. Queria poder arrancar as lembranças dela da minha cabeça, e também, o cheiro dela que estava impregnado na minha pele.

- Vagabunda! –Pensei, na verdade, eu disse, sorte não ter ninguém para ouvir-me naquele instante – Quando ela iria parar de me usar? Marcou a data do casamento, e nem gosta do cara. – Continuei consumida por uma raiva que eu desconhecia até o momento.

Andei umas duas quadras e fiz sinal para um táxi, que por sorte estava passando naquele momento.

- Vamos pra onde? – Disse o motorista.

- Pra qualquer lugar, longe do inferno que eu estou – Pensei – Downtown – Disse.

O homem acelerou, e eu afundei-me no banco de trás daquele carro. Meu corpo estava pesado. As lágrimas continuaram descendo pelo meu rosto, eu estava tão consumida pelos pensamentos frustrados que rondavam a minha cabeça, nem percebi o quanto chorava.

- Está se sentindo bem, filha?- Disse o taxista olhando pelo retrovisor.

Exibiu uma face de preocupado.

- Filha? Esse devia ser o papel do meu pai, não devia? Ele que deveria estar olhando-me naquele momento, daquele jeito – Pensei, enquanto dava-me conta do rosto molhado – Estou bem, obrigada – Disse, tentando enxugar algumas lágrimas, logo desisti, eu enxugava uma, caiam três.

- Brigou com o namorado? – Insistiu.

- Com a namorada, quero dizer, com a amante – Pensei – Não era namorado – Disse.

- Não devia chorar por esses garotos que não te merecem, filha – Sua voz era doce e pausada – Você é tão novinha pra chorar desse jeito. Daqui a pouco, encontra outro namorado, e não lembrará sequer o nome deste que está te magoando.

- Senhor! Não é namorado, é namorada! – Pensei novamente. Entramos na rua que eu havia indicado – Pode me deixar de frente pra esse prédio, por favor – Disse.

Ele estacionou o carro. Eu paguei a corrida, nem quis o troco. Gostei de ter alguém preocupado comigo, ser chamada de filha, mesmo que tenha sido por um estranho, isso me fizera bem. Ao menos um estranho tentou me compreender, e olha que ele nem precisava se preocupar com o meu estado de angústia, já que o seu dever era apenas levar-me onde eu pedisse.

- Tudo nessa vida passa, filha – Disse gozando de uma calma quase celestial – Vocês, jovens, quando estão com algum problema, sempre acham que é o fim do mundo, mas, isso não é verdade. E se esse garoto que está te fazendo sofrer desse jeito não te merecer de verdade, você vai esquecê-lo, pode apostar.

- Obrigada – Desci do carro, ainda desnorteada com os últimos acontecimentos, embora as palavras daquele senhor tenham no mínimo ajudado-me a parar de chorar. Ele partiu, mas, sua face iluminada e gentil ficaram no meu pensamento por alguns segundos.

Ele devia ser um bom pai, pena que não era o meu – Pensei. Essa história de que a grama do vizinho é mais verde, isso é verdade.

Bom, entrei no prédio. Informei ao porteiro onde eu iria, não tive problemas, apesar de ele ser novo no emprego, já nos conhecíamos de vista. Esperei o elevador. Batia o pé no chão nervosa. O elevador não demorou tanto assim, eu é que estava bastante impaciente. Enfim, toquei a campainha do apartamento. Vero quem atendeu-me.

- Camila? Que surpresa. – Sorriu ao ver-me.

- Oi.

- Entra...

- A Dinah, está? – Disse aflita.

- Não. Ela saiu com meu tio, mas, não deve demorar. Pode esperar se quiser – Disse notando minha expressão decepcionada.

Desabei no sofá da sala. Eu estava tão perdida.

- Espero sim – Disse quase num sussurro.

- Quer uma água? Você está pálida! Aconteceu alguma coisa? – Preocupou-se.

- Não... Não se preocupe – Disse já começando a chorar novamente.

Incrível o que acontece quando estamos fragilizados. Basta alguém perguntar como estamos para a vontade de chorar retornar. Vero ficou comovida, sentou-se ao meu lado e abraçou-me. Não consegui recusar o seu abraço, na verdade, eu precisava de um abraço, por isso fui até ali. Precisava desabafar com alguém, do contrário iria explodir. Queria uma palavra amiga, um ombro pra chorar. Pensei em Dinah, mas, como ele não estava, e Vero, bom, Vero parecia tão disposta a ouvir-me. Seu abraço fora tão acolhedor, tenho que admitir. Senti-me bem confortável nos braços dela.

- Pode chorar, Camila – Disse abraçando-me ainda mais forte.

Foi o que eu fiz, chorei por quase dez minutos sem parar. No silêncio do ambiente, só dava pra ouvir o barulho do meu pranto sendo derramado. Dramático isso, não é? Pois foi exatamente o que aconteceu, sem mudar uma vírgula. Teve um momento que eu fiquei quietinha com a cabeça ainda apoiada no ombro de Vero. Percebi que eu estava cansada de chorar. Minhas lágrimas deviam ter acabado, será que eu precisava beber água, agora? Esquece! – Pensei. Ergui a cabeça. Enxuguei o rosto na camiseta que eu vestia.

- Está se sentindo melhor agora? Quer conversar? – Disse Vero.

- Ela me usou – Disse entre soluços.

- Quem? Lauren? O que aconteceu? – Estava confusa.

- Pensei que ela pudesse deixar o noivo, ficar comigo, Sei lá! Pensei que Lauren gostasse de mim, mas, não, ela só queria... só queria... – Não consegui dizer, estendeu-se um nó horrível na garganta.

- Sexo? – Disse com naturalidade.

- É – Concordei mortificada.

- E o que você acha que uma mulher como ela iria querer com você além de sexo? Você é uma menina, Camila. Lauren é uma mulher, quase casada, diga-se de passagem – Sua voz não soava agressiva, mas pra mim, pareceu, ou eu quis que soasse, sei lá. Se vocês pudessem ouvi-la naquele momento, talvez diriam que o seu tom de voz era até calmo demais.

- Vai ficar me martirizando ainda mais? – Disse aborrecida.

- Quer que eu passe a mão na sua cabeça? – Disse irônica – Caia na real, Camila! Esquece essa mulher. Porque se você não esquecer, vai ficar sempre sofrendo desse jeito por causa dela.

Levantei-me deveras aborrecida com sua falta de sensibilidade. Falta de sensibilidade ou excesso de realismo? Fiquei na dúvida. Eu não queria ouvir nada daquilo que Vero disse, embora eu já tivesse admitido que havia sido usada. Estranho, né? Eu podia falar que Lauren tinha feito tudo aquilo comigo, mas, ouvir outra pessoa dizer, era a confirmação de que eu não estava errada, e sinceramente, eu queria estar errada.

- Eu amo a Lauren, droga! Como vou esquecê-la? – Disse alterada.

Vero levantou-se exibindo uma calma irritante. Senti seu olhar sobre mim. Ela não disse nada. Apenas aproximou-se, fechou os olhos e beijou-me. Abracei-a, senti suas mãos no meu pescoço, delicadamente ela puxava-me para que o beijo se prolongasse. Sua língua era macia e delicada, e ela tinha um gosto de menta na boca.

Paramos de nos beijarmos, e Vero permaneceu com os olhos fechados por alguns segundos. Eu que não consegui fechar os meus nem na hora do beijo, fiquei parada, olhando a sua expressão. Eu havia pensado em tantas coisas ao mesmo tempo, menos naquele beijo. O que eu estava sentindo? Eu tinha que sentir alguma coisa, não acham? Que...Que momento era aquele?

Vejamos. Eu estava no momento decepção, passei pelo momento confusão, e agora, olhando pra Vero, eu parecia ter estacionado no momento... no momento... Sim! Momento comparação! Os beijos de Lauren eram insuperáveis – Pensei.

Vero abriu os olhos e sorriu, um sorriso tímido, pelo canto dos lábios.

- Deixa eu fazer você esquecer essa professora, Camila – Disse segura.

- Bom... Eu... – Estava sem saber o que responder. Salva pelo gongo – Pensei ao ver a porta se abrindo.

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