Suddenly is love

By jaureguimp

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Acho muito forte a frase "eu te amo" e guardo para uma pessoa realmente especial, não que não tenham passado... More

The beginning
Days of torture
Yeah, I'm idiot
First Class
Courage
Hope
Where is my self-esteem?
Who seeks finds
Sadness?
Happy Birthday
I'm a fool
A Hug
Time to forget
I can't forget
Back to home
Sermon
Patience
Mismatch
Explication
Pride? I lost mine
Why human beings are complicated?
The Club
After the club
A dream
The Moment
The director
And if suddenly is love, why not live this love?

Later to the party

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By jaureguimp

Camila POV;

Depois que a festa acabou, o pai de Dinah veio nos buscar. Ontem mesmo combinei com ela que dormiria na sua casa hoje. Fazíamos isso com mais frequência antes de Lauren surgir na minha vida, hoje porém, não estava sentindo-me bem para ficar sozinha na escuridão do meu quarto. É estranho, por mais cansada que eu estivesse, deitava na cama, mas, não conseguia pregar os olhos, pensei que dormir fora ao menos naquela noite me faria bem. Porque pessoas deprimidas ficam tão dramáticas?

Chegamos no apartamento de Dinah depois de uma da manhã. Eu e Vero ficamos conversando no quarto de Dinah enquanto ela fora tomar banho. Na verdade, ficamos quase dez minutos uma olhando pra cara da outra sem dizermos uma só palavra. Vero andava pelo quarto, mexia nos porta-retratos que ficavam na mesa do computador de Dinah, até que...

- Posso te fazer uma pergunta? – Disse virando-se na minha direção, pois quando mexia nos porta-retratos, estava de costas para mim.

- Pode sim. – Disse.

- Não acha que a diferença de idade entre vocês é muito grande? – Tenho que admitir, ela era uma pessoa bem direta. Fitei-a intrigada.

- O que a Dinah te disse?

- Nada – Sorriu com aquele ar de superioridade que as garotas mais velhas gostam de exibir – Quando você olhou pra sua professora, percebi na hora – Disse.

- Muito esperta – Sorri irônica e desconfortável com o rumo que aquela conversa estava tomando – Descobriu o meu segredo, e respondendo a sua pergunta, ela não é tão mais velha do que eu.

- Quer saber meu segredo?

- Não! – Pensei. Tive até medo de olhar pra ela – A Dinah gosta muito de você, sabia? Estava ansiosa com a sua chegada, falou em você a semana inteira – Disse. Embora estivesse mentindo, não me lembro de tê-la ouvido falar dela tanto assim.

Vero sorriu. Ficou olhando-me por quase um minuto.

- Minha prima é muito nova pra mim – Disse ainda sorrindo. Sabe quando alguém sorri com aquela carinha de quem quer perguntar: você não entendeu ou está me enrolando?

- Ela tem dezessete anos, você vinte um, a diferença não é tão grande, e mesmo que fosse, qual seria o problema?

- Não teria problema algum, se-se fosse você ao invés dela – Disse, logo sentou-se ao meu lado na cama.

Eu não acreditava que estava ouvindo tudo aquilo. Cadê a Dinah? Demora horas tomando banho! – Pensei. Levantei-me, ela estava muito perto, e vocês podem me chamar de idiota, mas, não costumo ser desleal com meus amigos, sim porque, mesmo estando apaixonada por Lauren, Vero era bem bonita e atraente. Não me venham também com essa história de que quem ama não consegue sentir atração por outras pessoas, isso é mentira. No entanto, pra ser sincera, o que eu senti por ela naquele momento, foi aflição. Isso! Ela me deixava aflita! Afastei as cortinas e pude ver através da janela. Estávamos no sexto andar. Olhando da janela do quarto de Dinah, podia ver os carros pequenos lá embaixo. Como a rua estava movimentada aquela hora da manhã.

- Essa cidade nunca dorme – Disse. Na verdade, eu nem acreditava que tinha dito aquilo, até ouvir o som da minha voz.

- Boa noite, Camila! – Disse Vero antes de levantar-se, ajeitar os cabelos que caíam pelo seu rosto, e sair.

Não respondi nada, apenas um gesto com a cabeça indicando que eu desejava-lhe o mesmo. Quando ela encostou a porta, desabei aliviada na cama de Dinah. Não demorou para ela voltar do banho.

- O que foi? – Disse enquanto arremessava um travesseiro em cima de mim.

- Nada. – Devolvi-lhe o travesseiro.

- Bom, agora que estamos sozinhas, me diz! O que rolou?

- Rolou? – Fitei-a intrigada, estava falando da Vero? – Não rolou nada.

- Não aconteceu mais nada entre você e a Lauren? – Sentou-se ao meu lado na cama – Ficou só naquele beijinho mesmo? E que olhares eram aqueles de vocês duas hoje?

- Ahhhhh siimm – Respirei aliviada. Quando gostamos de alguém de verdade, não queremos magoar por nada deste mundo – Estou cada dia mais apaixonada por ela, viu como Lauren estava linda hoje?

- Você não respondeu a minha pergunta, ficou só naquele beijo mesmo?

- Não – Sentei-me na cama – Nós... Nós, fizemos amor, Dinah – Disse com o sorriso mais feliz que minha amiga já vira na vida.

- Sério mesmo? – Fitou-me surpresa – E como foi?

- Não sei nem como explicar – Disse encantada, dava até pra sentir o cheiro do corpo de Lauren naquele instante – Pra você ter noção, o quarto dela é amarelo, e Lauren conseguiu fazer com que eu visse tudo azul, da cor do céu, eu acho que era mesmo o céu – Sorri, um sorriso bobo, desses bem apaixonados – Não me olha com essa cara, Dinah. Estou falando a verdade.

- Você é daltônica, Camila? – Disse caindo na gargalhada.

- Deixa de ser palhaça! Daltonismo é uma doença restrita dos homens – Disse convicta.

- Nada disso! Você é boa de matemática, e isso é genética, Biologia amor, daltonismo dá em mulher também, só que é mais raro, estima-se que 8% da população seja portadora do distúrbio, embora apenas 1% das mulheres sejam atingidas.

- Estudiosa, hein! – Olhei-a friamente – Eu não sou daltônica – Disse receosa – Me diz uma coisa, Dinah, os olhos da sua prima são verdes?

- São sim, por quê?

- Que susto! – Pensei – Nada não – Disse.

- Minha prima não quer nada comigo, sabia? – Disse quase frustrada.

- Não mesmo? – Fitei-a completamente sem graça – Já falou com ela?

- Ela disse que está mais interessada em você – Disse sem rodeios.

- O que? – Fiquei deveras surpresa, não só com o que ela acabara de me dizer, mas também pela frieza que disse.

- Relaxa, Camila! – Sorriu animada – Acha que eu demorei tanto no banheiro por quê? Já somos amigas, irmãs, porque não podemos ser primas também?

- Pensei que você estava apaixonada por ela.

- Apaixonada? Não! Era comodismo mesmo, pensa bem, uma gata dessas dormindo no quarto ao lado. – Sorriu com aquela cara de safada que ela tinha – Não foi você mesma quem disse que Deus fez as primas porque não podemos comer as irmãs?

Caímos na gargalhada.

- Sua ridícula! – Disse sem conseguir parar de rir – Ainda lembra disso? Eu li essa frase uma vez num pára-choque de caminhão.

- E então? Quer dormir mesmo no meu quarto? Não acha melhor fazer uma visitinha no quarto ao lado? – Disse debochada.

- Não obrigada, prefiro sonhar com a minha professorinha.

- Se fosse eu, ja estava na cama da Vero. Todas as...

- Já sei, já sei, todas as pessoas apaixonadas são idiotas – Disse interrompendo-a.

- Eu iria dizer burras – Disse ainda animada – Vem cá amor, deixa eu te abraçar, então. – Brincou.

- Nem pensar! Desencosta sua tarada.

••

Domingo. 8h30am.

Eu, Dinah e Vero fizemos um passeio por Miami. Fomos a vários lugares, tiramos muitas fotos, mas já se passava das quatro da tarde e Vero ainda queria conhecer alguns pontos turísticos da cidade, porém estávamos com tanta fome que desistimos e fomos comer pizza em um restaurante aconchegante e delicioso. O dia havia sido maravilhoso. No fim da tarde ficamos na areia da praia olhando o pôr-do-sol, era romântico, e a todo instante eu pensava em como seria bom se Lauren estivesse comigo.

Num desses meus momentos de reflexão, Vero segurou minha mão.

- Quer namorar comigo? – Disse em tom de brincadeira.

Sutilmente desvinculei minha mão da dela e coloquei-a no joelho.

- Estou apaixonada por outra, você sabe...

- Eu vou embora daqui a alguns dias, Camila – Disse – Queria que pudéssemos aproveitar esse tempo.

- Não estou com cabeça pra me envolver com outra pessoa.

- Só um beijo, pode? – Disse com um sorriso nos lábios.

- Não devemos.

- Por quê? Você pelo que sei é livre, eu também sou, então...

- Quem disse que sou livre? Eu amo a Lauren – Respirei fundo – Desculpa a sinceridade, é que...

Vero pôs o dedo indicador nos meus lábios impedindo que eu terminasse minha justificativa. Seu rosto estava tão próximo do meu, eu podia ver com nitidez o verde dos seus olhos, naquele instante eles estavam inconfundíveis. Ela fechou os olhos e quase encostou seus lábios nos meus, teria encostado se eu não tivesse virado o rosto. Não sei o que me deu, foi passando uma série de imagens na minha cabeça, e entre elas, estava o sorriso de Lauren, ai não deu, eu não faço as coisas só por fazer, e beijar Vero naquele instante, estava fora de questão. Eu não me sentia atraída por ela, pelo menos não naquele dia, não naquela praia, ela abriu os olhos e me olhou deveras decepcionada.

- Vero... –

- Não precisa dizer mais nada – Interrompeu-me novamente. – Eu entendo – Levantou-se de sobressalto – Vocês se incomodam se formos embora?

- Não – Dissemos ao mesmo tempo. Dinah olhou-me, balançou a cabeça com aquela cara de quem queria me dizer "Sua idiota! Estragou tudo."

Fomos caminhando as três lentamente pela areia. Mudas, completamente mudas.

Cheguei em casa lá pelas dez da noite, meu pai e minha mãe estavam na sala vendo tv, isso não era novidade. Eles nem perceberam que eu havia chegado. Fiquei olhando-os por alguns minutos. Acho que fiquei ali uns dez minutos, e o que mais chamou minha atenção, foi o fato deles não trocarem uma palavra sequer nesse período, pareciam dois estranhos, é isso que acontece com os casamentos? O tempo passa e as pessoas se aturam simplesmente? Eles pareciam tão distantes um do outro, mesmo estando sentados no mesmo sofá, o que será que passava nas suas cabeças naquele momento? Acho que nem estavam prestando atenção na tv, deviam estar refletindo sobre suas vidas, e mesmo que estivessem infelizes, nenhum dos dois admitia, se pelo menos um tomasse uma atitude de dizer ao outro o que estava sentindo, talvez eles pudessem ao menos conversar. Será que isso é ser adulto? Se enterrar nos problemas, não dizer uma palavra à pessoa que dorme com você todas as noites, não sorrir nunca, ta aí, um exemplo que não quero seguir.

Bati a porta pra chamar atenção.

- Isso são horas, menina? – Disse meu pai.

- Deixa de falsidade. – Pensei – Sempre cheguei nesse horário e o senhor nunca falou nada – Disse.

- Aposto que estava com uma dessas suas amiguinhas delinquentes.

- Como? – Sorri sarcástica – Que termo mais antiquado, pai. Desde quando as pessoas são delinquentes por ter coragem de viver?

- Você chama de vida o que você leva? – Irritou-se.

Fitei-o aborrecida

- Porque o senhor não para de tomar conta da minha vida, e olha pra sua? Olhem pra vocês dois – Fitei minha mãe neste momento – Parecem dois estranhos nessa casa. Quando foi a última vez que se beijaram? Que saíram para jantar fora, ir ao cinea, sei lá, fazer alguma coisa só vocês dois? Sempre que eu chego nessa casa, estão sentados de frente pra essa droga de televisão completamente mudos. Parece que ficam só esperando eu chegar para me dar uma bronca daquelas, eu estou vivendo pai, vocês, estão morrendo.

- Não fale assim comigo, Camila! – Alterou-se – Quem você pensa que é pra vir falar essas coisas descabidas pra nós?

- Quem eu penso que sou? – Sorri ainda mais debochada – Eu sou alguém que está assistindo vocês dois envelhecerem. Só tomam conta da minha vida, e esquecem de viver a de vocês. Pai, levanta desse sofá! Leva a mamãe pra sair, a noite está linda lá fora, quantos anos vocês tem? Cem? O senhor tá garotão ainda, tem quarenta e três, mamãe com quarenta e um, vocês deviam estar tomando água de coco na praia, ou podiam ir pra um motelzinho esquentar o casamento.

- Camila! – Disse minha mãe horrorizada – Vai já pro seu quarto agora! Você está de castigo.

- Estou de castigo? Que bom, eu já ia dormir mesmo.

- Você não tem jeito mesmo, não é menina? – Disse meu pai.

- Vocês são engraçados, vivem dizendo que não toleram as mentiras dos filhos, mas, quando dizemos a verdade, ficam assim, cheios de atitude, tá bom, tá bom, retiro o que eu disse, o casamento de vocês está lindo, vocês não caíram na rotina, e a tv, nossa! O programa que está passando é muito animado.

- Obedece a sua mãe, vai pro quarto.

- Estou indo sargento – Ao sair, ainda bati continência. Isso deixou-os ainda mais irritados.

••

Tomei um banho bem geladinho, e deitei-me na cama. Fiquei fuçando o meu celular, o número da casa de Lauren, o que ela estaria fazendo àquela hora da noite? Disquei. Chamou uma vez, duas, três, nada. Ela não estava em casa? Onde estaria? Procurei na agenda o número do seu celular. Disquei. Chamou uma, duas...

- Alô – Disse ela com a voz doce.
Levantei-me. O coração dando pulos.

- Oi Lauren – Disse baixinho – Estou com muita saudade.

- Camila, é...

- Não pode falar?

- Estou na casa do meu pai, nos vemos amanhã na escola – Disse também baixinho– Amanhã eu levo isso pra você – Disfarçou.

- Esse otário do Luís está aí, não é?

- Sim, pode deixar, eu levo.

- Porque você me abraçou daquele jeito na festa? Eu não consigo tirar você da minha cabeça, eu preciso dos teus beijos, Lauren, da tua pele, do teu cheiro.

- Para! – Disse com a voz sufocada, como se tivesse posto a mão na boca ao falar – Tenho que desligar, não torne as coisas mais difíceis.

- As coisas não são difíceis, aproveita que o chato está aí, e diz logo que não o ama, resolve essa situação, fica comigo! – Eu estava quase chorando.

- Tchau – Disse e desligou.

Que momento era esse? Momento tristeza? Acho que sim, deitei-me novamente na cama e fiquei lembrando-me de como o dia havia sido bom. Pensei em Vero? Não! Pensei em Lauren, como assim? Todos os lugares que eu fui hoje, eu queria ter ido com ela, e mesmo depois dela ter desligado o telefone na minha cara, ainda assim, eu gostaria de ter ido com ela. Mas que droga! O que essa mulher fez comigo? Eu não conseguia pensar em mais nada a não ser naquele corpo lindo que eu apertei em meus braços, aquele cheiro de mulher que ficou no meu inconsciente, aquela boca gostosa que queimava na minha pele, aquelas mãos macias que conseguiram me levar ao céu. Suas palavras frias que me levaram ao inferno com a mesma rapidez. Chega! – Pensei. Tenho que conseguir dormir.

••

No outro dia, fui até a sala onde Lauren estava dando aula. Chamei-a da porta, ela olhou-me completamente desconcertada, pediu um minuto aos alunos e veio falar comigo. Logo que saiu, fechou a porta, olhei para o corredor vazio, todos estavam assistindo aula. Não consegui resistir, abracei-a no mesmo momento. Ela ficou uma fera.

- Está louca, Camila? – Disse empurrando-me.

- Estou – Sorri achando graça da sua cara de espanto – Vem ca, Lauren – Disse puxando-a novamente. Seu corpo estava tão quente. Beijei-lhe o pescoço, ela empurrou-me novamente, embora tenha ficado toda arrepiada.

- Você quer que alguém veja? – Continuou irritada.

- Não gosta de aventura? Tudo o que é perigoso é bom – Continuei sorrindo – Quase morri de saudade, sabia?

- Acho que você está confundindo as coisas de novo, Camila.

- Não estou não. – Fitei-a nos olhos – Na festa você me deu esperanças.

- É você deve estar louca mesmo, vai pra sua sala, agora! – Disse autoritária.

- Minha mãe disse desse mesmo jeito ontem "vai pro quarto agora!" – Disse sarcástica – Você tem algum parentesco com Hitler, não tem?

Lauren não resistiu e sorriu.

- Você diz cada coisa.

- Você desligou o telefone na minha cara.

- Você estava sendo inconveniente.

- Eu estava sendo sincera – Segurei suas mãos, acariciei seus dedos – Estava agindo como se eu fosse sua amante.

- Não diz besteira – Puxou a mão. Abriu a porta – Vai pra sala – Disse antes de fechar a porta.

Ainda fiquei ali, olhando pelo vidro da porta por quase dois minutos. Ela era tão linda.

••••••

Hey guys.

Esse capítulo ta bem fraquinho, e eu particularmente não gostei muito do final, mas é o que temos pra hoje. Porém coisas incríveis vão acontecer nos próximos capítulos.

beijos no coração

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