O Segundo Caçador: vencedor...

By BrCrispim

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ROMANCE VENCEDOR DO III PRÊMIO UFES DE LITERATURA "Bruno criou uma história que tem tudo a ver com o nosso te... More

Apresentação
Parte I - Frankestein
Capítulo 1 - Um assalto
Capítulo 2 - Um assassinato
Capítulo 3 - Um levante
Capítulo 4 - Uma investigação
Capítulo 5 - Um retorno
Capítulo 7 - Um fim
Capítulo 8 - Uma investigação
>>> Um anúncio rápido 1 <<<
Capítulo 9 - Um compromisso
Capítulo 10 - Uma mentira
Capítulo 11 - Um alvo
Capítulo 12 - Um reencontro
Parte II - Drácula
Capítulo 13 - A repercussão
Capítulo 14 - O descompasso
Capítulo 15 - O monstro
Capítulo 16 - A rotina
Capítulo 17 - O banquete
Capítulo 18 - O erro
Capítulo 19 - O expert
Capítulo 20 - O resgate
Capítulo 21 - O último
Capítulo 22 - A descoberta
Capítulo 23 - A verdade
Parte III - Duende
Capítulo 24 - Minha nova vida
Capítulo 25 - Meu chamado à ação
Capítulo 26 - Minha decisão
Capítulo 27 - Meu novo amigo
Capítulo 28 - Minha guerra
Capítulo 29 - Meu legado
Capítulo 30 - Minha fuga
Capítulo 31 - Meu adeus
Capítulo 32 - Minha punição
Ebook com 2 capítulos bônus!!!

Capítulo 6 - Uma lista

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By BrCrispim

- E aí, é verdade essas paradas que tão falando de você nos jornais? - Pergunta Pedrão.

- Que coisas? Eu nem liguei a televisão, nesses dias.

- O quê? Não ligou a TV? Que que cê fez esse tempo todo em casa?

- Só fiquei colocando o sono em dia.

- Imagino que nem o computador você ligou também.

- Nem o videogame.

- Você é maluco. Ficou esse tempo todo em casa e nem pra jogar um gamezinho - continua. - Esquece... Tem um blog desses anônimos que começou a te chamar de herói. Aí, uns outros blogs acharam que ele tava exagerando. Nossa, começou uma discussão sobre o que você era e o que aconteceu de verdade no ônibus.

O que eu mais queria era poder colocar uma pedra em cima de tudo e fingir que esqueci. Levar a vida da mesma forma que antes. Sem ser reconhecido. Sem ter que falar sobre isso. Contudo, isso não vai ser possível, se outras pessoas continuarem a tocar no assunto. E nada poderia ser pior que um blogueiro sensacionalista interessado em minha história.

- E o que eu sou?

- O pessoal tem variado bastante, mas, na média, estão falando que você é quase um ninja, que defendeu o ônibus de três assassinos perigosos e procurados.

- Os três eram procurados pela polícia?

- Parece que só um, mas ele era menor.

Aquele Segundo realmente era um desgraçado. Mesmo que tenha repetido todos esses dias que nenhum deles merecia morrer, é só a culpa falando. Com ele, eu sinto o orgulho do dever cumprido.

- Em outra versão você é uma pessoa violenta e descontrolada, altamente nociva à sociedade, mesmo salvando todo mundo, desta vez - comenta, com cautela.

Nocivo. Essa palavra resume tudo o que tenho sentido sobre mim. Um ser prejudicial aos outros. Alguém sem controle e imprudente, que destrói tudo ao redor.

- E tem uma terceira, que é a mais realista. Pelo relato de alguns passageiros, foi realmente isso que aconteceu: você ficou puto e virou um Hulk preto, virou o ônibus e saiu matando todo mundo - sorri. - Obviamente, eu acredito nessa aí.

Ele ri histericamente e, mesmo tentando me controlar, acabo rindo também.

- Até fizeram um videozinho de zoação.

Ele pega o celular e logo acha o vídeo. Nele, um sujeito negro e franzino vai ficando cada vez maior a cada bandido mascarado que aparece. Quando o terceiro entra, ele (ou eu) está tão grande que destrói o teto do ônibus. Então, ele pega os que restaram e os engole sem mastigar.

A animação é tosca, mas, sem ser muito criterioso, é engraçada. É o tipo de vídeo idiota que gosto de ver e procuro sempre que estou entediado. Assistimos mais duas vezes, até que eu finalmente relaxe, esqueça que sou aquele protagonista bizarro e gargalhe.

- Parece que não é cedo demais para fazer piada!

- Ainda é, mas essa foi boa.

Eu rio ainda mais enquanto ele imita o que seria o Hulk preto atacando seus inimigos. Quando finalmente a risada esmorece, vejo que ele está olhando para a cicatriz em meu ombro direito. Uma das marcas do incidente. Deveria ter vestido uma camiseta para escondê-las. Pedrão desvia o olhar, mas sei que lhe devo uma explicação sobre o que aconteceu no ônibus. É meu melhor amigo, afinal. Mais do que isso, preciso falar com alguém sobre o que aconteceu para tentar aliviar o peso em minhas costas. E é a única pessoa com quem já conversei com franqueza sobre meus instintos violentos.

- E aí, vamos ou não vamos pro bar? - Pergunto.

- Lógico! - Concorda, animado - Quer dizer, se você quiser conversar aqui mesmo, eu entendo.

- Quando a gente chegar lá, eu te conto a porra toda.

E é isso que faço assim que a primeira cerveja chega. Depois do brinde, não paro de falar nem para beber um gole. Só quando um garçom se aproxima é que interrompo a história. Conto a ele tudo que aconteceu naquela noite. Detalhe por detalhe. Tudo que fiz, tudo que pensei. Ele me escuta atento e em silêncio, enquanto procuro as melhores palavras para explicar tudo que passei.

Quando termino, ele coloca a mão em meu ombro. Minha respiração está irregular. Estou usando toda a concentração para não chorar. Não quero chorar mais. Quero passar para a fase em que posso rir das tragédias do passado. Mas ainda não vai ser hoje que vou conseguir conter minhas emoções.

Ele me abraça e eu choro. Tremendo e soluçando, como uma criancinha indefesa.

A esta altura, a cerveja está quente e pedimos outra. Pedrão pede uma pizza gigante de calabresa e, só de ouvir a palavra "pizza", meu estômago grita de felicidade. Não comi o dia inteiro.

Ficamos em silêncio até a outra cerveja chegar. Cada um tentando achar as palavras certas para continuar a conversa.

- Dureza, cara... - Lamenta, depois do segundo gole. - Sei que você tá se culpando pelo que aconteceu com as duas pessoas. Mas, cara, um deles era a porra de um psicopata! Ele ia passar a vida matando gente. Ou pior, se Assassino tiver falado a verdade. Você fez bem em ter acabado com esse desgraçado.

- Aquele merdinha eu até me sinto um pouco bem por ter matado - digo, com toda a sinceridade que devo a meu amigo. - Mas o outro era só um infeliz...

- Infeliz ou não, algum dia ele ia se acostumar a roubar. E se alguém reagisse? Ele tava num caminho sem volta... Quando você entra nessa vida, já era!

Eu concordo com tudo o que Pedrão falou, mas não cabe a mim decidir sobre as possibilidades do futuro de ninguém. Ele teria que ser julgado apenas pelo que realmente fez, não pelo que poderia fazer. Não que eu de fato acredite na Justiça do país. Ou que sua punição seria suficiente para reparar os danos que acabaria causando. Afinal, também faço parte desse sistema quebrado. Mas não é sensato tirar as escolhas de uma pessoa.

E o extremo de, além de julgar, condenar à morte, é demais para mim. Eu, que sou, e sempre fui, contra a pena de morte, que chamava de boçal qualquer um que a defendesse, matei duas pessoas. Agi como um ditadorzinho intolerante e fui juiz e carrasco de duas pessoas. E julguei uma delas com base em mentiras contadas por um assassino.

Ainda que me sinta culpado por Desdentado, e triste por ter agido contra o que acho que é certo, sinto orgulho por ter acabado com a vida de Segundo. Ele era um psicopata e iria destruir várias vidas, se tivesse chance. Esse nasceu podre e nem o melhor sistema carcerário do mundo iria consertá-lo. No caso dele, eliminar as possibilidades foi uma coisa inteiramente positiva.

- Sei que é difícil ter matado uma pessoa - assegura Pedrão -, mas você é o herói da história, cara.

Ele para de falar enquanto enche meu copo.

- Se você não fizesse nada o outro cara ia te matar...

- É isso que não sai da minha cabeça - digo, depois de virar o copo de cerveja. - Se ele quisesse me matar, eu tava morto. Ele se levantou, me bateu e foi embora.

Não contei a Pedrão o que Assassino me disse enquanto eu estava prostrado no chão. Foi a única coisa que não contei a ele. Talvez para não mostrar o quanto estou com medo de um novo encontro. Talvez por vergonha de admitir que fiz parte do plano do maníaco. Uma marionete nas mãos de um monstro.

Na realidade, é um medo irracional. Tenho certeza de que Assassino me achou por acaso e percebeu que eu era esquentado. Então, viu a oportunidade e quis fazer uma brincadeira sádica comigo. Uma que já deve ter feito com muita gente. Foi apenas azar meu. Eu sei que ele não vai me procurar. E mesmo que quisesse, não saberia como me encontrar. Não sabe nem meu nome.

- Cara, mas o que você ia fazer? Esperar que um desses malucos te matasse? - Argumenta. - Não tem jeito, cara, cê fez o que cê tinha que fazer.

Não acredito que ele diria isso para outra pessoa senão o melhor amigo, mas me sinto bem ao ouvir alguém me defendendo contra meus próprios pensamentos. Minha culpa, sem dúvida, diminuiu um pouco quando lhe contei, mas é ouvindo Pedrão que consigo reduzi-la consideravelmente.

- E digo mais! Deveriam ter mais Hulks pretos para defender este país fodido - Completa. - Eu vi esses dias uma estatística que os filhos dos ricos cometem cinco vezes mais crimes que os filhos da gente de classe média, mas são presos em menos de cinco por cento dos casos. Que porra é essa, cara? Que país é esse?

- Tem certeza que isso tá certo?

Pedrão tem o péssimo costume de inventar dados estatísticos para adubar suas opiniões. O apelido dele na faculdade era Ibope.

- Lógico que não, porra! - Confessa, contrariado. - Mas deve ser por aí! Esses filhos da puta podem fazer o que quiserem e nunca são presos. E os traficantes, do outro lado, também podem fazer a merda que quiserem dentro da favela. Todo mundo sabe que eles estão lá, mas ninguém faz nada.

Não quero ouvir meu amigo bêbado concordar com a linha de pensamento de Assassino. Mas também não quero brigar com ele porque sei que está falando isso só para me deixar menos culpado. Decido prestar mais atenção na pizza do que nele. Pizza essa que a fome está transformando na melhor que já comi.

Comemos em silêncio até que não sobre mais nenhum pedaço.

- Cara, o que você fez, bom ou ruim, vai salvar a vida de outras pessoas. Dá pra fazer, fácil, cara, uma lista com esse tipo de pessoa. Gente que não traz nada de bom pro mundo, que só prejudica.

- Uma lista? - Pergunto, descrente.

- É. Uma lista com os bandidos que todo mundo sabe que não têm jeito. Tipo os traficantes que matam qualquer um pra subir ao poder, os que controlam a favela da prisão ou os psicopatas que nasceram desse jeito e nunca vão parar de matar - continua, animado. - Claro que tinha que ter um espaço para os policiais corruptos, que permitem que isso aconteça, e os políticos que roubam a porra toda!

- E qual seria a nobre entidade que ia garantir que essa lista não se transformasse num grupo de extermínio, como outros tantos? - Digo, irritado. - Ou numa empresa de mortes encomendadas?

- A entidade do Hulk preto!

Tento prender o riso, afinal, era para estar irritado com ele, mas a tentativa faz com que um som parecido com um rosnado de cachorro me saia da garganta. Isso acaba de vez com meu autocontrole. Gargalho. Pedrão ri ainda mais alto que eu. Estamos mais embriagados do que eu achava.

- Deveriam ter mais pessoas como você, cara - acrescenta. - Imagina um esquadrão multicolorido de Hulks. Hulks de todas as cores para limpar a sociedade de todo o mal!

- Não! - Digo, enfim entrando na brincadeira. - Para expurgar todo o mal da sociedade!

- Isso! "Expurgar" é uma boa palavra!

A zombaria me traz um gosto amargo na boca quando me lembro do que fiz e de como fui manipulado a matar uma pessoa desarmada que nunca vi antes. Influenciado por um assassino a matar. Se alguém aparecesse no escritório e me dissesse que fez isso, eu ia dizer que o caso estava perdido. Como aconteceu comigo, eu estou no bar brincando sobre a possibilidade de criar um grupo e fazer isso outras vezes.

- E pensar que tudo isso só aconteceu porque você é mão de vaca e não me ouve nunca.

- Hã?

- Se você tivesse comprado a porra de um carro não ia de busão pro trabalho.

- Você sabe que eu não gosto de dirigir.

- Sei... Cara, cê precisa resolver esse trauma de gastar dinheiro e abrir a porra da carteira. Ou você vai continuar a ir pra Barra de busão?

- Sei lá, cara. Nem pensei nisso - minto.

Não consigo suportar a ideia de entrar num ônibus de novo. Mas eu odeio dirigir no trânsito e ir de táxi ficaria uma fortuna por dia. Tenho pensado em pedir carona para alguém do escritório. Mas não sei quem.

- Você pode ir de bicicleta - brinca.

Quando percebe que eu não estou rindo, ele fica sério também.

- Cara, eu sei que você tá chateado. Talvez você tenha pisado na bola - analisa. - Ou talvez não. Você nunca vai saber de verdade, cara. Mas eu acho que você fez a coisa certa.

- Não sei, Pedrão - digo. - Eu fiz uma parada muito errada. Num acho que uma coisa dessas pode ter algum lado bom. Esse não é o jeito certo de fazer as coisas.

- Não é o certo, mas foi o que deu - justifica, com um sorriso acolhedor.

Ele abre os braços e eu o abraço. Talvez por estar bêbado, ou por precisar de amparo, ou pelos dois. Fico uns instantes de olhos fechados, tentando acreditar no que ele diz. Será que realmente foi o melhor que eu podia fazer?

- Olha essa viadagem aí! - Protesta um policial.

Ele me dá um tapa na cabeça e segue na direção de uma mesa vazia no final do bar. Escolhe a cadeira que o permite olhar para todo o estabelecimento. Ao sentar, quase cai. Está visivelmente embriagado e veste a farda da polícia militar. Olha para o máximo de pessoas ao colocar a arma sobre a mesa. Não parece querer outra coisa além de confusão.

Uma aura de raiva e desgosto inunda o bar e eu não sou imune a ela. Quase posso escutar o pensamento universal de revolta contra uma figura que deveria estar mantendo leis e não as quebrando.

- O que foi? - Grita o policial para a mesa mais próxima. - Você perdeu alguma coisa aqui?

Aponta a arma para a cabeça de um homem. Ele perde toda a cor do rosto e levanta os braços instintivamente.

- Que isso, meu irmão? - Argumenta, com dificuldade. - Eu não fiz nada para você.

- Eu não sou seu irmão, viadinho.

O policial finge que dá um tiro, mas devolve a arma para o tampo da mesa. Ri, satisfeito com o desespero do homem.

- Babaca! - Sussurra Pedrão entre dentes.

As mesas mais próximas pedem suas contas quase ao mesmo tempo e saem o mais rápido que podem. Um dos grupos deixa o dinheiro na mesa, sem esperar pela conta ou troco. As pessoas que frequentam este bar não estão nem acostumadas nem dispostas a enfrentar este tipo de problema. À distância, os clientes que deixaram o local fotografam e filmam o policial.

Rapidamente, o estabelecimento perde quase todos os fregueses. E, mais inconsolados que o dono, só os garçons, que não vão receber gorjetas hoje. Como se a culpa fosse deles...

O dono vai até ele. Conversa em baixo tom, provavelmente tentando convencê-lo a sair. Entretanto, Policial aponta a arma para o rosto dele, como se o gesto fosse banal. Talvez para ele seja.

- Me traz uma garrafa de Black Label, na conta da casa! - Grita.

Um dos garçons se apressa a entregar uma garrafa para ele.

- Cadê o copo com gelo? - Resmunga.

Quando o copo é entregue, ele relaxa e para de prestar atenção no dono do bar, visivelmente abalado. O garçom que o serviu puxa o patrão para dentro da cozinha.

- Cara, odeio a polícia - afirma Pedrão. - Pra mim, todos eles são piores que os bandidos. Tá, nem todos - admite, depois de alguns segundos ainda encarando Policial -, mas a maioria entraria na lista.

Os pelos dos meus braços se arrepiam. Pedrão, meu melhor amigo, uma das pessoas de quem mais gosto no mundo, está falando exatamente o que Assassino diria. Isso me faz pensar que talvez ele tenha uma lista como essa que Pedrão tanto cita. Isso me leva novamente ao ônibus e às mortes. Vejo Assassino a meu lado no bar, falando com a voz do meu amigo. Usando as palavras do meu amigo.

Fecho os olhos e chacoalho a cabeça para tirar essas imagens da mente.

- Vamos embora - digo. - A gente bebe em outro lugar.

- E deixar esse babaca vencer? - Pergunta. - Não vou sair do meu bar favorito por causa dele.

- Ele já venceu, Pedrão - insisto. - E você gosta de qualquer um.

- Não, cara, este aqui é especial - mente.

- Você tá querendo confusão, porra - digo irritado, mas com voz baixa. - Você sempre arruma alguma merda e me arrasta. Esse cara tá armado, Pedrão.

- Ei - reclama, magoado. - Eu já disse que não vou mais te meter em furada.

Eu fico em silêncio. Não preciso expressar minha descrença numa promessa que ele quebrou tantas outras vezes.

- Cara - pondera, em tom conciliador -, a Aninha já tá chegando. Quando ela chegar, nós vamos.

Nós permanecemos no bar, mas minha recente tranquilidade já não existe. Meu coração bate descontrolado. Me sinto como se estivesse entrando mais uma vez pelas portas daquele ônibus do inferno.

***

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