Luara
Tinha acabado de chegar em casa, e pela primeira vez na vida minha mãe estava presente.
— Oi. — Disse sem muita afinidade.
— Oi. — Respondeu com menos ainda.
Subi para meu quarto, joguei a mochila no chão e me deitei na cama, ouvi minha mãe berrar.
— Luara vem aqui! — Revirei os olhos me levantando e indo ate ela no andar de baixo. — O que é isso? — Ela estendeu um pano com muito sangue. — Ainda ta se cortando sua idiota? Vê se cresce menina, você não tem idade pra fazer umas infantilidade dessa! Insolente! — Senti meus olhos molharem.
— Eu odeio você! — Sussurrei mais o suficiente para que ela escutasse.
— me odeia? — Ela deu risadas forçadas. — Eu que tenho o direito de te odiar menina, você estrago minha vida! — Gritou.
— Agora estamos quites, você também estragou a minha! — Sai correndo pra rua sem rumo, só queria um lugar vazio para que eu possa chorar, me cortar ou até me matar.
....
Já havia escurecido, e chuviscava bastante e eu ainda não tinha voltado pra casa. olhei ao redor tentando identificar.
Nada...
Eu definitivamente estava perdida. Senti passos atrás de mim e em seguida alguem puxando meu braço. 5 pessoas, 2 garotos e 3 garotas, todos da escola.
— Iai Luara sentiu nossa falta? — Disse um dos garotos me dando um soco na barriga, eu cai no,chão de dor.
— Parem por favor! — Pedi quase sem voz.
— Mais nem começamos. — Disse uma das garotas e todos riram.
— Socorro! — Gritei e o outro garoto me chutou.
— Cale a boca sua inútil! — Ordenou.
— A gente só quer ser seus amiguinhos Luara, é assim que você trata seus amigos?
— Vocês não são meus amigos! — Olhei firme mesmo sabendo que eu pagaria caro por isso.
Eles começaram a me bater, eu já babava sangue, minha vista embaralhou e eu já não me debatia mais.