House Of The Dragon - A Dança...

By RinItoshi867

2.6K 394 554

Um jovem morreu e acabou reencarnando no continente de Westeros, anos antes da Dança dos Dragões... como filh... More

Prólogo
Prólogo Parte 2
Maegor Targaryen
O Herdeiro De Runestone
Treinamento
Caçada
Um sonho Estranho
Um Dia Inesquecível
Rumo A Dragonstone
Dragonstone
Uma mudança Surpreendente
Vínculo
Dragões
Os Dragões Selvagens
Um Encontro Inesperado
Um Companheiro
De Partida Para A Capital
King's Landing

Pai e Filho

125 17 4
By RinItoshi867

O sol nascia sobre as montanhas do vale, jogando seu brilho dourado sobre Runestone. Uma nova manhã se abria como uma flor, e no vale, no grande castelo pertencente a família, um belo jovem de olhos violetas e cabelos loiros prateados acordava ao som dos pássaros cantando.

A luz do sol já estava lutando para atravessar as portas de madeira e janelas, seus feixes acabaram caindo sobre o jovem. Lentamente, ele rolou para o lado e se sentou na cama, sua cabeça ainda pesada com o sono. Pouco a pouco, as fibras de sua consciência começam a se romper e a aclarar, e ele se lembrava de onde estava.

No ar frio da manhã, o jovem puxou seus mantos em volta do corpo, o mesmo soltou um bocejo cansado mas logo resolveu se levantar para enfim iniciar um novo dia.

Ao sair de seu quarto o mesmo se deparou com uma serva da casa Royce, a jovem mulher tinha um olhar carinhoso direcionado ao seu futuro lord, Maegor ao ver a mulher apenas a cumprimentou e seguiu seu caminho em direção ao seu local de banho.

" Prepare minhas roupas" Disse Maegor calmamente." Não preciso de ajuda para tomar um banho"

Ao escutar a mulher se curvou e então se retirou do campo de visão de Maegor, o jovem Targaryen soltou um leve suspiro.

Porque sempre tinham mulheres querendo o ajudar com o seu banho ?.

Ele era uma criança!.

Mas deixando esses pensamentos de lado, Maegor caminhou pelos corredores que o conduziam em direção ao quarto de banho privado.

Ao adentrar o mesmo pode ver as paredes de pedra reluzentes, Maegor soltou um suspiro suave e descalçou seus botins, deixando a água do banho amolecer as pernas. Como a água aquecia, um vapor emaranhado e translúcido levantou-se da superfície.

O jovem Targaryen deixou sua pele em contato com a água quente e acolhedora, lavando as preocupações do passado e do futuro.

O mesmo aproveitou o banho por alguns minutos, ao sair enxugou as suas mãos e rosto em uma toalha quente que estava pendurada na parede, e com sua mão livre, puxou a tiragem da janela, permitindo que o mundo exterior entrasse.

Ao terminar sua higiene matinal, o herdeiro de Runestone desceu pelas escadas do castelo em direção ao salão principal, ao chegar no salão o mesmo se deparou com boa parte do lugar destruída, diversas garrafas de bebida estavam quebradas, comidas espalhadas pelo chão, o lugar cheirava a comida estragada e bebida álcoolica.

Diversas mulheres que trabalhavam no castelo estavam empenhadas em limpar aquela bagunça o mais rápido possível.

" Peço perdão pela bagunça, jovem mestre" Falou uma das serventes do castelo.

" Não desculpe-se por isso, vocês não tiveram nada haver com isso" Eu falei calmamente.

A mulher mais velha se curvou levemente em agradecimento por minhas palavras.

" Sabe onde minha mãe se encontra ?" Eu questionei curiosamente.

" Receio que Lady Rhea não tenha acordado ainda" Respondeu a mulher.

Eu acenei positivamente com a cabeça enquanto dava um sinal para a mulher se retirar.

Era estranho, minha mãe normalmente acordava muito mais cedo.

Eu me perguntava se havia acontecido mais alguma coisa ontem a noite, a julgar pelo estado do lugar minha mãe e meu pai tiveram uma briga realmente feia, mas era pouco provável que algo de mais sério houvesse acontecido, os guardas não permitiriam que algo assim acontecesse.

Logo cheguei a conclusão que deveria ir checar as condições de minha mãe, era melhor do que ficar pensando o que teria acontecido para fazê-la acordar tão tarde.

Rapidamente subi as escadas do castelo e caminhei na direção dos quartos novamente, dessa vez eu fui em direção ao maior quarto do castelo que era feito para o líder de Runestone.

Ao chegar em frente a porta do quarto de minha mãe, novamente eu senti o forte cheiro de álcool.

Eu bati levemente na porta com o intuito de não ser tão invasivo.

E como resposta eu tive o silêncio, nem um barulho estava sendo emitido daquele quarto.

A calma absoluta que reinava por trás da porta era perturbadora.

Eu bati na porta mais uma vez, mas agora com uma força ainda maior, mas ainda nada.

"Mãe ?"

Eu chamei enquanto minha voz ecoou pelo corredor, e mais uma vez nenhuma resposta. Os pensamentos correram pela mente de Maegor.

Que diabos estava acontecendo aqui? Sua mãe era provavelmente a pessoa com o sono mais leve dos Sete reinos. Será que ela precisava da sua ajuda?

Sem saber o que fazer e com muitos pensamentos em minha mente, eu abri a porta que fez um pequeno barulho. O quarto estava uma verdadeira zona, com mantos e diversas coisas de sua mãe espalhados pelo chão.

Ao olhar para a cama eu observei uma silhueta estranha sendo coberta pelos lençóis, sabiamente decidi avançar em silêncio, dando cada passo com cuidado para não fazer barulho.

No momento que cheguei ao lado da cama minha mãe foi imediatamente para os lençóis com o intuito de puxá-los e ver o que estava por de baixo, mas algo em mim me avisava para simplesmente deixar aquele quarto.

E então eu puxei os lençóis e me deparei com uma cena um tanto quanto surpreendente, meus pais que aparentemente se odiavam estavam deitados juntos na cama.

E abraçados.

Que coisa estranha.

E eu achando que eles se odiavam.

Sabiamente eu decidi sair desse quarto e nunca comentar sobre o que eu havia visto, com certeza seria melhor para todos.

Mas antes que eu pudesse sair do quarto eu escutei a voz de meu pai.

" Porra. Que maldita dor de cabeça!"

Meu pai então se sentou na cama enquanto colocava aos mãos em seu rosto, ele então voltou sua visão para mim e ficou aparentemente confuso, seu olhar então foi para o outro lado na cama no qual minha mãe estava deitada e enrolada nos lençóis.

" Merda!" Exclamou Daemon aparentemente surpreso com que havia acontecido.

Antes que Daemon pudesse falar qualquer coisa para mim, eu rapidamente me retirei do quarto e fechei as portas novamente.

Eu com certeza não queria me envolver nessa relação maluca dos meus pais.

Eu achava que a minha mãe o odiasse, em todos esses anos ela sempre insultou seu nome e fazia questão de denegrir sua imagem na minha frente.

Enquanto eu caminhava pelos corredores me deparei com um guarda que em suas mãos tinha uma espada que rapidamente chamou a minha atenção.

" Para onde está indo ?" Eu questionei enquanto olhava para a espada que estava em suas mãos.

" O príncipe Daemon deixou sua espada no salão, eu estava indo devolver a ele" Falou o guarda com um olhar confuso.

" Digamos que neste momento, o meu pai está indisposto" Eu falei calmamente enquanto recebia um olhar ainda mais confuso do guarda do castelo.

Soltando um suspiro cansado eu simplesmente falo.

" Me entregue a espada"

O guarda ao ouvir minhas palavras
entregou a irmã negra e então se retirou com o intuito de retornar ao seu posto de vigia.

Com isso eu pude contemplar a beleza dessa lâmina valiriana.

Irmã Negra ou Irmã Sombria é uma famosa espada de aço Valiriano, arma ancestral da Casa Targaryen. Irmã Negra foi portada primeiramente por Visenya, a irmã mais velha e esposa de Aegon, o conquistador.

Depois a espada acabou indo parar nas mãos do Príncipe Maegor Targaryen, antes do mesmo ascender ao Trono de Ferro.

O penúltimo portador dessa espada havia sido o meu avô, Baelon Targaryen, o bravo.

E por fim meu pai acabou a reinvidicando.

Uma belíssima lâmina com uma grande história.

Mudança De Cena

No pátio exterior do castelo, um jovem de cabelos prateados erguia sua espada para o ar. Seu braço era uma corda fina e musculoso, o solo abaixando e elevando com a vibração de sua lâmina a cada corte.

Os movements eram precisos e completos, cada golpe parecia ter sido executado por um exímio guerreiro.

A espada balançou em seu punho como uma mortal esgrima, cada golpe era como numa dança elegante e brilhante, uma orquestra de aço e vontade.

Sua agilidade e graça o tornava quase sobrenatural, e os que o cercavam observaram em silêncio, perplexos com sua habilidade.

O jovem podia sentir o peso da lâmina na mão, a força divina do metal valiriano correndo através de suas veias. Sempre que o aço cortava ao ar, ele sentia uma energia que o impulsionava a ir mais longe, seus movimentos se tornando mais rápidos e precisos.

Embora ainda havia muito para aprender, ele era jovem e capaz, e seu potencial era infinito.

O mesmo estava praticando com foco e determinação de um herói de lendas, seus movimentos fluídos e sincronizados com a respiração profunda e regular.

Com a lâmina agora tatuada na memória de seus músculos e tendões, ele virou e cortou ao ar, agora com as duas mãos.

O ar rasgou-se como se uma tempestade estivesse a ponto de se soltar. Em um ritmo acelerado, ele se moveu e balanceou a espada, cada golpe batendo de forma contínua e constante.

Os movimentos eram tão precisos e rápidos que o ar parecia vibrar em sua volta, a espada se tornando uma extensão natural de seu corpo.

Como uma das marionetes dos deuses, ele sopesou a espada e continuou seu impulso, o clima se transformando com seu poder e presença.

Ao longo da quadra, o jovem voava e girava, seu movimento fluido como as ondas que batem contra uma praia, sua espada esguia cortando o ar com um grito quase selvagem.

Seus olhos, agora fervorosos e famintos com uma habilidade divina, focaram na espada. Ela era parte dele, e ele dela.

No final do treinamento, ele suava e sem fôlego. Seu corpo ficou como se estivesse em fogo, como um dragão despertando das cinzas.

Na sua mão, o jovem olhou mais uma vez para a bela lâmina valiriana, era realmente uma espada divina.

" Você tem talento com uma espada"

Maegor voltou sua visão para a origem da voz, somente para encontrar seu pai o observando calmamente.

Soltei uma risada ao ver uma vermelhidão no rosto de meu pai, provavelmente ele havia recebido um belo soco na noite passada.

" Minha mãe o acertou em cheio"

Meu pai se aproximou enquanto soltava uma risada divertida.

O rosto de Daemon se distorcia em um sorriso dolorido, um atestado da firmeza e alcance da mão de sua mãe. Ele estendeu uma mão amigável para aquele que seria seu herdeiro e príncipe, dizendo: " Mulheres podem ser tão perigosas quanto um exército de mil homens"

" Se você diz, pai"

" Uma das melhores qualidades de uma espada é que podem ser negociadas" disse Daemon, com seu sorriso crescente deixando que o respeito e o ressentimento se misturassem, "Mas as mulheres são um jogo mais difícil de se ganhar. O melhor que podemos fazer é tentar, não é ?"

" Qual o motivo da briga ?" Eu questionei curiosamente.

" Acredito que ela se irritou quando a chamei de Vaca de bronze"

Eu olhei com os olhos estreitos para meu pai que apenas deu de ombros.

" E mesmo assim essa discussão terminou com os dois na cama, como isso foi possível ?" Eu questionei.

" Amor e ódio andam lado a lado" Respondeu meu pai.

" Você ama a minha mãe ?" Eu questionei de forma curiosa.

Daemon ao ouvir isso soltou uma risada divertida, paracia que ele acabará de ouvir a piada mais engraçada do mundo.

" Não" Respondeu meu pai secamente.:" Mas ela claramente é apaixonada por mim, não a culpo por isso!"

" Com certeza minha mãe o ama, pai, os xingamentos e insultos que ela dirigiu a você todos esses anos são prova desse amor!" Eu falei ironicamente.

Um silêncio cômico pairou no pátio entre pai e filho, e depois Daemon falou em voz baixa, como para não despertar qualquer companhia perto. " Sua mãe provavelmente irá se levantar no final do dia, agradeça a mim e ao vinho por conseguir um dia livre dela!"

Maegor ficou em silêncio por um longo momento, suas palavras se aglomerando no fundo de sua garganta como uma pedra indigesta.

" É melhor eu voltar ao meu treino"

Daemon ao ouvir tais palavras arqueou a sombracelha.

" Sabe que essa espada me pertence, não é ?" Questionou Daemon.

" Acredito que ela ficaria melhor comigo, você está ficando velho!" Eu falei usando toda a sinceridade do mundo.

"Você ainda é muito jovem para ter uma espada valiriana; mal saiu das saias da sua mãe."

" E você levou uma surra dela, acho melhor tratá-la com mais respeito" Eu falei calmamente.

" Ontem a noite eu mostrei todo o meu respeito por ela" Respondeu meu pai com um sorriso debochado.

Fiz uma cara feia ao ouvir isso.

" Não faça essa cara. E devolva a minha espada!" Exclamou Daemon.

" Não!" Eu respondi simplesmente.

Continue Reading

You'll Also Like

8.4K 462 34
𝐓𝗁𝖾 𝖮𝗋𝗂𝗀𝗂𝗇𝖺𝗅 𝖳𝗋𝗂-𝖧𝗒𝖻𝗋𝗂𝖽 || 𝐓𝗁𝖾 𝖮𝗋𝗂𝗀𝗂𝗇𝖺𝗅 ┏━━━━━━━━•ೋ•°°•ೋ• ♔︎𝐒𝐈𝐍𝐎𝐏𝐒𝐄♔︎ 𝐄 𝗌𝖾 𝖧𝗈𝗉𝖾...
424K 42.8K 47
O que pode dar errado quando você entra em um relacionamento falso com uma pessoa que te odeia? E o que acontece quando uma aranha radioativa te pica...
1.7K 75 10
Rhaenyra suspirou de alívio ao ver Aemond de cabelo loiro e olhos azuis, ninguém questionaria seu filho se ele fosse um bastardo. Alicent chorou ao v...
1.4K 81 9
Rhaegar Targaryen entra para a história ao se casar seis vezes em sua vida. Mas essa não é a história dele. Oh não, essa é a história que a própria h...