Caçada

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Colinas Do Vale

As colinas eram uma bela paisagem esverdeada de montes que subiam e desciam. As colinas de pedra, erguiam-se no ar com delicadeza e presença, todas cobertas por uma bela grama. Algumas se tornavam mais altas, algumas eram mais nítidas, mas todas se tornavam um intenso conjunto de caminhos.

Envolvendo os pés das colinas, o verde era mais claro, a força da floresta como um tapete aberta para uma terra maior. Os pinheiros e os olmos de folha amarela se estendiam como um reflexo vivo e vibrante de uma página de livro.

A floresta que rodeava as colinas criava um ar de misterio, com o seu som estranho e vivido, como se tentasse convocar a atenção de quem passa-se por perto. Além das colinas havia vale, e nele, rios de montanha. Água limpa caindo de rochedos escorregadios até o seu próprio leito. Água fría e cintilante, refletindo a luz do sol como diamantes secundários.

Este era o vale.

E no fundo desse vale, como se ela fosse a irmã mais nova das colinas, estava uma aldeia de porte médio. A aldeia estava entre as colinas, segurando firme a terra com sua própria história. Casas de madeira com telhado de palha, pequenas fazendas e o castanho de vacas pacíficas.

Atualmente nas belas colinas do vale era possível ver uma bela mulher de cabelos castanhos que vestia uma armadura de bronze, que era uma tradição de sua casa.

A bela mulher cavalgava um magnífico cavalo de cor preta, era um cavalo velho que estava no seus últimos anos de vida, o seu brilho mais lívido e estremecedor do que uma noite sem lua. Suas costas e cabeça escuras como uma nuvem sem chuva, com patas negras e muito firme

mesmo após longos anos de serviço, seus olhos ainda brilham com a inteligência de um veterano de batalha. Ele encarava a cena adiante com a serenidade de uma montanha, sua presença calmante e confiante.

E, montado nele, estava a bela dama com olhos pretos e em seu rosto havia uma expressão calma. A mulher acariciou sua montaria de longa data, com um sorriso discreto e calmo.

E montado em um cavalo branco como a neve, estava seu filho, com seus olhos violetas e seus longos cabelos prateados espalhavam-se como raízes de um árvore nas suas costas. Ele era forte, alto e cheio de vida, com um olhar notável de inocência em seus jovens olhos.

Suas roupas eram semelhantes a de sua mãe, uma armadura de bronze e por cima um manto preto e vermelho por baixo, uma clara demonstração do sinal da duas casas do jovem garoto.

O cavalo branco que seu filho estava montado parecia ter sido moldado diretamente da luz do sol e era cheio de energia, suas pernas mais finas e fortes do que a corda de uma arco. Sua cabeça estava em paz, mas ainda possuía o brilho de um fogo aceso, sua pele branca como a névoa de um sonho.

Os dois cavalos, preto e branco, caminhavam lado a lado com os seus entendidos montadores em cima deles, atravessando o vale com um passo rápido e firme. Os cavalos trotavam em união, seus cascos batendo como um ritmo de dança.

Os dois cavalos, diferentes mas inseparáveis, andavam pelo vale, com o sol de manhã beijando seu pêlo e a luz criando sombra sobre as árvores. Eles andavam em harmonia, pessoa e cavalo, mãe e filho, negro e branco, uma história antiga e bela ainda sendo contada entre os olhos e os passos.

O rio cantava seu canto como um coro e o vento que sobe e desce pela encosta como um murmúrio de oração, todo o vale vibra de vida. O cavalo preto e o branco, parecidos e diferentes, representam duas idades, duas paixões, dois caminhos, mas nenhum é melhor do que o outro, apenas o mundo em harmonia com a mãe e o filho, o branco e o preto, e o vale e a floresta, a vida e a morte. Eles cavalgam em harmonia, a experiência e a paixão das jornadas do passado e do futuro se unindo para criar uma história que não será esquecida, nem nunca esquecida.

House Of The Dragon - A Dança Dos DragõesWhere stories live. Discover now