burning red | gn

By sameatena

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a cor vermelha foi feita para eles. More

uma catástrofe eminente
uma trégua
vermelho é a cor
é insanidade querer você
se eu vencer, eu quero você
preciso me manter distante
sentimentos embaralhados
somos incontroláveis
me viciei em você
eu quero tentar...por você.
eu não vou decepcionar você.
dois pesos, duas medidas
tempestade disfarçada de calmaria
a tempestade chegou
quero ele de volta
grandes emoções
vitórias diárias
campeão
epílogo

não tem meio termo

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By sameatena

Já era começo de noite quando ela entrou em sua casa.

Com a correria da semana não teve tempo para nada, só focou em vigiar seu pai pessoalmente para garantir que ele estava se cuidando direito. Passou todos esses dias na mansão do mais velho com Pietro, o menino amava aquela casa e consequentemente amava o avô também.

Giovanna fingia que não estava fugindo de tudo e todos.

Principalmente de um certo piloto em específico.

O dia tinha sido intenso, teve um almoço com um dos patrocinadores da equipe e buscou seu filho na escola dando graças a deus que as aulas estavam de volta.

Como era sexta-feira a noite e teria todo o fim de semana para focar em todo trabalho acumulado que deixou de lado, decidiu deixar o filho passar o fim de semana com o pai e a namorada do pai em um resort.

Já foi logo se livrando dos saltos e jogando em canto da sala, andou até a cozinha e abriu a geladeira com a fome gritando em seu estômago, só estava com o almoço.

Percebeu que Celine, a moça que cuida da casa e da sua alimentação havia deixado janta pronta para o menor e sua salada favorita na geladeira. Giovanna pegou o pote e um garfo no armário passando a comer de pé mesmo e assim que andou até a sala ligou a tv para esperar um de seus programas favoritos começar.

Ela andou até as portas de vidro enormes da varanda e as abriu recebendo o ar fresco em seu rosto. Arrancou a sua calça pisando em cima do tecido apertado para sair de seu corpo e ficou apenas de calcinha e blusa, voltou a comer tranquilamente quando foi interrompida.

O som de sua campainha nunca foi tão incomoda.

Ela gemeu de desgosto e andou preguiçosamente até sua porta mais concentrada no pote de salada com grãos do que na própria pessoa que estaria do outro lado. Sem se dar o trabalho de olhar pelo olho mágico a morena abriu a porta dando de cara com quem menos queria ver.

Lewis Hamilton.

Rapidamente flashs invadiram sua mente do som de seu corpo sendo brutalmente invadido por Alexandre... Som de seus gemidos bafados pela boca do piloto. Em como a mesa rangia com os movimentos das estocadas.

— Vai ficar parada com essa cara? – ela acordou de seus devaneios com a voz controlada do piloto.

Giovanna o olhou pela primeira vez com atenção e notou que ele tentava esconder sua irritação, mas ela sabia que o motivo de sua visita a essa hora da noite só poderia ser pelo fato de ter recusado todas as ligações que ele fez em seu celular e obviamente pelos sons que escutou desde a última vez que ligou para ela.

— O que você está fazendo aqui essa hora? – ela rebateu.

Não se assustou com o fato do porteiro não ter interfonado para avisar que o homem queria subir, não era a primeira vez que o piloto esperava algum morador entrar ou sair para passar pelos portões junto. Aproveita o fato de ser famoso para distribuir coisas autografadas.

— Posso entrar? – perguntou rouco. os olhos descendo pelas pernas de fora e percebendo que a mulher estava apenas com a camisa longa verde cobrindo sua calcinha.

Primeiro ela hesitou em deixar ele passar, mas se lembrou que o piloto já havia visto ela nua várias vezes e não teria mal algum em vê-la de camisa né?

Ela lhe deu as costas e enfiou mais uma colherada cheia de salada na boca, quando se voltou para ele ergueu suas sobrancelhas esperando então que abrisse o bico de uma vez, mas o homem permanecia com os olhos nela.

— Veio até aqui para ficar me olhando comer?

— Você sabe que não.

Ela deixou o pote com metade da salada em cima de sua mesinha de centro e ergueu as mãos prendendo o cabelo longo em um coque frouxo, cometendo o erro de deixar o pescoço a vista.

— Foi o cara da ligação que te deixou com esse chupão no pescoço? – a voz agora continha um certo amargor.

Giovanna revirou os olhos. Sabia bem que estava com a marca dos beijos e mordidas de Alexandre por todo seus seios, assim como um pequeno hematoma que já estava clareando abaixo de sua jugular. Mas quem era esse aqui em pé no meio de sua sala lhe cobrando satisfações?

— Eu não me lembro de ter assinado nenhum papel que pudesse dizer que somos casados, sabia? Até onde eu sei sou solteira e não devo satisfação da minha vida sexual a você e nem a ninguém.

O homem bufou rindo em seguida.

— Calma, amor. Vai devagar, não precisa me atacar com tanta agressividade. Eu sei que você é insaciável e de vez em quando precisa variar o cardápio. – o sorriso dele a irritou.

— Olha aqui Hamilton.. Foi legal, eu curti bastante todas as vezes.. Mas acho que deu. – ela cruzou os braços, seus olhos fixos nos dele.

O piloto assumiu uma expressão de curiosidade. Não era de se esperar uma atitude dessas vindo dela, afinal como ela mesma disse todas as vezes foram boas.

— Quem é o cara? – ele foi ousado em questionar.

Giovanna riu. Uma risada incrédula. Só poderia ser uma brincadeira.

— Fala sério.. Você não precisa se ressentir dessa forma só porque me escutou transando com outro homem. Nós nunca fomos exclusivos e nosso lance sempre foi casual.

Hamilton se aproximou dela com as mãos escondidas no bolso do casaco escuro que usava.

— Acha que eu gostei de escutar você gemendo daquele jeito.. Você nunca gemeu assim comigo. Eu só quero que me conte quem é o cara para poder lhe dar os parabéns..

Ela notou a ironia dele, o veneno que escorria.

— Saia da minha casa por favor. Eu não lhe devo nada.

Antes que o piloto pudesse argumentar ou desferir um insulto qualquer, o celular dela tocou pela casa. Quando atendeu, escutou a voz abafada de Giane.

— Gio? Está em casa?

— Oi Giane, acabei de chegar. Aconteceu alguma coisa?

— Alexandre sumiu.. Não consigo falar com ele. Não está no hotel e eu já não sei mais o que fazer.

Merda!

Ele teria treino no dia seguinte. Todos da equipe já estavam hospedados e dessa vez ela não iria, queria se manter distante dele por um tempo suficiente para que pudesse esquecer das suas mãos grossas passeando pelo seu corpo inteiro.

— Mas vocês não voaram juntos?

— Não... Ele disse que tinha uns assuntos para resolver e disse que estaria aqui antes que escurecesse. Ele não me atende e Otaviano também não sabe onde ele se enfiou e eu pensei que talvez você soubesse.

Ela fechou os olhos.

Perto dela seria o último lugar que ele estaria depois de ligar como um louco para o seu celular e até ameaçar o pobre do porteiro para lhe dizer onde ela estava.

— Não, eu não sei de nada. Eu vou tentar ligar pra ele e te dou notícias.. Ele não me disse nada.

Ela tentou buscar na memória se ele havia mandado algo relacionado a isso nas mensagens, mas a última coisa que leu foi ele lhe amaldiçoando com todos os nomes ruins existentes no mundo.

Não conseguiu se concentrar em nada com os olhos de Hamilton em cima dela, percebendo bem o que estava acontecendo.

— O piloto pródigo da equipe desapareceu? – ele e o seu sarcasmo perguntaram.

— O que ainda está fazendo aqui? – ela ralhou andando até a porta e abrindo em seguida. — Fora. Eu tenho mais o que fazer.

Lewis sacudiu a cabeça com um humor muito melhor do que minutos atrás.

— Está vendo? Isso que dá contratar um cafajeste, Gio. E foder com ele vai ser ainda pior, vai ser a sua ruína. – ele despejou de uma vez.

Giovanna se apoiou na porta um tanto afetada, não era bom que ele soubesse disso.

— Eu não sei do que está falando.

— Sabe sim. Eu escutei vocês dois até o final, Giovanna. Você deixou o nome dele sair de sua boca três vezes.

Ela o encarou sem medo, sem vergonha alguma.

— Me deixe te informar que vai se arrepender, querida. Cafajestes iguais ao Nero são dos piores. Ele vai ferrar com tudo, fiquei sabendo que é o que ele faz de melhor.

Ela bateu a porta com força assim que ele saiu e ligou para o celular de Alexandre até cair na caixa postal.


Alexandre virou o resto de licor que estava em seu copo e ignorou mais uma vez o toque estridente do celular.

Estava tão sufocado que precisou ir buscar refúgio com a sua família. Voltou para a Austrália em um voo fretado e antes de se enfiar dentro do hotel junto com o pessoal da equipe, ele parou em um bar qualquer.

Tinha inúmeras ligações de Giane, mas enxergar o nome dela foi uma surpresa e tanto. Desde que eles transaram em cima daquela porra de mesa que ela o ignorava, não atendeu nenhuma de suas ligações e nem respondeu as diversas mensagens que deixou em sua caixa postal.

O que diabos essa mulher queria agora?

Tinha algo nela que o consumia... Poderia passar a noite inteira dentro dela, mas de manhã quando tivesse que ir embora sentiria o mesmo vazio que sentia todas as vezes em que ficaram juntos.

Ele soltou um suspirou quando viu a foto dela que indicava mais uma ligação. O barman que lhe atendeu percebeu o seu desconforto e se aproximou, um sorriso de lado.

— Acho que você está precisando de mais uma.. Mas vai ser por conta da casa. – estendeu um destilado dos mais antigos.

Nem precisa dizer que ele acordou se sentindo um lixo.

O jet lag misturado com o gosto do álcool que vinha na boca toda hora estava revirando seu estômago. Apesar da cabeça estar pesada e confusa, a primeira coisa que ele se lembrou foi das ligações dela na noite passada.

Ele precisou se esforçar muito para conseguir chegar no treino naquela manhã, ele observou os pilotos passando pelo grid de largada e assistia o painel de classificação.

Estava a ponto de vomitar a qualquer momento.

Giane se aproximou e lhe estendeu um cigarro.

— Está bem? – perguntou baixo.

Ele balançou a cabeça confirmando e se aproximou mais do painel de classificação que mudava de acordo com o menor tempo de cada piloto.

Vinte dos pilotos já haviam corrido e o maior tempo no momento era do Charles. Só faltava Lewis e ele.

Ele se debruçou prestando mais atenção na pista e não conseguiu parar de pensar que gostaria que ela estivesse ali também. Foi quando Charles se aproximou dele.

— Eai, desaparecido. Deu perdido em todo mundo.

Os dois fizeram um toque com as mãos e Alexandre não sentiu vontade de responder. Ainda mais quando notou Lewis se aproximando com um sorrisinho debochado no rosto.

— O fujão apareceu.. – falou sínico, mas Alexandre não lhe deu a mínima, continuou olhando a pista. — Deu um susto e tanto na Gio ontem a noite, se tivesse visto como a cara dela ficou...

Alexandre foi virando o rosto na direção dele de forma lenta, arrogantemente. Seu punho cerrado e o olhar de fúria tomou conta de seus olhos negros.

— Que porra está dizendo? – se aproximou do piloto.

Charles percebeu o clima e se meteu no meio dos dois.

— Essa cama que você tem deitado eu já conheço de cabo a rabo... – sussurrou o encarando com deboche.

Charles olhava de um para o outro. Entendeu o motivo dessa raiva entre os pilotos. Tinha nome, sobrenome e um belo par de pernas.

— E você se sente um otario por não deitar mais.. me diz se eu acertei?

Lewis riu e se afastou uns passos para trás.

— Será que não deito?

Sem pensar muito bem, Alexandre avançou em cima dele e o agarrou pelo macacão. Lewis levantou os braços para cima deixando claro para qualquer um que olhasse que Alexandre era o único que o atacava.

Charles e Giane foram pra cima tentando afastar.

— Eu estou louco pra quebrar essa sua cara.. Mas eu sei que é isso que você quer. Você é um fodido que não tem capacidade de manter uma mulher como ela ao seu lado. Eu vou te avisar só uma vez, se afasta dela. Não procure por ela de novo, ou vai se arrepender. Foda-se se você já esteve na cama dela, quem deita agora sou eu...

— Alexandre. – Giane o puxou pela camisa. — Não caia na porra do jogo dele. Perdeu o juízo?

— Quem perdeu foi esse desgraçado. – apontou furioso.

Charles pareceu aborrecido e gritava com o piloto tirando ele de perto de Alexandre.

— Você não cansa de fazer besteira, porra? Vai logo pra sua posição, você é o próximo.

O piloto sabia que não precisaria olhar para o painel pra ter a certeza de que seu tempo foi um dos piores. Voltou ao box extremamente suado e escutou a voz de Giane de longe, ele parecia ao celular com alguém.

— Eu sei... Giovanna só vai estar aqui no dia da corrida, ela tem estado ocupada.

Ele esperou o homem terminar a ligação e se aproximou.

— Aconteceu algo com o pai dela? – foi direto.

— Não.. não é nada com ele. Ela só está ocupada.

Será que era trabalho mesmo ou ela estava sem coragem de encarar seus olhos depois de ter trepado com Lewis?

Não estava mais suportando essa situação. Queria ela.

— Qual era a relação dela com aquele babaca? – olhou Giane suspirar.

— Nero.. Eu não vou falar da vida pessoal da Gio pra você. Por que não pergunta pra ela?

— Como se ela fosse me contar. – ralhou estressado.

— O que vêm acontecendo entre vocês, hein? Eu sei que rolou uma ou duas vezes, mas manter um caso com ela é um tiro na sua cabeça. Você tem sangue quente, Nero... Precisa se decidir pelo o que quer brigar com Hamilton, pela vitória ou por Giovanna.

O piloto gravou essas palavras com bastante atenção.

Deu as costas e foi embora sem se despedir de ninguém.

Giovanna já estava sabendo sobre a discussão e passou a maior parte do tempo se preparando para ligar para ele.

Nero saiu do banho secando os cabelos quando notou o celular tocando em cima da cama. Pensou em não atender, mas estava necessitando ouvir a voz dela, nem que fosse para discutir.

— Fala. – atendeu rouco, baixo.

— Agora você me atende. Qual o seu problema? Liguei a noite inteira ontem e você não me atendeu.

Ele fechou os olhos e bufou.

Até irritada e chata ela conseguia mexer com cada célula do corpo dele. Sentiu um calor se apossar aos poucos, se pudesse controlar essa merda já teria controlado.

— Estava ocupado.. Assim como você, que recebe visita de homem na sua casa tarde da noite. – ele soltou.

— Óbvio que ele seria babaca o suficiente pra te contar.. e você caiu na dele direitinho. Burro. – ela brigou.

— Giovanna me explica uma coisa. Você não me quer.. Mas toda vez que ficamos perto um do outro acabamos fodendo como dois coelhos, você não admite mas sente ciúmes de mim com qualquer mulher que se aproxima e quando eu te faço uma proposta pra ser minha durante esses meses você diz que não. Qual é a sua? Que tipo de jogo é esse?

— Eu não faço jogos. – ela estava seria.

— Se não é jogo, que porra que é? Não tira o Lewis da sua vida, mas vive dando perdido nele pra ficar comigo.. Me diz qual é? Você está acabando comigo.

— Isso não vai dar certo se você não se esforçar na porra de um treino só porque está putinho comigo. Você quer que eu faço o que?

Ela escutou a respiração pesada que ele tinha.

— Eu quero que você entre na porra do avião de milhões de dólares que o seu pai tem e venha pra mim. Eu quero que me diga olhando dentro dos meus olhos que você não deixou o filho da puta do Lewis tocar em você.

Ela ofegou, sentiu a garganta seca, a pele arrepiada...

— Eu quero que você olhe pra mim e diga se vai ou não vai ficar comigo, Giovanna.. Porque se a sua resposta for não, eu vou te deixar em paz e focar na porra da corrida. Mas se você disser que sim.. Eu quero você só pra mim, e eu serei apenas seu também. Não divido mulher, ainda mais se for você. Não tem meio termo comigo.

Ela umedeceu os lábios com a língua e olhou para as malas no chão do quarto que já estavam arrumadas para a viagem. Era como se uma linha invisível que a impedia de se jogar de vez nos braços daquele homem tivesse se rompido e nada mais poderia lhe segurar.

E que Deus lhe perdoasse, mas nem mesmo ele poderia ser capaz de impedir a combustão que aconteceria.

E ela estava indo até ele.

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