Lago de Algodão | releitura d...

By NathalyBrandaoo

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Após terminar o ensino médio, sem perspectivas de fazer uma faculdade, Stefaní Prado é convidada pela tia par... More

Antes de Começar...
Dedicatória
Epígrafe
Capítulo 01 | Fevereiro de 2021
Capítulo 02 | Fevereiro de 2021
Capítulo 03 | Fevereiro de 2021
Capítulo 05 | Fevereiro de 2021
Capítulo 06 | Fevereiro de 2021
Capítulo 07 | Fevereiro de 2021
Capítulo 08 | Fevereiro de 2021
Capítulo 09 | Março de 2021
Capítulo 10 | Março de 2021
Capítulo 11 | Março de 2021
Capítulo 12 | Março de 2021
Capítulo 13 | Março de 2021
Capítulo 14 | Março de 2021
Capítulo 15 | Março de 2021
Capítulo 16 | Março de 2021
Capítulo 17 | Março de 2021
Capítulo 18 | Março de 2021
Capítulo 19 | Março de 2021
Capítulo 20 | Abril de 2021
Capítulo 21 | Abril de 2021
Capítulo 22 | Abril de 2021
Capítulo 23 | Abril de 2021
Capítulo 24 | Abril de 2021
Capítulo 25 | Abril de 2021
Capítulo 26 | Abril de 2021
Capítulo 27 | Abril de 2021
Capítulo 28 | Abril de 2021
Capítulo 29 | Abril de 2021
Capítulo 30 | Abril de 2021
Capítulo 31 | Abril de 2021
Capítulo 32 | Abril de 2021
Capítulo 33 | Abril de 2021
Capítulo 34 | Abril de 2021
Capítulo 35 | Abril de 2021
Capítulo 36 | Abril de 2021
Capítulo 37 | Abril de 2021
Capítulo 38 | Abril de 2021
Capítulo 39 | Abril de 2021
Capítulo 40 | Abril de 2021
Capítulo 41 | Abril de 2021
Capítulo 42 | Abril de 2021
Capítulo 43 | Abril de 2021
Capítulo 44 | Maio de 2021
Capítulo 45 | Maio de 2021
Capítulo 46 | Maio de 2021
Capítulo 47 | Maio de 2021

Capítulo 04 | Fevereiro de 2021

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By NathalyBrandaoo

“A boca do justo é fonte de vida, mas a violência cobre a boca dos perversos.”
— Provérbios 10:11

Costura era uma paixão de Faní. Ela amava poder ver um simples pedaço de pano tornar-se algo para vestir. Sua tia Alice era uma costureira famosa em Laguinhos — talvez a única, ou uma das poucas, mas que se destacava —, e nesse dia estava com alguns ajustes simples com entrega atrasada. Por isso, chamou a sobrinha para ajudá-la e Faní foi com muito bom grado. Estava agora apertando uma saia jeans na máquina de costura enquanto ouvia a tia falar e falar sobre o episódio de abate de um animal doente da fazenda. Ela contava que chorou por dias e mal pôde olhar Timóteo nos olhos.

— Não entendo como os homens podem ser tão insensíveis nesses momentos — disse. — Eu implorei para deixar o bichinho vivo, mas ele não me ouviu.

— Ele contaminaria os outros se permanecesse vivo — Faní comentou baixo, concentrada em manter reta a linha da costura.

— Era só afastá-lo do rebanho!

— Mas aí ele viveria sozinho, tia.

— Melhor do que ser morto — Alice não deu o braço a torcer. Ela analisava como poderia apertar uma outra saia sem comprometer o formato godê. — Pelo menos agora tem menos gado. Dava muito trabalhar cuidar dos daqui, não era um espaço adequado.

O gado de tio Timóteo, responsável por manter a Milchdie², sua empresa de lacticínios, ficava em outra propriedade, quilômetros a frente de Laguinhos. Os Bernardo, em sua terra residencial, criavam alguns bois e vacas apenas para consumo próprio.

— Pelo menos a empresa só prospera, graças a Deus — tia Alice continuava falando. — Ed ajudou muito o seu tio ao sugerir que abrissem uma filial em São Lourenço, deu muito bom. Mas acho que ele vai deixar o controle dos negócios para o Tim antes do tempo previsto, porque ultimamente mal tem tempo de ficar em casa! Já falei para ele, Deus pode acabar cobrando mais dedicação aqui no lar. Onde fica a esposa no coração daquele homem?

Faní sorriu com o tom exagerado da tia, sabendo que era proposital, visto o sorriso de Alice. Aos olhos da sobrinha, tio Timóteo era muito cuidadoso com a esposa; ligava todos os dias no horário de almoço para falar com ela, mesmo que não se falassem muito ou as pautas não fossem coisas muito profundas.

Ela só se preocupava com a área igreja na vida do tio. No último mês, pelo que soube de Ed, a Milchdie estava sugando todas as energias de Timóteo, obrigando-o a ausentar-se dos projetos da igreja. Faní esperava que isso não durasse muito e, se durasse, que Tim pudesse assumir a função logo.

— Tenho certeza que a senhora tem um lugar especial, tia — ela finalmente respondeu.

— Eu espero — brincou Alice.

A tarde seguia seu curso e Faní estava sentada num dos sofás da sala de estar, munida de uma tigela de pipoca para assistir “Midinho, o Pequeno Missionário”. Tim e Ed ainda possuíam a coleção de DVDs e — por sorte — um aparelho de DVD, que já havia se tornado algo ultrapassado. A tecnologia do momento era Netflix na Smart TV, que os Bernardo também tinham, mas Faní gostava dos DVDs.

Assim que “Daniel na cova dos leões” começou a ser reproduzido, ela sentiu o coração pulsar de nostalgia. Amava aquele desenho; lembrava de, aos sábados, escapar de casa só para poder assisti-lo com Ed, depois dele chegar do trabalho. Ela achava Midinho e Ed muito parecidos em sua calma e “biblicidade” (se essa palavra existir).

— Está vendo o quê, Faní? — A voz de tia Norberta estourou sua atenção, assustando-a. O episódio 2 do volume 1, mal tinha terminado. — Pegou os DVDs dos meninos? Você pediu permissão?

Faní abriu a boca, mas o tom de repreensão na voz da tia a fez retrair-se um pouco.

— Ed não gosta que fiquem pegando as coisas dele sem pedir, o Tim menos ainda. — A moça franziu as sobrancelhas com a sentença. — Vê se não arruma problema, hein.

Era verdade sobre Tim e Ed, mas Faní nunca precisou pedir para assistir os DVDs do Midinho; Ed foi quem ofereceu a primeira vez e nunca a recriminou de voltar à casa com esse propósito. No entanto, se sentiu insegura diante da lembrança de que deixou de frequentar a propriedade dos Bernardo havia quatro anos; não poderia chegar e querer que tudo estivesse como antes, ela deveria ter pedido permissão. Com o peito apertado, desligou o desenho, guardou o DVD na estante e terminou de comer a pipoca enquanto assistia reels desinteressantes no Instagram, rede social que estava pegando poeira em seu celular desde que retornou ao campo.

Poucos minutos depois, Faní ouviu a voz de Ed pela casa.

— Mãe, cheguei! — ele avisou. — Sua benção, tia. Cadê minha mãe e a Faní?

A tia Norberta respondeu e não demorou para Ed aparecer na sala de estar. Esboçou um sorriso grande ao ver Faní e se aproximou dela para beijar sua cabeça. Ele estava fedendo muito a suor.

— Hoje eu estou a fim de cavalgar, o que me diz? — sugeriu, com olhos animados. — Faz tempo que não fazemos isso.

Faní sorriu.

— Claro — respondeu e se levantou para lavar sua tigela já vazia.

— Beleza, vou tomar um banho — ele disse e no caminho para o banheiro, quase pisou em cima de Bigodes, que estava esparramada no chão. — Opa, desculpa. Você está bem? — E parou para acariciar a gata.

Faní observou a imagem dos cabelos lisos de Ed caindo para frente conforme a inclinação dele. Bigodes ficou ainda mais à vontade no chão ao receber carinho na barriga, o que fez Ed rir, tornando a cena ainda mais encantadora. Após isso ele se levantou e com as duas mãos arrumou os cabelos no lugar, para então encontrar o olhar da prima. O coração de Faní errou uma batida e, com esse susto, ela percebeu que havia pausado seu caminho em direção à pia.

— Prometo que serei rápido — ele disse e sumiu das suas vistas.

A moça respirou fundo, as bochechas queimando por ter sido pega observando-o.

— Não deixa a tigela suja na pia — a voz de tia Norberta a assustou de novo, mostrando-a de que a senhora estava bem ali, sentada à mesa, enquanto fazia um tapete de crochê.

Faní lavou a tigela e colocou no escorredor de louças. Para passar o tempo de espera por Ed — e fugir das repreensões da tia Norberta —, ela foi brincar com os cachorros. Só tinha um deles que ainda não se acostumou com ela e ficava só observando, desconfiado. O seu preferido era um de pelagem marrom, enorme; era o mais novo dos cinco e realmente parecia uma criança: pulava nas pessoas, corria de um lado para o outro com a língua para fora, empinava o traseiro numa pose de “Eu vou te pegar”, essas coisas. Era um fofo. Chamava-se Spike.

— Estou pronto. — Ed saiu da casa e se moveu para a lateral direita dela, da onde ele trouxe uma bicicleta. — Eu vim correndo para dar tempo da gente cavalgar. O bom é que já fiz o exercício do dia.

Faní sorriu pela empolgação dele e subiu na garupa da bicicleta, sentando-se de lado.

— O que você fez hoje?

— Costurei e conversei com a tia Alice.

— E estava assistindo filme antes de eu chegar?

— É. — Ela não conseguiu acrescentar mais, pensativa por causa da tia e um pouco incomodada pelos cachos voarem no seu rosto enquanto Ed pedalava na estradinha cimentada que levava à fazenda. A ausência do óculos no rosto deixava seus olhos desprotegidos.

De um lado esquerdo da estrada havia uma plantação de soja; do outro, um matagal. Faní só ia para aqueles lados se estivesse acompanhada de algum dos primos ou do tio, por isso não tinha ido ver os cavalos ainda.

— Só isso? Qual filme viu?

— Não era filme — ela disse, tentando prender os cachos atrás da orelha com uma mão sem soltar a segunda da bicicleta. — Era... Midinho. Peguei seus DVDs sem pedir, me desculpe.

— Que isso! — Ed exclamou, um sorriso na voz. — Você pode pegar quando quiser, Faní. Nem precisa pedir.
Ela sentiu um alívio infindo ao ouvir isso.

— Tá bom. — Sorriu também. — Como foi no trabalho hoje?

— O de sempre. — Ed trabalhava na filial da Milchdie no vilarejo de Laguinhos como atendente de caixa. — Não vejo a hora de me dedicar integralmente à obra de Deus.

E lá estava um assunto comum à casa Bernardo: o cargo eclesiástico do pastorado.

Não era surpresa para ninguém que tia Alice não acompanhava o marido nas atividades ministeriais, como visitas às casas e aos doentes no hospital, reuniões de obreiros... Ela simplesmente não ia.

Para tentar amenizar a falta daquela que considerava uma mãe na vida do pai, Ed passou a ajudar Timóteo mais efetivamente na obra de Deus; foi quando encontrou seu chamado.

O Espírito Santo, através do grande prazer que o rapaz sentia quando acompanhava seu pai, e também de confirmações externas, entendeu que o propósito de sua vida era ser um pastor. Faní foi a primeira a ouvir sobre isso quando ele o compreendeu, e ela o admirou profundamente, mas também se preocupou. Desde então, orava pela futura esposa do primo, pedindo que o Senhor permitisse que ela amasse e se dedicasse à obra como Ed faria. Talvez seus sentimentos tivessem começado nessa época, ela não tinha certeza, mas fato era que desejava ao primo uma esposa que pudesse acompanhá-lo em sei ministério.

— A hora vai chegar — respondeu. — A igreja cresceu desde que me mudei. Se você assumi-la, vai ser trabalhoso.

— Eu sei — ele pronunciou de forma séria e evasiva, o que deixou Faní em alerta. — Pareceu que eu menosprezei o peso da função?

— Não — ela disse rápido. — Só fiz uma constatação. Sei que conhece as responsabilidades do cargo.

— Conheço, sim.

Ed ficou em silêncio pelo resto do caminho, coisa que preocupou Faní.
Na portinhola da fazenda, ele freou a bicicleta e ela desceu. Faní ajeitou o shorts bege e ergueu os olhos. Ed tinha o semblante sério ao falar:

— Outro dia falei do meu desejo em casa e tia Norberta me acusou de querer me “mostrar” ou ter uma figura de importância em Laguinhos, algo assim. Foi uma fala que me feriu — confessou, os olhos em algo atrás de Faní. — Em oração me questionei se eu estava sendo cego sobre isso, e Deus logo respondeu. “Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares” — recitou Josué 1:9. — Eu conheço as dificuldades de um pastor, convivo diariamente com um. E, ainda que eu também saiba que só irei verdadeiramente conhecer o cargo quando estiver nessa pele, não vou me acovardar. É o que o Senhor tem para mim.

Faní sorriu quando ele a olhou, concordando e encorajando-o em silêncio. Ele sorriu de volta e então abriu a porteira.

— Por isso que eu amo conversar com você, Faní. Fala que é uma beleza.

O comentário a pegou de surpresa, arrancando-lhe uma gargalhada sincera. Faní cobriu a boca com as mãos, envergonhada de sua “risada de porquinho”, como Ed chamava. Quando se recuperou, disse:

— O Senhor o capacitará para ser um bom pastor, menos engraçadinho, talvez — acrescentou, uma sobrancelha erguida para ele.

— O Bom Pastor é o melhor professor, e tenho certeza que ele tinha ótimo humor. — Ele sorriu e se deu conta: — As informações casaram tão bem que até rimaram!

Ele riu e ela balançou a cabeça para os lados.

Eles adentraram a fazenda. Haviam várias galinhas espalhadas pelo terreno, algumas com pintinhos. Também haviam patos com seus patinhos andando de forma engraçada, de um lado para o outro. Faní se lembrou rapidamente de Liam dizendo que o caminhar da mãe, quando grávida de Bernadete, parecia o daqueles animaizinhos. Sorriu sozinha, já com saudade do irmão. Ligaria para ele no sábado para poderem conversar.

Toda aquela propriedade foi fruto de uma herança. Um tio-avô de Timóteo, sem esposa e filhos, a deixou para ele junto de todos os funcionários e sua empresa de lacticínios. Quando, na época, o Bernardo informou ao seu pastor o ocorrido, o ministro o encorajou a ir morar em Laguinhos para cuidar da propriedade e todo o resto, e aproveitar a oportunidade para ajudar a igreja do vilarejo. Foi quando o sobrenome Bernardo se uniu ao Prado e ali estavam dois membros de ambas as famílias, cumprimentando o caseiro da fazenda, seu Ezequias, e sua esposa, Maria do Rosário.

Difícil tarefa foi se desgrudar da senhora Maria, mas Faní conseguiu com o argumento de que, se não cavalgasse logo com Ed, escureceria. A senhora a fez prometer que iria visitá-la em breve, com tempo de parar e comer bolo.

— Agora você tem duas promessas para cumprir — Ed comentou baixo com Faní enquanto se afastavam para o estábulo —, com a irmã Eliane e a dona Maria.

— Quando voltar para casa, terei engordado — ela constatou com certa graça. — Mas vai valer a pena. Gosto das duas.

— E elas gostam de você, assim como todo mundo que a conhece. — Ele sorriu e Faní também. Ela duvidava da sua afirmação, mas não disse nada sobre.

O estábulo era amplo, podendo acomodar até 20 cavalos. Sua estrutura era feita de madeira, dando ao lugar uma aparência rústica mas muito aconchegante. Em cada divisória entre as cabines para os cavalos, haviam luminárias pretas sustentadas por hastes arredondadas, trazendo mais charme ao local. Ali cheirava a madeira e palha, mas também possuía um odor forte do excremento animal ainda não limpo pelo funcionário responsável.

Faní amava o estábulo, assim como os equinos acomodados. Atualmente, os Bernardo possuíam 8 e, nas portinholas das cabines de alguns deles, feitas do mesmo ferro preto das luminárias, havia os nomes de membros da família, indicando quais eram os cavalos de cada um. O de Tim, por exemplo, era um cavalo negro que estava de costas para a direção de Faní; o de Maria era uma égua de pelagem clara e crina loira trançada, combinando com a dona.

Depois de analisa cada um dos cavalos, Ed chamou Faní para a antepenúltima cabine do lado direito, onde havia uma égua marrom sem indicação de dono em sua portinhola. Na cara a equina possuía pelagem branca, um detalhe que a tornava única. Ed a apresentou como "Cale".

— Cale — Faní repetiu e fez menção de tocar a cabeça da equina, ao que Ed permitiu. A égua era muito mansa.

— Não vai perguntar o significado do nome? — Ed tinha um olhar peralta no rosto, observando a prima acariciar o animal.

— Qual o significado do nome? — Faní perguntou com um sorriso, já esperando a "pérola" que ouviria.

— Ca de Café e Le de Leite. Café com Leite: Cale.

Faní riu.

— Eu gostei — anunciou.

— Que bom, porque agora ela será sua companheira oficial.

Faní o encarou. Ed se mostrou satisfeito pela confusão dela.

— Sei que Maria e July não gostam de emprestar seus cavalos, então você pode sair com essa. Ela é bem mansa. Faz dias que eu a estou observando e garanto isso. Vocês duas se darão bem.

Passado o choque, Faní se sentiu tocada pelo carinho e sorriu, enrugando os olhos.

— Obrigada, Ed. — Ficou um pouco tímida e não queria que ele percebesse, por isso, ainda acariciando Cale, fez uma brincadeira repleta de travessura: — Você também vai me emprestar seus livros?

— Ah, esbarramos num limite aqui — ele disse de modo pomposo, erguendo as palmas das mãos para ela. — Tenho ciúmes deles.

Faní apenas riu.

²“Die Milch” em alemão é “O leite”. Coloquei ao contrário e temos a Milchdie. Saber disso talvez não vá mudar nada na vida de vocês, mas eu amo colocar detalhezinhos em alemão nas histórias. Vai que um dia encontrem essa palavra em algum lugar, não é? [Nota da autora]

Oi, minha gente! Como vão?

Capítulo de sábado na sexta porque amanhã me mudo para o apartamento, sem condições de ficar no celular hahahaha.

Vocês gostam da tia Alice? Eu, particularmente, muito!

E da tia Norberta? 👀

Aos poucos vamos conhecendo um pouquinho mais da amizade do Ed e da Faní. Ele sempre sendo um fofo, ? 🥺

Vejo vocês na semana que vem. Que o Senhor esteja conosco!

Com amor, Nathaly. ❤

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