Um caso com Angelina Jolie.

Oleh tsunadekawaiiUU

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Por que alguém mediano foi escalado para uma papel tão alto como aquele? qual o motivo? e ainda por cima, uma... Lebih Banyak

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Agradecimentos + Avisos!!
Capítulo extra [01]

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Oleh tsunadekawaiiUU

- Meses depois

Encaro a tela do meu celular, sentindo a minha perna balançar freneticamente. O filme já havia sido lançado. A crítica dele foi relativamente boa, tanto sobre a troca de atriz, quanto da história. Muitas pessoas -Especificamente os brasileiros- elogiaram bastante a minha atuação. A minha aparição no filme também rendeu muitos cochichos de internautas. Algo que eu já esperava.

-Acalma essa perna, Cameron.- Angelina fala, voltando o seu olhar para mim. -O pior você já fez, que foi atuar! Participar de uma entrevista não vai ser nada.

Olho para ela, mordendo o meu lábio inferior, ainda por causa do nervosismo. Ela estava certa, mas sei lá, toda essa ideia de ser entrevistada me dá um nó na barriga inexplicável.

-É, eu sei.- Faço uma pausa, franzindo o meu cenho.- Mas é que...- Paro de falar ao perceber que eu não fazia ideia do que dizer em seguida.

Parecendo que ela entendeu a situação, Angelina põe a sua mão sobre a minha perna, me fazendo diminuir a frequência do balanço. Inevitavelmente, o meu olhar se encontra com o dela. Seu olhar estava cansado, mas eu duvido que alguém de fora notaria isso.

-Querida, se você quiser apoiar a sua cabeça em mim para descansar, não tem problema nenhum. Estamos bem longe do local da entrevista.

Ela nega com a cabeça, ajeitando o seu vestido longo e branco, com alguns detalhes pretos em sua volta.

-Estou bem.- Ela fala com um leve sorriso, voltando a me encarar. O jeito como sua voz saiu me fez franzir o cenho, mas eu resolvi não perguntar mais nada.

Volto o meu olhar para a janela, observando várias pessoas. Tinha gente usando sobretudo, e outras, apenas uma regata acompanhada de uma calça. Acho que o frio é bem relativo para essas pessoas, afinal estava um clima médio. Eu mesma estava com uma blusa rosa claro relativamente social com manga longa, e uma calça marrom. Olho para o céu, vendo que o mesmo está fechado. Não aparentava que iria chover. Pelo menos não nas próximas horas.

-Acho que o que está me deixando nervosa é o fato de que o público vai estar lá- Falo de repente, ainda observando a vista pela janela do carro.

-Eu estarei exatamente do seu lado. Se você se sentir insegura ou qualquer coisa do gênero, olhe nos meus olhos. E se você sentir que não irá aguentar, pegue em minha mão.- Sua voz sai clara. Volto o meu olhar para ela, umedecendo os meus lábios que insistiam em ficar secos.

-Em público?- Falo cautelosamente, encarando-a.

-Cameron, se sentir necessidade, apenas faça. Isso é tudo.- Ela fala, de uma forma séria.
De uns dias para cá, eu tenho sentido ela meio distante. Mas toda vez que eu insistia em perguntar algo, ela se limitava a dizer que não era nada, apenas o cansaço. O que é bem compreensível, pois a nossa rotina ficou muito mais agitada nesse meio tempo.

Como resposta eu apenas balanço a minha cabeça, sentindo um clima estranho tomar posse ali dentro do carro.

Eu acho que nem me dei conta de quando o carro parou, indicando que já havia chegado no local, pois foi preciso o motorista falar comigo para me tirar do meu devaneio.

Sentindo todo o meu corpo ficar tenso eu saio do carro, mordendo o interior de minhas bochechas.

olho para Angelina, que está indicando com a cabeça para entrarmos. O público chegará mais tarde, pois os atores precisam fazer -ou retocar- a maquiagem.

Após entrar no local, uma mulher relativamente alta me conduziu até o camarim. O mesmo aconteceu com a Angelina, exceto pelo fato de que no caso dela não foi uma mulher, e sim um homem, cujo o cabelo estava banhado em gel, jogado totalmente para trás. Parecia mais um garçom.

-Olá, Cameron!- Uma outra mulher fala, após eu adentrar o camarim. julgo eu que seja a maquiadora.

-Olá...- Faço menção de saber o nome dela, mas rapidamente o meu olho bate em seu crachá, um pouco acima de seu seio. -Martha!- Abro um leve sorrisinho enquanto a mesma me conduz até a cadeira.

Sentando nela, eu me encaro no espelho, repleto de luzes.

-O que você deseja?- Martha pega o kit de pincel, rapidamente.

-Eu...-Faço uma pausa. -Na verdade não quero algo muito exagerado. Acho que uma maquiagem simples com tom frio está ótimo.

-Ótima escolha, querida! Vai ficar incrível.- Ela fala de uma forma bem sorridente, me fazendo abrir um leve sorriso.

Não demorou muito para Martha terminar seu trabalho, que havia ficado impecável.

-O que achou, meu bem?-Ela me olha pelo espelho.

Balanço a cabeça, sorrindo. -Ficou exatamente como eu imaginei, Martha. Está incrível.- Falo me admirando no espelho.

Martha apenas dá um sorrisinho, querendo dizer: Obrigada.

Me levanto, a fim de sair do camarim. Eu já estava com o cabelo feito, então não havia motivos para ficar ali.

-Tchau!- Falo educadamente, antes de sair pela porta.

Saindo do camarim, eu rapidamente vejo alguns atores conversando. Dentre eles, estão: Michelle Pfeiffer, Chiwetel Ejiofor e Sam Riley. Pareciam estar bem entretidos na conversa, pois nem me notaram ali por perto.

Saio do meu devaneio quando alguém segura o meu braço. Era uma mão firme e forte. Imediatamente eu franzo o meu cenho, me virando para ver quem é.

-Joachim?- Falo totalmente espantada. -Houve alguma coisa?

-Posso falar com você?- Sua voz sai cautelosa, e então eu apenas acento com a cabeça, totalmente confusa.

Ele me chama para o canto, e eu o sigo, ainda com o cenho franzido.

-Desculpe te assustar, não foi a minha intenção!- Ele fala meio sem graça, com um sorriso envergonhado em seu rosto.

-Não...Está tudo bem.- Falo, a fim de deixar o clima mais confortável. -O que deseja?

-Você viu a Angelina por aí?- Franzo ainda mais o meu cenho. -Já era para ela estar aqui. A maquiadora da mesma me notificou que ela já havia saído do camarim há um tempo.- Parecendo notar a minha expressão totalmente confusa, ele continua. -Durante as gravações eu percebi que vocês ficaram bastante próximas, então achei que seria convincente perguntar isso para você.

Balanço a cabeça lentamente, de uma forma positiva. -Eu não sei onde ela está, mas...- Paro de falar por um instante, sentindo o meu estômago embrulhar. -Eu procurarei por ela.- Falo com um sorriso no rosto, tentando parecer a pessoa mais convincente do mundo. O que pareceu adiantar, pois a expressão de alívio no rosto de Joaquim foi totalmente perceptível.

Após ele se virar para ir para outro lugar, eu começo a procurar pela Angelina. Eu saí perguntando para pessoas que trabalhavam no local, para alguns atores que eu tinha algum tipo de intimidade, e a semelhança entre as respostas de todos eles me deixaram mais preocupada: "Não, não a vi".

Sentindo o meu coração disparado, eu resolvo seguir até o banheiro, com a esperança de lá ter sinal para eu poder ligar para ela.

Abro a porta do banheiro rapidamente, e sentindo a minha mão tremer, eu pego o meu celular. Antes de ligá-lo, o meu olhar foca em uma cabine, que estava minimamente entreaberta. Franzindo o meu cenho, eu guardo o meu celular e começo a caminhar lentamente até a cabine, em passos totalmente cautelosos.

Umedeço os meus lábios antes de tocar na porta, sentindo a minha mão tremer e o meu coração disparar muito mais. Respirando fundo, eu abro a porta num só baque, fazendo a pessoa que estava ali olhar rapidamente para mim. Sinto a minha pupila dilatar, percebendo que a pessoa era a Angelina. Sentindo o meu coração apertar, eu entro rapidamente dentro da cabine, me ajoelhando ao seu lado. Meus olhos, que ameaçavam a ficar totalmente encharcados, começaram a tremer.

Com todas as forças restantes, eu encaro a Angelina, com um papelzinho de Cocaína
em sua mão. Sentindo os meus lábios tremerem, eu os mordo, tirando rapidamente aquela merda da mão dela.

-Cameron..- Ela me encara, e o seu olhar me faz querer desabar. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, eu a envolvo em meus braços. Eu pude sentir todo o seu corpo tremer. Poderia ser o efeito da droga agindo em seu corpo, mas eu duvido muito, pois seguido dessa tremedeira, eu pude escutar alguns barulhos semelhantes ao de choro. Um efeito totalmente contrário ao da droga.

-Eu estou aqui, meu amor.- Falo respirando fundo, acariciando suas costas.

Passado alguns minutos, ela me encara. Sua maquiagem estava levemente borrada, mas nada que não desse para concertar.

-Vem..-Falo me levantando, esticando minha mão para ela levantar. Após ela ficar em pé, a mesma suspira. -Acho que a entrevista vai começar daqui a pouco...- Minha voz falha um pouco enquanto eu falo.

Ela não fala nada, e então saímos da cabine.

-Deixa eu dar um jeito na sua maquiagem.- Falo vasculhando a minha bolsa, a fim de encontrar um lenço umedecido e um lápis de olho.

Ela se encosta na pia imensa do banheiro, e eu me aproximo de seu corpo, começando a passar cuidadosamente o lenço em seu rosto.

Vendo que já estava bom, eu passo um pouco de lápis de olho nas regiões que haviam ficado apagado.

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