A VERDADE ESTÁ LÁ FORA

Von SCampelo2014

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Lúcia leva uma vida tranquila, sem muitas emoções. Isso até retornar para buscar sua melhor amiga numa boat... Mehr

CONTATO IMEDIATO
ESTOU SONHANDO?
O QUE É REAL
UMA MULHER SEM CORAÇÃO
EXPERIÊNCIA
SAINDO DO CONTROLE
MUDANÇAS
UM ALIEN FRIO
NOITE CAÓTICA
O QUE ME TORNEI
VIGIADA
"OSSOS DO OFÍCIO "
UM ALIEN MORTO
ENCONTRO CONVENIENTE
PERSEGUIÇÃO
EU QUERO ESQUECER
O FIM QUE ESCOLHI
O LAR QUE ESCOLHI
EPÍLOGO
☆CAPA DO PRÓXIMO LIVRO☆

LIBERDADE?

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Von SCampelo2014

O modo vidrado como Sam está me olhando diz muito sobre como essa situação vai se desenrolar se eu não puder contornar.

— Deve ser uma uma boa hora para eu vir aqui me humilhar! — fala com uma mistura de indignação e tristeza — Desde aquele dia que seu “marido” atendeu que tenho estado preocupado com você,  mas, pelo visto, não passo de um idiota apaixonado por uma mulher cruel. Você parece ótima, inclusive! O juiz deixou de ser gay ou era só uma mentira sua para enganar nós dois?! Pelo que vejo, você está bem nua sob o roupão dele. — desdenha e tinha que ser assim tão observador?

— Escuta… não é uma boa hora para conversarmos! Volte para sua casa e depois eu te ligo… — tento amenizar a situação e tudo que consigo é um olhar de reprovação.

— Você acha mesmo que vou cair nessa?! — Ele se escora na entrada da porta de forma intimidante — Não vou deixar que me faça de trouxa novamente, se quer realmente conversar tem que ser agora… entendeu, “dona Lúcia”?! Não sairei daqui sem resolver essa questão em definitivo.

Esse gatinho está ultrapassando o limite do tolerável. Não me interessa que seja policial ou o “diabo a quatro” , não aceito ser tratada assim por macho. Já não basta aquele alien me atormentando,  ainda tenho que aguentar desaforo de humano?!

— Lúcia, está tudo bem?!

Eu não acredito nisso! Tem como isso ficar pior?!

— Lyon?! — olho incrédula o moribundo ao pé da escadaria — Não devia ter saído da cama. — falo entre dentes, estressada por estar nessa saia justa — Volte, já estou indo… — praticamente ordeno, então me direcionou ao Sam, que me parece abismado — E você, vá curtir sua cachaça em casa, ok? Não tenho paciência para homem pegando no meu pé sóbrio, pior ainda bêbado…

Sei que minhas palavras são duras, mas não sei do que Lyontus é capaz de fazer, principalmente depois de ter mostrado tanta instabilidade. Não quero ver Samuel machucado; eu gostaria de ser tão cruel quanto me acusa. De toda forma,  não pretendo adiar o inevitável e bato a porta na cara dele, mesmo meu coração aos protestos.

— Eu não já falei pra você voltar pra cama, caramba?! Quer que te arraste até lá?! — brigo, mas minha vontade é de arrastar esse alien pelos cabelos.  Toda essa situação de maus entendidos, de coisas que eu não poderia explicar,  é culpa dele.

— Eu adoraria…

Sério que ouvi isso?!  Acabo revirando os olhos desdenhosos.

Ah se eu pudesse esconder seu cadáver!

Quase rio com esse pensamento macabro. Porém,  que culpa tenho se ele disperta o que há de pior em mim?

— Você traz aquele macho aqui?! — Lyon me encara de um jeito estranho.

— Não! — respondo secamente antes de agarrar sua cintura, apoiar e puxá-lo de volta para o quarto. — Ver se não me dá trabalho! Você tem que ficar bom logo! — digo sem papas na língua e depois de enfiá-lo sob as cobertas, desci para fazer leite quente para ele e aproveitei para encher bem a minha taça com um vinho dos mais fortes da adega.

Enquanto fazia o leite, entornei uma taça. Seria bom ficar bêbada.  Nisso meu celular,  que estava na bancada, começou a vibrar com mensagens chegando uma atrás da outra. Caí na curiosidade de olhar e foi só para passar raiva. Samuel estava descontrolado e me mandando mensagens ofensivas.

Homens!

Num impulso,  joguei o maldito aparelho na parede. Maldição! Eu preciso resolver isso o quanto antes. Talvez devesse considerar falar a verdade para ele. Será que acreditaria em mim?! Não dizem por aí que a verdade nos liberta?! Ai,  ai! Que grande merda!

Retornei poucos minutos depois,  com um copo em cada mão.

— Aqui, beba…vai ajudar a te aquecer! — estendi-lhe o copo com leite. Ele recebe,  mas põe na mesa de cabeceira após bebericar.

— Prefiro do que você está bebendo! — estende a mão para meu copo.

— Hum…desde quando você bebe?! — Questiono tentando me lembrar quando o vi ingerir algo alcoólico. Mesmo assim, entrego a taça e para minha surpresa,  ele bebe tudo de uma vez,  como se bebesse água.  — Você não devia… ah, tanto faz! Dá pra esquentar do mesmo jeito ! — Dou de ombros e tocando sua testa fria, volto a me enfiar sob as cobertas com ele. Melhor manter esse “diabo” vivo — Você vai ficar me devendo e eu vou cobrar! — Aviso.

— É justo! — ele concorda — Não quero mais ver você com aquele macho! — Muda de assunto.

— Está com ciúmes?! — pergunto num tom irônico,  sabendo que não vai adiantar brigar com quem provavelmente não sabe o que está sentindo.

— O que seria ciúmes?

— É basicamente tudo que você vem fazendo. Antes você não se importava com quem eu me envolvia e agora você não tolera a ideia. — explico sem muitas pretensões de ser entendida.

— Então posso dizer que tenho isso que você falou! — admitiu de um jeito incomum,  o que me fez rir.

— Lyon, você está ciente de que não daria certo entre nós?! Não fui feita para levar uma vida de castidade e até onde sei, você não “levanta” com humanas. — acabo rindo dessa minha última fala, ainda mais ao perceber que ele ficou desconfortável — Você alguma vez já beijou alguém?! Ou só faz “foder” elas?! — mudo um pouco o rumo da conversa.

— “Foder”? — Ah, que fofo xingando.

— Sim! Transar, copular,  fazer sexo…

— Acasalar! — ele me interrompe.

— Certo! Vocês se beijam quando “acasalam”?! — vou direto ao ponto.

— Não faz parte dos nossos costumes! 

— Mas que lástima! — deve ser uma “foda” sem graça.  Nem um beijinho sequer? Poxa, que vida chata a deles. Ergo o rosto para olhá-lo melhor. — Deixa eu contribuir um pouco para seus “costumes ultrapassados”. — sem prévio aviso,  sento escarranchada em cima dele e seguro seu rosto com as duas mãos, então me inclino e toco meus lábios nos seus suavemente.  — Isso é um beijo! Você tem que agradar suas fêmeas! — apesar que beijar um sapo teria sido mais divertido.  Que alien frio! E não é só no sentido literal da palavra. Credo! — Que tal relaxar esse maxilar?! Beijar você foi igual beijar uma porta! — ele me olha com aquele olhar de quem se perdeu na aula.

Novamente o beijo, tomando o cuidado de passar a língua por seus lábios e então aperto seu maxilar travado,  fazendo-o abrir um pouco a boca; aproveito para infiltrar minha língua. Não vou mentir,  ele tem um gosto bom.
Ah, e por que estou fazendo isso?! Porque gosto de causar caos na vida dele. Nada mais justo, não é?!
Beijá-lo me fez lembrar minha primeira vez. Foi hilário. Dois boca virgem juntos não tinha como sair grandes proezas.

— Isso é bom! — ele sussurra contra meus lábios.

— Eu sei que é! Aposto que as fêmeas com quem transa vão gostar da novidade. — afirmo me jogando de lado e me aninhando para dormir.

— Eu só desejo estar com você…

— É melhor você não gamar, beijos não são suficientes para mim…mas caso você consiga me dar prazer de verdade, posso considerar um envolvimento! — brinco, sabendo que algo assim jamais acontecerá.

O silêncio reina entre nós e acabo adormecendo. Pela manhã, ele não estava mais na cama e não o encontrei em parte alguma. 

Liberdade! Finalmente!

Depois de tanto tempo ele partiu. Eu teria alguns dias de paz nessa casa e aproveitaria para pôr as coisas em ordem. A primeira coisa que fiz foi ligar para a Carol e pedir para vir dormir aqui,  porém a abençoada acabou me convencendo de darmos uma festinha para as amigas,  aproveitando que o “todo poderoso” estava viajando. Olhando por esse lado, preciso mesmo relaxar. Tive um dia tenso ontem e mereço essa regalia.

Obviamente combinamos de ser uma festinha para mulheres somente. A questão é que as instruções só serviram para mim e Carol, porque quando nos damos conta, a casa estava cheia de homens.  As colegas sem noção haviam trazido ou convidado sem nos consultar.

— Carol, isso foi uma péssima ideia! — chamei sua atenção num canto, praticamente gritando por cima da música alta e desesperada por ver como derramavam bebidas e dançavam em cima do sofá da sala.

Que gente mal educada!

— Aposto que foram aquelas duas cadelas que fizeram isso de propósito! — apontou duas colegas de trabalho num canto, justo as fofoqueiras que jamais convidariamos para uma festa. Porém alguém as chamou e não duvido mesmo que tenham aproveitado a oportunidade para encher minha casa de macho.

— Amanhã você me ajuda a limpar essa bagunça e nunca mais invento uma dessas. — tento conter o tom aborrecido.

— Então vamos aproveitar,  não é?! — fala me entregando um copo com whisky. — Amanhã é um novo dia…

Lá pelas 2h da manhã, enquanto estou me acabando na dança com um carinha que nem procurei saber o nome, afinal só pretendo dancar mesmo, o som é cortado repentinamente e os protestos pela pausa foram seguidos de um silêncio nada animador.

Lyon?!

Que inferno! Ele está do putro lado da sala, ao lado da tomada que acabou de desligar. O modo como ele me olha, me faz prender o fôlego.

— SAIAM! — Ordena,  fúria emanando de seus olhos.

Nunca vi uma casa esvaziar tão rápido; pareciam ratos fugindo do seu predador. Carolina me olhou preocupada, mas fiz um gesto para que acompanhasse a turma. Ela não precisava se meter numa “discussão de casal”. Que merda! Ele nunca havia voltado tão rápido! Costumava passar dias! O que mudou?!

— Eu não lhe disse que daria o prazer que você quer?! — seu tom grave e a escuridão que marcou seu olhar me fez sentir um calafrio.

Não,  não foi um simples calafrio! Meu corpo está reagindo a essa situação estranha, como se estivesse diante de algo sexy e instigante aos sentidos.

— Ah, é?! Ainda estou aqui esperando o prazer que tem a me oferecer! — o modo como ele rompeu o espaço entre nós parecia o de um predador pronto para abater sua presa.

Sequer percebi quando fui parar pressionada contra a parede, com sua mão segurando minha nuca, puxando os cabelos juntos e a outra estava cravada em minha cintura. O bastardo era pura tensão sexual!

Agora não sei se parto para cima ou se rezo em latim…

[...]



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