eden's garden ∆ supernatural

Od swturnno

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•❝a voz do comando, uma habilidade há muito perdida e cobiçada até pelos arcanjos do céu. | é de consenso g... Viac

elenco,
𝑨𝑻𝑶 𝒁𝑬𝑹𝑶 † ❝𝗻𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗽𝗮𝗹𝗮𝗰𝗶𝗼 𝗲𝗺𝗽𝗼𝗲𝗶𝗿𝗮𝗱𝗼❞
o primeiro momento,
o elemento do controle,
chegando em termos,
suspeita na mente de um ser angelical,
chegada na terra natal,
o encontro de um autor e suas criações,
o oráculo disse,
quando a bebida (literalmente) ajuda,
winchester perdido,
lobo em pele de cordeiro,
alice não me escreva aquela carta de amor,
quantos anos tem, quantos gostaria de ter,
buraco negro supermassivo,
preparatório prepotente,
indo colina abaixo,
𝑨𝑻𝑶 𝑼𝑴 † ❝𝗲𝘅𝗶𝘀𝘁𝗲 𝗱𝗼𝗿 𝗲 𝗽𝗿𝗮𝘇𝗲𝗿❞
o silêncio dos inocentes,
se ele for embora,

encontro de dois extremos,

55 11 167
Od swturnno

Quando dois lados da moeda se encontram.

— Entrem. Quero mostrar uma coisa.

Faziam pelo menos 10 horas desde a briga de Eden com Castiel, e o menino não havia dito uma sequer palavra. Bobby havia os ligado no caminho e pedido para que fossem até sua casa rápido. O albino assistiu Sam entrar em passos despreocupados na sala do pânico de Bobby, que agora possuía uma cama no centro.

— E então? — Sam começou. — Qual é o grande demônio problema?

Ele se virou para os colegas quando percebeu que não estava sendo seguido.

— Você é. — Bobby respondeu, sério, tocando a porta. — Isso é para o seu próprio bem, filho.

— O que?

Bobby e Dean foram rápidos em fechar a grande e pesada porta de ferro, trancando-a. Sam se desesperou.

— Gente, isso não tem graça. — Ele se aproximou da porta, os encarando pela pequena portinhola na porta. — Gente, me tirem daqui.

— Vai ficar tudo bem, Sammy. — Dean trancou o maxilar antes de Bobby e ele subirem as escadas. Sam franziu o cenho, respirando fundo.

— Eden. — Chamou, e o menino virou a cara. — Eden, por favor.

— O que foi?

A sua voz estava rouca e rude. Sam nunca o vira desse jeito.

— Por favor. — Repetiu, suplicando. — Manda eles me tirarem daqui.

— Não é meu lugar decidir isso.

— Eden. — A vou de Sam baixou uma oitava inteira. — Estou te avisando.

— Está me ameaçando? — Eden se aproximou da porta, indignado e bravo.

— N-não?

— Você... — O menino cruzou os braços. — Tem idéia do que fez?

— Eden, por favor. — Sam resmungou. — Eu preciso sair daqui. Por favor. Eu faço o que você quiser.

— Quero que fique limpo.

— O que?! — Havia indignação na voz do homem. — Mas aí eu fico fraco! Não vou fazer isso!

— Então vai apodrecer aí como se fosse um cadáver! — As palavras de Eden eram duras e insensíveis. — Ninguém vai te soltar enquanto você estiver com esse vício desgraçado.

— Não é um vício!

— Você tá viciado em sangue de demônio. Isso não faz bem.

— Escuta, não é uma droga! — Sam entrou na defensiva. — Eu estou bem. Estou ficando mais forte!

— Você tá ficando mais forte? — Eden soltou uma risada cínica, cheia de ironia. — E eu sou o Papa.

— Eden, você não entende!

Eden o encarou friamente pela portinhola, balançando a cabeça. Eden entendia sim. Melhor do que ninguém. Entendia muito bem o que um vício poderia fazer com um indivíduo.

Entretanto, escolheu deixar Sam acreditar nas próprias palavras.

— Tem razão. Eu não entendo, e espero nunca entender.

Fechou a portinhola e subiu as escadas lentamente, enquanto Sam gritava, sua voz abafada escapando pelas juntas da porta.

4 horas depois, ás 2 da tarde, Eden desceu as escadas e encontrou Dean e Bobby na sala, conversando sobre como os selos estavam quebrando, e muito rápido - só naquele dia foram 3. Na cozinha, ele abriu a geladeira e pegou um pedaço de bolo de chocolate que Bobby comprara um dia antes, enfiando um garfo na comida e enviando um pedaço do bolo á boca. O som abafado e baixo dos gritos de Sam ecoando pela cozinha conectada á sala.

Tentou ignorar. Com passos tímidos e quietos, entrou na sala de estar, se encostando contra a parede e devorando seu bolo.

— Onde estão seus amiguinhos anjos?

Levantou os olhos para Bobby, que tentava chamar sua atenção. Fechou a cara.

— Castiel não responde. — Admitiu, dando de ombros. Estava de nariz empinado, tentando esconder o incômodo na voz. — Acho que os superiores dele absolutamente o esmagaram. Mas, foda-se, ele mereceu.

Dean soltou um som da garganta, pensativo. Ele e Bobby se encararam, e o homem mais velho silenciosamente questionou o que havia acontecido. Eden nunca diria isso sobre o amigo anjo.

Dean não soube responder.

— Estava pensando... — Bobby começou.

— O que?

— O apocalipse vindo e tudo mais... É mesmo o melhor momento pra ter esse drama familiar que estamos tendo?

— O que cê tá dizendo? — Dean apoiou os cotovelos na mesa.

— Eu tô dizendo que eu gosto disso tanto quanto você gosta, mas Sam pode matar demônios. — Bobby franziu o cenho. — Ele pode acabar com o Armageddon.

— Tá dizendo que... — Dean começou. — Sam pode matar a Lilith?

Eden sentiu dor de cabeça, vindo junto de um arrepio só de pensar nisso. Terminou o bolo e jogou a vasilha na pia da cozinha, pegando a chave de um dos carros que Bobby havia consertado no seu ferro velho recentemente.

— Bobby! — Chamou, já na porta. — Tô saindo!

— Okay!

— Qualquer coisa chama!

Entrou no Honda Ridgeline RTL 2006 com peças de duas cores - Bobby não conseguiu achar peças de uma cor só - e deu partida, saindo pelo portão do cemitério de carros. Depois de algum tempo e alguns quilômetros, se esticou para ligar o rádio, uma música qualquer de pop soando. Eden cemicerrou os olhos, incomodado com a música, e novamente se esticou para mudar de estação. Quando o começo de Fade Into You, de Mazzy Star, começou a tocar, ele suspirou e relaxou no banco, seu olhar alcançando a estrada á frente.

O céu já tinha várias nuvens, mas nenhum sinal de chuva. Decidiu andar a 50 km/h, não muito lento e não muito rápido. Balançava a cabeça ao som do violão da música, e começou a cantar junto da voz de Mazzy Star.

"I look at you, and I see nothing..."

'Eu olho para você e não vejo nada, Castiel.'

Balançou a cabeça. Não poderia pensar em Castiel. Sua briga com o anjo havia o afetado mais do que o esperado. Não sabia por quê estava tão magoado e por quê desejava tanto um pedido de desculpas do ser celestial. Anjos são assim mesmo. Não havia motivos para se sentir mal quando um anjo agia como um anjo deveria agir.

Não é?

— Porra... — Suspirou, afundando o pé no acelerador e subindo a marcha. Suas mãos, pregadas no volante, tremeram. — Seu idiota. — Não sabia a quem estava xingando; a si mesmo ou a Castiel.

— Você vai bater, príncipe.

— AH! — No susto, o menino pisou no freio e o carro cantou pneu, derrapando na estrada vazia. O albino respirou fundo e olhou para o lado, fechando a cara, desconfiado. — Quem é você?!

O homem de olhos cinzentos o olhou com a feição neutra. Eden o analisou; calça preta jeans rasgada, regata preta com estampa do AC/DC, pulseiras pretas em cada pulso, e botas de combate. Seu rosto branco era salpicado de sardas e seu cabelo era um corte shaggy, bagunçado, com a franja descolorida. Eden achou o estilo do anjo parecido com o seu. 'Um anjo metalhead?'

— Eu te assustei? — Sua voz era calma e aveludada.

— Não foi isso que eu perguntei! — Eden rosnou, seus olhos presos na estrada enquanto retonava a velocidade do carro. — Você é um anjo, não é?!

— Awn, eu sou assim tão bonito?

— Eu tô falando sério! — Eden rolou os olhos. — Responda as perguntas. Agora.

O homem sardento parou de rir e engasgou, tentando resistir ao impulso forçado de responder. Eden arqueou as sobrancelhas, vendo-o virar a cara para o outro lado e tapar a boca, mas ele logo cedeu à Voz do Comando:

— Sou Hariel. Sou um serafim. — Ele se apresentou.

Eden meio que queria que fosse Castiel em seu lugar.

— E o que você-

— Sou seu serafim da guarda. — Hariel rapidamente adicionou, sem estar sob o efeito da habilidade de Eden.

O albino jogou o carro para a beira da estrada e o desligou, olhando para o próprio colo.

— Você...

— Eu...?

— É o meu anjo da guarda? — Se lembrava de Castiel - maldito Castiel - ter dito algo sobre ele estar sob as asas de um anjo. Mas não imaginava que ele apareceria tão rápido.

— Precisamente! — Invadindo seu espaço pessoal, o serafim agarrou seu rosto em mãos gentis e analisou-o. — Você é ainda mais bonito de perto! É tão etéreo!

Eden rosnou e estapeou suas mãos para longe. — Não toca em mim! Eu nem te conheço!

— Mas eu te conheço a sua vida toda. — O homem apoiou as mãos na porta atrás de Eden, uma em cada lado de sua cabeça. O menino engoliu em seco e se encolheu contra a porta, desejando não estar ali. — Você cresceu tanto, Eden. Nem parece aquele garoto chorão de antes!

O menino alcançou a maçaneta e a puxou. A porta atrás de si se abriu sob seu peso e ambos caíram por ela aberta, atingindo o chão cheio de grama á beira da estrada, rolando juntos e emaranhados. Hariel, como se apresentara, se sentou sobre a grama e passou uma das mãos pelos cabelos de duas cores, reclamando por ter batido a cabeça.

— Aw, Eds, pra que tudo isso? — Ele se virou para o menino, que estava deitado no chão de braços abertos, olhando para as nuvens no céu. — Você poderia ter se machucado.

— Onde você estava? — Eden sussurrou em resposta. Hariel se aproximou, confuso.

— O que? — Ele sorriu inocentemente, seus olhos cinzas analisando a figura do Rosae. Dentro do carro, a música ainda tocava.

— Onde você estava por todos esses anos? — Eden voltou a questionar, cobrindo o rosto com as mãos e mordendo o lábio inferior. — Tem ideia do que eu passei?! Eu tava completamente sozinho!

— Nosso afastamento era necessário, Eds.

— Não me venha com essa de necessário! Não me chama de Eds! — Ele se sentou na grama, gritando em frustração. — Você nunca apareceu nem quando eu quase morri, o que é que você quer agora?!

Hariel arqueou as sobrancelhas. — Eu vou explicar tudo. Fique calmo.

— Eu tô tentando! — Eden começou a hiperventilar, se encolhendo, trazendo os joelhos ao peito e os abraçando. — Crise! Uma crise!

Hariel se ajoelhou na frente de Eden e pegou seu rosto com as mãos, colando suas testas. Eden mantinha os olhos fortemente fechados, seu peito expandindo e voltando ao normal rapidamente.

— Eds. — Hariel chamou. — Confia em mim. Vai ficar tudo bem.

O serafim se afastou e deixou um beijo na testa de Eden, que quase que de imediato caiu desacordado em seus braços. O anjo do Senhor suspirou e passou uma das mãos nas costas do menino, o levantando nos braços sem esforço. Se dirigiu até o carro e colocou Eden sentado no banco do motorista, o cobrindo com uma manta que achou no banco de trás e fechando a porta.

Primeira interação: ruim. Há de melhorar.

Quando Eden acordou, a primeira coisa que fez foi checar o celular. De 2 da tarde, pulara diretamente até 10 da noite. Decidiu continuar seu passeio até a cidade, e estacionou na frente de uma lanchonete 24hrs.

Assim que saiu do carro, fechou a porta e o trancou. Olhou para os lados, e para o céu, e decidiu abandonar o ego para rezar.

— C- — Começou, por força do hábito chamando por Castiel. Se interrompeu e balançou a cabeça. — Hariel? Tô rezando. Pode vir até aqui? Por favor.

Quase que imediatamente, o bater de asas ecoou e braços musculosos abraçaram seus ombros por trás.

— Tudo que você quiser, gatinho.

— Wah! — Eden deu um pulo, respirando fundo. — Não apareça mais assim. — Sua voz carregava autoridade. — Me assusta.

— Desculpe. — Hariel se afastou, colocando as mãos nos bolsos dos jeans. — Então, do que precisa?

— Companhia. — O Rosae admitiu rápido. Desviou os olhos, envergonhado. — Normalmente eu pedia a companhia de Cassie, mas...

— Mas vocês brigaram, então está sozinho. — Hariel cemicerrou os olhos, balançando a cabeça. — Não há problema em pedir por companhia, sabia?

— Eu sei. É que eu não te conheço. — Eden decidiu ser curto e grosso.

— Se serve de consolo, te conheço a sua vida toda. — O serafim não parecia estar afetado.

— Você já disse isso. — Rosae começou a andar na direção da lanchonete 24hrs. Abriu a porta e a segurou para Hariel, que entrou olhando tudo ao redor. O serafim se dirigiu até uma das mesas vazias, se sentando e sorrindo ladino para Eden, que se sentou na sua frente. — Escuta, posso te perguntar uma coisa?

— Vá em frente.

— Por que disse que nosso afastamento era necessário? — Eden diminuiu o tom de voz, como se estivesse receoso de perguntar isso. — A verdade.

— Nenhum anjo sabe direito o que é um Baghie em sua essência mais pura. — Hariel foi obrigado a ser completamente honesto, um tipo de impulso de fora remoldando sua mente. — Temos medo de você. Medo do que é capaz de fazer. Não podíamos nos aproximar. Nem eu, nem Castiel, nem ninguém.

O albino revirou os olhos. 'De novo essa história de Baghie.', pensou.

— E por que podem agora?

— Estamos explorando você. Testando você. — Hariel respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo. — Não quero te assustar, mas sabe o que meus superiores dariam pra fazer uma dissecação em você?

— Você é um serafim. — Eden franziu o cenho. — Seus superiores são...

— Arcanjos. — Ele arqueou as sobrancelhas, e um arrepio tomou conta do corpo de Eden. Uma mulher se aproximou, querendo anotar seus pedidos. Eden pediu uma torta de amora enquanto Hariel pediu um milshake de morango, embora não precisasse comer nem beber nada.

— Disse que estavam me testando. — Eden apoiou os cotovelos na mesa. — Pra que, Hariel?

— Huh... — Hariel desviou os olhos para outro ponto; a janela. Encarou a lua do lado de fora.

— Hariel.

— Não nos foi explicado direito. — O serafim cedeu. — Mas tem a ver com o Apocalipse.

Eden encostou as costas contra a cadeira, suspirando.

— É claro que teria. — Resmungou. — Baghie isso, Baghie aquilo. A raça do comando. Estou farto disso. Sou humano.

— Sinto muito, Eden. — Foi tudo que Hariel respondeu.

Permaneceram em silêncio, se encarando. A moça que os atendeu se aproximou com seus pedidos. Eden brincou com o garfo antes de enfiá-lo na torta, comendo um pedaço do doce. Observou Hariel tomar um pouco de seu milshake. Ele arqueou as sobrancelhas.

— Quer um pouco? — Apontou para o copo de vidro na mão. Eden balançou a cabeça, quieto, silencioso, pensativo. — Vamos, fale alguma coisa. Gosto de ouvir sua voz.

— Você é o anjo mais reativo e emocional que eu já conheci. — Eden observou. — Sua casca deve ter uns vinte e quatro anos, um e oitenta de altura, ia à academia três vezes por semana... Por que o escolheu, Hariel?

— Ele era infeliz. — Hariel respondeu de prontidão. — Não queria mais viver.

— Você tem certeza? — O rapaz questionou. — Vocês, anjos, estão sempre pulando em conclusões.

— Já faz quase trinta anos que ele está em paz. Ele me implorou para tomar controle, Eds.

Eds.

Era a primeira vez que alguém o chamava de Eds.

Eden ignorou o sentimento ruim que tomou conta de seu corpo. Fechou os punhos com força, e comeu mais um pedaço da torta. Hariel bebeu mais do milkshake.

— Parece estar calmo pra quem teve uma crise há horas atrás. — Hariel observou, insensível. — Digo, é a segunda vez que você me vê na sua vida, e você ainda não tentou me matar.

— Não se engane. Eu tô surtando.

— E a parte de me matar?

— Eu até tentaria. Juro, tentaria de verdade. — Eden balançou a cabeça. — Mas você é quem cuida de mim. Ou deveria cuidar. Não faria sentido me livrar da minha proteção.

— Pensei que quisesse mais a proteção de Castiel do que a de um desconhecido. — Hariel foi fodidamente cirúrgico. Eden bufou.

— Foda-se o Castiel. — Resmungou, enfiando mais da torta na boca. — Ele mudou. Não é mais o mesmo.

— Não é culpa dele. — Hariel defendeu o colega ausente.

— E de quem mais seria? — Eden bateu o punho na mesa. O milkshake de Hariel só não caiu pois ele o agarrou antes.

— Eu tenho uma coisa pra te falar. — Hariel começou. — Sobre os selos.

— Sei que estão quebrando rápido. — Rosae não questionou a mudança súbita de assunto. Talvez fosse melhor assim. — Sei que Lilith está se divertindo pra caralho.

— Só falta mais um. — Hariel adicionou, sério. — É contra as nossas regras deixar você ficar sabendo, mas eu preciso que saiba.

— Do que?

— Lilith é o último selo. — Hariel jogou a bomba diretamente na cabeça de Eden, que o olhou em choque. — E Sam Winchester está pronto para matá-la. O céu está em um impasse. Estamos ferrados.

Eden não respondeu, sua boca entreaberta pelo choque de receber a notícia tão abruptamente. Hariel franziu os lábios e se inclinou sobre a mesa, pegando o garfo da mão de Eden e levando um pedaço da torta á sua boca.

— Come, flor. — Pediu com a voz tímida.

Eden voltou á realidade, engolindo a torta após mastigá-la. Levantou a mão.

— Tenho uma coisa a dizer. — Anunciou.

— O que?

— Você tá maluco?! — Eden bateu a mão na mesa, atraindo os olhares dos poucos fregueses e das garçonetes presentes. — Devia ter me dito muito antes!

— Se eu dissesse, nos matariam.

— E não vão matar agora? — O menino diminuiu a altura da voz, franzindo o cenho. — Que diferença faz?

— Vão. Se descobrirem. — Hariel sorriu, como se não estivesse falando de ser morto por um exército de anjos.

— Ah, deus... — O Rosae enterrou os dedos magros nos cabelos. — Ah, deus. — Repetiu, estressado.

— Deus não está aqui. Ele deixou a Terra. — Hariel respondeu.

— Foda-se Deus com D maiúsculo! — Eden cobriu o rosto com as mãos, se encostando no apoio de costas da cadeira.

— Certo. Foda-se Deus. Com D maiúsculo. — Hariel deu um sorriso e balançou a cabeça. — Além disso, antes eu tinha só suspeitas, mas agora, tenho certeza.

— Podia ter investigado antes.

— Eu estava ocupado lutando pelos selos com a minha guarnição. — Hariel se justificou, bebendo mais do milkshake pela metade. — Só agora tive tempo para falar com você. Muito difícil vencer a quebra dos selos, sabia?

— Tá, mas por que eu? — Eden sibilou, apontando para si mesmo. — Por que não o Dean? Ele salvou mais selos do que eu.

— Porquê você é o Demônio do Controle. — Hariel sorriu, balançando as mãos em animação. — Tudo o que você quer, você consegue! Pode parar o Sam se quiser.

— Mas se eu não matar Lilith, ela se mata. — Eden rolou os olhos. — Indo atrás do Sam ou do Dean ou até de mim, algum dos nós vai matá-la.

— É por isso que não vai atrás dela, e sim de Sam. — Hariel impôs, de queixo erguido. — Precisa fazer uma coisa.

— O que?

— Precisa matá-lo.

Eden rosnou e buscou a carteira, jogando 50 pratas na mesa e se levantando da mesa. Saiu ás pressas, resmungando xingamentos, enfiando as mãos nos bolsos da jaqueta de couro.

— Vou matar é a minha pica. — Resmungou sob a respiração.

— Estou na Terra há quase trinta anos e não entendo vocês humanos. — A voz de Hariel interrompeu seus pensamentos. Ele estava encostado em um dos carros por onde Eden estava passando.

— Fala sério... — Eden continuou andando, ignorando o serafim.

— Estamos conectados, Eds! — Ele apareceu novamente, á sua direita. Eden virou o rosto, se dirigindo ao carro de duas cores.

— Não, não estamos! — O Rosae negou, entrando no carro e batendo a porta com força. Suspirou e tapou o rosto com as mãos.

— A sua negação fala muito sobre você. — A voz de Hariel, ao seu lado, lhe assustou. Eden deu um sobressalto. — Seu trauma de confiança e medo de abandono realmente se mostram intensos demais.

— Para de me analisar! — O albino rosnou. — Você é serafim, não psicanalista.

— Olha, eu só tô tentando dizer que — Hariel começou, engolindo em seco. — estamos juntos agora, e eu preciso te proteger.

— Me proteger do que?

— Dos anjos que querem matar você. Podem me punir, mas é o meu trabalho, afinal.

Eden arregalou os olhos. — Anjos querem me matar?!

— Alguns, sim. Outros, não se importam com você. — Hariel cruzou os braços. — Você vai me deixar te levar a um lugar seguro, ou não?

— Ou não.

— Que pena. — Em um estalar de dedos, Eden caiu sentado no chão. Olhou o redor; estava num quarto de hotel, bem iluminado. — Pronto! Vai estar seguro aqui, por um tempo.

— Você acabou de me sequestrar?! — Toda a raiva que Eden estava sentindo desde o dia anterior retornou á tona.

Hariel deu de ombros.

— Preciso ir.

— Hariel!

Mas já era tarde demais. Hariel desapareceu, deixando para trás o som do bater de suas asas. Eden respirou fundo, enchendo os pulmões de ar:

— HARIEL!

eae amigos!!! comentem por favor <3

finalmente o hariel foi introduzido!! eu amo meu maninho hariel


Pokračovať v čítaní

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