Frozen In Time (LexaxYou)

By sweetiescape

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Nascida em 2020. Congelada no tempo em 2038. Apocalipse Nuclear em 2052... Espera. O quê? ㅡ Não era para mim... More

Aviso
Prólogo
um > > surpresa
dois > > exploradora
três > > introdução
quatro > > aprendendo
cinco > > treinamento
seis > > pessoal
sete > > impaciência
oito > > próximas
nove > > grounder
dez > > emprego
> > violência parte 2

onze > > violência

503 78 50
By sweetiescape

Esses capítulos são gigantescos, então resolvi fazer subi capítulos para ficar mais fácil.

* * * *

Depois de ver aqueles grounders matando aquele homem ㅡ que claramente não era um deles ㅡ, na noite passada, estou a beira de um colapso. Não consigo parar de pensar o quão rápido eles foram.

Não importa se aquele cara era um inimigo ou não, e se ele fosse, não dava o direito de matar ele de uma forma tão cruel e fria!

Tudo isso me deixa com os nervos à flor da pele por estar rodeada de tantos grounders, porquê eu sei que todos aqui são capazes de fazer aquilo a qualquer momento.

O pensamento de que talvez todos os grounders são daquele jeito, não quer sair da minha cabeça.

Se Lexa não tivesse me mantido em segurança na torre e falado para todo mundo que eu era uma boa pessoa, eu teria sido morta no mesmo instante também?

A Lexa é como eles? Ela teria feito o que fez por mim se descobrisse que eu era uma inimiga quando ela estava disfarçada?

Só de imaginar Lexa sendo tão cruel é assustador, e isso faz com que eu me sinta estranha por dentro.

Eu conheço ela o suficiente para afirmar que não fará algo o tipo comigo no futuro?

Porém há um lado em mim que diz que eu estou vivendo aqui por quase 2 meses, e ela tem se comportado bem até agora.

Lexa nunca faria isso. . . Né?

Balanço a cabeça para afastar esses pensamentos.

A ideia de que os grounders são tão vis quanto parecem ser, está me corroendo e o tanto que isso me deixa desconfortável é absurdo.

Eu quero tanto que alguém me console, qualquer um. Alguém que me diga que os grounders não são tão maus quanto eu achei que eles fossem, porém não posso dizer a ninguém o que eu vi. Mas se eu disser, então estarei com problemas por ter deixado Polis sem dizer nada e eu não quero isso. Então terei que sofrer em silencio.

Hoje estou ficando no meu canto, nem mesmo fiquei conversando depois do café da manhã.

É estranho conversar com essas pessoas depois do que eu descobri do que eles são capazes de fazer, e isso inclui Lexa.

A única grounder que eu me sinto confortável ao conversar é a Deka, porque eu sei que ela não é tão violenta quanto os outros.

Ela é diferente

Decidi que nesta manhã, e depois de presenciar a morte horrenda daquele homem, eu vasculharia a cidade atrás da minha melhor amiga, Deka - depois de lavar toda a louça do café da manhã, é claro.

Chequei a loja dela, esperando que ela tivesse ali como sempre, mas não estava.

Isso é estranho

Chequei a tenda dela para ver se ela tinha perdido o horário de levantar ou se não estava se sentindo bem , mas ela também não estava lá.

Comecei a ficar preocupada, mas não muito.

Ela sabe se cuidar sozinha. E, também, ela é uma grounder. Ela não é uma garota que foi encontrada congelada no tempo ou qualquer coisa do tipo e que os grounders tem algo sério contra. Né não?

Refiz os meus passos de volta a torre, decidindo por procurar ela mais tarde, porque até lá com certeza ela já vai estar na loja, porém algo me fez parar.

A cena onde um guarda grounder imenso bate sem piedade nenhuma na minha melhor amiga, que está no chão sangrando, faz meus olhos se arregalarem. Vi espantada quando ele ergueu o punho fechado e socou onde suas mãos alcançavam.

Minha boca se abriu em choque.

Procurei ao meu redor para ver se alguém iria parar ele, mas a única coisa que todos estão fazendo é assistir como se fosse algum tipo de show macabro.

"Deka!" gritei, já correndo em direção dos dois. Sem nem pensar duas vezes, pulei nas costas do guarda que foi pego de surpresa quando comecei a socar os ombros dele - tenho quase certeza de que ele só sentia como se fosse moscas batendo nele. "Deixa ela em paz seu brutamontes!"

O guarda, com certa força, me jogou de suas costas direto com as minhas costas no chão e isso me fez soltar um grunhido de dor.

Gemi quando minha cabeça bateu no chão e quando a minha visão voltou ao normal, meus olhos se arregalaram quando vi que o guarda iria me dar um soco na cara - sério, o punho desse cara deve ter o tamanho da minha cabeça.

Fiquei desorientada por alguns segundos, sentindo a dor que tinha começado no meu olho e agora se espalhava por todo meu rosto.

Esperei por um segundo soco, mas este não veio.

Me sentei, tentando controlar a tontura, só para ver o grounder batendo de novo na Deka.

A cena de uma Deka no chão cheia de sangue e que não se mexe, sendo chutada repetidamente e sendo socada de novo e de novo, me fez enxergar vermelho.

Ignorando a dor em meu rosto - sei que é apenas pequena perto do que a Deka deve estar sentindo -, corri em direção dele e o chutei na parte de trás do joelho, o que fez o grounder cair de joelhos no chão.

O guarda se virou, os olhos dele cheios de raiva, surpreso, apesar de não deixar transparecer, por eu estar de pé novamente.

"Saia de perto dela agora, porra," berrei em seu rosto, socando ele bem no nariz.

Eu sei que é meio idiota da minha parte achar que eu consigo vencer uma luta contra esse pé grande que está na minha frente. Mas a adrenalina que está correndo por minhas veias neste momento, me faz acreditar que posso fazer tudo o que quero. E neste exato momento eu quero parar esse troglodita que está machucando a minha melhor amiga.

Quando o guarda se recuperou do nariz sangrando, ele limpou o sangue com a manga da jaqueta e me empurrou com força, o que me fez cair de costas no chão mais uma vez.

Ele se levantou e eu me preparei para receber a dor que estava por vir. Ele chutou fortemente o meu abdômen, o que me fez grunhir e colocar os braços ao redor do meu estômago.

Só que ele ainda não tinha acabado.

Ele me ergueu do chão pela minha camisa, só para colidir o punho em meu rosto novamente, me fazendo cair com o rosto no chão.

Pisquei algumas vezes para dispersar os pontinhos pretos que apareceram na minha visão, só para ver a multidão que estava começando a se formar para ver Deka e eu sendo espancadas.

Eu não me importo tanto de estar sendo machucada, porque se ele está batendo em mim, quer dizer que a Deka não está sendo o alvo.

"Entendeu agora que isso não é problema seu?" o grounder praticamente cuspiu as palavras no meu rosto.

Eu quase gorfei com o hálito de bacalhau podre dele, mas ao invés de vomitar, juntei a minha saliva e cuspi no meio da cara dele.

O mix de saliva e sangue fez ele recuar, enraivecido pela minha atitude.

O grounder me segurou pela camisa novamente e pela terceira vez me socou na cara. A dor está começando a sumir, e tudo o que vejo agora é vermelho por causa do sangue que sinto sair de mim.

Vi ele, pela minha visão turva, erguendo o punho pronto para me socar novamente, mas uma voz, que saiu alta, fez ele congelar e parar o que estava por fazer.

"Nou! (Pare!)"

O guarda soltou a minha camisa, da qual eu tenho quase certeza que está manchada de sangue, o que me fez cair com tudo no chão.

A minha cabeça está girando, talvez por causa de mais outra pancada no solo duro, e os meus ouvidos mal conseguem distinguir o som da voz de alguém que está claramente esbravejando ordens em Trigedasleng.

Quando minha visão voltou ao normal, tentei me sentar, mas o machucado no meu abdômen que está começando a doer, fez todos os meus movimentos pararem.

Se eu me sinto desse jeito, não consigo nem imaginar como a Deka está se sentindo

"(S/N)!" a voz, que antes gritava ordens, chamou pelo meu nome. Quando olhei para cima vi que era Lexa a dona da voz e que agora está ajoelhada ao meu lado e me olhando com preocupação. "Você está bem?"

Solti um pequeno riso sarcástico:

"Tô melhor do que nunca."

Os olhos de Lexa percorrem o meu corpo procurando por lesões e suas mãos me ajudam, tentam, a sentar.

"Você precisa ter os seus ferimentos curados, imediatamente."

Quando sentei percebi que a multidão, platéia, que havia se formado já estava se dissipando.

Deka ainda está no chão, não parece nem estar consciente, e o grounder que fez todo esse estrago está sendo escoltado para longe por Gustus e Q.

Balancei a cabeça negativamente quando o comentário de Lexa fez algum sentido.

"Não até que alguém ajude a Deka. Ela tá mais ferida do que eu. Ela precisa que alguém trate dela."

Lexa fez uma cara de repreensão.

"Não, (S/N). Agora venha. Você precisa ir até o Nyko."

"Não," falei de uma forma externa, usando a manga da minha camisa para limpar o sangue que teimava em sair do meu nariz. Eu não entendo porquê ela não está ajudando a Deka, Deka precisa de mais ajuda do que eu. "Eu não vou para lugar nenhum até que você ajude a Deka!"

Lexa deve ter reparado no quão séria estou sendo, e também já sabendo que sou muito teimosa, ela assentiu com relutância.

"Está bem," ela olhou para os guardas e ordenou. "Teik Deka kom the fisa's tent en sis em au kom her injuries. (Levam a Deka até a tenda do curandeiro e tratem de seus ferimentos.)"

Os guardas assentiram para as palavras, que seja lá quais foram, de Lexa e começaram a se mexer, ajudando Deka a levantar e levando ela para longe, presumo que seja para a tenda do curandeiro.

Após Lexa observar os guardas obedecendo suas ordens - eu acho -, ela olhou para mim, com o olhar cheio de preocupação, mas eu diria que pelo jeito ela está tentando esconder isso que está sentindo. Por mais que eu esteja irritada com ela agora, me comoveu saber que Lexa se preocupa comigo mais do que eu pensava.

"Vamos levantar você," falou, já com suas mãos na lateral do meu corpo.

Com sua ajuda eu levantei, mas tive que me apoiar em Lexa para ter um pouco de suporte.

A dor no meu abdômen ainda está ali e o meu rosto parece que está pegando fogo, mas estou bem melhor do que a Deka. Eu rezo para que ela esteja bem. Eu não me importo com o motivo dela ter apanhado, tudo o que eu sei é que aquilo não foi justo e ela tem que estar bem.

"Vamos," Lexa falou com suavidade, os olhos verdes dela passeiam pelo meu rosto, provavelmente vendo o sangue que sinto já estar secando. "Vamos levar você até o Nyko."

Eu não estou em condições para discutir e deixando de lado a minha irritação com ela, deixei que me levasse até o Nyko.

Eu faço qualquer coisa pra me livrar dessa dor.

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