A VERDADE ESTÁ LÁ FORA

Per SCampelo2014

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Lúcia leva uma vida tranquila, sem muitas emoções. Isso até retornar para buscar sua melhor amiga numa boat... Més

ESTOU SONHANDO?
O QUE É REAL
UMA MULHER SEM CORAÇÃO
EXPERIÊNCIA
SAINDO DO CONTROLE
MUDANÇAS
UM ALIEN FRIO
NOITE CAÓTICA
O QUE ME TORNEI
LIBERDADE?
VIGIADA
"OSSOS DO OFÍCIO "
UM ALIEN MORTO
ENCONTRO CONVENIENTE
PERSEGUIÇÃO
EU QUERO ESQUECER
O FIM QUE ESCOLHI
O LAR QUE ESCOLHI
EPÍLOGO
☆CAPA DO PRÓXIMO LIVRO☆

CONTATO IMEDIATO

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Per SCampelo2014

Voltei! 🫣

Sem dias certos para as postagens! Vai depender muito da inspiração e do tempo! Espero a compreensão de todos(as).

Vou adorar ter vocês por aqui mais uma vez.

Ainda não é a Jéssica! Então,  por favor, Lúcia,  um passo a frente! Apresente-se!😅😇🤭🥰

Votem e comentem! 🥰😍🤩😘

_

________________________________

Lúcia

Planeta Terra, 07 de Setembro de 2023

Desligo o carro antes de estar completamente dentro da garagem.  Tiro meus sapatos e sigo para a porta da frente.  A noite foi esplêndida.  Bebi e me diverti muito,  pena não ter "pegado" ninguém. Um feriado nacional é tudo que uma reles mortal precisa,  após um cansativo dia de trabalho.

Trabalhar na área da educação nunca é fácil,  de vez em quando necessito ligar o foda-se ou minha sanidade mental vai pro espaço. A parte do beber, sei que não é legal fazer isso e, tampouco,  recomendo, mas eu precisava disso.

A parte boa é que não há ninguém para me censurar,  pois moro sozinha, assim posso fazer o que me der na telha. Meus pais não se metem muito na minha vida, pois sabem que sou uma "boa garota", ao menos na maior parte do tempo.

Já estou com a chave no trinco, quando  meu telefone toca. Retiro o aparelho da bolsa e atendo à chamada de vídeo.

— Lu…— Ih, lá vem! Essa guria só me chama de "Lu" quando quer me fazer alguma coisa mirabolante. O som alto da boate faz meus tímpanos zumbirem.

— O que quer, Carol? — pergunto sem muita paciência para a garota bêbada do outro lado da tela.

— Por favorzinho,  vem me buscar…— Pede fazendo beicinho.

— É sério, CAROLINA? Acabei de sair daí e você falou que não vinha comigo…que ficaria com o carinha lá…

— O safado já arrumou outra, foi só o tempo de eu ir ao banheiro! — diz com voz chorosa e sei que é só fingimento para me comover.

— Pegue um uber…

— Eu tô lisa! Gastei tudo comprando bebida pro canalha pra no fim levar toco…— minha vontade é rir da cara de trouxa dela, mas tenho que ter um pouco de empatia pela minha melhor amiga.

— Tu me paga,  sua "praga"! — digo voltando pra trás e tropeçando enquanto calço os malditos sapatos.

— Eu te amo, Lu!

— Ama? sei…me espere na porta…se eu tiver que entrar aí de novo, vou te arrastar pelos cabelos! — Logicamente,  não vou deixar ela ali sozinha. 

Essa não é a primeira e nem a última "cagada" de sua vida, mas quem sou eu para julgar?! No fim das contas,  somos cúmplices para cobrir as merdas que a outra faz e a Carolina já tem me tirado de cada enrosco que só pelos deuses. Ela é enfermeira e nos conhecemos quando levei uma mordida de um cachorro do vizinho. Precisei levar uns pontos na panturrilha e a conheci na urgência nesse dia, ela foi um amor ao me acalmar, quando só achei que iria morrer, pois odeio ver sangue; desde então já faz quatro anos de amizade.

Por sorte, trinta minutos depois estou na frente da boate e a louca sai correndo na minha direção, como se o diabo estivesse atrás dela.

— Você está fugindo da polícia? — questiono assim que ela se senta no banco do passageiro e fecha a porta. Ela nega, mas vejo lá atrás um belo exemplar masculino, mas que é conhecido por ser um tremendo " filho da puta". — Ponha o cinto! — praticamente ordeno e dou partida.

— O desgraçado levou um pé na bunda e agora queria me usar de "estepe"...que raiva! Estou lisa por causa dele…

— Isso não é verdade! Você está lisa por sua própria causa! Ele é um tremendo canalha,  mas não te obrigou a pagar bebidas caras. — falo o óbvio,  mesmo ela fazendo bico e cara de brava pra mim.

— Você é uma amiga horrível…

— Aham…tão horrível que já estava com o pé dentro de casa e voltei pra te buscar! — Rio de como ela fica engraçada com essa cara birrenta — Vai dormir lá em casa?!

— Não vou incomodar?! — ela me olha atravessado e meio zarolha por conta do álcool nos couros.

— Que gracinha! Até parece que isso te impediu alguma vez! — engato a quinta marcha e tomo a autoestrada. — Mas que merda! — resmungo ao ver um policial logo adiante apontando um desvio. Pelas luzes, aposto que aconteceu um acidente.

Agora terei que tomar uma rota mais desértica.  Carol parece não se incomodar com minha irritação,  porque continua tentando sintonizar a rádio.

— Tem um acervo musical no pen-drive.  — aviso pro caso dela não ter visto.

— A rádio é mais nostálgica! — Defende seu ponto.

Não reclamo. Também gosto de ouvir a rádio enquanto dirijo. Nessa rota, há poucos carros trafegando e apenas as estrelas por companhia.  A estrada está um verdadeiro breu. A música ao fundo é Carry On My Wayward Son.

— Supernatural? Sério? — Dou uma risada sem muito humor. — Muda isso,  amiga da onça! — Sim, sou medrosa.

Uma coisa é assistir Supernatural dentro de casa, debaixo dos lençóis, mas ouvir isso numa noite escura, na estrada, não está sendo animador. Estou até com medo de olhar pelo retrovisor.

— Você é muito medrosa! — a descarada rir da minha cara.

— E você não, né?! Olha lá…— aponto aleatoriamente e ela quase pula pro meu colo. Gargalho alto.

— Não teve graça! — reclama de olhos esbugalhados.

— Eu achei super engraçado… — de repente,  uma luz forte me faz piscar várias vezes. Malditos motoristas que não respeitam o coleguinha de trânsito e teimam em deixar a luz alta. Sentar o dedo na buzina foi um desaforo necessário.

— Mas que merda! — minha amiga briga com o rádio,  que agora está chiando. — Saiu do ar… — Pra variar, algo pra dar mais clima de terror.

— Que luz é aquela?

— Esquece! Não vou cair nessa de novo! — ela cruza os braços e faz uma careta pra mim.

A questão é que dessa vez não estou brincando.  Há uma luz esquisita se destacando no céu escuro. À princípio,  pensei ser um drone ou a luz de um helicóptero, mas a coisa se aproximou rápido demais para ser algo tão simples.

— Que porra é aquela? — Carol começa a surtar — Pé na tábua,  minha filha! Não quero nem saber o que diabos é aquilo! — aponta a luz incandescente, num tom branco, e que aparentemente está nos seguindo.

O asfalto, antes um breu, está tão iluminado como se fosse dia. Em dado momento,  o carro começa a "engasgar" e vou para o acostamento,  antes de ter parada total.  A rádio oscila a frequência correta com a chiadeira e então para de vez. Tudo para. Tento dar a partida várias vezes,  mas sem sucesso.

— Acabou a gasolina? — Carolina está quase aos prantos de medo.  Sou "cagada", mas ela é bem mais.

— Como, se abasteci ontem?! — bato as mãos no volante e então resolvo sair para, quem sabe, pedir ajuda, já que os piscas alerta não estão funcionando.

— Larga de ser doida! Fica no carro! Você não já assistiu filmes suficientes para saber que nunca, em hipótese alguma,  se deve sair do carro numa circunstância dessas?! — a medrosa ao meu lado puxa meu braço tentando me dissuadir da ideia estapafúrdia que está na minha mente.

— Pois saia no meu lugar! — falo tranquilamente tentando não revirar os olhos. É claro que ela se recusa.

Na realidade,  tenho que ver as coisas pelo lado da razão.  O maior perigo aqui é sermos assaltadas, senão pior. Não é que OVNIs não seja uma hipótese tentadora de se pensar, mas qual é?! Acreditar em Ets é um pouquinho demais, não?! Tenho mais medo de fantasmas, que por sinal, nunca vi, do que pensar na possibilidade de visitantes do espaço.

Então,  desço do carro e é bem como imaginei; está tudo deserto.  Nessas horas não aparece uma alma viva para dar suporte. Estranhamente,  até os animais noturnos estão silenciosos.  Como sei disso? Bom, já trafeguei por essa rota à noite e,  no mínimo, visualizar uma coruja era certeza.

— Volta pro carro! — Carol aparece do outro lado, mas sem se afastar da porta aberta.

— Já estou indo! Deixa só pôr a sinalização! — Aviso abrindo o porta-malas.

Ouço apenas o barulho da porta batendo e então uma luz vem sobre mim. Há uma sensação,  ao mesmo tempo, quente e de formigamento sobre meu corpo ou como se estivesse mergulhando em águas profundas.  É confuso e inexplicável, porém me sinto calma.  De repente, não há mais o chão sob meus pés e por fim, o sono, de uma semana de farra, recai sobre mim, enquanto luto para me manter acordada…não consegui…

Continua llegint

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