A Escolha Perfeita

By Vick_Winchester

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Victória está nas nuvens. Após ter passado por uma das maiores tempestades de sua vida, o céu parece ter se a... More

Capítulo 1 - Os cinco porquês.
Capítulo 2 - O pedido
Capítulo 3 - Uma vida, um noivo e a viagem marcada.
Capítulo 4 - Benvenuti a Roma bambino.
Capítulo 5 - Baby Orlando Bloom?!
Capítulo 6 - O destino e seus acasos.
Capítulo 7 - Amor é ferida que dói e não se sente.
Capítulo 8 - Noah veneno, Derek antídoto?!
Capítulo 9 - Menino ou menina?
Capítulo 10 - Fora dos eixos.
Capítulo 11 - Uma noite de cão
Capítulo 12 - A Festa - parte 1
Capítulo 13 - A Festa - parte 2
Capítulo 14 - E o prêmio pai do ano vai para...?
Capítulo 15 - Eu a perdi?
Capítulo 16 - A verdade é sempre o melhor caminho
Capítulo 17 - Jantar em família
Capítulo 18 - Aonde a polícia entra na história...?
Capítulo 19 - Deixe-me amar você
Capítulo 20 - Projeto falho de família feliz
Capítulo 21 - Manual de como lidar com garotas más
Capítulo 22 - Um pouco de calmaria
Capítulo 24 - O limite do limite

Capítulo 23 - Paternidade não é um jogo

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By Vick_Winchester


Derek Morgan

Acordei de madrugada com uma ameaça de chorinho de Emma em seu antigo quartinho, olhei a minha volta e senti o peso da cabeça de Victória recostada em meu peito e tentei ao máximo levantar do sofá sem acordá-la.

Caminhei de forma sorrateira até Emma e percebi que a pequena apenas queria um pouquinho de atenção, a peguei no colo e sentei na poltrona que eu havia comprado para que Noah pudesse ficar com ela de forma mais confortável.

-Acho que estou pegando o jeito com você, pequena viking. – Sorri enquanto brincava com seus dedinhos.

Tudo o que eu vinha vivenciando nos últimos meses vem me gerando um caos na mente, eu evito envolver Vick nessas questões porque eu sei que ela já está preocupada o bastante com as coisas do escritório e com a própria gravidez.

Fomos de 0 a 100 muito rápido no que diz respeito a um grau de relacionamento, se pararmos para analisar, primeiro teremos um filho para depois pensarmos sobre rotular ou não o que estávamos tendo no momento.

Tudo bem que, biologicamente, o filho não era meu, mas eu não menti para ela quando disse que sentia que Katherine também era uma parte de mim, e eu gostaria imensamente que Victória se sentisse segura o suficiente para confiar essa responsabilidade junto comigo.

Aproveitei que Emma voltara a dormir e mandei uma foto para Noah como um sinal de que ele pudesse ficar em paz pois a pequenina dele estava segura. A coloquei novamente no berço juntamente com seu unicórnio preto que mais parecia artigo de rockeiro e voltei para a sala onde uma Victória sonolenta coçava os olhos.

-Aconteceu alguma coisa com a Emma? – Ela balbuciou enquanto tentava levantar, a cada dia que passava ela estava com a barriga ainda mais volumosa, o que dificultava bastante sua mobilidade.

-Ela só ameaçou acordar, não quis te tirar do sono, venha cá, deixa eu te ajudar a levantar. – A sustentei gentilmente a conduzindo para o quarto.

Victória não pestanejou e aceitou a ajudinha, estava a tanto tempo fechado na minha própria bolha de preocupações que acabei de esquecendo que ela mesma poderia estar precisando de mim e eu, egoísta, só estava preso nas minhas próprias inseguranças.

-Você fica? – Ela perguntou assim que eu a coloquei debaixo das cobertas.

-Claro, não será sacrifício algum. – Beijei o topo de sua cabeça.

Vick se alinhou em meus braços e dormiu novamente.

(...)

Acordei sozinho no quarto, por algum motivo que eu desconheço, geralmente eu sinto quando uma grávida de 7 meses se levanta de forma sorrateira ao meu lado. Cocei os olhos, e resmunguei um pouco até me levantar de fato.

Estava achando estranho a quietude com a qual a casa se encontrava, e comecei a entrar em pânico com a ideia de que talvez Emma e Vick tivessem sido abduzidas deste plano terreno.

Peguei meu telefone e no momento em que eu comecei a discar os números da minha não rotulada namorada, a mesma abre a porta da frente com uma Emma sorridente no carrinho e algumas sacolas.

-Bom dia, sol do dia! – Vick estava radiante em seu vestido floral e óculos escuros. – Fiquei com dó de te acordar, e como eu já tinha perdido o sono e a Emma também, resolvemos dar uma voltinha e comprar algumas coisas mais femininas pra ela. – Apontou para as sacolas.

Me aproximei das duas e depositei um beijo demorado em Victória que foi interrompido pelos tapinhas de Emma nos arrancando risos.

-Por um momento pensei que vocês tivessem sido abduzidas. – Falei enquanto conduzia o carrinho com a bebê para o centro da sala.

Soltei Emma no tapete tomando o cuidado de deixar quaisquer objetos anti crianças fora do alcance da pequena.

-Esse tipo de pensamento é basicamente o que o teu irmão teria, a convivência com ele te afetou mais do que pensei que afetaria. – Vick deu uma gargalhada.

-Em minha defesa, você saiu sorrateira demais, eu nem senti quando você levantou. – Levantei as mãos recuando.

-Porque não admite que estava cansado e que precisava dormir igual uma pedra? – Ela cruzou os braços, triunfante.

-Tá bom, você venceu, mas só porque você é linda. – Lhe dei um selinho.

-Fala sério, eu venci porque eu estava certa. – Ela me deu um tapa de leve e eu fingi que doeu.

-Ei, pensei em ir ao mercado e comprar algumas coisas para fazermos hoje, o que você acha? – Brinquei com uma mexa de seus cabelos.

-Gosto disso, parece coisa de família normal. – Ela concordou.

-Então irei agora mesmo, você pode ficar com a Emma mais um pouco? – Perguntei.

-Claro, estou adorando a gente fazendo uma simulação real de família. – Ela ficou na ponta dos pés e beijou minha bochecha.

-Posso me acostumar com isso. – Sorri de canto e fui me trocar.

Dei uma última mimada nas meninas e sai de casa rumando ao supermercado, eu nunca fui muito com essas coisas porque sempre tive uma alimentação meio "bleh", mas como a própria Victória disse, também estou adorando a simulação real de família que estávamos vivendo.

De alguma maneira aquilo era como se fosse um teste para nós dois, ou melhor, uma prévia de como será depois que Katherine finalmente chegar entre nós.

Estacionei o carro em frente ao supermercado e logo em seguida já peguei um carrinho de compras sem ao menos pensar de fato no que eu compraria.

Comecei a rodar pelo setor de carnes, Vick e eu já tínhamos abandonado a dieta do mato então poderia usar e abusar daquela sessão, coloquei alguns filés no carrinho e fui em direção aos legumes e verduras, já estava prestes a colocar duas bandejas de cogumelos no meio das compras quando uma voz conhecida e irritante soou atrás de mim.

-Espero que não esteja pensando em dar isso a Vick, qualquer pessoa que a conheça saberia que ela é alérgica à cogumelos. – Era Thomas King.

-Está me seguindo? Os socos que trocamos a alguns meses não foi o suficiente? – Fui áspero.

-Não tenho motivos para seguir você, meu único interesse aqui em Roma está na sua casa, infelizmente. – Ele deu de ombros.

-Porque não pode deixar Victória seguir a vida em paz? Ela não quer mais saber de você e está muito bem comigo. – O olhei descrente.

-Não é somente sobre Vick, é sobre Katherine, minha filha, ou você esqueceu que não é o pai dela? – Ele parecia se divertir trocando farpas comigo.

-Você acha que tudo isso aqui é um jogo, não é mesmo? Acha que tudo se resume em uma competição, no fim das contas você não está preocupado com o bem estar da Vick ou da Katherine, só quer sair vencedor dessa história porque não aceita que ela está vivendo algo normal com alguém normal. – Não perdi a compostura. – A paternidade não é um jogo, a vida de uma criança não deve ser levada em xeque só porque você está com dor de cotovelo, se eu fosse você aceitaria as condições que Vick colocou para que você possa conviver com a Kath sem problemas.

-E porque eu faria isso? – Ele riu sarcástico.

-Porque isso não é sobre você, não é sobre o seu maldito ego, se você amasse Victória da forma como propaga aos quatro ventos teria um pouco de decência e se retiraria de sua vida, você só traz dor. – Utilizei de um tom um pouco mais hostil.

-Eu vou ter novamente a família que você tirou de mim, nem que isso me faça a recorrer a medidas extremas, aproveite enquanto ainda pode. – Thomas ameaçou antes de dar as costas e sair do meu campo de visão.

Eu não esperava ter aquele tipo de embate naquela hora do dia, na verdade eu não esperava de fato ver aquele projeto de professor por ali, pensei em passar a mão no telefone e ligar para Noah, na certa ele poderia me aconselhar sobre aquela situação, mas logo afastei a ideia devido aos últimos acontecimentos, não queria que meu irmão se preocupasse comigo e com esse triangulo dos infernos em que eu estava metido, ele deveria ter espaço agora, principalmente por conta do luto.

Terminei de fazer as compras e voltei para casa, pensei diversas vezes se contava ou não para Victória sobre meu encontro desastroso com Thomas King, eu não gostava de ter segredos com ela, sempre que escondia algo eu sentia como se a confiança entre nós fosse ser abalada, respirei fundo e entrei em casa.

Emma estava dormindo com sua mantinha e Vick estava dedilhando seus dedos com agilidade em seu notebook.

-Cheguei! – Sussurrei em seu ouvido.

Vick se virou, tirou os óculos de grau e sorriu.

-Que bom, como foram as compras? Se sentiu um chefe de família? – Zombou.

-Basicamente. – Sorri amarelo já pensando nas palavras certas que eu deveria usar naquele momento.

-Está me escondendo alguma coisa? – Vick obviamente já havia percebido.

-Encontrei seu ex no mercado hoje. – Bufei. – Pensei mil vezes se te contava ou não, mas como eu sei que você ficaria chateada comigo se eu não o fizesse, cá estou eu.

-O que ele queria dessa vez? – Ela revirou os olhos.

-O de sempre, infernizar, ameaçar, desgraçar os nossos dias. – Usei a ironia.

-Eu não sei mais o que fazer pra que ele simplesmente pare de nos perturbar, ele queria participar da gestação e eu deixei, mas parece que ele não está contente com as condições. – Vick parecia derrotada.

-Ele só vai parar no dia em que ele tiver você novamente, essa é a realidade. – Suspirei.

-Ah mas não vai mesmo. – Vick pegou seu telefone. – Vou colocá-lo em seu devido lugar.

Segurei gentilmente suas mãos e a fiz olhar para mim.

-Você não tem que fazer isso agora, foi só um ocorrido e nada mais, vamos focar em nós, está bem? Nossa princesa está batendo na porta e você precisa se preocupar somente com isso. – Acarinhei sua barriga e Vick relaxou soltando um longo suspiro.

-Você tem razão, mas na próxima consulta que eu tiver com o Dr. Sebastian, vou ser extremamente clara com o Thomas sobre minhas intenções, se for preciso faço um contrato extrajudicial com ele para regularizar toda essa questão sem que respingue ainda mais em você. – Vick garantiu.

-Tudo bem, agora fique calma, está bem?! Não queria te deixar nervosa. – A abracei.

Vick não tocou mais no assunto naquele dia e eu agradeci por isso, quanto mais ela se estressava com as coisas do Thomas, mais aquilo alimentava minha raiva daquele idiota.

No fim da noite decidi mandar uma mensagem para Noah contando sobre o ocorrido, o mesmo, como eu imaginava, não estava lá com muita cabeça para me aconselhar, mas disse que me ajudaria quando retornasse para Roma, e foi com esse pensamento que desliguei minha mente.

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