Aquela Noite

By Caah_Autora

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Quantas vezes você já teve vontade de voltar a um ponto específico da sua vida e evitar o que veio a seguir... More

Pressentimento ruim
Quer uma cenoura?
A prisão
Sem Lembranças
É assim que termina?
A casa caiu
O início do inferno
Meu protegido
Briga! Briga! Briga!
Eu te amo
Merecia perpétua
Não briguem crianças
Diga a ele que sim
A culpa
Não peça desculpas
Olá, mamãe
A parte dois do inferno
Climão
Igualmente mandona
História mal contada
Confesse!
Não há remorso
Tarde demais
Quadrado amoroso
Ex-amigos
Liberdade!
Crise no paraíso
Tire as câmeras!
Empata foda
Sophia "Interesseira" Abrahão
Acerto de contas
Namorados, amantes ou nada mais?
Nenhum dos três
Cada um pro seu lado
Festa de arromba
Ciúme mal disfarçado
Não com o bebê lá!
Fofoquinha
Máscaras cairão
Ameaça
Chegou o Levi!
Primeiro dia com o papai
Hora da verdade - Parte 1
Hora da verdade - Parte 2
Pelo Levi
Será que acabou?
Tudo vai ficar bem
Por bem ou por mal
Somos fortes juntos
Me dá o Levi!
Inveja desde sempre
O fim da injustiça
Fetiche estranho
Programa de amigos
Vamos nos entender?!
Boa notícia
O resgate
Monstro
Momentos de paz
O final feliz

Velhos amigos

199 20 16
By Caah_Autora

Augusto tinha dito a Sophia que a perdoava, mas a relação dos dois não andava das melhores conforme tempo ia passando.

Completamente ao contrário da relação de Micael com Raquel. Os dois se davam muito bem, estavam sempre juntos. Saiam sempre em encontro com Laura e Arthur.

— Micael, você não acha que a Raquel deve saber que você já foi preso? — Os três estavam na mesa do café. — Sério, vocês estão juntos há quatro meses, amigo. Vai dar ruim!

— Eu não tenho coragem nenhuma de contar a ela a verdade sobre mim. — Mordeu um pão de queijo. — Nunca mais vai querer olhar na minha cara!

— Talvez se você tivesse contado no início, ela superaria, mas agora que você mentiu sobre vai haver muito mais comoção.

— Olha, ela acha que eu fui abusado na infância, por isso tenho tanta cicatriz. Se eu não contar e vocês não contarem, a verdade não vai aparecer.

— Tenho uma notícia pra você: a verdade sempre aparece. — Arthur terminou seu café. — Sério, você devia falar, se ela jogar seu nome na internet e achar seu processo....

— Para de agourar, vai continuar tudo lindo e maravilhoso do jeito que está. — Deu três batidinhas na mesa de madeira. Laura observou seu celular tocar e sorriu ao atender.

— Olá, gravidinha! — Micael rolou os olhos e soube que era Sophia. — Está aqui? Claro que o restaurante está fechado, estamos tomando café. — Fez uma pausa e ouviu a voz nervosa da amiga. — Você quer que abramos agora? Sophia você está bem? — Ouviu mais choro e desespero. — Se acalma que eu estou descendo. — Encerrou a chamada. — Sophia está na frente do restaurante, chorando, afobada. Quer que abramos pra poder conversar.

— E por que ela não vem conversar aqui? Ainda são dez da manhã. — Olhou o relógio da parede. — Falta mais que uma hora.

— Deve ter brigado com Augusto novamente. — Micael quem comentou. — Não quer subir porque sabe que estou aqui. Está na cara!

— Pode ser. — Laura levantou. — Me ajuda lá com a fechadura amor? Aquele troço está horrível.

— Ajudo sim, vamos. — Deixaram Micael á mesa terminando seu café.

.
.
.

Encontraram Sophia na mira de um revólver, muito bem escondido. Um homem alto e forte, com cara de ruim estava atrás dela. Não era possível que aquilo estava acontecendo em plena luz do dia e ninguém estava vendo.

— Abre essa espelunca. — Um segundo capanga ordenou. Sophia apenas chorava, apavorada.

— Vamos de uma vez, está esperando eu atirar na mocinha aqui? — O homem armado disse com um tom cruel.

— Não. — Arthur respondeu com as mãos ao alto. — Vou pegar a chave no bolso. — Avisou aos bandidos e então abriu a pequena entrada pra funcionários.

— Entrem! — O bandido alto ordenou. Laura e Arthur entraram de mãos dadas. Atrás deles, Sophia, ainda na mira da arma e três assaltantes entraram. — É o seguinte, sentem aqui no chão, os três. — Empurrou a loira pra Arthur que a teve nos braços apertando num abraço. — Sentem! — Gritou.

— Estiquem o braço pra frente. — O terceiro e mais franzino dos bandidos ordenou e então passou fita adesiva, juntando os braços. Um pequeno pedaço foi colado em suas bocas. — Se ficarem quietos e colaborarem, tudo acaba muito rápido e ninguém se machuca! — Os três assentiram, já que não podiam falar.

— Quero saber onde você guarda o dinheiro! — O líder perguntou e só então, depois de obter silêncio, percebeu que o capanga tinha tapado a boca dos reféns. — Caralho, mosquito, você é burro demais! — Reclamou e puxou a fita de uma vez. — Fala marmanjo onde está?!

— Na caixa registradora. — Respondeu alto. — E eu também guardo um pouco escondido atrás do balcão. — Entregou tudo, só queria ficar em segurança. — Leva o que quiser, só deixa a gente em paz.

— Você tem duas beldade aqui, amigo. — Debochou. — Meu amigo aqui. — Colocou a mão no ombro do capanga que não era o coitado do mosquito. — Tem tesão em grávidas.

— Por favor, não. — Ele disse nervoso, viu Sophia se remexer, resmungar e negar várias vezes com a cabeça. — Deixa a gente...

— Em paz. — Ele completou. — Não sei bem se quero.

.
.
.

No apartamento, Micael tirava a mesa do café quando notou o celular de Arthur no chão. Devia ter caído do bolso e ele nem percebeu. Pensou várias vezes se devia ou não descer e levar, talvez só queria uma boa desculpa pra entrar lá e saber da briga de Sophia.

Deixou o aparelho de lado e voltou a limpar, mas aquilo o incomodou tanto, que assim que terminou a mesa, pegou o celular e caminhou pra fora.

Quando viu as portas aparentemente fechadas, franziu a testa. Era algo tão extraordinário que as portas tinham que ficar trancadas? Ele pensou.

Ia desistir, era melhor aguardar e saber da novidade pela Laura, mas sentia que havia algo de errado. Então bateu na porta e gritou.

— Arthur!

Do lado de dentro, os três assaltantes ficaram alarmados, o líder agachou ao lado de Arthur e sussurrou.

— Quem é?

— Um funcionário. — Avisou com medo. — É só deixar ele pra fora que já já ele desiste.

— Ué, ele tem que poder se juntar a nossa festa. — Debochou. — Estamos nos divertindo tanto juntinhos.

— É sério, ele é inofensivo! — Arthur reforçou.

— Ou ele vai sacar que tem algo de errado aqui e chamar a polícia? — Deduziu o plano de Arthur. — Eu não nasci ontem, amigo. — Puxou Sophia e a fez ficar de pé. Colocou a arma na cabeça da mesma. — Grita e manda ele entrar. Diz que tá aberta a porta. — E assim Arthur o fez.

Micael empurrou a pequena portinha de funcionários com força, eles deviam consertar aquilo, estava realmente terrível.
Entrou com o celular de Arthur na mão, ainda não havia percebido a situação.

— Olha eu não vim fuxicar, mas o celular ficou caído no chão, pensei que talvez fosse preci... MAS QUE PORRA! — Arregalou os olhos quando viu Sophia sob a mira da arma de Gil. — Que merda está rolando aqui? Vocês ficaram loucos? — Desviou o olhar para Arthur e Laura no chão.

— Micaela! — Gil disse com um sorriso. — Não estava esperando ver você aqui.

— Porra, eu não estava esperando ver você aqui nunca. — Disse sério e em seguida sorriu, deixando os amigos um tanto confusos. — Será que dá pra tirar essa arma da cabeça da Sophia.

— Sophia? — Gil repetiu o nome com surpresa, guardou a arma no cinto e então virou a loira pra si, dando uma boa olhada no rosto. — Eu não acredito que essa daqui é a nossa famosa Sophia. — Disse com humor. — E esse bebê aqui, é teu?

— Não. — Deu de ombros. — É do Augusto.

— Eu não acredito nessa merda?! — Disse pra Sophia que parecia ainda mais assustada. — É uma vagabunda mesmo.

— Tá legal, deixa ela em paz. — Pediu e Gil rolou os olhos. — E você Bruno, quando foi que saiu?

— Há pouquíssimo tempo. — Caminhou pra perto de Micael e lhe deu um abraço. — Não tenho uma mamãe pra me tirar de lá que nem você.

— Ah, vai tomar no seu cu. — Deu risada e foi cumprimentar mosquito. — Você não devia andar com esse pessoal, vai parar lá em Bangu de novo.

— Vai se foder, Micaela. — Gil deu risada e largou Sophia, caminhando até Micael pra um abraço. — Você que devia andar com a gente, sabia?!

— Desde quando vocês são assaltantes?? — Os quatro estavam em rodinhas. — Não combina com vocês.

— Estávamos ali no morro conversando e bebendo uma cerveja. — Bruno começou a contar. — Murilo desafiou a gente a descer e assaltar algum lugar. Tua namoradinha ali estava dando mole aqui na frente.

— Ex-namoradinha. — Corrigiu de forma sútil. — Isso aqui foi um desafio? Fala sério, vocês são escrotos demais. Eu espero que não terminem isso, eu trabalho aqui, não vão me deixar desempregado!

— Sabe que sempre tem uma vaga no nosso ramo. — Gil ofereceu. — Aquela sua amiga ali moreninha da certinho com uma encomenda minha.

— Você não pense em fazer isso. — Micael ordenou e saiu da rodinha indo até os amigos e os soltando. — Pelo amor de Deus, Gil.

— Relaxa, Micaela. — Ele deu uma risada aberta. — Não sabia que eram seus amigos, se soubesse, não tinha mexido com eles. — Micael olhou pra trás, ainda soltando a mão de Laura. — É verdade ué, seus amigos são meus amigos! Menos a vagabunda.

— Para com isso! — Deu risada e ficou de pé, junto com o pessoal, já livre. — Esquece isso.

— Eu não, se fosse minha mulher, já estava morta numa vala por aí. — Disse com certo nojo. — Mas antes de matar, eu tinha arrancado esse bebê pela boca!

— Ainda bem que eu não sou. — Respondeu com o mesmo tom de nojo que o bandido usou, antes mesmo de Sophia pensar na próxima frase, tinha levado um tapa na cara.

— Escuta aqui vagabunda, eu não sou seu amigo e não te dei permissão pra falar comigo nesse tom. — Micael puxou Sophia pra trás e a olhou.

— Não responde. — Disse a Sophia. — Ele tem um pavio curto demais pra você sequer respirar ao lado dele. — Se voltou para Gil. — Não precisa disso.

— Vamos embora daqui. — Avisou aos capangas. — Desculpe o incoveniente. — Sorriu a Arthur. — Vou avisar a galera que não é pra mexer com vocês.

— Obrigado, eu acho... — Falou baixinho.

— Vamos com a gente, Micaela! — Não era um convite e Micael arregalou os olhos.

— Vai me colocar em que furada? — Perguntou ainda assustado. — Sinceramente, não estou querendo voltar pro presídio não.

— Cala a boca e vem, antes que eu me estresse. — Gil saiu na frente, sendo seguido por mosquito e Bruno. Micael soltou um suspiro e olhou pros amigos.

— Vai ficar tudo bem. — Avisou, os três continuaram mudos, ainda assustados. — Vou tentar ligar pra dar notícias. — E caminhou pra fora, entrando no carro de Gil.

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