Aquela Noite

By Caah_Autora

16.2K 1.4K 690

Quantas vezes você já teve vontade de voltar a um ponto específico da sua vida e evitar o que veio a seguir... More

Pressentimento ruim
Quer uma cenoura?
A prisão
Sem Lembranças
É assim que termina?
A casa caiu
O início do inferno
Meu protegido
Eu te amo
Merecia perpétua
Não briguem crianças
Diga a ele que sim
A culpa
Não peça desculpas
Olá, mamãe
A parte dois do inferno
Climão
Igualmente mandona
História mal contada
Confesse!
Não há remorso
Tarde demais
Quadrado amoroso
Ex-amigos
Liberdade!
Crise no paraíso
Tire as câmeras!
Empata foda
Sophia "Interesseira" Abrahão
Acerto de contas
Namorados, amantes ou nada mais?
Nenhum dos três
Cada um pro seu lado
Velhos amigos
Festa de arromba
Ciúme mal disfarçado
Não com o bebê lá!
Fofoquinha
Máscaras cairão
Ameaça
Chegou o Levi!
Primeiro dia com o papai
Hora da verdade - Parte 1
Hora da verdade - Parte 2
Pelo Levi
Será que acabou?
Tudo vai ficar bem
Por bem ou por mal
Somos fortes juntos
Me dá o Levi!
Inveja desde sempre
O fim da injustiça
Fetiche estranho
Programa de amigos
Vamos nos entender?!
Boa notícia
O resgate
Monstro
Momentos de paz
O final feliz

Briga! Briga! Briga!

253 23 3
By Caah_Autora

Augusto saiu da penitenciária e comprou dois buquês de rosas vermelhas. Dirigiu até o apartamento de Sophia que abriu a porta após olhar pelo olho mágico.

— Olá, Soph! — Disse empolgado e ela lhe forçou um sorriso. — Eu sei que não avisei que vinha, mas precisava ver como você está.

— Estou bem, Guto. — Deu passagem a ele, estranhando o fato dele ter dois buquês em mãos. — Do que se trata?

— Micael te mandou. — Estendeu um dos buquês. — E disse que te ama.

— Me mandou? — Sorriu e pegou as rosas. — Eu duvido, já que ele está preso, isso aqui é você tentando levantar meu astral. Obrigada, eu amei.

— Eu fui visitar ele hoje, lá em Niterói. — Sophia ficou surpresa. — Ele realmente mandou dizer que te ama, isso eu não inventei.

— Ele terminou comigo e agora mandou dizer que me ama? — Bufou e foi atrás de um jarro com água. Augusto a seguiu. — Nossa, como ele é ridículo.

— Ele te ama e por isso terminou com você, pra não te prender a ele sei lá quantos anos. Eu tenho certeza que você entende isso. — Ela ergueu uma sobrancelha e logo voltou pra sala acompanhada do amigo.

— Como ele está?! — Sentou-se e soltou um longo suspiro esperando as piores notícias. — Micael é todo fresco, não consigo imaginar ele na cadeia.

— Sinceramente, ele parece muito bem. Fiquei até surpreso. — Augusto deu risada e se sentou, ainda segurando o segundo buquê. — Eu falei isso pra ele, esperava vê-lo com a cara quebrada, mas não, estava bem.

— Que horror, Augusto! — Arregalou os olhos, mas em seguida riu. — Que bom que está bem, na medida do possível né, ele só vai ficar bem de verdade quando sair de lá.

— Levei pra ele uma foto de vocês. — Sophia o olhou surpresa e então sorriu. — Vai saber quantos anos ele vai ficar preso. Levei pra ele não esquecer sua cara.

— Animador, Guto. — Deu uma risadinha triste, acompanhada de um longo suspiro. — Sinto falta dele. Das nossas brigas idiotas, de quando a gente estava bem, dos estudos juntos, dos rolês com a galera. De tudo.

— Eu imagino o quão difícil deve ser. — Se levantou e deixou o buquê no sofá que estava, caminhou pra sentar ao lado da loira e pegou sua mão. — Mas vai dar tudo certo, é só uma fase ruim, quando a gente menos esperar, ele vai estar de volta.

— É sim, vamos ter fé. — Fungou e decidiu mudar de assunto. — São pra Samantha? — Puxou uma das mãos e apontou pras rosas iguais as suas.

— São sim. — Sorriu e voltou pra perto de suas flores. — Eu parei pra comprar pra ela quando estava voltando. Sam anda muito estressada, aí eu comprei pra você também. — Soph ficou de pé. — Eu vou indo, Soph. Passei realmente só pra ver como você estava.

— Obrigada pela visita e pelas flores. — O acompanhou até a porta. — Espero que tudo fique bem com a Sam, vocês combinam.

— Fala isso pra ela. — Deu risada e em seguida balançou a cabeça. — Qualquer coisa liga, sabe disso né?! — Soph assentiu. — Fica bem! — Lhe deu um beijo na bochecha e saiu rumo a casa da sua quase namorada.

.
.
.

Com o passar dos dias, Micael estava cada vez mais enturmado com o grupinho que agora pertencia. Gil tinha feito dele braço direito com apenas um mês que havia chegado.

— Micaela, vai dizer a gente o motivo de estar aqui? — Gil perguntou pela décima vez, Micael sempre desconversava, tinha vergonha.

— Estupro. — Disse com um suspiro e careta, mas Gil riu. — Não é engraçado.

— É que você nao tem cara de estuprador. — Deu de ombros. — Olha o Bruno. — Apontou pra um rapaz com cara de maníaco que tinha sentado na cama da esquerda. — Ele sim é um estuprador. Ele pegou a filha da mulher dele, a garota tem quinze anos.

— Que coisa horrível! — Encarou Bruno horrorizado. — Eu não fiz isso, nem cheguei perto.

— E ele diz que a garota não foi a única, mas também não fala quantas já rodaram na mão dele.

— Certas coisas um homem não conta. — Bruno disse e deu uma risada. — Mas e você, me conta o que fez com a vagabunda?! Ela gritou? Se debateu? Eu adoro quando elas tentam lutar. — Parecia sentir prazer em pedir os detalhes e imaginar.

— Fala sério, vai se tratar irmão! — Bufou e viu Bruno se levantar irritado em sua direção. — Doente de merda!

— É o que você disse aí, cuzão?! — Enfiou o dedo na cara de Micael. — Repete!

— DOENTE DE MERDA! — Gritou na cara do bandido e levou um soco. — Eu vou arrebentar você! — Se recuperou e voou pra cima de Bruno.

A briga começou e com ela a algazarra dos presos. Eram gritos de todos, até dos que estavam em outras celas.

Dois oficiais chegaram pra tentar conter a bagunça. Deram ordens, mas os dois estavam tão ocupados trocando socos e pontapés que ignoraram os agentes. A certa altura, Micael estava em cima de Bruno.

Um dos agentes foi por trás e tentou pegar Micael e imobiliza-lo, mas num surto de adrenalina, o moreno se desvencilhou e acertou um soco em quem tentava segurar, sem saber que se tratava de um guarda. Então ele parou.

— Me desculpa, eu não sabia... — Foi interrompido, o guarda puxou o cassetete e lhe acertou diversas vezes.

— Desculpa é o caralho. — Foi só o que ouviu enquanto apanhava. Foi levado pra solitária quando o agente cansou de bater, ninguém se intrometeu.

.
.
.

Uma semana depois, Augusto foi avisado pelo advogado que Micael estava na solitária e ficou um tanto desesperado, Sophia vivia pedindo informações, mas como ele diria aquilo a ela?! Então pela primeira vez ele escolheu ocultar algo de Sophia, não havia necessidade de fazê-la sofrer ainda mais.

Micael passou duas semanas na solitária, mas tinha a sensação de que foi mais de um mês. Foi retirado apenas porque havia chegado o dia de sua audiência, e só descobriu isso quando foi levado pro banho e vestiu uma roupa limpa, afinal, de branca sua camisa não tinha mais nada.

Foi algemado e levado ao transporte com três policiais armados fazendo escolta. Quando chegou, na entrada do tribunal, viu Sophia, Augusto e Arthur. 

Sophia estranhou a fisionomia de Micael. Estava claramente mais magro, parecia machucado também, tinha os olhos fundos. Sorriu quando seus olhos encontraram o azuis de Sophia, mas não teve tempo de dizer nem mesmo "oi". Foi puxado bruscamente pra dentro pelos policiais que o guiava.

Continue Reading

You'll Also Like

634 76 17
Já imaginou se a esperança fosse uma bela moça de vestido verde? E se a saudade fosse anunciada por interfone? Imagina que loucura! Mas é exatamente...
39.4K 1.4K 31
Uma menina doce e gentil de apenas 13 anos, que tentou se suicidar várias vezes, por que idiotas populares achavam legal zoa-la. Professores fingiam...
52.3K 3.2K 34
◩ 𝐓𝐡𝐞 𝐄𝐱𝐜𝐡𝐚𝐧𝐠𝐞 ◪ 𓏲໋ׅ ᴠɪɴɴɪᴇ ʜᴀᴄᴋᴇʀ ᴀᴅᴀᴘᴛᴀᴛɪᴏɴ. A tímida e insegura Allice Smith, passou a infância e adolescência como filha única, se mu...
303K 14.1K 55
"Somos seres humanos e estamos sempre errando, e dentre vários e vários erros eu nunca aprendi tanto com o meu melhor erro." • Plágio é crime! Crime...