𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓

By AyesQuinnSz

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𝐒𝐢𝐧𝐨𝐩𝐬𝐞: Após quatro anos fora, Bárbara retorna a Nova York, mas não apenas com sua melhor amiga e si... More

01. Quanto tempo ⛓️
02. Vizinha ⛓️
03. Louco ⛓️
04. Proposta ⛓️
05. Jantar ⛓️
07. Tapa ⛓️
08. Boate ⛓️
09. A verdade ⛓️
10. Boca marrenta ⛓️
11. Jogo ⛓️
12. Minha outra vez ⛓️
13. Quase lá ⛓️
14. Perdão ⛓️
15. Conquista ⛓️
16. Tatuagem ⛓️
17. Herdeira ⛓️
18. Trabalho ⛓️
19. Casado ⛓️
20. Amante ⛓️
21. Apoio ⛓️
22. Aliança ⛓️
23. Enteada ⛓️
24. Minha mulher ⛓️
25. Família ⛓️
26. Sua filha? ⛓️
27. Almoço ⛓️
28. Parecidos ⛓️
29. Febre ⛓️
30. Pesadelo ⛓️
31. Sensação ruim ⛓️
32. Semelhança ⛓️
33. Segredo ⛓️
34. Explicação ⛓️
35. Passado ⛓️
36. Ti amo, papai ⛓️
37. Paternidade ⛓️
38. Informação ⛓️
39. Jóia ⛓️
40. Perigo ⛓️
41. Brincadeira ⛓️
42. Alarme falso ⛓️
43. Irresponsável ⛓️
44. Discussão ⛓️
45. Alvo de vingança ⛓️
46. Entendidos ⛓️
47. Cegonha ⛓️
48. Bastardo ⛓️
49. Novo apelido ⛓️
50. Filhos ⛓️
51. Treinamento ⛓️
52. Ousada ⛓️
53. Folga ⛓️
54. Praia ⛓️
55. Aposta ⛓️
56. Nossa noite ⛓️
57. Amor eterno ⛓️
58. Casados ⛓️
59. Estilo ⛓️
60. Ciúmes ⛓️
61. Exposição ⛓️
62. Rolo ⛓️
63. Enjoada ⛓️
64. Impressão ⛓️
65. Grávida ⛓️
66. Ciumenta ⛓️

06. Me beija ⛓️

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By AyesQuinnSz

━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Eu não posso desejar ele. Não posso desejar Victor.

Isso é o pior erro que estou cometendo. Eu odeio ele. Não posso sentir a atração, desejo, vontade de beija-lo, vontade de transar com ele, nada. Eu me obrigo a parar de pensar nisso. Desde aquele momento no meu carro, quando me beijou no pescoço e me cheirou, fiquei com os pensamentos de querer que ele me beije. Por mais que tenha se passado anos, sinto falta do seu beijo.

Eu não posso confessar isso a mim mesma!

Esse cara tem que sair da minha cabeça, antes que eu acabe enlouquecendo e peça para que me beije e que transe comigo. Não sei o que sinto mais ao seu respeito. Atração ou ódio? 50% cada? 60% ódio e 40% atração? Ou vice versa? Não sei pela qual me xingo mais, em sentir mais atração do que ódio, ou de sentir pelo menos um pouco de atração por ele, em meio a tanta raiva. Talvez os dois.

Tenho que tirar ele da cabeça e todas essas loucuras minhas e a única forma que eu encontrei, é beber. Não sou de beber, não sou muito fã de bebida alcoólica, mas beber vai me ajudar um pouco a esquecer isso. Nem que eu fique de ressaca. Não posso deixar ele tomar minha cabeça e deixar que me interrompa de fazer minhas coisas.

E quer saber? Que se dane a ressaca. Não estou nem aí. Eu preciso beber e é isso que eu vou fazer.

Estou agora na sessão de bebidas do mercado, olhando para as duas prateleiras enormes de diversos tipos de bebida. Qual eu pego? Tem muitas opções. Acho que Vodka, já que é a bebida que mais me faz viajar mentalmente. E a que é mais fácil de eu esquecer minha tentação por Victor. Pago a bebida e volto para o apartamento.

Ao fechar a porta, vou em direção a cozinha, onde pego um copo qualquer que tem no armário e abro a Vodka, colocando uma quantidade exagerada no copo. Vou para a sala, onde me sento no sofá, com a garrafa de Vodka na mão e na outra, o copo cheio dela. Dou um gole e faço uma careta, ao sentir o álcool. Nem me lembro a última vez que bebi álcool. Faz muito, muito tempo. Nunca fui de beber e quando engravidei de Aurora, cortei o álcool e mantive ele fora de mim por muito tempo. Então, era de se esperar a careta.

Ligo a televisão, para me entreter e mando outro gole de Vodka para dentro. Faço uma careta mais leve e olho para o copo. Eu realmente estou bebendo para esquecer de Victor. Não acredito nisso.

....

━━ 𝐕𝐈𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐂𝐀𝐒𝐓𝐄𝐋𝐋𝐈

Saio do banho e visto uma roupa confortável, para ficar em casa mesmo, já que não vou sair hoje para nada. Ao vestir uma camisa qualquer, ouço a campainha do apartamento tocar e fico me questionando quem poderia ser. O porteiro? O zelador? Alguma faxineira? A empregada que eu contratei?

Saio do meu quarto, indo até a porta de entrada e quando abro ela, arregalo os olhos de espanto, ao me deparar com Bárbara. Ela está apoiada de costas na parede e quando vira a cabeça, para me olhar, percebo rapidamente que está bêbada. Não esperava ela aqui tão cedo, muito menos dessa forma. Eu a olho de cima a baixo e então ela para de se apoiar na parede e se vira para mim.

- Como você tá vizinho? - diz mole, bem mole e sinto o cheiro de Vodka vindo da sua boca. Ela dá um passo na minha direção. - Não vai cumprimentar sua vizinha predileta? - abriu os braços, como se fosse uma surpresa saindo de uma caixa e eu a olho, totalmente sem ter ideia do que fazer.

- O que deu em você? - pego seu pulso e a puxo para entrar no apartamento, até que ela se agarra em mim, me abraçando com os braços na minha nuca.

- Me beija. - ela pede.

- O quê? - me espanto.

- Me beija. - aproximou seus lábios dos meus, mas eu me afastei.

- Bárbara, por favor. Você tá bêbada. - ela se agarra em mim de novo, me puxando para que eu a beije.

- Por favor, me beija. - me afastei. - Só um beijo. - voltou a tentar me beijar.

- Eu não vou te beijar nesse estado. - me separo por completo dela, fazendo tirar suas mãos ao redor do meu pescoço e a pego no colo, indo para a sala, onde a deito no sofá.

- Victor... - sinto um arrepio, ao ouvir meu nome em sua boca. Faz tempo tempo que não ouço ela me chamar assim. - Me beija. - volta a pedir. - Só isso que eu te peço. - ela pega minha mão e tenta me puxar para cima seu. - Só um beijo...

- Meu amor, eu não vou te beijar, enquanto está inconsciente de si. Você vai me xingar quando descobrir que eu te beijei.

O que ela poderia fazer comigo, se descobrisse eu beijei ela bêbada? Ela vai me odiar mais ainda.

- Prometo não fazer isso. - resmungou, voltando a me puxar para deitar por cima seu.

- Meu amor, eu não vou te beijar. Desista. Só vou te beijar quando estiver totalmente sóbria e quando eu ter a certeza de que vai se lembrar perfeitamente desse momento.

- Você nunca me negou um beijo. - ela balança nossas mãos unidas, fazendo uma cara de mimada.

- Então essa vai ser a primeira vez. - largo sua mão e ela resmunga em protesto. Olho para ela, vendo que está fechando os olhos e percebo que o álcool está dando o efeito de sono.

Puta merda. O que eu faço agora?

Simplesmente, do nada, ela aparece na porta do meu apartamento, bêbada e me implorando para que eu beije ela. Que merda deu na sua cabeça de beber tanto assim? Bárbara nunca foi de ficar bêbada. E quando fica, me pede para que eu a beije, para depois me xingar de todos os nomes possíveis? Não! Não sou burro de fazer isso, só pra piorar nossa relação e seu ódio por mim aumentar.

Mas o que eu faço agora? Deixo ela dormir aí no sofá? Levo ela pra cama? Levo ela embora pra casa dela? Acho que isso é o mais certo de se fazer, para que não brigue comigo. Então eu a pego no colo, com cuidado para que não acorde e só solta um resmungo em protesto. Vou até a porta e a abro com cuidado, passando com ela no colo. Chegando na frente do seu apartamento, dou sorte que esteja aberta a porta, então eu entro, fechando com o pé. Olho ao redor, vendo como é seu apartamento e vejo uma garrafa de Vodka pela metade, em cima da mesinha de centro da sala, junto de um copo vazio.

Ela enlouqueceu de fazer isso.

Fico me perguntando o motivo dela ter bebido tanto assim, para ir bêbada para a porta de casa e me implorar por um beijo. Foi recaída, será? Não sei, mas o que importa é que ela não se lembre disso, porque com certeza ela vai me xingar e vai me colocar como vilão da história. Se eu já conheço bem essa mulher marrenta que ela se tornou? Conheço.

Levo ela para um quarto, que provavelmente seja o qual esteja dormindo, porque tem malas suas no canto da parede e suas roupas estão penduradas no pequeno closet que tem alí. Não sei o que faço agora. Não quero que ela acorde e tenha as consequências do álcool. Por mais que me odeie, eu quero ajudá-la. Sentei ela na cama com cuidado e ela sequer abriu os olhos. Seu corpo parecia mole e não conseguia ficar sentada e parada sozinha. Com cuidado e decidido, comecei a tirar a sua blusa e ela nem abriu a boca para protestar. Seu sono a impedia de qualquer coisa. Evitando olhar para seu sutiã e babar pelo seus seios, deitei ela na cama e prendi a respiração, quando fui tirar seu short de moletom.

Ficando apenas de peças íntimas, puxei ela de volta para ficar sentada e a paguei no colo. Parecendo perceber, ela deitou sua cabeça em meu ombro e abraçou meu pescoço com as mãos e abraçou meu quadril com suas pernas. Ela resmungou por um momento e se manteve calada e de olhos fechados. Fui em direção ao banheiro do quarto e abri um pouco mais a porta com o pé e olhei seu banheiro, vendo seus produtos de corpo, cabelo e não sei mais o que, espalhados pela pia e pelo suporte no box. Tirei ela no meu colo, que protestou, se agarrando em mim de novo, na tentativa de voltar a me abraçar, mas fui mais forte e não deixei minha vontade de tê-la agarrada em mim, falar mais alto. Sentei ela na privada, fazendo ela abrir um pouco os olho e abri com tudo o chuveiro, para descer logo a água gelada.

Encarei ela, que lutava contra o sono, como um bebê e vi seu corpo perder a forças de novo e na mesma hora eu a segurei. Com a água caindo forte ao nosso lado, levei as mãos até seu sutiã e retirei ele, prendendo a respiração pela segunda vez. Ela não protestou, porque mal via o que eu fazia e afastei o sutiã dos seus seios e minha garganta secou, quando vi eles rígidos e empinados para mim. Meu pau não perdeu tempo para entender a resposta do corpo dela e o xinguei por isso. Fixamente olhei seus seios, ainda sentindo minha garganta seca e minha boca salivou por eles.

Caralho. Se concentra, porra. Ela tá bêbada, esqueceu?

Tomando consciência do que devo fazer, levanto ela da privada e opto por não tirar sua calcinha, para não piorar mais ainda a minha situação e por respeito a ela. A levo para dentro do box, mesmo estando atordoada ainda e a coloco debaixo da água gelada.

- Não! - gritou em protesto, com a voz mais rouca e tentou se agarrar em mim de novo.

- Meu amor, você precisa de um banho gelado. Está bêbada demais. - falei, para ver se fosse compreensiva e entrasse de baixo do chuveiro.

- Eu não quero... - choramingou, me abraçando e tentando subir em meu colo, como uma criança mimada.

- Meu amor, por favor. É só por pouco tempo. Prometo pra você. - falei pra ela, que negou na mesma hora com a cabeça e voltou a querer subir em meu colo.

- Eu não quero... - voltou a choramingar. - Tá gelada demais.

- Eu sei, mas vai ser bom pra você. É só por um minuto, prometo pra você. - tiro seu cabelo do rosto e ela fica em silêncio. - Por favor. Entre de baixo do chuveiro. Tiro você em um minuto.

- Promete?

- Prometo.

Sem eu fazer nada, ela tira seus braços ao redor de mim e me olha nos olhos e aquilo faz meu coração acelerar pra caralho. Ela se vira e vai em direção ao chuveiro, entrando de baixo dele. Ela se abraça, escondendo seus seios e a água cai forte sobre ela. Me pego admirando ela, como todas às vezes quando a vejo e penso por mais quanto tempo esse seu ódio por mim vai durar. Hoje nem pareceu que sente raiva de mim. Por um momento pedi para que ficasse bêbada mais vezes e que viesse me pedir um beijo, só para mim ter um tempo sem me irritar e me sentir humilhado por ela.

Dando o curto tempo de um minuto, pego a toalha, que nem sei se era a que estava usando e dou para ela se vestir. Ela começa a tremer e eu a mando esperar no banheiro, para que eu possa pegar alguma roupa para se vestir. Entro no seu pequeno closet e pego as primeiras roupas que acho e que são confortáveis. Entro no banheiro e vejo ela sentada na privada, enrolada na toalha, me esperando.

- Se vista. - entreguei as roupas a ela, que me olhou, parecendo estar raciocinando o que é para fazer. - Vou dar privacidade para se vestir. - falei e saí do banheiro, fechando a porta e ficando ali perto, se caso precisasse de ajuda.

Demorou para que ela saísse vestida do banheiro. Ajudei ela a se segurar, quando ia perder o equilíbrio e a levei para perto da cama, sentindo seu corpo ficar mole e cansado. Seus olhos se fechavam aos poucos e dei a entender que o sono havia voltado. Levei ela até a cama e a deito devagar, ajudando a se acomodar no colchão e não perde tempo para fechar de vez os olhos e cair em um sono profundo. Por um momento, me pego observando ela, com um pequeno sorriso.

Caralho, essa mulher é perfeita até dormindo.

Não vejo a hora de acordar todo dia e ter essa mulher do meu lado na cama. De preferência nua. E depois de uma boa noite de sexo e depois de uma declaração de que nos amamos. Tem coisa melhor que isso? Não, não tem. Então, por isso, que eu não vou desistir dela, mesmo sua teimosia e sua marrentice me irrite, eu não vou desistir. Depois de tanta batalha, espero receber uma recompensa e tanto. E agora, me pego pela segunda vez pensando que fique bêbada de novo, para que eu ficar próximo dela, sem que sinta raiva de mim.

....

━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Ai...

Minha cabeça tá doendo. Num nível bem alto. Eu mexo a cabeça e a dor me atinge cada vez pior. Eu tento abrir os olhos, mas a dor e a pequena claridade que tem no quarto não deixa. Coloco o travesseiro em cima do rosto, para assim conseguir abrir os olhos e quando abro, tiro devagar o travesseiro e então me acostumo com a claridade. Deve ser final de tarde. Mas como eu vim parar no meu quarto? Eu lembro que eu tava na sala não me lembro de ter vindo pra cá sozinha. Olho para meu corpo, percebendo que estou com outra roupa que eu estava antes.

Que merda aconteceu? Eu durmo com uma roupa e acordo com outra? Era essa a roupa que estava usando antes e estou fazendo confusão? Eu devo estar ficando louca. Me sento na cama e quando olho para o criado mudo ao lado, me deparo com um copo d'água, uma cartela de remédios e um bilhete. Pego a folha e começo a ler.

"Depois de beber metade da garrafa de Vodka, espero que esteja bem. Quero meu agradecimento depois, por ter cuidado de você. Tente recordar do que fez e espero que lembre o que fiz por você.

Melhoras, mia amore. Espero que não fique muito de ressaca.

𝘚𝘦𝘶 𝘢𝘮𝘰𝘳."

Ah, meu Deus...

Eu que fui na casa dele. Fui mesmo. Eu que fui lá e simplesmente pedi para que me beijasse. Puta merda. Eu fiz isso mesmo? Eu realmente fui na porta da casa dele e pedi para que me beijasse? Maldita Vodka. Não era pra ter acontecido isso. Não era pra mim ter ido lá e ter pedido para que me beijasse. Que merda EU tenha na cabeça?

Mas ele não me beijou? Ele se recusou? Isso é ótimo, não é? É,sim. É maravilhoso, porque eu não quero beijar ele, de forma alguma. Isso só uma uma loucura enorme e psicopata que passou por mim. E nunca mais vai acontecer, porque eu vou jogar fora aquela garrafa de Vodka. Mas... O que ele fez por mim? Se recusou em me beijar, comigo estando bêbada. É só isso?

Ah, não... Merda. Não quero e nem vou admitir a mim mesma que me lembrei do que aconteceu, quando estávamos juntos no meu banheiro. De forma alguma. Não mandei que cuidasse de mim e não vou agradadece-lo por nada. Se fez, cuidou de mim e me ajudou, foi porque quis, porque eu, não pedi para que fizesse nada. Não quero admitir o que fez e sim, vou ser ignorante o bastante para fazer isso, porque eu odeio ele.

Pego o copo d'água em cima do criado mudo, junto da cartela de remédio, onde eu destaco um comprimido e coloco para dentro da boca, bebendo a água logo em seguida. A dor de cabeça de atinge de novo e então eu volto a me deitar, cobrindo a cabeça com o travesseiro, para não vir a claridade em meus olhos.

Ainda não acredito que fui pedir um beijo a Victor...

━━ • ✶ • ━━

• 𝐃𝐢𝐚 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐢𝐧𝐭𝐞...

━━ 𝐕𝐈𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐂𝐀𝐒𝐓𝐄𝐋𝐋𝐈

Bárbara veio aqui. Bêbada. Me pediu um beijo. Depois me implorou. E dormiu no meu sofá. Eu não raciocinava isso ainda. Não acreditava que perdi a chance de beija-la. Mas depois eu vi que fiz a coisa certa, porque era errado fazer isso com ela estando bêbada. Então, fiz a coisa mais que certa, me segurei e cuidei dela.

Ainda estou pensando, isso realmente aconteceu? Bárbara realmente veio aqui bêbada e me pediu um beijo? Ou estou realmente necessitando de um beijo seu, que acabei sonhando com isso? Parecia real, porque quando ela se agarrou em mim, eu pude sentir seu cheiro, que porra, é maravilhoso demais. Desde quando a beijei no pescoço e senti seu cheiro, fico lembrando do momento que consegui ter com ela. Mesmo sendo uma migalha do que eu quero de verdade dela, está bom demais. Finalmente consegui ter contato com a pele dela.

Mal vejo a hora de estarmos pele com pele.

Porra, como eu tô esperando por esse momento. Espero, desde o dia que ela foi embora, decidindo me largar, para transarmos de novo. Não apenas transar, mas de ter ela comigo, ao meu lado, de ter sua companhia, de poder beija-la, tudo. Caralho, quantas noites sonhei com ela, sonhei que estávamos transando, sonhei com ela me dizendo que me amava e que eu estava em primeiro lugar no seu coração. Mal vejo a hora de repetir essas palavras de novo. Os atos também. Mas como agora é uma mulher extremamente difícil de lidar, tenho que me contentar e esperar e agir devagar. Sem pressa.

Mas será que se lembrou que veio aqui e que me pediu um beijo? Lembra que se agarrou em mim? Puta merda. E se aquela carta que deixei no criado mudo, tenha a irritado mais? Será que fiz merda, escrevendo ela e contando o que fez, enquanto estava bêbada? Eu sou mesmo um burro! Com certeza piorei nossa situação e a irritei mais ainda.

Parabéns, Victor.

Mas quer saber? Eu vou lá ver ela. Que se dane se estiver brava comigo ou não. Vou lá ver ela e da forma que me tratar, é a forma que vou saber seu nível se irritação comigo. Me levanto da cama, indo até meu closet e pego a primeira camisa que vejo na minha frente e visto. Coloco um sapato e saio do quarto, indo até a porta de casa.

Saindo do elevador, no andar dela, vou até a sua porta e aperto a campainha. Não escuto nada lá dentro e começo a pensar que saiu, mas agradeço por logo ouvir seus passos. Bárbara abre a porta e vejo sua cara de irritação, me fazendo pensar que sua raiva por mim cresceu. Mas que culpa eu tenho?

- O que você quer? - disse rígida.

- Vim ver se está bem.

- Estou.

- Pensou no que aconteceu ontem? Quero meu agradecimento. - coço o queixo, sentindo minha barba rala.

- Se for começar com graça, vai embora. - ela fechou um pouco a porta e aquilo me fez pensar que ela não me expulsou, pela primeira vez e nem fechou a porta na minha cara.

- Se não vai me agradecer ainda, então queria conversar com você.

- Sobre?

- Uns assuntos sobre nosso trabalho. - menti, dando um sorriso de canto. Ela hesita, me olhando desconfiada.

- Entra. - ela me dá espaço e por dentro, comemoro. Entro e ela fecha a porta. - Fala logo o que você quer.

- Não tenho nada pra falar com você sobre nosso novo trabalho. - ela me encara, de braços cruzados.

- Veio aqui pra quê então? Pra me encher o saco?

- Por que você me odeia tanto assim? - falo cauteloso. Ela ri.

- Precisa mesmo falar? Acho que não precisa, né? Você sabe muito bem o motivo.

- Por que você não consegue confiar em mim? Nem que seja um pouco? - ela se aproximou de mim, com a cara fechada.

- Já cometi essa burrada uma vez e não vou cometer ela de novo. - dei um passo pra frente.

- Me dá uma chance e então eu provo que você não vai ter cometido um erro.

- Não sou burra, Castelli. Não vou fazer isso. E eu espero muito que o nosso trabalho acabe logo, porque não vejo a hora de voltar pra minha casa.

- Você não vai se arrepender se me dar uma chance de confiança.

- Ah, vou. - ela aproximou nosso rostos e vi em seus olhos, sua raiva. - Então para de me pedir isso, porque eu não vou cometer essa burrice de novo.

- Por que você é tão complicada, hein?

- E por que você é tão insuportável? - rebateu e por um momento, me atentei a não atacar aquela boca e chupar aquela língua afiada. - Acabou com seu show? Então vai embora. - apontou para a porta, que me recusei a olhar. Continuei encarando seu rosto. - Anda! Sai da minha casa! - eu bufei de raiva, me direcionado para a porta, que ela abre então quando eu saio, fecha na mesa hora.

Mulher marrenta e difícil do caralho!

━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Que cara babaca.

De repente, ele vem aqui, querendo conversar comigo nosso trabalho e começa a me pedir para dar uma chance de confiança a ele? Me poupe né!

Se Victor pensa que vou cometer a burrice, de confiar nele de novo, mais que tudo, ele está muito enganado. Já sofri a consequência de ter confiado nele e não quero passar por isso de novo, porque ele não tem ideia do que me fez passar. Só eu senti a dor da sua traição e não quero sentir ela de novo. Mas passado é passado e não vou errar no presente. Sou muito mais inteligente agora, do que naquela época.

E como inteligente que sou, não vou perder meu tempo pensando e pensando no que ele disse, sobre nosso passado e sobre nosso presente. Vou para a cozinha, onde procuro alguma coisa para comer e me lembro que comprei pipoca. Pego ela e decido prepara-la, para assistir alguma coisa no quarto. Com a pipoca feita, vou para o quarto, onde me deito na cama, depois de fechar um pouco as cortinas e ligo a televisão.

Carol que me desculpe, mas vou dar continuidade na nossa série. Ela disse que não ia assistir, enquanto eu estiver fora, mas para ocupar minha cabeça, vou ter que fazer isso. Ela nem vai saber. E nem que eu assista de novo os episódios, quando eu estiver com ela, eu preciso ocupar a cabeça.

....

━━ 𝐕𝐈𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐂𝐀𝐒𝐓𝐄𝐋𝐋𝐈

- Tá todo putinho por quê?

- A marrenta da Bárbara.

- Que foi? Te chutou de novo?

- Não. Ainda não. Só disse que não vai confiar em mim de novo, porque não quer cometer o mesmo erro do passado.

- Concordo com ela. Você não vale nada.

- Vai tomar no seu cu, Arthur.

- Calma, primo. Eu tô brincando.

- Eu tô começando a achar que eu e ela não vamos nos acertar. Ela é difícil demais.

- A Bárbara amadureceu, né. Não é mais aquela garota de antes.

- Não mesmo.

- Então. Se você quiser conquistar ela de novo, você tem ter muito paciência.

- Mais do que eu já tô tendo?

- Claro. Então acho bom você recarregar sua paciência e usar ela na próxima vez que for falar com ela.

- Recarrego todos os dias, porque não está sendo nada fácil.

- Todo soldado tem que passar por uma batalha, meu caro. Depois que vencer ela, vai ficar feliz, eu garanto.

- Eu espero. E espero muito que ganhe essa batalha, enquanto ela estiver aqui em Miami ainda.

- Paciência.

- Não sei o que eu posso fazer mais para tentar amansar ela. Já tentei conversar de maneira calma, mas não dá. Ela me provoca e eu acabo provocando também.

- Começou aí. Para de provocar ela. Deve ser isso que ela está tão puta e irritada com você.

- Não sei... Penso que provando ela, poderia fazer ela pensar em dar uma chance para nós e a mim. Mas pelo jeito não está funcionando.

- Para de provocar ela e vê se ela melhora.

- Vou tentar...

- Tá, agora preciso ir. Marcos está chegando aqui e preciso sair com ele.

- Tá legal.

- De nada pelos conselhos. 1.000 dólares está me devendo.

- Tá, tchau.

Desliguei ligação, jogando o celular na mesa a minha frente e coloquei as mãos no rosto, me sentindo mais uma vez derrotado. Nunca pensei que conquistar uma mulher de novo, seria tão difícil e complicado assim. Mas não vou desistir. Não mesmo. Nem que eu não consiga o que quero, mas não vou desistir. Bárbara pode ser difícil, mas isso não vai ser motivo para eu não querer mais conquista-la de novo.

━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Subo no elevador, com a caixa de pizza nas mãos e aperto o botão que me leva até meu andar. Entro em casa, fechando e trancando a porta e vou para a cozinha, onde coloco a pizza. Pedi pequena, já que é só eu, então deve servir para a janta e o almoço de amanhã. Pego um prato da prateleira e um copo e tiro o suco da geladeira. Com o prato com duas fatias de pizza e o copo cheio, vou para a sala e ligo a televisão de novo, para assistir o programa que estava assistindo.

Depois de comer, coloco tudo na pia e decido me deitar, mas só para relaxar. Ligo a televisão do quarto, colocando no episódio da série que parei e me ajeito na cama. Digo a mim mesma, que antes de dormir, não vou pensar em Victor. Não quero estragar meu sono com ele. E eu não vou fazer isso!

Victin é perfeito 🤏🏻

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