POV Camila.
Karla conversou com minha mãe, surpreendentemente minha mãe a tratou super bem, e disse que deixava ela me ajudar. O que me deixou muito chocada. Com apenas algumas palavras a Karla conseguiu convencer minha mãe de algo que ela não queria de jeito nenhum.
Por fim, Karla esta pagando uma escola de música para que eu treine mais minha voz e meus dons com os instrumentos musicais. Ela não voltou pra Londres, ela durante as duas semanas que faltavam pro aniversário de Lauren, veio a minha casa pelo menos cinco vezes para saber como eu estava indo nas aulas, parecia minha mãe quando perguntava sobre minhas notas na escola.
Lolo: CAAAMZ! Acabei de chegar em Miami, estou aqui jogada no sofá do meu apartamento. :)
Eu: yeeeeeeeah! Que bom!
Contei a Lauren o que Karla estava fazendo, e ela disse que era melhor tudo ficar assim do jeito que estava.
Lolo: antes de vir pra casa, eu fui ao salão de festa aqui do apartamento e organizei as coisas.
Eu: pensei que seria em alguma boate.
Lolo: não, se for em alguma você não iria poder entrar, nem você nem sua irmã são maior de 18.
Eu: ai, é mesmo, que droga. Desculpa por isso.
Lolo: tudo bem Camz, você virá?
Eu: sim, convenci minha mãe, ela irá me levar e me buscar.
Lolo: vou conhecê-la finalmente.
Eu: siiim! :D Lolo, a Karla... Ela irá?
Lolo: não, não a convidei.
Eu: mas ela é sua companheira de banda.
Lolo: abandonou-nos durante um mês. Então não. :)
Eu: tadinha.
Lolo: pelo menos ela está fazendo algo bom pra você.
Eu: ok Lolo, não quero falar mal dela.
Lolo: ok, virou sua amiguinha agora né :)
Eu: é :) e eu sempre fui fã dela.
Lolo: ok Karla Girl.
Eu: ¬¬ sério isso agora? Está com ciúme disso?
Lolo: não falei nada.
Eu: vou estudar. Boa noite.
Lolo: ei não, desculpe, poxa Camz...
Eu: fala sério.
Lolo: eu estou com ciúme sim.
Eu: até sua festa.
Lolo: ei, só vai falar comigo no meu aniversário?
Eu: S I M .
Lolo: af.
—
POV Lauren.
- chegou a hora de apagar a velinha, vamos cantar aquela musiquinha, parabéns pra você, parabéns pra você, pelo seu aniversário!! – Dinah canta assim que acabo de abrir a porta do meu apartamento.
Ela e Normani na me abraçam de vez só, me sufocando quase fico sem ar.
- cadê a Ally? – perguntei.
- disse que vem mais tarde com o Troy. Está esperando ele chegar. O voo atrasou. – Normani disse entrando em minha casa e sentando-se no sofá.
- ah tudo bem, é cedo ainda. – sorri. – gostaram da minha roupa?
- vampiros sempre com manias de vestir preto. – Dinah disse rindo sentando ao lado de Normani.
- obrigada pelo elogio. – revirei os olhos.
- e aí? A Camila vai vir? – Mani perguntou olhando a tela do celular, caminhei até elas e sentei-me ao lado de Normani.
- sim, virá. E se prepara que a irmã dela é fanática por você.
- que bom, estou solteira e quem sabe não rola...
- você? – Dinah perguntou. – desde quando curte um velcro?
- desde que sempre quis colar velcro com uma certa amiguinha. – franzi o cenho e me senti uma vela.
- vou beber água... – falei apontando pra cozinha e me levantei.
Eu: vem ou vou ficar sozinha?
Camz: eu vou Lolo, já estamos no carro.
Eu: eeba! Estou esperando, avisa a sua irmã que a Mani veio.
Camz: melhor deixar ela vê-la na hora kkk
Eu: tira uma foto e me envia?
Camz: não, só vai me ver quando eu chegar aí!
—
- vamos descer meninas? – perguntei ao desligar a TV. – aposto que já tem gente chegando, e devo estar lá pra recebê-los.
- vamos. – Dinah afirma puxando Mani pelo braço. – vamos porra! – Mani bloqueia a tela do celular e levanta.
- por que a pressa?
- não era você que queria ver a irmã da namorada da Lauren? – Dinah perguntou irritada.
- ei, nada disso, não somos namoradas. – falei abrindo a porta. – vamos meninas.
Descemos para o salão de festa. Tinha uma regra básica sobre a altura do volume da musica, mas como os vidros abafavam o som, estava um pouco alto, o suficiente para que as pessoas conversassem com as bocas próximas ao ouvido.
Avistei minha mãe e meu pai próximo a mesa que contém algumas comidas. Caminhei até eles e ambos me olharam.
- filha minha. – minha mãe me abraçou e eu a abracei de volta. – eu vim só pra deixar Chris e Tay, e te dá um abraço.
- não irão ficar?
- não filha, temos alguns planos... – meu pai disse eu captei a mensagem.
- oh, aproveitem. – sorri. – eu os levo em casa, ou caso contrario eles dormem aqui.
- tudo bem amor, só liga antes.
- certinho. – meu pai me abraçou e me deu um beijo.
- depois te dou um presentinho. – meu pai disse e piscou pra mim.
Conversamos um pouco mais e depois fui avisada que Camila havia chegado e estava na portaria. Meus pais aproveitaram e me acompanharam já que iriam embora.
- ei! – falei ao vê Camila com o celular na mão, provavelmente me enviando alguma mensagem. Ela virou e eu quase tive um ataque cariado.
Ela é linda, tão linda que parece não existir.
- ei! – Camila disse e sorriu. Ela estava com um lacinho pequeno no cabelo. Olhei para seu redor e Amanda estava escorada no carro e uma mulher de óculos e cabelos curtos de braços cruzados me encarando. Provavelmente seja a mãe dela. – mãe, essa é a Lauren. – Camila me apresentou. – Lauren, essa é minha mãe, Sinuhe.
- olá, dona Sinuhe. – a cumprimentei com dois beijos. – queria aproveitar a oportunidade e pedir desculpas pelo mal-entendido de dias atrás.
- tudo bem, já está tudo resolvido, gostei muito da atitude da Karla. – eu sorri e assenti. – então Lauren, cuidado com minhas meninas.
- estando comigo, está com Deus. – garanti. – eu as levo em casa, e não se preocupe, eu não bebo. Cá estão meus pais para confirmar. – apontei para os dois estavam do lado nos observando.
- Clara. – minha mãe disse a cumprimentou com dois beijos.
- Michael. – meu pai disse e a cumprimentou. – pode confiar, Lauren quando sabe que tem que ter responsabilidade com algo assim, ela não ingere álcool.
- se seus pais falam Lauren, eu acredito. – sorriu. – bom tenho que ir, minha filha mais nova deve está dando trabalho a vizinha. – sorriu simpática. – feliz aniversário Lauren! – me abraçou.
- muito obrigada, Dona Sinuhe.
- pode me chamar de Sinu. – sorriu. – cuidado ouviu meninas? – ambas assentiram e a mulher foi para seu carro e nós deu tchau partindo logo em seguida.
- filha, cuidado mesmo. você tem de menores por aqui.– minha mãe disse.
- pode deixar mãe. – lhe dei um beijo.
- boa noite meninas bonitas. – meu pai cumprimentou as duas antes de entrar no carro. – tchau bonitona. – me deu tchau.
- tchau pai. – joguei um beijo.
—
- Camz... – sussurrei próximo ao ouvido de Camila. Eu estava louca para beijar aqueles lábios.
- oi. – ela disse sorrindo.
- quer dá uma voltinha comigo? – perguntei próximo a seu ouvido.
- acho que quero dançar um pouco... – ela disse se afastando de mim. Suspirei.
Sentei-me no sofá que havia ali, com um copo vermelho com refrigerante e tomei um pouco observando Camila dançando com sua irmã. Elas estavam feliz, alegres, pareciam que estavam à primeira vez em uma festa. Ou talvez se tivesse.
- cadê o babador? – ouvi Dinah sussurrar logo sentando-se a meu lado.
- ela é linda... – sussurrei.
- realmente, deixa Karla nos pés. – suspirei. – já ficaram?
- não... – suspirei novamente. – ela me deu um fora.
- mas que... – riu e tapou a boca. – chega nela, dança com ela Lauren.
Levantei-me e coloquei o copo em cima da mesa. Fui em direção a mais nova que dançava com sua irmã. Me encostei nela movendo meu corpo vagarosamente para entrar no ritmo que ela estava. Ela encostou em mim, e eu sorri, envolvi meu braço em sua cintura e Amanda se afastou de nós sorrindo.
- demorou pra vir dançar comigo... – ela sussurrou.
- era isso que queria? – perguntei dando um beijo em seu ombro.
- não... – ela se virou pra mim. – quero é dar uma voltinha com você... – disse um pouco tremula e sorri.
Peguei em sua mão e acenei pra Dinah que concordou com a cabeça, caminhei até o elevador e o chamei. Entramos juntas e subimos para meu aparamento, não haviam lugar melhor para ficar a sós com ela. Saímos juntas e enquanto eu destrancava a porta ela suspirava a meu lado, devia estar nervosa, que eu saiba ela nunca havia beijado.
- está nervosa? – perguntei ao abrir a porta e pedir que ela entrasse. Liguei a luz e em seguida fechei a porta.
- não... – ela disse em um sussurro.
- venha... – segurei sua mão e lhe guiei até meu sofá. – está tudo bem mesmo? – ela assentiu sentado-se.
- é que... – começou a falar e depois moveu os lábios parecendo procurar palavras e não encontrava pra completar o que havia começado a falar.
- sim...? – tentei ajudá-la sentando-me a seu lado.
- eu estou nervosa... – confessou e abaixou a cabeça. – eu sei o que vamos fazer, e eu estou com medo que eu não saiba...
- ei... – segurei seu queixo e levantei seu rosto. – se deixe levar, tudo bem? – ela assentiu e encarou meus lábios.
- é meu primeiro e... – suspirou. – eu nem sei como começar e... E se eu morder você? – sorri com sua fofura.
- olha pra mim... – pedi e ela me encarou. – não estou te forçando a nada... – alisei seus lábios fazendo contorno com meu polegar. Ela fechou os olhos e sorriu.
- eu quero isso Lauren... – sussurrou. – eu quero muito...
POV Camila.
Senti a respiração de Lauren cada vez mais próximo meu rosto e logo senti seus lábios se chocarem calmamente contra os meus. Eu senti todo meu corpo tremer. Ela pediu passagem com a língua e abri meus lábios temendo o que iria fazer daqui pra frente, senti sua língua se chocar contra a minha e senti borboletas no estomago. Eu estava literalmente entregue a ela, a seu beijo, que por sinal era muito bom.
Então era essa a sensação de beijar alguém ou era só com ela?
Quando a falta de ar se fez presente ela afastou-se de mim, eu não queria abrir os olhos, poderia ser apenas um sonho e eu queria continuar sonhando.
- Camz... – ela sussurrou alisando meu rosto, abri meus olhos e a encarei. Ela sorria, seus olhos brilhavam.
- Lolo... – sorri. – eu fui... Bem?
- melhor do que eu esperava... – ela alisou meu rosto novamente e encarou meus lábios. – gostou? Digo... Foi do jeito que você esperava?
- sim... – eu queria a beijar novamente, mas eu estava com muita vergonha pra fazer isso. Mas parece que ela estava com a mesma vontade não parada de encarar meus lábios. E não demorou muito para que ela puxasse meu rosto com pressa e selasse nossos lábios e me beijasse gostosamente.
POV Lauren.
Eu não queria deixá-la mais ir embora, queria beijá-la a noite inteira. Talvez eu tivesse fazendo errado, mas esse errado pra mim parece ser tão certo eu não quero apenas parar de beijá-la e deixá-la seguir sua rotina de vida longe de mim.
- Camz... – sussurrei após separar nossos lábios pela terceira vez. – fica comigo? – perguntei mordendo o lábio.
- eu não posso Lolo... Minha mãe ela...- tapei seus lábios com o dedo.
- não Camz... Não é a isso que me refiro...
- então?
- eu quero algo com você entendeu? Eu não quero apenas te dá um beijo e te deixar ir... – suspirei. Ela poderia muito bem me dá um fora e seguir a vida dela, até porque ela está apenas começando.
- v-você... Vo-vo-você... – ela gaguejou tanto que acabou fechando os olhos e respirando fundo.
- eu gosto de você Camz... Esse beijo foi um grande passo entre nós... – alisei seu rosto ela abriu seus olhos. – vamos tentar? – perguntei temendo um não que destruiria minha noite literalmente.
- eu... – respirou fundo mais uma vez. – você e eu? – perguntou me olhando nos olhos.
- você e eu... – sussurrei alisando seu rosto com o polegar. Ela sorriu e encarou meus lábios mordendo seu lábio inferior. – eu prometo que vamos fazer tudo devagar, Camz... Apenas tenta algo comigo, por favor...
- eu... Eu sempre sonhei com um dia te namorar... – confessou e eu me surpreendi. – mas nunca pensei que isso fosse possível, em ter algo com você... Que seja... Te beijar... Eu... Eu nunca pensei...
- pensa agora! – brinquei e ela riu. – vamos tentar?
-sim. – ela respondeu com seus olhinhos brilhando.
- você está mesmo disponível pra mim?
- estou... – sorriu e segurou meu rosto. – eu estou disponível pra você. – movi meu rosto e selei nossos lábios.
—
POV Karla Estabrao.
- fotos e mais fotos... – sussurrei olhando meu celular. – e Karla ninguém convida... – senti meus olhos encharcarem, era a primeira vez que me excluíam de algo.
De repente a tela mudou-se para uma chamada e eu me assustei com o timbre do celular, em seguida apareceu o nome e Morgan e eu sorri, limpei uma lágrima atrevida que escorreu de meus olhos e atendi a ligação.
- não me diga que minha priminha mal-educada não lhe convidou pra sua festa de aniversário? – perguntou-me em tom de brincadeira e eu sorri.
- é... Exatamente isso...
- oh... Que malcriada aquela menina...E você está aonde agora?
- em meu apartamento, queria ficar sozinha um pouco, estou triste... Sei lá... Magoada...
- não fica assim Karla... Fim de relacionamentos são difíceis pra ambas as pessoas...
- eu sei... – funguei.
- você está chorando? – concordei com a cabeça mesmo que ela não me visse e acabei me entregando ao choro.
- eu sinto falta de como éramos todas antes, sabe? Isso me destrói... Éramos como uma família, tudo que fazíamos uma tinha que está, se faltasse alguém não era como se estivesse a família inteira, era como se tivesse um vazio sabe? Não estou triste por não ter ido a festa, estou triste por todas nós termos nos tornado um nada... – funguei. – eu as amo acima de tudo, não as odeio... Só sinto que nada mais será como antes...
- eu queria poder te dá um abraço agora...
- acredite... É o que mais preciso no momento.