INFIEL

By TathySimoes

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Em um casamento conturbado, Ive se vê presa em um contrato que a impede de buscar a felicidade que tanto alme... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
capítulo 8
capítulo 9
capítulo 10
capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41

Capítulo 5

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By TathySimoes

Estamos no estacionamento, estou louca para ir embora.

— Ive, vamos te deixo em casa. — Renan fala percebendo minha frustração.

— Se puder me levar para a empresa, meu uniforme ficou lá.

— Amanhã você pega.

— Por favorzinho. — Falo com carinha de cachorrinho abandonado, ele abre um largo sorriso.

— Vamos, não tem como dizer não a você.

— Obrigado pelo almoço, estava tudo excelente. — Fábio fala apertando a mão do Taylor em despedida.

— Obrigado! Vi que são vocês que vão levar a senhorita, se não for incômodo, deixa que eu levo sua secretária.

— Não! Obrigada! Não costumo entrar no carro de estranhos, senhor Jolins.

Fecho a cara percebendo o quanto idiota ele é. Taylor continua fingindo que não me conhece, ele diz "secretária" com um ar de deboche, miserável. Eduarda o abraça e ele a beija, um beijo longo que parecia estar levando minha alma junto. Eles terminam de se beijar e ele continua insistindo em levar a "secretária" embora.

— Hoje ela não está como secretária, e sim como minha convidada e amiga, então não se preocupe, eu mesmo faço questão de deixá-la em casa. — Renan responde sem tirar os olhos do Taylor.

— E que amiga viu, fuifiu. — Fábio diz baixinho no meu ouvido, me fazendo rir. — Taylor serra os dentes de raiva. — Vamos? — Ele olha para o Renan, que concorda. — Nossa, até que enfim.

Renan abre a porta do carro e eu entro, vejo meu marido encarando fixamente Fábio, nem sabe ele que meus olhos só procuram os seus, meu corpo só se acende com seu toque. Renan é absurdamente lindo, ele tem um charme, sua voz rouca é gostosa de se ouvir, mas mesmo Taylor nunca me assumindo, não consigo olhar para outro. Claro que sinto vontade de experimentar novas sensações, pois se Taylor pode, por que eu não? Mas sou careta demais para sair com outra pessoa com segundas intenções.

— O que achou do almoço?

— Estava gostoso. O senhor Fábio e você são ótimas companhias.

No carro, estamos rindo e conversando, até que Fábio diz algo que não pude deixar de concordar.

— Só estava bom porque você estava lá. Aquela mulher gemendo estava me dando nos nervos. Como um homem tão importante como o Jolins consegue sair com uma mulher tão baixa? Desculpa, sei que é sua irmã, mas caramba, o cara estava masturbando a mina enquanto comia, sem respeitar o local que estava cheio de gente. Isso é surreal. — Olho para o Fábio envergonhada, me sentindo uma qualquer por fazer o que fiz no banheiro.

— Tem mulheres que gostam de ser tratadas como objetos. — Renan me encara como se estivesse lendo minha alma. Tento tirar o foco da minha tristeza agradecendo por terem me convidado.

— Obrigada pelo almoço. Fazia um tempo que não comia algo tão bom. Vocês são ótimas companhias.

— Sabe que adoramos estar com você. — Renan fala sem desviar os olhos da rua. — Ive, você conhece o Jolins?

— Quem, eu? Não, por quê? — Fico nervosa com a pergunta. Seus olhos, que por uns segundos estavam nos meus, desviaram para a rua. Respiro pesadamente, triste, pois Renan é um cara tão foda, no sentido bom da palavra, que não merece ter a pessoa em quem ele confia mentindo para ele.

Depois de alguns minutos, mudamos de assunto. O caminho foi tranquilo. Falamos de trabalho e outras coisas. Quando dei por mim, já havíamos chegado no escritório. Fábio nem desceu do carro, disse que a gravata estava o enforcando. Ele me dá um beijo no rosto e vai para sua casa. Entro com Renan no seu escritório e percebo que ele voltou sério, algo o incomoda.

— Chefe...

— A essa hora não sou seu chefe, você sabe disso.

— Desculpa! Renan, queria te confessar uma coisa. — Falo com um pouco de receio se devo contar sobre o Taylor, mas não é justo. Ele vai entrar numa sociedade com ele, e não quero que pense que fiz de propósito, tentando ajudar o meu marido.

— Eu sei! — Ele responde sem muita cerimônia.

— O que? Como sabe?

— Que Taylor é seu marido?

Como ele sabe? Taylor me ignorou o almoço inteiro.

— Como descobriu?

— Quando você saiu para ir no banheiro, ele foi logo atrás. Depois dos minutos que ele demorou, fiquei desconfiado, pois percebi os olhares dele quando segurei sua mão. Assim que ele voltou, Jolins se gabou de quanto a secretária é gostosa, sentou me encarando e chupando os dedos. Não preciso ser muito inteligente para saber o que aconteceu.

— Meu Deus. — Me sento, pois minhas pernas fraquejaram. Fico de cabeça baixa, estou morrendo de vergonha. Não acredito que ele fez isso. Eu sabia que Taylor era baixo, mas não nessa proporção.

— E sabe, conhecendo você como conheço, sei que jamais iria trair seu marido, ainda mais com um desconhecido. Pela sua demora, fiz um teste. Pedi uma porção de morangos para acompanhar com a calda de chocolate. Sei que você tem alergia a morangos. Quando disse que era para você, ele falou que você é alérgica. Então percebi que aquele idiota era o imbecil que te faz chorar quase todos os dias.

Estou sentada na poltrona e ele está de joelhos na minha frente, sem conseguir encarar seus olhos, sem acreditar em tudo que aconteceu. Como fui nojenta em ter feito relação com ele no banheiro, depois de tudo que ele fez naquela mesa com Eduarda.

Renan arruma sua postura e senta ao meu lado. Levemente, ele segura minhas mãos, que, pelo nervosismo, não param de tremer.

— Por que você permite isso? Olha para você, a mulher incrível que é! Como você deixa ser usada, traída e humilhada desse jeito?

— Eu não tenho o que fazer... — Me calo quando percebo que estou falando demais.

— Como assim, não tem o que fazer? Claro que tem, é só pedir o divórcio. Desamparada você não vai ficar.

— Eu amo ele, Renan, há muito tempo, bem antes dele ter me comprado como pagamento de dívida.

— Como assim, comprado? — Explico para ele por alto como me casei com ele, mas não falo da multa que teria que pagar para me livrar desse casamento.

— É o que eu sinto, sou uma mercadoria que só presta para dar prazer quando e onde ele quer. E sabe o que é pior? Eu permito, eu me deixo ser usada porque não consigo tirar esse maldito sentimento do meu peito, mesmo ele esfregando na minha cara que nunca vai me amar. — Renan me abraça e eu choro em seu peito, me sentindo um nada.

— Me diz o que posso fazer para te ajudar?

— Ninguém pode me ajudar, Renan, mas tenho 8 meses para conquistá-lo, e sei que ele, uma hora, vai me amar.

— Nossa, é sério isso? — Ele fala como se estivesse decepcionado.

— Eu quero que ele me ame, eu preciso sentir esse amor. — Ele não diz mais nada, balança a cabeça em negação, me abraça e me deixa desabafar. Era tudo que eu precisava nesse momento.

Depois de alguns minutos, me acalmo. Mudamos de assunto e consigo me ver novamente, apenas a Ive, que ri nos momentos mais inapropriados, que fala alto, faz piadas sem graça, com Renan é fácil ser eu.
Depois de mais alguns minutos conversando e rindo das coisas mais aleatórias, Renan me leva embora. O caminho todo fomos rindo, conversando, cantando desafinados como sempre fazemos.
Por alguns minutos, esqueço de como sou trouxa.

Quando chego na porta daquela maldita casa, meus risos somem, dando vez novamente para uma face triste, pois sei o que me espera à noite, e ainda tem a questão do maldito do meu sogro. Que merda de vida.

— Não fique triste, você é especial demais para ter esse lindo rosto borrado pelas suas lágrimas.

— Obrigada por me ouvir e não me julgar.

— Se precisar de alguma coisa, alguma ajuda para se livrar desse casamento, conte comigo, não importa o que seja.

— Obrigada, de verdade. Fico pensando se não era melhor eu medir ajuda, mas desisto da ideia.

— Ive...— Ele me encara por longos segundos, de um jeito que nunca me olhou.

— Oi?

Renan faz carinho no meu rosto, meus olhos vão nos seus como se fosse um ímã. Me parece que ele quer falar alguma coisa, mas desvia o olhar.

— Desculpa, não é nada. Amanhã temos outra reunião, vamos ter que fazer uma pequena viagem, mas é coisa rápida. Até ao escurecer estamos de volta.

— Já avia reservado o restaurante da cidade, aquele que me pediu! Alguma roupa específica?

— Não! Compramos lá.

— Você e essa mania de me dar roupas.

— rsrsrs, fazer o que, se seu uniforme te deixa tão sem graça.

— Olha, até ia dizer que o terno foi meu patrão que mandou fazer, mas acho que você conhece ele, e tenho certeza que meu chefe não vai gostar de ver a sua secretária reclamando da roupa, mas fala pra ele que gosto muito do meu uniforme, não tô reclamando não.— Falo rindo, pelo jeito envergonhado que ele me olha.

— Vou falar, mas tenho certeza que ele vai querer mudar.

— Nem é feio, eu gosto.— Falo rindo.— Bom, tenho que entrar. Até amanhã, Renan.

— Até, senhora Thompson. — Dou um beijo no seu rosto e sinto seus lábios abrirem em um sorriso.

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