Com amor, Dominik - 4° da Sér...

Oleh asurtada_

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Zoe Monroe é organizada, um pouco ousada e tem várias ideias estranhas. A ideia mais estranha de todas foi pr... Lebih Banyak

Com amor, Dominik
Dedicatória
Epígrafe
Músicas MBCD
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Agradecimentos

Epílogo

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Oleh asurtada_

Melhor amigo ou meu inimigo
Nunca há espaço para o meio-termo
Eu sou um anjo, até você cruzar a linha
Boa menina, mas estou cumprindo pena
Eu posso ser doce ou azeda
Apenas tome cuidado
com o que você pede
Você diz que não, mas gosta disso
Sweet And Sour - Amelia Moore

🍩
12 de novembro; 14:48

Entro em minha confeitaria depois de ter passado o dia inteiro fora.

Com a reforma que fiz em pouco tempo, consegui dar uma nova vida ao lugar. Agora a decoração tinha um ar limpo e chique em tons de prateado e branco.

O momento de admiração durou pouco. Percebo que meus funcionários estão conversando de forma desesperada quando me veem e parecem bastante preocupados.

A primeira coisa que penso é que o caminhão com os produtos atrasou. Ou que esquecemos uma encomenda importante. Dou passos rápidos até o balcão e olho para a garçonete.

— Quinn, o que aconteceu? Está tudo bem? — Perguntei, dando a volta e me aproximando dela.

— Chefe, me desculpa. Por favor, não me demita. — Ela suplica, juntando as mãos.

— Você precisa me dizer o que fez. — Respondi com firmeza, cruzando os braços.

Eu era muito séria no meu trabalho, não gostava de perder tempo ou atrasos. Notei os outros funcionários observando a situação e chamando atenção de alguns clientes.

Peguei no braço de Quinn e a levei para cozinha, aonde havia menos gente.

— Me diga. Agora. — Ordenei. Sabia que estava sendo rígida, mas ela era novata. De alguma maneira tinha que saber as complicações de trabalhar em uma confeitaria.

— Um rapaz entrou aqui essa manhã e arrancou uma folha do livro de receitas. Foi daquela receita que a senhora tinha acabado de concluir. — Finalmente me contou.

Eu congelei. Esperei que tudo aquilo fosse uma brincadeira dos meus funcionários.

— Está me dizendo que um estranho entrou na cozinha da confeitaria, levou uma folha da minha mais nova receita e nenhum dos quinze funcionários percebeu?! — Minha voz foi aumentando e a garota ia se encolhendo.

— Ele disse que te conhecia... — Quinn explica, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha enquanto encara seus pés.

Eu respiro fundo quando ouço isso. Fecho os olhos me esforçando para não perder a paciência que me resta. Quando volto a falar com ela, tento não gritar e nem surtar.

— O que mais ele disse, Quinn? Não é possível que apenas dizer que me conhece seja suficiente para entrar na minha cozinha. — Eu falei, tentando me controlar.

— Mostrou uma foto de vocês dois no celular, dizendo que a senhora tinha pedido que ele tirasse uma foto do livro de receitas para comprar os ingredientes. — Ela continua dizendo. Confesso que a cada palavra mais quero dar socos numa parede.

Novamente respiro fundo, sabendo que devo estar vermelha de tanta raiva.

— Quinn, eu jamais vou pedir que nenhum dos meus amigos faça isso. Apenas peço os ingredientes pela empresa de comida que nos patrocina. Sei que não sabia disso, mas era só pensar um pouco para perceber essa mentira. — Fui eu que tentei explicar dessa vez.

Ela balançou a cabeça concordando. Os olhos cheios de lágrimas.

— Agora me descreva ele. E vai precisar descrever para polícia também, assim que eu entregar as filmagens. — Afirmei, querendo muito descobrir quem é esse ladrão.

— Acho que a senhora não vai querer denunciá-lo. — Quinn diz de repente.

Franzi meu rosto, sem entender aonde essa garota de quinze anos queria chegar.

— E porque não?! — Novamente exaltei a minha voz. Era difícil não perder a calma com uma situação dessa.

— Ele é famoso. Bastante. — Revelou. — O nome dele é Jaaziel Celare. O dono da cafeteria que fica no final dessa rua.

Assim que escuto isso, as peças começam a se encaixar na minha cabeça.

— Ele mostrou uma foto nossa juntos? — Pergunto, dando um passo a frente. Quinn confirma rapidamente.

Lembro que ele realmente tirou uma foto nossa na festa que teve na casa nova da Kali. E eu sei que tomei o celular e apaguei aquela maldita foto.

Nunca imaginaria que ele resgataria da lixeira e ainda usaria contra mim.

— Não se preocupe, Quinn. Ele vai pagar pelo que fez. Ah se vai. — Digo com toda fúria.

Prendo meu cabelo e saio da cozinha em passos firmes. Quando saio da confeitaria, sigo para o fim da rua aonde fica a maior cafeteria de Los Angeles, pois aquele infeliz superou até o Starbucks.

Penso em muitas coisas para dizer, mas sei que na hora da raiva, vou apenas explodir.

O momento não dura muito. Existe uma longa fila na porta me impedindo de passar com mais de cem pessoas. Paro na entrada e não consigo acreditar no que vejo.

Uma foto do meu cupcake estampado bem na frente. O mesmo nome, o mesmo recheio, mesmo sabor e até a decoração que escolhi são exatamente iguais.

Minhas mãos estão tremendo de tanta raiva. Não consigo parar de olhar para essa foto que deveria estar na frente da minha confeitaria, do jeito que tanto imaginei.

Não penso duas vezes antes de passar na frente daquelas centenas de pessoas e ir direto para o balcão. Ouço reclamações, mas apenas ignoro, nenhum deles iria acreditar se eu contasse.

— Quero falar com Jaaziel agora mesmo. — Digo ao balconista, que me olha assustado.

— Senhorita, tem muita gente na frente. Volte para fila ou vou chamar os seguranças. — Ele retruca, voltando a anotar o pedido da mulher idosa que espera.

— Olha, isso é algo sério. Eu realmente preciso falar com o dono dessa cafeteria. Envolve até mesmo a polícia. — Digo ao rapaz com o nome de Justin no crachá.

Ele me olha irritado e solta uma risada irônica.

— Acredite senhorita, das quinhentas pessoas que atendi hoje, todas elas queriam falar com o dono. Se envolve a polícia, deveria ir direto na delegacia. — Justin falou com um tom de voz totalmente entediado.

Entregou o pedido da mulher idosa e fez um sinal para os seguranças. Eu sabia que se não saísse daquele lugar ia acabar sendo jogada na calçada. Mesmo assim, cruzei os braços e insisti.

— É melhor que vá para o final da fila por vontade própria, senhorita. — Um dos seguranças avisou, agarrando meu braço.

Eu não podia acreditar que o dia iria terminar da pior forma possível.

Foi quando alguém segurou no braço do segurança de quase dois metros de altura.

— Pode soltá-la, Graham. — Eu conhecia aquela voz grave de qualquer lugar.

O segurança imediatamente soltou meu braço, mas se manteve perto.

Jaaziel Celare olhou para mim e continuou com o rosto fechado, algo que eu nunca tinha visto antes.

Em todos os momentos que nos encontramos, ele estava sorrindo e brincando.

— Pode deixar que resolvo isso. — Falou, colocando a mão em minhas costas. — Ela tem passe livre nessa cafeteria, Justin. Não a trate desse jeito de novo, certo?

As pessoas em volta pareciam muito mais interessadas em tomar seu café do que no movimento.

O balconista olhou pra mim em um julgamento silencioso. Eu o encarei de volta enquanto Jaaziel me guiava para o segundo andar, na área privada.

Eu sabia que isso existia quando Kali veio aqui da última vez e me contou. O espaço tem vista aberta para o letreiro de Los Angeles. É silencioso e não há ninguém hoje.

E então, como se tudo fosse uma gravação de filme, Jaaziel sorriu para mim.

— É bom ver minha ruivinha favorita. — Ele diz, se aproximando bastante.

Sem pensar duas vezes, sou um chute no meio de suas pernas. O ator quase cai de joelhos no chão e solta um suspiro de dor. Aproveito a minha única chance.

— Isso é por ter roubado a minha receita, seu completo babaca. — Declarei aliviada.

Após de recuperar do chute, ainda não parecia com raiva de mim ou arrependido.

— Sei que mereci isso, mas pense pelo lado bom, se vendesse na sua confeitaria não teria feito tanto sucesso assim. — Teve a coragem de me dizer.

Encarei o rosto dele, que mantinha aquele sorriso esperto que eu tanto odiava.

Não conseguir mais me segurar. Minha visão ficou borrada pelas lágrimas e o empurrei, fazendo-o recuar surpreso. Me senti a pessoa mais estúpida do planeta por chorar de raiva.

— Eu sabia que era um babaca, só não imaginei que fosse tanto assim. — Falei uma última vez. Passei por ele, saindo daquele lugar que eu queria distância.

Não olhei para o balconista idiota. Jaaziel sabia muito bem escolher seus funcionários, pois todos eram exatamente iguais a ele. Completos infelizes.

Limpei minhas lágrimas e decidi não voltar nunca mais.

🍩

Com amor, para sempre - Spin-off
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